quinta-feira, 9 de agosto de 2012

EDUCAÇÃO AMBIENTAL NAS EMPRESAS

Em tempos de foco nas questões ambientais, trazendo para agenda atual a preocupação com a sustentabilidade do planeta e a necessidade de todos terem compromissos com a diminuição do passivo ambiental que hoje contabilizamos, somado à concorrência voraz derivado da globalização e ainda a alardeante espanção do consumismo, surge a necessidade das empresas (de todos os setores) se “apresentarem” para o mercado com uma imagem ambientamente responsável.

Uma empresa que se preocupa com sua imagem e ainda se propõe a atuar com responsabilidade sócio-ambiental tem a necessidade de ter um Sistema de Gestão Ambiental e o ponto de partida para elaboração e/ou implementação do mesmo é sem sombra de dúvida a educação ambiental, permeando todas as etapas do SGA, incluindo o seu conteúdo e sua práxis nas ações das empresas, dos seus administradores, colaboradores, acionistas, clientes e ainda no ambiente ao qual a mesma esta inserida.

A educação ambiental envolve diversas atividades articuladas e sistematizdas com didática e metodologia especificas, além de ser fundamental a participação de todos os setores da empresa, sendo capaz de viabilizar a construção de uma ferramenta fundamental do sistema de gestão ambiental, não podendo de forma alguma ser introduzido de cima para baixo como uma determinação administrativa “hierarquizada” e sim construida coletivamente, garatindo a responsabilização de todos no processo.

O próprio processo de sensibilização (que é uma das etapas iniciais do SGA) é a materialização da educação ambiental e não pode ficar restrita a treinamentos e capacitações dos funcionários de uma empresa, mas deve perpassar todas as atitudes, desde como um colaborador opera uma determinada máquina até como ele se envolve no compromisso da melhoria do desempenho ambiental e operacional da organização.

Como expressa Lucie Sauvé da Université du Québec à Montréal, em seu artigo Educação ambiental: possibilidades e limitações, “a educação ambiental integra uma verdadeira educação econômica: não se trata de “gestão do meioambiente”, antes, porém, da “gestão” de nossas próprias condutas individuais e coletivas com respeito aos recursos vitais extraídos deste meio”, garatindo que os conhecimentos apropriados pelos colaboradores de uma determinada empresa ultrapasse suas fronteiras e transforme sua convivência diária com atiudes sustentáveis.

Organizações de quaisquer setores que introduzem em sua gestão principios de educação ambiental e até mesmo que viabilizam a elaboração/construção de sistemas de gestão ambiental além de garantir uma melhoria da imagem de sua marca no mercado, otimizam recursos em seus investimentos, reduzem sensivelmente seus custos de produção, melhora a qualidade de vida dos seus colaboradores e clientes, evita incidências de multas oriundas do descumprimento da legislação vigente e ainda contribui para preservação do planeta.

Apesar das transformações no enfoque da política-econômica mundial em relação à sustentabilidade, ainda não conseguimos mudar paradigmas encrostados na cultura empresarial capitalista, que age com uma visão extremamente imediatista do lucro e ainda espera “surgir” a ampliação de um robusto mercado verde. O caminho ainda é longo e muitas vezes incerto, é preciso transformar dialeticamente a consciência de todos. Este é o grande desafio da EDUCAÇÃO AMBIENTAL.

Fonte:
http://www.alagoastempo.com.br/blogs/ib-pita/1408/2012/05/24/educao-ambiental-nas-empresas.html

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