terça-feira, 28 de agosto de 2012

Medida Provisória do Código Florestal

A comissão mista que analisa a Medida Provisória do Código Florestal volta a se reunir hoje para exame de emendas ao relatório do senador Luiz Henrique (PMDB-SC) à MP 571/12.
Os trabalhos da comissão foram suspensos no dia 8, quando foi aprovada emenda de parlamentares ruralistas que excluiu rios não perenes do conceito de área de preservação permanente (APP). A medida desagradou ao governo e a parlamentares que defendem regras de proteção ambiental, levando o relator a propor a suspensão dos trabalhos para nova tentativa de entendimento.
Na avaliação de Jorge Viana (PT-AC), o clima hoje é favorável à retomada do diálogo. O senador manteve contatos com o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, deputado Homero Pereira (PSD-MT), e acredita que será possível rever a regra que desprotege rios temporários (que secam durante parte do ano e, segundo o relatório, podem desaparecer caso as margens não sejam preservadas) e evitar mudanças que possam desfigurar o texto de Luiz Henrique.
Luiz Henrique insiste no consenso para prosseguir a votação. Muitas das 28 emendas restantes são polêmicas e exigem amplo entendimento dos membros da comissão.
Pontos polêmicos
Os ruralistas defendem, por exemplo, a construção de reservatórios em APPs, para irrigação e aquicultura; a exclusão de várzeas do conceito de áreas úmidas; e a edição de decreto específico para tratar das multas cobradas de proprietários rurais que descumpriram a legislação ambiental.
Também estão em discussão emendas que tratam de regras sobre o cômputo das APPs no percentual mínimo obrigatório de reserva em área de Cerrado da Amazônia Legal e da recomposição mínima de mata nas nascentes e nos olhos d’água.
A reunião está marcada para as 14h. Das 37 emendas apresentadas ao relatório, aprovado pela maioria dia 12 de julho, 5 foram votadas e 4 retiradas na última reunião.
Em 8 de outubro a MP 571/12 perde a validade. Se isso acontecer, o texto do Código Florestal prevalecerá como foi aprovado em 25 de maio pela presidente Dilma Rousseff, com vetos.
Jornal do Senado
(Reprodução autorizada mediante citação do Jornal do Senado)

Comissão de Meio Ambiente discute hoje a adoção do “PIB verde

A adoção de um novo índice para medir o desenvolvimento dos países, que incorpore variáveis sociais e ambientais, além da econômica — a única levada em conta no produto interno bruto (PIB) —, será discutida com especialistas em audiência pública hoje, na Comissão de Meio Ambiente e Defesa do Consumidor (CMA) (CMA), por proposta de Jorge Viana (PT-AC).
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que considera expectativa de vida, educação e renda, foi adotado na década de 1990 pela Organização das Nações Unidas (ONU) como medida de progresso nacional. Este ano, durante a Rio+20, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) apresentou, como evolução do IDH, as bases conceituais para um futuro índice de desenvolvimento humano sustentável, que incentive a proteção dos recursos naturais e a atenção às futuras gerações.
Segundo Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), presidente da CMA, o novo índice, apelidado de PIB verde, levaria em conta questões como a valorização monetária do capital natural — diferentemente do atual PIB, que apenas representa a soma de bens e serviços finais produzidos por um país.
Para discutir o assunto, a CMA convidou o presidente da Escola de Governo de São Paulo, Maurício Jorge Piragino; e os professores Ladislau Dowbor, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), e Menelick de Carvalho Netto, da Universidade de Brasília (UnB).
 
Fonte:

Comissão aprova jornada de trabalho de seis horas para garis

 

Brizza Cavalcante
Assis Melo
Assis Melo: coletores de lixo exercem profissão insalubre e de risco.
A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público aprovou, na quarta-feira (4), proposta que estabelece carga de trabalho de seis horas diárias e 36 semanais para garis e motoristas de veículos coletores de lixo. O texto aprovado é o substitutivo do relator, deputado Assis Melo (PCdoB-RS), ao Projeto de Lei 1590/11, do deputado Roberto Santiago (PSD-SP).
De acordo com Melo, o novo texto, que altera a denominação para “gari”, pretende garantir uma jornada de trabalho de seis horas diárias também a varredores, capinadores e roçadores, que também são responsáveis pela limpeza e manutenção das vias e espaços públicos das cidades.
InsalubridadeNa avaliação do relator, “a denominação sugerida pelo autor da matéria, ‘coletores de lixo’, pode caracterizar uma limitação dos profissionais que manuseiam e cuidam do lixo produzido pela sociedade”. O texto original definia a jornada de seis horas para encarregados da coleta de lixo e para motoristas dos veículos coletores.
“Os coletores [de lixo] exercem, efetivamente, uma profissão insalubre e de risco: estão expostos a poeiras, a ruídos excessivos, à fumaça e à grande diversidade de agentes biológicos presentes no material recolhido, responsáveis pela transmissão de inúmeras doenças”, argumentou o relator.
Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e ainda será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Íntegra da proposta:

Reportagem – Murilo Souza
Edição – Newton Araújo

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Fonte:
http://www2.camara.gov.br/agencia/noticias/TRABALHO-E-PREVIDENCIA/422025-COMISSAO-APROVA-JORNADA-DE-TRABALHO-DE-SEIS-HORAS-PARA-GARIS.html

Meio ambiente aprova segregação de resíduos recicláveis em escolas

 


Arquivo/ Diogo Xavier
Márcio Macêdo: projeto ajuda na conscientização ecológica dos alunos.

Márcio MacêdoA Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável aprovou, na quarta-feira (22), proposta que estabelece que os programas de educação ambiental na rede pública incluirão a segregação dos resíduos sólidos recicláveis produzidos nas escolas de ensino fundamental e médio. O objetivo é promover a coletiva seletiva desses materiais (como papel, papelão, plástico, alumínio e vidro) e a reciclagem, além de sensibilizar a comunidade sobre a redução e a reutilização de resíduos sólidos.
A proposta aprovada é o substitutivo do relator, deputado Márcio Macêdo (PT-SE), ao Projeto de Lei 2491/11, do deputado Manoel Junior (PMDB-PB). O texto altera a Lei 9.795/99, que institui a Política Nacional de Educação Ambiental.
O projeto original cria o programa "Lixo Reciclado na Escola" - um sistema de coleta seletiva de resíduos recicláveis a ser implantado na rede pública de ensino. No entendimento do relator, porém, foi preciso corrigir a nomenclatura utilizada, pois a proposta pretende não a “coleta”, mas, sim, a “segregação” dos resíduos nas escolas para, depois, serem coletados e comercializados.
Macêdo citou definição da Lei de Resíduos Sólidos (2.305/10), segundo a qual coleta seletiva é a coleta de resíduos sólidos previamente segregados conforme sua constituição ou composição.“Sem dúvida, o desenvolvimento de atividade permanente e contínua de segregação do lixo para coleta seletiva e reciclagem de resíduos sólidos é da mais alta relevância para o bom funcionamento das escolas e a conscientização ecológica dos alunos”, argumentou.
Tramitação
A proposta, que tramita em caráter conclusivo, será analisada ainda pelas comissões de Educação e Cultura; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Íntegra da proposta:

Reportagem – Lara Haje
Edição – Marcelo Oliveira
 
Fonte:

MEC cobra política de financiamento da educação ambiental

 
Leonardo Prado
Deputados debateram a implantação das políticas públicas de educação ambiental previstas na Rio+20.

Audiência Pública: Implementação das políticas públicas de educação ambiental produzidas durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio + 20)O coordenador-geral de Educação Ambiental do Ministério da Educação (MEC), José Vicente de Freitas, cobrou dos deputados, nesta quinta-feira (23), a elaboração de uma política para o financiamento da educação ambiental no Brasil. Ele participou de audiência pública da Comissão de Educação e Cultura sobre a implantação das políticas públicas de educação ambiental, sugeridas durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20).
Segundo Freitas, o MEC não dispõe de recursos suficientes para investir no projeto Escolas Sustentáveis, que deve ser lançado oficialmente ainda neste semestre. Nos próximos três anos, o programa deverá receber R$ 100 milhões, beneficiando apenas 20 mil das cerca de 195 mil escolas existentes no País.
“Ainda estamos muito longe de ter, em cada escola, um processo efetivo de educação ambiental. O desafio é dos ministérios da Educação; e de Meio Ambiente. Mas, de forma ampliada, teremos um avanço significativo se pudermos contar com o financiamento”, ressaltou o representante do MEC.
Plano de EducaçãoPara o deputado Izalci (PR-DF), a questão pode ser resolvida com a aprovação do Plano Nacional de Educação (PNE) e a consequente destinação de mais recursos ao setor. “Se a gente tivesse a ousadia de investir em educação o que está sendo direcionado para a Copa do Mundo, aí eu acredito nessas mudanças que a gente sonha”, disse.
A deputada Telma Pinheiro (PSDB-MA), que sugeriu a audiência, concordou com Izalci e lamentou que o PNE, que havia sido aprovado pela Câmara, em caráter conclusivo, com a previsão de destinação de 10% do PIB para a educação, poderá ser analisado também pelo Plenário. “Nós desta Casa aprovamos os 10%, mas o governo nos surpreende, e agora vamos votar a proposta no Plenário”, observou. A proposta está prevista para ser votada em 19 de setembro.
O PNE foi aprovado em 26 de junho por uma comissão especial e, de acordo com a tramitação original, seguiria direto para o Senado. No entanto, 80 deputados de 11 partidos apresentaram recurso para que o PNE seja votado pelo Plenário, onde o percentual de verbas para o setor poderá ser modificado.
Pontapé
Na opinião do coordenador da Frente Parlamentar Ambientalista, deputado Sarney Filho (PV-MA), a educação ambiental pode ser o pontapé para que a sociedade global mude seus padrões de consumo e de produção e passe de fato a um processo de desenvolvimento sustentável. “Eu tenho receio de que as grandes mudanças só ocorram se houver uma catástrofe. Se não for assim, será pela educação, na medida em que as novas gerações começam a se conscientizar, porque hoje as prioridades são as econômicas”, lamentou.
Dos resultados da Rio+20 em relação à educação ambiental, Sarney Filho destacou duas intenções: a cooperação internacional para aumentar o acesso à educação e a adoção de práticas ecológicas nas próprias escolas. “A criança ver a reciclagem do lixo desde cedo vale mais do que muita coisa que existe nos livros.”
Conforme os participantes do debate, existe hoje uma demanda para que as iniciativas pontuais de educação ambiental se espalhem por todo o sistema de ensino brasileiro, abrangendo as diversas disciplinas. O País já conta com uma Política Nacional de Educação Ambiental (Lei 9.795/99) e uma resolução (2/12) do Conselho Nacional de Educação (CNE) que, em junho deste ano, estabeleceu as diretrizes curriculares para o ensino da educação ambiental.
No entanto, a legislação, como ressaltou Freitas, não prevê a forma de financiamento do ensino ambiental. Para o presidente do CNE, José Fernandes Lima, o investimento é necessário, porque a educação ambiental é uma das poucas coisas que a escola consegue fazer como política, “mesmo que ainda não seja tratada da forma que entendemos ser a melhor”.
Formação de professores
A especialista em educação ambiental Rachel Trajber também cobrou mais investimentos no setor, principalmente na formação de professores. Ela reivindicou obrigatoriedade para a formação em educação ambiental. Apesar de essa capacitação ser prevista entre as diretrizes curriculares elaboradas pelo CNE, ela não é obrigatória.
“Na formação dos professores, as licenciaturas precisam trabalhar a transversalidade nas disciplinas. As escolas sustentáveis devem ser vistas como espaços que educam e são referência para a comunidade”, ressaltou. “A educação ambiental não é neutra. Ela tem uma afirmação política”, completou, reafirmando uma das diretrizes segundo a qual a educação ambiental envolve valores, interesses, visões de mundo e responsabilidade cidadã.
Tanto para Rachel Trajber como para Sarney Filho, o principal resultado da Rio+20 foi o engajamento da sociedade civil, em contraposição à falta de comprometimento dos governos. As intenções da conferência, disse Trajber, não têm compromisso com a qualidade de vida das pessoas.

Inovações Ambientais


   
 
O desenvolvimento econômico com enfoque ambiental – o que se convencionou chamar de “economia verde” - vem adquirindo caráter primordial nos padrões econômicos globais. A busca de crescimento e desenvolvimento realizada de forma a não colocar em risco o futuro do planeta em que vivemos, torna essencial que se repensem as formas como as empresas vêm atuando. É neste panorama que formas inovadoras de atuação, que movam a sociedade para padrões mais sustentáveis, colocam-se como condição primordial para a continuidade de tais atividades econômicas.
Inovações ambientais são produtos, processos ou modos de gestão cuja aplicação traga um efeito menos danoso para o meio ambiente do que as alternativas disponíveis. Isso engloba desde pequenas modificações em processos produtivos, formas mais limpas de produção, até mudanças radicais na forma de gerir processos produtivos, repensando por completo os hábitos de consumo vigentes.
É nesse contexto que vem se desenvolvendo o projeto “Inovações Ambientais”, que pretende alavancar a promoção de inovações ambientais decorrentes dos desafios intrínsecos a esta nova realidade mundial, além daquelas oportunidades latentes e exclusivas existentes em Minas Gerais.

Objetivo Geral
Promover um ambiente que favoreça o surgimento de inovações ambientais em Minas Gerais por meio da maior interação e cooperação entre os mais diversos atores envolvidos na questão ambiental, em especial empresas, institutos de pesquisa, ONGs e demais representantes da sociedade civil, e os governos.

Objetivos Específicos
  • Identificar as principais questões ambientais que desafiam a atuação das empresas.
  • Ampliar a interação e a colaboração no desenvolvimento de tecnologias/soluções ambientais desenvolvidas no Estado.
  • Identificar as práticas de gestão da inovação que estão sendo aplicadas pelas empresas no desenvolvimento de inovações ambientais.
  • Estimular a atuação do Estado        da Bahia especialmente os municípios da apa do pratigí pólo gerador de inovações ambientais.
  • Gerar conhecimento que direcione estratégias organizacionais e diretrizes públicas, além de atrair novos e complementares estudos sobre o tema.
Áreas Temáticas
Com o objetivo de instigar a discussão sobre as questões que nortearão a ação nos anos futuros e, também, visando aumentar a comunicação e as relações entre os variados atores envolvidos, o projeto tem como proposta realizar reuniões mensais, quando serão focados os seguintes temas:
Temas
Questões relevantes
Água e Efluentes
Tratamento, recuperação e conservação de água e bacias hidrográficas, tratamento de efluentes, captação e armazenamento de água pluvial e saneamento.
Biodiversidade
Preservação do patrimônio genético e repartição de benefícios associados à biodiversidade local; valoração dos recursos da biodiversidade; manejo e aplicação sustentável dos recursos.
Resíduos
Reciclagem de resíduos urbano, industriais, hospitalares, etc., ciclo de vida do produto; redução da produção de lixo e reuso.
Ar e emissões
Controle de emissões, limpeza, monitoramento, conformidade, sequestro de carbono e mercado de créditos de carbono.
Energia
Geração, controle e distribuição, fontes de baixo carbono (eólica, hidro, biocombustível, biodiesel, geotérmica e solar).
Desdobramentos
  • Promover o encontro entre as demandas por soluções e a oferta de conhecimento proporcionando, desta forma, uma maior concretização de ações conjuntas.
  • Aumentar a comunicação e a cooperação entre os diversos atores envolvidos com atividades que permeiem questões ambientais.
  • Identificar questões urgentes e transformá-las em propostas de ação que orientem editais de pesquisa e financiamento público para a inovação.