segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Coletor de energia do ar

Alimentar casas e fábricas com eletricidade coletada diretamente do ar pode ser possível: cientistas brasileiros resolveram um enigma científico que durava séculos sobre como a umidade na atmosfera torna-se eletricamente carregada, abrindo caminho para seu aproveitamento.

Imagine dispositivos capazes de capturar a eletricidade do ar e usá-la para abastecer residências ou recarregar veículos elétricos, por exemplo. Da mesma forma que painéis solares transformam a luz do Sol em energia, esses painéis futurísticos poderão coletar a eletricidade do ar - a mesma eletricidade que forma os relâmpagos - e direcioná-la de forma controlada para alimentar qualquer equipamento elétrico, nas casas e nas indústrias.

Se isso parece revolucionário demais, mais entusiasmante ainda é saber que a descoberta que poderá tornar esses sonhos uma realidade foi feita por um cientista brasileiro. O professor Fernando Galembeck, da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) apresentou suas descobertas históricas hoje (25) durante a reunião da American Chemical Society (ACS), em Boston, nos Estados Unidos. "Nossa pesquisa pode abrir o caminho para transformar a eletricidade da atmosfera em uma fonte de energia alternativa para o futuro," disse Galembeck. "Assim como a energia solar está liberando algumas residências de pagar contas de energia elétrica, esta nova e promissora fonte de energia poderá ter um efeito semelhante."

A descoberta do professor Galembeck parece resolver um enigma científico que já dura séculos: como a eletricidade é produzida e descarregada na atmosfera. No início da Revolução Industrial, os cientistas perceberam que o vapor que saía das caldeiras gerava faíscas de eletricidade estática - trabalhadores que se aproximavam dos vapores eram frequentemente atingidos pelos choques elétricos. Mas essa eletricidade se forma também em locais mais amenos, quando o vapor de água se junta a partículas microscópicas no ar, o mesmo processo que leva à formação das nuvens - é aí que começam a nascer os relâmpagos.

Nikola Tesla ficou famoso pelas suas tentativas de capturar e utilizar essa eletricidade do ar, tentativas infelizmente nem sempre bem-sucedidas. Mas, até agora, os cientistas não tinham um conhecimento suficiente sobre os processos envolvidos na formação e na liberação de eletricidade a partir da água dispersa pela atmosfera. "Se nós soubermos como a eletricidade se acumula e se espalha na atmosfera, nós também poderemos evitar as mortes e os danos provocados pelos raios," estima Galembeck.

Os cientistas sempre consideraram que as gotas de água na atmosfera são eletricamente neutras, e permanecem assim mesmo depois de entrar em contato com as cargas elétricas nas partículas de poeira e em gotículas de outros líquidos. Mas o professor Fernando Galembeck e sua equipe descobriram que a água na atmosfera adquire sim uma carga elétrica.

O grupo brasileiro confirmou essa ideia por meio de experimentos de laboratório que simulam o contato da água com as partículas de poeira no ar. Eles usaram minúsculas partículas de sílica e fosfato de alumínio - ambas substâncias comumente dispersas no ar - para demonstrar que a sílica se torna mais negativamente carregada na presença de alta umidade, enquanto o fosfato de alumínio se torna mais positivamente carregado. "Esta é uma evidência clara de que a água na atmosfera pode acumular cargas elétricas e transferi-las para outros materiais que entrem em contato com ela," explicou Galembeck. "Nós a chamamos de higroeletricidade, ou seja, a eletricidade da umidade."

Painéis para capturar a energia higroelétrica poderão ser colocados no topo dos prédios para drenar a energia do ar e impedir o acúmulo das cargas elétricas que são liberadas na forma de raios. [Imagem: Martin Fischer]No futuro, segundo Galembeck, poderá ser possível desenvolver coletores - similares às células solares que coletam a luz solar para produzir eletricidade - para capturar a higroeletricidade e permitir seu uso em residências e empresas. Assim como as células solares funcionam melhor nas regiões mais ensolaradas do mundo, os painéis higroelétricos vão funcionar de forma mais eficiente em áreas com alta umidade, uma característica das regiões tropicais, Brasil incluído.

Alta umidade significa altos níveis de vapor de água no ar - um vapor que se torna visível ao se condensar e embaçar os vidros do carro, por exemplo, e cuja baixa intensidade incomoda tanto nos dias secos de inverno. Galembeck afirmou em sua apresentação que uma abordagem semelhante poderia ajudar a prevenir a formação de raios. Ele vislumbra a colocação de painéis higroelétricos no topo de prédios em regiões onde ocorrem muitas tempestades. Os painéis drenariam a energia do ar, impedindo o acúmulo das cargas elétricas que são liberadas na forma de raios.

Seu grupo de pesquisa já está testando metais para identificar aqueles com maior potencial para utilização na captura da eletricidade atmosférica e prevenção dos raios. "São ideias fascinantes que novos estudos, nossos e de outras equipes de cientistas, poderão tornar realidade," disse Galembeck. "Nós certamente temos um longo caminho a percorrer. Mas os benefícios no longo prazo do aproveitamento da higroeletricidade podem ser substanciais." Durante o século 19, houve vários relatos experimentais associando a interface ar-água e os fenômenos eletrostáticos da chamada "eletricidade do vapor".

O famoso Lord Kelvin idealizou um equipamento, que ele chamou de condensador de gotas de água, para reproduzir experimentalmente o fenômeno. Contudo, até hoje ninguém havia conseguido descrever os mecanismos do acúmulo e da dissipação das cargas elétricas na interface ar-água. Isso pode dar a dimensão dos resultados agora obtidos pelos cientistas brasileiros. O trabalho do professor Fernando Galembeck e sua equipe demonstra que a adsorção do vapor de água sobre superfícies de materiais isolantes (dielétricos) ou de de metais isolados - devidamente protegidas dentro de um ambiente blindado e aterrado - leva à acumulação de cargas elétricas sobre o sólido, em um intensidade que depende da umidade relativa do ar, da natureza da superfície usada e do tempo de exposição. A pesquisa verificou ainda um aumento acentuado nas cargas elétricas acumuladas quando são usados substratos líquidos ou isolantes sólidos, sob a ação de campos externos, quando a umidade relativa do ar se aproxima de 100%.

Fonte:
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=coletar-energia-ar-umidade-higroeletricidade
acesso em outubro de 2010
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Filtro de ar feito de fibras de coco



      
 




O projeto científico de produção de filtros para veículos automotivos e sistema de refrigeração produzidos a partir da fibra do coco comum, de autoria dos professores do Núcleo de Inovação Tecnológica do Instituto Federal de Roraima (IFRR), será patenteado pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), e aceito pelo Centro de Desenvolvimento Tecnológico da Universidade de Brasília (CDT/UNB). O projeto ficou classificado entre os dez primeiros colocados de todo o país. Participaram da seleção trabalhos científicos de inovações de mais de 400 campus espalhados por todos os estados, objetivando promover a inovação tecnológica em todas as regiões, valorizando a pesquisa desenvolvida em todas as áreas do conhecimento dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, com o intuito de apoiar sua transferência para o setor produtivo, para que ocorra o desenvolvimento tecnológico de toda a indústria nacional Os professores Jamil Lima da Silva, diretor de pesquisa e pósgraduação do campus Boa Vista, e Cleide Maria Fernandes Bezerra, coordenadora do Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT) foram os autores do projeto que trata da utilização da fibra do coco para o uso industrial e residencial como filtro ecológico, evitando o acúmulo de fungos, além de minimizar os riscos das doenças respiratórias.

"Trabalhamos inovações que possam ser reconhecida nacionalmente como proposta que possam contribuir para a redução da poluição do lixo químico que requer um trabalho de conscientização da população para a correta destinação final destes materiais. Com o reconhecimento e certificação da patente, será um avanço e reconhecimento nacional do nosso rico potencial produtivo que pode ser utilizado em escala industrial", afirmou Cleide Bezerra. Com a aprovação e seleção do projeto a ser utilizado na linha automotiva e residencial, o próximo passo é a liberação de verbas financeiras pela Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) para que sejam fabricados protótipos dos filtros, e em seguida o produto passará a ser comercializado nacionalmente como alternativa inovadora para o controle de fungos, responsáveis por índices de mortalidade em grande parte da população. O professor Jamil Lima acrescentou que o projeto é um incentivo para que os núcleos de inovações tecnológicas em todo o país possam desenvolver projetos que incentivem o uso racional de matéria prima existente na natureza, e com isso sejam eliminados os itens industriais que trazem riscos á saúde da população.

Segundo o professor Jamil Lima, um dos autores do projeto, o filtro é produzido a partir da extração da fibra do coco e emergido em um banho de látex para amenizar os materiais particulados, fagulhas encontradas no ar atmosférico. "Através de pesquisa realizada junto com a Embrapa, descobriu-se que o produto advindo do coco aumenta o poder de imunização pulmonar dos seres humanos contra agressão das bactérias nocivas encontradas no ar" disse Jamil. Ecologicamente correto, os filtros produzidos a partir da fibra do coco irão beneficiar a população e reduzir as doenças respiratórias.

De acordo com Lima, o filtro é produzido a partir da extração da fibra do coco e emergido em um banho de látex para amenizar os materiais particulados, fagulhas encontradas no ar atmosférico. "Através de pesquisa realizada junto com a Embrapa, descobriu-se que o produto advindo do coco aumenta o poder de imunização pulmonar dos seres humanos contra agressão das bactérias nocivas encontradas no ar" disse Jamil. Ecologicamente correto, os filtros produzidos a partir da fibra do coco irão beneficiar a população e reduzir as doenças respiratórias. Além desta pesquisa um dos temas de mestrado defendido pelo diretor de pesquisa e pós-graduação do IFRR, foi a implantação e uso de laboratórios de óleo vegetal para a produção de biocombustível, a partir do óleo de dendê, macaúba, mamona, buriti e castanha de caju. "Temos que divulgar experiência com resultados positivos para a redução dos níveis de poluição. Apresentei como alternativa inovadora o acréscimo de 20% ao diesel de óleo vegetal produzido por matérias-primas encontradas na natureza, que são consideráveis fontes de energia. Com esta contribuição acredito que estaremos dando um passo importante e buscando parcerias importantes para esta conscientização nacional, na preservação de nosso planeta", comentou.
Fonte:
http://www.folhabv.com.br/noticia.php?id=103184
http://www.ifrr.edu.br/index.php/component/content/article/1-ultimas/667-professores-do-ifrr-tem-projeto-aceito-para-ser-patenteado
http://www.boavistaagora.com/index.php?option=com_content&view=article&id=3137:professores-do-ifrr-tem-projeto-aceito-para-ser-patenteado&catid=34:educacao&Itemid=54
acesso em fevereiro de 2011
Filtro de fibra de coco será patenteado, Folda Boa Vista, RR, 11/02/2011
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Borracha biodegradável




 


 
 

 
 
Exemplo bem sucedido de matéria-prima biodegradável é uma borracha que utiliza componentes de fontes renováveis durante o processo de fabricação. Patenteado pela Química Madater, o processo vem comprovando a sua eficácia em todos os testes a que é submetido, demonstrando que é possível se produzir um composto de látex ambientalmente correto que preserva as características de performance exigidas pelas indústrias dos mais variados segmentos. O diretor industrial e de desenvolvimento, Tulio Sergio Fulginiti, conta que a Madater fornece insumos para as indústrias de beneficiamento de borracha e que a empresa desenvolveu três soluções alternativas para este segmento. O MD 600 é um óleo vegetal modificado para substituir os óleos aromáticos, parafínicos, nafténicos e o DOPs. Já o MDCO trata-se de um derivado de cereais que entra no lugar do carbonato de cálcio e caulim. Enquanto isso, o extrato da cana-de-açúcar MD.ECR é para ser usado em vez do óxido de zinco e estearina. Com a implementação destes insumos na composição da borracha, produtos como solados de calçados, pneus e peças técnicas passam a ser de fontes renováveis ou biodegradáveis, deixando de usar óleos contaminantes, cargas minerais e metais.

"Esta tecnologia revolucionária já existe no mercado há 20 anos. O que mudou neste tempo todo é que hoje conseguimos as parcerias certas para testar e atestar a qualidade e veracidade do produto", ressalta Fulginiti, lembrando que a empresa trabalha com critérios bem definidos, de acordo com a necessidade das indústrias de transformação. O empresário destaca que um pneu convencional demora em torno de 500 anos para se decompor no meio ambiente, mas quando ocorre a substituição de alguns dos componentes por substratos de fontes renováveis, o mesmo pneu passa a se degredar em apenas cinco anos após ser descartado em local apropriado, com uma taxa de 80% de degradação. Os 20% de matéria resultante apresentam índices de metais pesados e demais substâncias restritivas dentro dos limites tolerados por normas internacionais.

O coordenador técnico do Laboratório da Qualidade do IBTeC, Ademir de Varga, conta que para a realização dos testes foram desenvolvidos três tipos de borracha - fórmula padrão, de fontes renováveis e com materiais biodegradáveis. As amostras foram submetidas a testes com o uso de ultravioleta para acelerar o processo de envelhecimento para comparar com os materiais não envelhecidos. Os resultados preliminares conferem que o produto apresenta uma boa resistência à colagem, além de ter sido aprovado nos testes químico, físico e de substâncias restritivas. O produto atingiu uma boa percentagem de biodegradabilidade e a presença de metais solúveis estão dentro dos limites", pontua Ademir. Os testes ainda seguem no laboratório do IBTeC em parceria com o PPGEM da UFRGS. O gerente industrial da IM Três Indústria e Comércio de Pneumáticos, Gerson Luis Morschbarcher, se surpreendeu com a porcentagem de biodegradação do material introduzido na linha de montagem. Os testes começaram há um ano e a expectativa de utilização é a mesma de um pneu convencional, porém, com a vantagem de ser um produto ambientalmente correto. "O pneu atende a todos os requisitos na sua utilização e ainda seus resíduos no desgaste do uso não possuem metais pesados, e nenhum produto agressivo, como óleos aromáticos", relata.
Fonte:
http://www.madater.com.br/index.php?idTela=3 acesso em agosto de 2011
Biodegradabilidade: um desafio a vencer, Luis Vieira. Revista Tecnicouro. Outubro 2011 p.43, Novo Hamburgo
Agradeço ao inventor Tulio Sergio Fulginiti (tulio@madater.com.br) pelo envio de material em dezembro de 2011 para composição desta página
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Celulose do pseudocaule de bananeira





Uma matéria prima desprezada pelos plantadores de banana de Pernambuco está transformando-se num poderoso aliado dos fabricantes de caixas de papelão para embalagens. Pesquisadores do Departamento de Bioquímica da UFPE descobriram que adicionando-se fibras do pseudocaule de bananeira à celulose, as caixas de papelão ficam muito mais resistentes. O pseudocaule é a parte da bananeira que se eleva do chão até o fruto, o equivalente ao tronco em outras espécies vegetais. Em fase de testes a pesquisa pode representar significativos ganhos de qualidade na indústria de papelão para embalagens, conhecido no meio como papelão ondulado. "Os resultados dos testes físicos foram favoráveis. A resistência da celulose aumentou em até 50%", entusiasma-se Mem Ramos, sócio-gerente da Indústria Pernambucana de Artefatos de Papelão (Ipap), empresa fundada em 1979 e com produção de 600 toneladas por mês distribuída nas regiões Norte e Nordeste.

A empresa é a primeira a comprovar as virtudes do novo processo e logo ofereceu-se como parecira da pesquisa. "Nosso próximo passo é verificar se o uso do pseudocaule de bananeira é economicamente viável", conta Ramos. Tudo indica que, como esperam os pesquisadores, a inovação também respresentará ganhos econômicos a partir da produção em alta escala. A cultura da banana é muito difundida na zona rural do norte pernambucano, o que permitirá a obtenção do pseudocaule a custos muito baixos. Por outro lado, o sisal, normalmente usado na função, está cada vez mais escasso na região O mesmo ocorre com o bambu e o pinus, utilizados apenas nas partes em que são mais abundantes Muitas fábricas de papel e papelão do Nordeste são obrigadas a importar fibras longas do Sul", conta o engenheiro químico Ricardo Petrarca, um dos membros da equipe de pesquisadores comandada pelo bioquímico Eduardo Henrique de Magalhães Melo.

Magalhães, que fez doutorado na Inglaterra, tem viajado com frequência ao exterior em busca de parcerias para viabilizar a produção de celulose com pseudocaule de bananeira. Por enquanto o processo tem sido realizado na planta-piloto instalada numa usina de açúcar de Macaparana em Pernambuco, município grande produtor de bananas. Trata-se de um projeto conjunto da Universidade Federal, do Governo do Estado e da prefeitura, com participação da Companhia Federal de Fundição do Rio de Janeiro , que cedeu equipamentos. O problema é que oritmo das pesquisas tem sido prejudicado pelos constantes paralizações causadas pela sazonalidade da indústria do açúcar, responsável pelo fornecimento de água, energia elétrica, tratamento de esgoto e outras etapas do processo de produção da celulose. A utilização da infra-estrutura de uma usina de açúcar não é por acaso, já que o processo de produção da celulose com pseudocaule de bananeira assemelha-se ao da extração do caldo de cana. O material é cortado em tiras e passa por uma forrageira, para que o excesso de líquido típico da bananeira seja retirado. Depois é misturado aos demais elementos da fórmula - bagaço de cana e aparas de papel que sobram do corte industrial - e submetido a altas temperaturas. A partir de variações do percentual de água, da pressão e da temperatura obtiveram-se fórmulas mais eficazes para ampliar a resistência da celulose.

Em tese de mestrado de 2001 junto a Esalq de Piracicaba, Maria de Lourdes Soffner apresenta um estudo que visa a produção de polpa celulósica a partir de engaço de bananeira. A autora observa que muitas espécies de bananeiras do gênero Musa tem sido exploradas para comercialização em pequena escala das fibras técnicas ou comerciais do pseucdocaule, que constituem-se em feixes fibrosos com comprimentos relacionados com o comprimento do pseudocaule. Há muitos anos vem sendo averiguada a viabilidade técnica para produzir polpa celulósica a partir de resíduos da bananeira, principalmente do pseudocaule e do engaço. Nas Filipinas o pseudocaule do abacá, uma espécie de bananeira é utilizado para produção de produtos artesanais como bolsas, sacolas e papel co elevada resistência, denominado manila paper, empregado na fabricação de sacos para acondicionamento de farinhas, cimento, cal e artigos semelhantes. No Japão, segundo dados de Medina em 1959, a fibra do abacá é utilizada para manufatura de um papelão resistente, utilizado na construção de paredes e móveis. Na Costa Rica, um dos maiores exportadores mundiais de banana, o engaço tem sido utilizado como matéria prima na produção de papéis de impressão na proporção de 10% de fibra de engaço e 90% de aparas, e também na produção de papéis artesanais. Historicamente os primeiros papéis para escrita foram produzidos a partir de plantas não madeiras, ou denominadas plantas anuais.
Fonte:
Tecnologia & Inovação para a indústria, Sebrae, 1999, página 22
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11149/tde-13122001-114259/publico/soffner.pdf
acesso em junho de 2003
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Filtro Biológico

Um grupo de quatro alunos do curso de Química da UCB, Igor Ramon, Rennis Peixoto, Cleber Pereira e Cléia Barbosa, juntamente com os professores Murilo Torres, Carlos Fortes e Regina Dalston, orientadora do projeto, foram o vencedor do II Prêmio Mostra PUC-Rio, na categoria Responsabilidade Social. Os estudantes, voluntários do Programa de Iniciação Científica, apresentaram o projeto BIO-ETARs, uma estação de tratamento de esgoto residencial desenvolvida para atender as necessidades de comunidades carentes e periferias. A solenidade de premiação foi no dia 20 de agosto, na abertura da VI Mostra PUC-Rio. A partir da data em que receber o prêmio, a equipe terá entre seis e oito meses para implantar o projeto. A Profa. Regina Dalston avalia a execução do projeto como uma maneira de melhorar a qualidade de vida das populações carentes: "Toda comunidade carente não tem saneamento básico. Essa estação de tratamento será importante porque não poluirá o meio ambiente e os custos para a implantação dela serão baixos", comentou. O grupo ainda não se reuniu para decidir qual será a comunidade carente escolhida para ser beneficiada pela estação de tratamento.

Igor Ramon, 22 anos, estudante de Química do 3º semestre da Universidade Católica de Brasília (UCB) quis melhorar suas condições de vida e a dos vizinhos. No lugar onde mora não passa água encanada. A comida, o banho e água de beber vêm de poço artesiano: "Se o problema é água suja, vamos tratá-la. Eu estudo Química, então posso fazer isso", insistia desde os primeiros meses da faculdade. A vontade de mudar o atraiu para os projetos de pesquisa científica da UCB. Em troca do contato com os mais experientes, ele passou vários meses como pesquisador voluntário. A estratégia deu certo. Em alguns meses, o projeto para criar uma estação de tratamento de esgoto ganhava corpo e uma maquete foi montada para demonstrar como o filtro biológico trataria a água sem poluir o ambiente. Em um dos tanques, a plantação de arroz produz microrganismos que absorvem a matéria orgânica. No segundo recipiente, um combinado de algas e fungos não deixa passar os micronutrientes da água. E, no terceiro aquário, uma porção de peixes pequenos se alimenta do resto que polui o líquido. De um lado do filtro sai a água limpa. Do outro, uma espécie de lodo rico em nutrientes que será usado como adubo. "A vantagem desse sistema é ser feito em terrenos úmidos e custar 40% menos que os outros métodos de tratar a água", compara o estudante.

Não foi só Igor que viu vantagens em seu filtro biológico. Uma comissão formada por oito professores com PhD em diversas áreas do conhecimento premiou a invenção do aluno da Universidade Católica como a melhor da II Mostra PUC-Rio/BR. É a sexta edição do evento, mas a segunda vez que ele retribui as criações com dinheiro. Por ser o melhor na categoria de empreendedorismo social, ele levou R$ 12 mil. O dinheiro vai ser o primeiro passo para Igor colocar o projeto em prática. Ele e mais dois colegas, que participaram das pesquisas, querem implementar o filtro no Areal. O dinheiro é muito para o estudante, que está há um semestre sem assistir às aulas por não poder arcar com as mensalidades, mas é pouco para realizar o sonho do futuro Químico. "A Católica decidiu patrocinar a experiência no Areal e dar bolsas para os estudantes continuarem com as pesquisas. Além de ser uma forma de ajudar essa comunidade carente, estaremos investindo em pesquisadores de potencial", considera a orientadora do projeto, a físico-química Regina Dalston. Depois da premiação no Rio, a Católica é mais uma instituição que acredita na capacidade do futuro Químico. Lá no Rio, Igor recebeu outras duas propostas para continuar as pesquisas. Em uma delas, ele testaria o projeto na favela da Rocinha. Mas esses são planos para o futuro. Primeiro, quer trocar os poços da vizinhança onde mora pelo filtro biológico.

Fonte: http://www2.correioweb.com.br/cw/EDICAO_20020930/sup_gab_300902_4.htm
http://www.ucb.br/extensao/Radar/Radar%2017_2002.htm
http://www.ccesp.puc-rio.br/mostrapuc/resultado_es.html
acesso em janeiro de 2003
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Pneu Xapuri





Resultado de um acordo entre a Pirelli e cooperativas de produtores de borracha natural da região Norte do Brasil, está chegando ao mercado brasileiro o primeiro pneu fabricado no País (produzido na Pirelli em Feira de Santana/BA) com borracha natural Brasileira. Trata-se do Xapuri, um pneu convencional para eixos direcionais e livres, para ser utilizado por veículos de transporte de cargas e de passageiros, em percursos de média e baixa severidade. Segundo a Pirelli, seu desenho e composto de borracha foram projetados para assegurar boa dirigibilidade e aderência em pisos secos e molhados. O novo produto é disponível nas medidas 9.00-20 e 10.00-20 e será comercializado, inicialmente, nas regiões Norte e Nordeste.

De acordo com o diretor-presidente da Pirelli, Giorgio della Seta, o lançamento de um pneu com 100% de borracha natural também faz parte da política de meio ambiente e desenvolvimento comunitário da companhia. A iniciativa é parte de um acordo firmado há mais de dois anos com cooperativas de produtores da região, e prevê o envio de especialistas da empresa para o treinamento em aprimoramento da mão-de-obra local para a melhoria dos processos de extração, produção e de beneficiamento das placas brutas de borracha. Com o lançamento do pneu Xapuri, a Pirelli estima que irá consumir mais de 150 toneladas da borracha produzida no País, principalmente nas localidades de Xapuri e de Sena Madureira, no Acre, garantindo trabalho e renda para mais de 300 famílias de seringueiros da região.

Colocar no mercado produtos de baixo impacto ambiental ou feitos por comunidades nativas consome tempo e investimento das empresas. A Pirelli, por exemplo, levou quatro anos para conseguir colocar no mercado o Xapuri, pneu fabricado com borracha extraída por seringueiros do Acre, que viviam em semi-abandono na floresta desde que a extração da borracha entrou em crise na década de 80 por causa da queda no preço do produto no mercado. Para conseguir obter látex de qualidade, especialistas da fábrica italiana foram enviados ao Acre para treinar os seringueiros. Em 2001, o Xapuri só será comercializado no Norte e Nordeste. Até 2003, a produção envolverá 6.000 seringueiros, e o pneu será vendido em todo o Brasil e no exterior.
Uma mulher acostumada aos assuntos rurais, filha de seringueiro, alfabetizada só depois de adulta, procurou há cerca de três anos o presidente de uma multinacional, expert em administração de empresas e entendido até em fibra ótica. Ela é a senadora petista Marina Silva, do Acre. Ele, Giorgio Della Seta, um italiano formado em Direito e que dirige a Pirelli do Brasil. As diferenças entre os dois desapareceram assim que a senadora começou a falar sobre a decadência da borracha no Acre. Ela propôs que a empresa de Della Seta, uma das maiores do mundo na fabricação de pneus e fibras óticas, investisse na região. O recado de Marina foi objetivo: “O senhor não acha que tem um compromisso com os seringueiros que produzem a borracha que já serviu tanto para a Pirelli?”. Della Seta achou que sim. Três anos depois do encontro, a Pirelli está lançando um pneu para caminhão batizado de Xapuri. Segundo a empresa, será o único pneu no mundo a usar borracha extraída de seringais nativos.

A volta às origens da indústria é uma jogada institucional. "O Xapuri é um investimento social", diz Della Seta. Com a ajuda de técnicos da empresa, os seringueiros da região aprenderam como produzir uma borracha de qualidade superior. "Gostaria que os nossos concorrentes também comprassem a borracha de lá. Se a atividade não tiver apoio das empresas poderá desaparecer", adverte Della Seta.
Fonte:
http://www.cebds.com/jornal/responsabilidade.htm
http://www.revistaocarreteiro.com.br/ano2000/Edicao310/pneu310.htm
http://www.isegnet.com.br/mostre_noticias.asp
http://www.terra.com.br/istoedinheiro/138/negocios/neg138_07.htm


acesso em março de 2002
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Recuperação de solos

Uma 'parceria' entre bactérias e árvores está possibilitando o reflorestamento de áreas degradadas no Brasil. Pesquisadores da Embrapa Agrobiologia -- sediada em Seropédica (RJ) -- desenvolveram uma técnica para recuperar a formação vegetal de áreas com solo empobrecido e encontraram uma solução barata e eficiente de recuperar essas regiões em pouco tempo. Através de uma associação natural entre bactérias e árvores leguminosas (como o angico, o maricá e o pau-jacaré), os cientistas estão desenvolvendo mudas de plantas mais resistentes às condições adversas causadas pelo solo infecundo. E essas mudas são responsáveis por estabelecer o processo de sucessão natural da vegetação nas áreas degradadas.
"São áreas onde a natureza não consegue mais responder por ela própria", resume Eduardo Campello, engenheiro florestal da Embrapa, que desenvolve o projeto com os pesquisadores Avílio Franco e Sérgio Faria. Para recuperá-las, os cientistas potencializaram um associação natural -- chamada simbiose -- existente entre bactérias e leguminosas. A simbiose é uma troca entre seres vivos proveitosa para ambos os lados: as bactérias do solo fornecem à árvore nitrogênio retirado do ar, enquanto recebem carboidratos oriundos da fotossíntese. A técnica desenvolvida pela equipe consiste em otimizar essa associação. O grupo seleciona as linhagens de bactérias mais eficientes e produz mudas de árvores associadas a essas bactérias. Após uma seleção das melhores mudas, as leguminosas são plantadas em viveiros e depois encaminhadas a áreas degradadas. As árvores desenvolvidas pela Embrapa já foram plantadas em regiões afetadas pela mineração no Pará, algumas cidades do Nordeste e em áreas de encosta do estado do Rio de Janeiro.

A própria natureza deu a pista aos pesquisadores, que só precisaram potencializar as relações entre as leguminosas e as bactérias. Com a nova técnica, não foi somente a capacidade de recuperação da cobertura vegetal aumentou. Outras espécies de árvores, mais difíceis de ser reintroduzidas no ambiente, foram favorecidas pela capacidade de regeneração das leguminosas. Isso quer dizer que a implantação das leguminosas criou um ambiente propício para outras árvores germinarem, e assim diminuiu o tempo de recuperação da cobertura vegetal, a chamada sucessão natural. Além do 'enriquecimento' com bactérias, os pesquisadores também utilizam fungos micorrízicos, que também vivem no solo e se associam não só com as leguminosas, mas também com outras árvores. Esses fungos são responsáveis por aumentar a capacidade de absorção de fósforo e água na planta, além de lhe conferir mais resistência a situações de estresse ambiental. Sem essas características, a planta necessitaria de cuidados mais específicos, como boas condições climáticas e adubação especial. Assim, a dupla associação entre bactérias e fungos oferece à planta a capacidade de se reproduzir em ambientes degradados e, dessa forma, promover o reflorestamento de outras espécies de árvores.

Fonte:
http://www.uol.com.br/cienciahoje/chdia/n060.htm

acesso em fevereiro de 2002
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Encosto de fibra de coco

Uma iniciativa, ligada ao Programa Pobreza e Meio Ambiente na Amazônia (Poema), está unindo pequenos produtores de coco do interior do Pará à multinacional alemã DaimlerChrysler, com bons resultados para todos os envolvidos. O projeto consiste na utilização de fibras naturais, extraídas da casca do coco, na fabricação de encostos de cabeça, pára-sol interno, assentos e encostos de bancos, que equipam veículos Mercedes-Benz produzidos no Brasil. Por sua participação no programa, a DailerChrysler conquistou o prêmio Eco 2001, concedido pela Câmara Americana de Comércio (Amcham-SP). O Poema foi idealizado pela Universidade do Pará na época da Rio 92, com o objetivo de frear a devastação dos ecossistemas amazônicos, dar trabalho à população local e promover a utilização de matérias-primas renováveis. Para tanto, propôs parceria a DaimlerChrysler, que investiu US$ 1,4 milhão na pesquisa "Tecnologia Ecológica", onde foram estudadas várias alternativas de matérias-primas (fibras, óleos, corantes, resinas e borracha) até alcançar um produto competitivo e de qualidade.

Para viabilizar a técnica proposta, um projeto experimental foi montado na comunidade de Marajó, com a produção de encostos de bancos para caminhões. A produção industrial veio com a inauguração, em março último, da Poematec Ltda., uma fábrica de produtos feitos de fibra de coco criada por oito professores e pesquisadores da Universidade do Pará, em Ananindeua, região metropolitana de Belém. O investimento foi de R$ 8 milhões, da Daimler - que cedeu os equipamentos em comodato por dez anos -, do Banco da Amazônia (Basa) e do governo do Pará. As cascas de coco são fornecidas por oito comunidades, que instalaram pequenas fábricas para o processamento da fibra do coco. A partir daí, a Poematec produz os componentes finalizados. Quanto chegar a sua capacidade total, por volta do final de 2002, a indústria consumirá, por mês, 45 toneladas de fibra de coco e 35 toneladas de látex natural. Com isso, deverá gerar 150 empregos diretos na ponta e 400 empregos nas unidades fabris. "O projeto Poema, além de atender à política ambiental mundial do grupo, de produzir veículos o mais compatíveis com o meio ambiente e recicláveis possíveis, demonstra o compromisso da empresa com o desenvolvimento de ações de caráter social", diz Manfred Straub, diretor de Compras de Material da DaimlerChysler do Brasil. Para José Sinval Vilhena Paiva, diretor executivo da Poematex, a iniciativa concretiza o desafio do Poema: "fazer o caboclo entrar no sistema de produção através dos produtos naturais da Amazônia".
"Isso aqui foi uma parceria, uma idéia da universidade, o Poema e a comunidade de Praia Grande. Daí surgiu a idéia de montar essa fábrica. Para a gente é super importante, pra mim que antes era desempregado não tinha o que fazer. É trabalhar com uma coisa que antes não tinha utilidade, hoje é de super utilidade." afirma Nazareno Tavares, funcionário e sócio da Pronamazom. "A Mercedes Benz simplesmente está no projeto como uma alavancadora, ela faz com que as coisas aconteçam, a minha estadia nesse projeto faz parte desse alavancar. A Mercedes Benz não tem interesse em montar a empresa, a empresa não é Mercedes Benz, a empresa é da comunidade." diz Wilson Moura, Engenheiro de Planejamento de Projetos Mercedes Benz. A Mercedes Benz repassou ao Poema em 1992 um milhão de dólares. Com esse dinheiro o Poema criou um laboratório para estudar fibras, resinas, óleos e investiu em vários projetos em 3 regiões do Pará, uma delas Ponta de Pedras. Na pesquisa tecnológica feita com o coco a participação dos caboclos da Praia Grande foi fundamental. Eles modificaram muita coisa e adaptaram máquinas para agilizar a produção. Essa engrenagem que faz a fibra do coco virar quase uma corda é na verdade um eixo de roda de carro. Idéia de caboclo. Para trabalhar com a casca do coco foram criadas duas fábricas em Ponta de Pedras. A Pronamazon produz 5 mil encostos por mês. São 7 funcionários fixos que ganham um salário de 250 reais. Todo o lucro gerado pela venda dos encostos a Mercedes Benz vai para a comunidade da Praia Grande. É como se todos fossem sócios e empresários.

Anteriormente, a casca de coco era queimada como lixo. Agora, seu uso é uma demonstração de que é possível gerar renda através uso sustentável dos recursos naturais. Os produtos AMAZON GARDEN - POEMATEC, que integram o Programa POEMA - Pobreza e Meio Ambiente na Amazônia, da Universidade Federal do Pará, provêm de sistemas agroflorestais que recuperam áreas alteradas e aumentm a produtividade dos coqueirais. A cadeia produtiva do coco envolve, na produção, cerca de 5.000 pessoas de 17 comunidades rurais. A extração da fibra se dá em 7 agroindústrias comunitárias no interior do Estado do Pará, que comercializam o produto diretamente no mercado local, para a indústria POEMATEC. A comercialização da linha de jardinagem beneficia as comunidades ruaris e é, hoje, um incentivo para o uso de materiais recicláveis. A utilização do látex vem dando um novo impulso para a produção de borracha, servindo como insumo importante para as peças produzidas.

A empresa Ouro Fértil Fibras Naturais SA, alega ter sido a pioneira na utilização de mantas de fibra de coco para uso em jardinagem no Brasil, inclusive com entrada de pedido de patente PI 97017981no INPI. As mantas de fibra de coco assim como o vaso de fibra de coco o COQUIM foram lançados e inventados pela Sra. Maria Luiza Puzzi Abbud , socia gerente da empresa. Scandar Abudd Neto, sócio da Ouro Fertil explica as negociação da empresa com a Mercedes: "Fomos procurados pela Mercedes Benz do Brasil em 1998 que que terceirizava bancos de automoveis na mesma empresa que faziamos nossos produtos, para uma possivel parceria. Após varias tentativas de associação por parte da Mercedez, e após terem tido acesso a nosso plano de empresa e produtos, colocaram a Poematec para produzir nossos produtos em Belém do Pará, após a nossa empresa ter inclusive aberto uma filial , no local onde hoje funciona a Poematec ltda."

A empresa Ouro Fértil, pioneira na fabricação de produtos a base de fibra de coco no país, possui a maior a mais moderna fabrica de produção nesta área de produtos para jardinagem no país. Sua matéria prima advém de comunidades carentes de catadores de coco, considerado lixo e hoje reciclado devido ao pionerismo de nossa empresa no país. Associada a varias ongs, tais como spvs e wri,luta pela preservação do xaxim na mata atlantica. Seus produtos são: vasos, meio vasos, mantas, placas, estacas, coco disco fibrilas e adubo a base de pó de coco. Os produtos após serem testados revelaram-se biodegradáveis,não deformavel, com ação fungicida e feito tratamento para retirar o excesso de tanino. As mantas podem ser encontradas em várias medidas e densidade, variando de prensadas a mais fofas. Há uma série de utilizações das mantas desde a industria como filtros, paisagismo, até cobertura de encosta anti-erosão e placas de isolamento termo- acustico.

A patente PI9701798 refere-se a um processo para obtenção de produtos em fibras vegetais e não a uma disposição construtiva introduzida em produtos confeccionados com fibras vegetais, uma vez que tal processo é constitupido por moldagem da manta de produtos fegetais, em espedial, a apartir de fibra de coco, as quais são extrapídas do mesocarpo, a parte fibrosa da caca do fruto; processo este que é caracterizado por essas fibras serem submetidas à secagem para diminuição do teor de umidade e, posteriormente, desfibriladas em fragmentos de dimensões uniformes e adequadas para, em seguida, serem ou não selecionadas e confeccionadas em forma de corda, para assumirem um desenvolvimento substancialmente helicoidal, sendo essas fibras aglomeradas e mutuamente coladas em seus pontos d contato com resina de látex natural, ao memso tempo que são adequadamente prensadas, para a obtenção do produto final.

A invenção é dirigida ao aperfeiçoamento de um processo de obtenção de produtos a partir de fibras vegetais. Especificamente a invenção contempla um processo cuja matéria prima é um resíduo da utilização dos frutos do coqueiro, sendo portanto de baixo custo e biodegradabilidade; onde os produtos concebidos pelo referido processo são dotados de alta resistência mecânica, de boa respirabilidade, de baixa inflamabilidade e de resistência a ataques de insetos, principalmente cupins e microrganismos em geral, propiciando assim lenta degradação. Os produtos confeccionados, são constituídos por um conjunto denominado “manta” de fibras vegetais, envolvidas por látex natural, encrespadas de modo substancialmente helicoidal, irregular ou em mantas, mutuamente coladas em seus pontos de contato, sendo conformada e cortada de acordo com o formato final desejado para os produtos.

O processo de moldagem da manta em forma de produtos vegetais, segue três etapas: Os produtos vegetais são confeccionados com fibras vegetais, em especial, a partir de fibras de coco, as quais são extraídas do mesocarpo, parte fibrosa da casca do fruto, submetidas à secagem para a diminuição de teor de umidade, e posteriormente desfibriladas em fragmentos de dimensões uniformes e adequadas. Em seguida, as fibras são ou não selecionadas e confeccionadas em forma de corda para assumirem um desenvolvimento substancialmente helicoidal, dependendo do produto. Depois as fibras são aglomeradas e mutuamente coladas em seus pontos de contato, com resina de látex natural, ao mesmo tempo que são prensadas, para se obter uma manta, com uma densidade adequada ao uso do produto final.

Fonte:
http://www.estadao.com.br/ciencia/banco/noticias/2001/ago/24/131.htm
http://www.tvcultura.com.br/caminhos/08belem/belem2.htm
acesso em junho de 2002
http://www.ufpa.br/poema/
http://www.bolsaamazonia.com/projetos.asp
acesso em setembro de 2002
Agradeço a Scandar Abbud Neto (scandar.abbud@itelefonica.com.br) pelas informações a respeito da empresa Ouro Fértil enviadas em maio de 2005 para composição desta página
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Cabide de bambu

A destinação do bambu como matéria-prima para a geração de trabalho e renda vem sendo utilizada com sucesso há cerca de 15 anos pelo Programa de Desenvolvimento do Ciclo do Bambu no Brasil. Presente em sete estados, o programa beneficia diretamente cinco mil pessoas de baixa-renda e, em decorrência do interesse de setores empresariais e governamentais, deverá ser implantado em outros estados do País, como Amapá. O principal objetivo do programa é a promoção do bem estar físico, social, cultural e econômico e para a reintegração da população excluída ao meio produtivo. Segundo um de seus idealizadores, Lúcio Ventania, o projeto já permitiu o desenvolvimento de produtos premiados, como o cabide de bambu, que Ventania classifica como "o verdadeiro e bom cabide de empregos".
O cabide, feito com matéria-prima 100% biodegradável e compatível com a preservação do meio ambiente, vai estar sendo exposto na Feira de Milã o, no próximo mês. "A idéia é que este e outros produtos desenvolvidos pelas nossas cooperativas possam estar sendo exportados para outros países, principalmente os da Europa, onde o bambu é muito bem aceito", avalia Lucio Bruch, presidente da fundação Zeri Brasuk, uma das entidades que apóiam o Projeto Bambu. Além do cabide, as cooperativas de trabalho, cerca de 50 espalhadas pelos estados de Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Alagoas, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal, Espírito Santo e Paraná, também produzem brinquedos educativos, maletas, bolsas, acessórios, ventiladores, jogos e móveis de "baixo custo e altíssima qualidade", informa Bruch. Em Alagoas, por exemplo, onde são produzidos cerca de três mil cabides por mês, os produtos são embalados com papel reciclado, feito do bagaço de cana-de-açúcar. O bagaço está sendo utilizado em razão de acordos firmados com usineiros locais, que disponibilizam a matéria-prima e também algumas ferramentas de trabalho.

Além de setores empresariais, o projeto ganhou também a adesão de outros parceiros, como as prefeituras dos locais onde são desenvolvidas as oficinas e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). A exportação dos produtos, de acordo com Ventania, deverá ser feita graças ao apoio do Sebrae. Um outro produto que já foi idealizado, mas ainda não encontrou parceria para ser colocado em prática, é a armação de óculos de bambu. "O produto é lindo, temos certeza que terá grande aceitação no mercado internacional, mas é necessário encontrarmos um parceiro que nos ajude a desenvolver e implantar o projeto", destaca Ventania.

O bambu alcança seu ponto de maturidade de produção aos três anos e quanto mais de colhe, mais se produz, portanto, não é necessário ser replantado. O ciclo de vida das espécimes, que chegam a cinco mil, varia de 60 a 160 anos. "Ele não é exigente em termos de solo, pode se adaptar muito bem a variados climas, tanto os do Sul quanto os do Norte e Nordeste do Brasil. Além disso, há muita abundância dessa matéria-prima no Brasil", explica o idealizador do Projeto Bambu. "É hora de as empresas entenderem que já estamos nos preparando para um grande plano de cultivo, para atender toda a demanda."

Negro, de origem indígena, Ventania passou toda a sua vida no bairro de classe média baixa Padre Eustáquio, noroeste de Belo Horizonte, onde sua mãe, dona Totinha, sempre esteve envolvida com movimentos sociais de ajuda à comunidade pobre. O bambu entrou em sua vida pelas mãos de "mestre Lu", como era conhecido um vizinho descendente de chinês, responsável pelo aprendizado do ofício do então menino Ventania, aos 10 anos. "Ele me contava histórias que, mais tarde, quando me dediquei ao estudo e às pesquisas sobre o bambu, reconheci na literatura do Oriente", lembra o artesão. Ventania e os irmãos cresceram em contato com populações muito carentes, em especial com meninos de rua. E foi justamente entre eles que o artesão deu início a seu projeto de divulgação do bambu não só como uma prática comercial, mas também de integração social. Uma das oficinas mais antigas montadas sob sua orientação é a Vereda, projeto de socialização de meninos de rua lançado há oito anos pela prefeitura de Belo Horizonte. As iniciativas da Bamcrus começaram isoladas, mas atualmente colhem os frutos de parcerias com governos municipais, com entidades empreendedoras como o Sebrae ou com organizações não-governamentais (ONGs), como a Cooperação Brasil-Alemanha, que investe em programas ambientais de cunho social.

Fonte:
http://www.estadao.com.br/ciencia/banco/noticias/2002/mai/10/70.htm
http://www.bhnet.com.br/da/rv_entrevista.htm
acesso em junho de 2002
http://200.252.248.103/sites/revistasebrae/05/temadecapa_04.htm
acesso em dezembro de 2002
http://www.bamcrus.com.br/
acesso em fevereiro de 2005
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Remediação de Efluentes de Indústrias Têxteis

Com estrutura lamelar, materiais à base de alumínio e magnésio, desenvolvidos no LQES – Laboratório de Química do Estado Sólido, do Instituto de Química, da Unicamp, mostraram grande potencial na "descoloração" de efluentes de indústrias têxteis. O resultado foi apresentado no trabalho de mestrado de Odair Pastor Ferreira, orientado pelo Prof. Oswaldo Alves e defendido no final de julho 2001. A idéia básica do trabalho foi o desenvolvimento de metodologia para a produção dos materiais com controle da porosidade, do conteúdo dos diferentes íons metálicos e contra-íons, da carga superficial e da cristalinidade. Característica interessante destes materiais é a possibilidade de serem reciclados (pelo menos por 5 vezes), via reconstrução estrutural, no processo de eliminação da cor, sem perda significativa de suas propriedades. Testes com efluentes industriais mostraram que pode ser eliminada cerca de 98% da cor de corantes aniônicos, que absorvem na região de 300-750 nm.
Como a cor dos efluentes é, sobretudo, um problema de moda, acreditam os autores que o material, dada sua versatilidade, possa ser "adaptado" para os diferentes tipos de corantes utilizados no tingimento. A performance do material desenvolvido é cerca de 50% maior que a do carvão ativo, classicamente utilizado em tais processos. O desenvolvimento em questão é o segundo exemplo de aplicação da Química do Estado Sólido ao design de materiais para a remediação de efluentes indústriais realizado no LQES. Iara Gimenez, em trabalho de mestrado, desenvolveu cerâmicas porosas à base de fosfato, na qual foi imobilizada a enzima peroxidase do rabanete. O sistema mostrou elevada capacidade na descoloração de efluentes de indústrias papeleiras. Ambos os casos estão cobertos com pedidos de privilégio.

A tese: "Desenvolvimento de Materiais Porosos Bidimensionais, à Base de Al3+ e M2+ (Zn, Mg), para Uso na Remediação de Efluentes de Indústrias Têxteis", de autoria do pós-graduando Odair Pastor Ferreira, realizada sob a supervisão do Prof. Oswaldo Luiz Alves, defendida no Instituto de Química da Unicamp em 2001, foi a vencedora do "Premio UNESCO-ORCYT a las Tesis de Maestría Defendidas en Instituiciones Académicas del Mercosur Ampliado (Prêmio UNESCO-ORCYT de Teses de Mestrado Defendidas em Instituições Acadêmicas do Mercosul Ampliado), na modalidade Química. O Prêmio UNESCO-ORCYT tem como objetivo premiar teses que tenham contribuído, de maneira significativa, para o conhecimento científico ou avanço tecnológico e que, ao mesmo tempo, tenham demonstrado excelência científica. O presente Prêmio, nessa versão, contemplou as teses defendidas nos anos de 1999, 2000 e 2001, nas áreas de Biologia, Física, Matemática e Química. Os resultados do trabalho em questão geraram uma patente, depositada pela Unicamp no INPI, em fevereiro de 2002.

O novo material surge como alternativa mais eficiente e possivelmente, mais econômica para o tratamento de efluentes de indústrias têxteis. Composto de alumínio e magnésio o material é capaz de eliminar cerca de 98% da tintura remanescente do processo industrial que utiliza corantes reativos, contra os 50% obtidos com absorventes convencionais, como o carvão ativo. Além de reduzir significativamente o impacto ambiental gerado por esse tipo de indústria, o material concebido no LQES tem uma vantagem extra sobre a solução tradicional: pode ser reciclado e reutilizado por pelo menos cinco vezes, sem perda de eficácia.

De acordo com o coordenador do LQES e orientador do trabalho professor Oswaldo Luiz Alves, os resultados obtidos em laboratório foram confirmados por testes realizados em situação real, com efluentes de uma indústria têxtil da região de Campinas. O reaproveitamento do material é feito por meio de um processo de decatação, o qual possibilita sua separação do efluente já tratado. Em seguida o corante é eliminado através de decomposição térmica: " Isso causa algumas modificações no material, mas quando o colocamos novamente em contato com uma nova amostra do efluente, toda a sua característica inicial é recuperada. Tal ciclo pode ser repetido por pelo cinco vzes, sem que haja perda de eficiência no tratamento" , diz Ferreira. "Não se trata simplesmente de tirar substâncias inconvenientes de um lugar e depositá-las em outro. O aquecimento decompõem a substância responsável pela cor, permitindo a retomada do processo".

O professor Oswaldo Luiz Alves (à direita), coordenador dos trabalhos, e o pesquisador Odair Pastor Ferreira: atenuando os efeitos dos corantes (Fotos: Antônio Scarpinetti/Divulgação)A Unicamp acaba de firmar contrato de licenciamento de uma tecnologia para tratamento de efluentes industriais. Por meio do acordo, a Contech Sistemas Químicos Integrados, empresa brasileira com sede em Valinhos (SP), poderá explorar comercialmente a tecnologia, desenvolvida no Laboratório de Química do Estado Sólido do Instituto de Química da Unicamp (IQ). A tecnologia licenciada é usada na remediação de efluentes, com ênfase no aspecto de descoloração, minimizando os efeitos dos corantes sobre o meio ambiente. O professor Oswaldo Luiz Alves, responsável pela pesquisa, explica que os corantes lançados por indústrias em rios e córregos geram um problema ambiental muito sério. “Hoje, a cor de rios e córregos muitas vezes muda de acordo com a cor da moda em razão dos corantes usados para tingir tecidos”, afirma o docente.

A Contech também aposta no diferencial da tecnologia. “Além de ser ecologicamente correto por sua capacidade de reaproveitamento em vários ciclos, ele propicia ainda diversos benefícios secundários ao efluente como, por exemplo, a redução da carga orgânica total e dureza da água”, explica Ricardo Reis de Carvalho, presidente da empresa. Segundo ele, o mercado é promissor porque as empresas que utilizam os processos convencionais de tratamento atualmente disponíveis para estas aplicações enfrentam problemas para atender à legislação referente à qualidade da água tratada, em razão da baixa eficiência destes processos. Ademais, embora o foco da pesquisa tenha sido o tratamento de efluentes provenientes de indústrias têxteis, é possível fazer uma customização do material, ou seja, ele pode ser adaptado ao tipo de corante e à técnica utilizada em diversos setores industriais. “Nosso mercado-alvo são as indústrias papeleira, têxtil, e de curtumes, mas estamos convictos de que todos os setores produtivos com forte dependência da água serão beneficiados pelo uso desta nova tecnologia”, aposta Carvalho.

Para o empresário, a melhoria da qualidade da água propiciará seu reaproveitamento no processo, melhorando sua continuidade e produtividade. “Indiretamente, os usuários domésticos podem também ser beneficiados pela menor demanda de água industrial”, completa.Os pesquisadores também acreditam que, assim que chegar ao mercado, a tecnologia vai contribuir para a manutenção do meio ambiente. “O desafio agora é passar pelo sistema piloto para o de produção”, avalia Alves. Para o docente, o licenciamento representa mais uma vitória para o Laboratório de Química do Estado Sólido, que completa 25 anos de atuação em 2007. Alves explica que as pesquisas no laboratório passaram por diversas fases, desde a pesquisa básica até o processo de criação de novas tecnologias. “A pesquisa básica nos fortaleceu do ponto de vista científico. Teremos agora nosso primeiro produto no mercado”, disse o professor.

Segundo o presidente da Contech, a expectativa da empresa com o desenvolvimento desta tecnologia em conjunto com a Unicamp é adentrar fortemente na área de tratamento de efluentes em diversos segmentos industriais no Brasil e no exterior. “Estaremos realizando inovação com valor agregado e responsabilidade sócio-ambiental na área de tratamento de efluentes em diversos segmentos do mercado”, coloca. O presidente diz que a previsão para que a tecnologia faça parte de seu portifólio de soluções é de aproximadamente 2,5 anos para finalização dos testes laboratoriais, escalonamento de produção e estruturação da planta industrial para a produção do material. “Nossos esforços estão voltados para encurtar ao máximo este prazo”, coloca.

A Contech atua na área química no Brasil e em países da América do Sul e da Europa, e tem como foco principal o fornecimento de sistemas e produtos químicos biodegradáveis aplicados em diversas áreas industriais, principalmente no setor de papel e celulose. No Brasil, a empresa é líder do mercado de tratamento químico contínuo das vestimentas em máquinas de papel e celulose, além de atuar fortemente no controle de contaminantes de fibras recicladas e de celulose, usando as mais avançadas tecnologias disponíveis atualmente. O projeto para desenvolvimento da tecnologia começou em 1999 sob a coordenação do professor Oswaldo Luiz Alves e, em 2001, resultou na dissertação de mestrado desenvolvida por Odair Pastor Ferreira. No mesmo ano, o trabalho foi eleito o melhor da área no âmbito do Mercosul. O depósito da patente foi feito em 2002 e desde então a tecnologia despertou o interesse de empresas. O licenciamento foi concretizado seguindo a Lei de Inovação, por meio de edital para seleção da empresa.

Para Carvalho, a interação entre universidade e indústria, que permitiu o acesso de sua empresa à tecnologia, é hoje uma realidade viável. “Existe o marco regulatório da Lei da Inovação, as agências de inovação promovem o contato [empresa e universidade], e o governo estimula projetos de PD&I através de linhas da Finep, por exemplo.” De acordo com ele, um dos reflexos desta interação é que as empresas estão contratando mais mestres e doutores para prospecção de novas tecnologias. “A Contech dispõe do Centro de Desenvolvimento & Tecnologia – CDT, onde atua um corpo de pesquisadores formado por mestres e doutores para a melhoria contínua dos produtos químicos e sistemas oferecidos, sobretudo pela prospecção de novas tecnologias”, coloca. Para o professor Oswaldo Alves, a interação entre universidade e empresa é facilitada pelo papel das agências de inovação dentro das universidades. “O papel da Inova Unicamp foi muito importante para conseguirmos essa parceria”, conclui.

Fonte: http://200.177.98.79/jcemail/Detalhe.jsp?id=2149&JCemail=2028&JCdata=2002-05-08
http://lqes.iqm.unicamp.br/canal_cientifico/em_pauta/em_pauta_novidades_28.html
acesso em maio de 2002
http://www.sbq.org.br/publicacoes/beletronico/bienio0204/boletim329.htm
http://www.unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje/jornalPDF/175-pag11.pdf
acesso em março de 2003
http://www.unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje/ju/setembro2007/ju373pag02.html
acesso em outubro de 2007
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Esta página não é uma publicação oficial da Rede de Tecnologia do Rio de Janeiro, seu conteúdo não foi examinado e/ou editado por esta instituição, tampouco foi realizada qualquer análise de mérito ou técnica nas invenções descritas. A responsabilidade por seu conteúdo é exclusivamente do autor.
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Couro Vegetal





Com o início da demanda do mundo industrializado pela borracha, os empresários "Seringalistas", ou "Coronéis de Barranco" estabeleceram na Amazônia um sistema de semi-escravidão capitalista: Eles obrigaram grande parte da população indígena de forma violenta a trabalhar para eles, transformando-os em "caboclos seringueiros". Os ingleses logo descobriram o potencial econômico da borracha, e no ano 1876, um Inglês chamado Henry Wickham levou sementes de seringa da Amazônia para Inglaterra. Foram formados os seringais de cultivo na Malásia, e a produção estrangeira superou logo a produção Brasileira.

Houve um segundo surto da borracha no Brasil durante a segunda guerra mundial, quando aumentou a demanda pela borracha e os brasileiros sujeitos ao serviço militar tinham que escolher entre lutar na guerra ou trabalhar como seringueiro na Amazônia. Com o fim da guerra a demanda novamente caiu. A partir de de 1970 chegaram os fazendeiros na Amazônia, expulsando os Seringueiros, derrubando a floresta e assim iniciando os conflitos de terra. Sob esta ameaça, os seringueiros começaram a se unir em cooperativas e sindicatos, e surgiram as grandes lideranças dos seringueiros como Chico Mendes, assassinado em 1988 pelos fazendeiros Darly e Darcy Alves da Silva.

Devido às dificuldades econômicas, a falta de condições básicas de saúde e educação, mais e mais seringueiros abandonam a floresta num grande êxodo rural e vão pelas periferias das cidades, onde a miséria continua crescendo. Para incentivar a permanência dos seringueiros na floresta, precisa-se encontrar formas de beneficiamento do látex mais rentáveis, sendo uma delas o Couro Vegetal.
Em 1978, Wilson Manzoni, artesão paulista, presidente e fundador da APAS chegou a Rio Branco do Acre. Ele conheceu o padrinho Sebastião Mota de Melo, seringueiro e líder comunitário, com quem conviveu e aprendeu os mistérios da Seringa. Foi pioneiro na comercialização do artesanato de uso do seringueiro e sapato de seringa, valorizando e levando este produto para a cidade, abrindo mercado nas lojas de artesanato como souvenir. O pedido de patente PI0005213 de Wilson Antonio Manzoni da Couro Vegetal da Amazônia S.A. refere-se a PROCESSO E COMPOSIÇÃO PARA OBTENÇÃO DE TECIDO EMBORRACHADO" e trata de um processo e a uma composição, contendo látex, para a fabricação de lâminas de tecido emborrachado. O processo da presente invenção consiste nas etapas de formulação da composição; ciclos sucessivos de impregnação e defumação; e maturação. Também faz parte do escopo da presente invenção uma composição de impregnação que consiste essencialmente em uma solução aquosa contendo látex, fonte de enxofre e acelerador de vulcanização. As lâminas de tecido emborrachado obtidas da presente invenção podem ser submetidas a processos subsequentes de manufaturamento para a fabricação de bolsas, malas, valises, vestimentas, agendas, carteiras, sapatos, e outros artefatos usuais em couro.
João Augusto Fortes e Maria Beatriz Saldanha Tavares, ainda à luz da mobilização provocada pela morte de Chico Mendes, se juntaram na criação da primeira loja no Brasil especializada em produtos ecológicos, o EcoMercado, no Rio de Janeiro. Na busca de produtos, os fundadores do EcoMercado foram contatados por seringueiros de Boca do Acre (Amazonas) que apresentaram-lhes o saco encauchado, um tecido impermeável tradicionalmente usado pelos seringueiros como embalagem para transporte de látex e de bagagens pessoais. Em maio de 1992, foram lançadas as primeiras peças confeccionadas com este tecido emborrachado. A necessidade de uma pesquisa de produção mais profunda ficou evidente um mês depois quando surgiram reclamações de consumidores: devido à oxidação, a superfície da borracha começava a se desmanchar. Os anos seguintes foram principalmente dedicados a pesquisa e ao desenvolvimento da tecnologia de produção. Só no início de 1994, foi criado um processo exclusivo de vulcanização da borracha, adaptado a realidade dos seringais nativos, que conferiu ao Treetap® a qualidade necessária para sua comercialização. Percebeu-se, então, a necessidade de adaptá-lo às exigências do mercado dando início a uma série de pesquisas. O processo de aprimoramento e adaptação deste artesanato tradicional para o mercado internacional deu origem ao Projeto Couro Vegetal da Amazônia S/A, fundada em 1994 pelos mesmos empresários. Em 1994 um pedido de patente foi depositado por João Fortes (PI 9402908-3).

O pedido patente PI9402908 de João Augusto de Andrade Fortes, que foi indeferido eplo INPI, trata de "Aperfeiçoamento em Processo de Beneficiamento de Tecido Emborrachado para Produção de Lâminas de Couro Vegetal", compreendendo a adição, de látex, de solução de potassa a 10% na proporção de 0,4% sólido sobre o peso seco de borracha no látex, e adição, visando a efetivação da vulcanização e proteção à borracha, ao látex, de ingredientes obedecendo à seguinte formulação em peso: borracha seca (100), enxofre (1), óxido de zinco (0,5), BDC (dibutil ditiocarbonato de zinco), antioxidante do tipo fenol-estirenado, homogeneizado, peneirado e aquecido a 45°C-50°C, para utilização no emborrachamento dos tecidos através de sucessivos banhos alternados com igual número de defumações seguidos das secagens em estufas e ao ar livre, pelos períodos adequados, e à lixiviação em água corrente.

O Projeto Couro Vegetal da Amazônia é o resultado da aliança formada pela empresa Couro Vegetal da Amazônia S.A., Instituto Nawa para o Desenvolvimento do Extrativismo Sustentável na Amazônia e três associações de produtores: Associação dos Seringueiros e Agricultores da Reserva Extrativista do Alto Juruá (ASAREAJ), Associação dos Produtores de Artesanato e Seringa (APAS), Associação dos Seringueiros Kaxinawá do Rio Jordão (ASKARJ). A empresa recebeu o prêmio CNI de Gestão do Design Ecológico em 2001

Desde 1991, o Projeto trabalha no aprimoramento do artesanato tradicional do seringueiro da Amazônia de forma a torná-lo competitivo para o mercado internacional. Através de inovadoras tecnologias, o Projeto desenvolveu o couro vegetal - Treetap®, devolvendo à borracha nativa os melhores padrões de qualidade e enfatizando seu valor cultural e ecológico. O Treetap® é um tecido emborrachado com látex natural vulcanizado através de um processo tecnológico exclusivo, desenvolvido especialmente para a realidade dos seringais nativos da Amazônia. O Treetap® é utilizado para fabricação de bolsas, mochilas, pastas, artigos de vestuário, calçados, encadernações e revestimentos. A produção do Treetap® é uma alternativa econômica para populações seringueiras, contribuindo para a valorização de suas culturas tradicionais e para preservação e uso sustentável da biodiversidade de suas Terras Indígenas e Reservas Extrativistas.

Em novembro de 2001, a Cooperativa de Produção de Sapatos e Acessórios de Couro de Franca (Cocalfran) firmou uma parceria inusitada. Chamou a tribo indígena Kaxinawa, do Acre, para extrair látex, e os seringueiros do Acre e de Rondônia para transformar essa matéria-prima em couro vegetal. Toda a produção foi destinada às 20 empresas cooperadas da Cocalfran para a fabricação de calçados femininos "ecológicos". Além do couro vegetal, sola e salto são de madeira de reflorestamento. "Não tem química", afirma José Osmar Ernesto, presidente da Cocalfran, destacando que o Comitê Chico Mendes, que busca parcerias para ampliar o uso do couro vegetal, foi o responsável pela aproximação da Cocalfran com os seringueiros e a tribo indígena. Oito modelos acabam de chegar às lojas de Franca. Até dezembro de 2002 eles estarão chegando também ao mercado nacional.
Fonte: http://treetap.amazonlife.com.br/centro.htm
http://www.amazonlink.org/seringueira/couro_vegetal_seringueiros.html
http://www.cni.org.br/premio-cni/vencedores2001.htm
acesso em fevereiro de 2002
http://pegn.globo.com/revista/index.asp?d=/edic/ed160/circuito.htm
acesso em abril de 2003
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Esta página não é uma publicação oficial da Rede de Tecnologia do Rio de Janeiro, seu conteúdo não foi examinado e/ou editado por esta instituição, tampouco foi realizada qualquer análise de mérito ou técnica nas invenções descritas. A responsabilidade por seu conteúdo é exclusivamente do autor.
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Em tempos de crise energética

Em tempos de crise energética, o uso do ozônio em lavagem de roupas pode ser uma alternativa a se pensar. Apesar de no Brasil ter-se como idéia difundida a de que o ozônio não deu certo em lavanderias em paises da Europa e nos EUA, quando procuramos em outras fontes não é bem isso o que percebemos. O custo de implantação de um sistema de lavagem com ozônio ainda é alto, mas pode trazer redução de custos em vários aspectos. É sabido que o ozônio é um poderoso destruidor de bactérias e vírus, e capaz de destruir partículas de sujeira de diversos níveis, e ainda desodorizar o tecido. Isso tudo a baixas temperaturas. Pensado nestas características, ele se mostra eficaz e eficiente para uso inclusive em lavanderias hospitalares, onde o grau de sujeira e contaminação é alto. Se o ozônio trabalha melhor em baixas temperaturas, então deve-se considerar uma significativa economia de energia, que nos métodos tradicionais é gasta para aquecer a água.

Além disso, deve-se levar em conta a redução do uso de produtos químicos, como o cloro. O que minimiza também o desgaste da roupa no processo de lavagem e secagem, elevando a vida útil do enxoval. Com a redução de produtos químicos, reduz-se também o uso de água para enxágüe, e a quantidade de resíduos, tanto no tecido, como na água, proporcionando a possibilidade de reuso da mesma, e a diminuição de agentes causadores de alergias e irritações no tecido limpo, o que torna o ozônio ainda mais adequado para ser usado em lavanderias hospitalares. Esses aspectos do sistema de lavagem com ozônio devem ser ponderados quando se pensar em alternativas mais eficientes do ponto de vista energético, ou menos agressivas ao meio ambiente, para lavanderias industriais. Apesar de seu alto custo, é possível estudar uma relação custo-benefício mais adequada que nos processos convencionais. Pesquisando sobre o assunto em outros países, pode-se perceber que o uso do ozônio vem crescendo, porém ainda utiliza-se em maior escala o processo convencional, dado ao seu baixo custo inicial. Mas pode-se perceber também uma tendência dos governos a estimular a utilização de processos menos agressivos ao meio ambiente, pois este é um caminho mais coerente em tempos de crise de recursos naturais.

A patente PI 9602882 descreve um processo e equipamento para lavagem de produtos maleáveis e conjunto para dissolução de ozônio em um fluido. A presente invenção refere-se a um processo para a lavagem de produtos maleáveis, mais especificamente, roupas e tecidos, em que grandes quantidades de ozônio são adicionadas na água de lavagem. A invenção refere-se ainda a um equipamento para a realização do processo, o qual compreende lavadora , uma bomba para transferência de água recuperada para ataques de armazenamento de água já utilizada, estando os ditos tanques conectados `a lavadora , um gerador de ozônio conectado a uma rede de recirculação de água de lavagem, uma bomba disposta na rede para a recirculção da água de lavagem, um filtro , disposto, no sentido do fluxo da água, antes da bomba e um sistema exaustor de ozônio, consistindo basicamente a novidade em que na rede está disposto um conjunto de dissolução de ozônio na água, o qual é constituido por um sistema de venturis com os menos um venturi, e em seguida a este, no sentido do fluxo da água, por um reator tublar e um câmaras de contato de contato.

Fonte:
http://www.expressao.com.br/finep/premio_finep_venc.htm
http://www.cabearquitetos.com.br/ozonio.html

Tecnologias ambientais sutentáveis

O desenvolvimento de uma solução que contribui para diminuir uma "dor de cabeça" de muitas indústrias- a destinação do lodo resultante das estações de tratamento de efluentes líquidos - rendeu à Albrecht Equipamentos Industriais o reconhecimento no 3º Prêmio Finep. Trata-se do Secador Granulador Rotativo, batizado de Bruthus. É um equipamento que seca e granula o lodo, reduzindo seu volume em até cinco vezes. Uma das primeiras vantagens é que com o resíduo seco, o problema do chorume - resíduo altamente tóxico que escorre do lixo, contaminando o lençol freático - ficou praticamente solucionado. O equipamento também ajuda a reduzir custos com o transporte do lodo até o aterro e com mão-de-obra. E elimina a necessidade de aluguel de área por empresas que não têm aterros.
O secador granulador rotativo de lodos industriais permite a secagem e a granulação de materiais resultantes das estações de tratamento de efluêntes líquidos, bem como para materiais de processo e sua reutilização para diversos fins. As características principais do sistema: sistema mantido em pressão negativa (vácuo); os lodos podem ser provenientes de filtros-prensa, filtros à vácuo, centrífugas, belt-press, leitos de secagem, etc; a energia térmica utilizada no processo de secagem pode ser residual (gases de queima da caldeira retirados das chaminés, turbinas a gás, estufas e outras fontes de energia); sempre que não existir a possibilidade de aproveitamento de calor residual, e sempre que o substrato a ser seco não permitir contato com o ar contaminado, é possível a aplicação de queimadores a gás e/ou trocadores de calor, aquecedores elétricos, etc.; equipado com CLP (Controlador Lógico Programável) , inversores e sensores assegurando um funcionamento contínuo e totalmente automatizado, sem a necessidade de um operador em tempo integral ao sistema; a água evaporada do lodo é condensada e retorna ao tratamento de efluêntes, evitando a contaminação do meio ambiente; o ar utilizado no processo, antes de ser liberado ao ambiente externo, passa por lavadores de gases.



A PI 9901124 descreve uma disposição construtiva em secador granulador rotativo, apresentada por um conjunto que se utiliza do calor residual de processos energéticos diversos para proporcionar a secagem do substrato, constituído de uma moega de carga alocada junto ao transportador dosador, que se acopla ao secador granulador rotativo, o qual, em sua porção posterior, se interliga ao ducto que possui, em sua porção inferior, válvula rotativa e entre sua porção superior e mediana apresenta anteparo. O ducto se interliga ao precipitador primário que possui em sua porção inferior uma válvula rotativa por onde tem-se a descarga de cinzas e/ou fuligem. Dito precipitador primário apresenta, em sua porção superior, interligação com um conjunto lavador de gases, composto por um sistema de aspiração que possui bomba dosadora e bomba de água limpa, sendo que, dito conjunto lavador de gases está introduzido no precipitador de via úmida que, em sua porção inferior, tem-se a descarga da água do conjunto lavador de gases e outros condensados em um tanque e, em sua porção superior tem-se um exaustor para a descarga do ar limpo para a atmosfera, sendo que, todo este sistema descrito trabalha em regime de pressão negativa.

Em junho de 1970, enquanto o Brasil vivia a euforia da Copa do Mundo, a Albrecht iniciava as suas atividades no distrito de Pirabeiraba, município de Joinville, SC, com o mesmo entusiasmo, dentro do ramo de unidades de fricções motorizadas para máquinas de costura industrial e da indústria mecânica. Em 1981, suas atividades foram direcionadas para fabricação de equipamentos de controle de poluição do ar, fabricação de máquinas e equipamentos para acabamento têxtil, serviços de montagem, manutenção e assistência técnica para terceiros.
Fonte:
http://www.expressao.com.br/finep/premio_finep_venc.htm
http://www.albrecht.com.br/br/cat/default.php?body=bruthus.htm

acesso em maio de 2002
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Inovação e Tecnologia Ambiental

Os departamentos de Engenharia Sanitária e Ambiental e de Engenharia Eletrônica da Escola de Engenharia desenvolveram um método de tratamento biológico de esgotos, capaz de eliminar mais de 90% dos resíduos orgânicos lançados nas águas do Ribeirão Arrudas. Esse resultado foi alcançado graças à combinação das técnicas dos sistemas aeróbio e anaeróbio de purificação. Os testes são feitos com parte do esgoto coletado na rua Guaicurus, no centro de Belo Horizonte.

"O uso das duas técnicas reduz os gastos com ventilação e as áreas ocupadas pelas estações de tratamento", explica a professora Carmela Maria Polito Braga, do Departamento de Engenharia Eletrônica, e autora de tese de doutorado que cria o novo sistema de purificação de esgotos. O sistema compacto tradicionalmente usado no tratamento do esgoto, denominado aeróbio de lodos ativados, precisa passar por um pré-tratamento e requer o uso de um tanque sedimentador, além de constante oxigenação. "Ao combinar os métodos, produzimos um sistema barato e viável para as cidades", garante Carmela Braga. Além da tese da professora - responsável pela parte de automação do sistema - o estudo gerou sete dissertações de mestrado.

Carmela Maria Polito Braga é graduada em Engenharia Elétrica pela PUCMG (1986), Mestre em Engenharia Elétrica pela UFMG (1995) e Doutora em Engenharia Elétrica pela UFMG em 2000, com estágio sanduiche de doutoramento no Engineering Science da Universidade de Oxford, Inglaterra (1997-1998). É professora Adjunta IV do Departamento de Engenharia Eletrônica da UFMG. Atualmente é Pró-reitora Adjunta de Graduação da UFMG. Coordena um projeto de pesquisa e orienta trabalhos de graduação, mestrado e doutorado. Publicou diversos artigos em anais de eventos e periódicos especializados e orientou vários alunos de graduação, especialização e mestrado. Foi membro da Câmara de Graduação do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFMG de 2004 a 2007. Seus principais interesses e áreas de atuação são Controle e Automação de Processos Industriais e Domóticos, Análise Ampla de Operação e Controle de Processos, Validação e Avaliação de Desempenho de Sistemas, Eficiência Energética com Automação, Estratégias de Controle e Projeto de Controladores.

Os maiores avanços propiciados pela experiência são a automação do processo de tratamento, que necessita ser monitorado 24 horas do dia, e o controle dos sólidos e lodos que entram e saem da estação. Ao todo, foram gastos R$ 10 mil no desenvolvimento da estação. Para Carmela Braga, as chances de o sistema ser bem-sucedido em estações maiores são grandes, bastando "apenas alguns ajustes". A estação é composta, basicamente, por um computador PC, um sistema de aquisição de dados, dois medidores de concentração de sólidos suspensos, além das bombas, tanques, válvulas e tubulações.

O professor Carlos Augusto Chernicharo, coordenador do Laboratório de Instalações Piloto da Escola de Engenharia, onde o sistema foi desenvolvido, informa que a combinação das técnicas aeróbia e anaeróbia barateia o custo de tratamento do esgoto. "Os gastos seriam de aproximadamente US$ 600 mil dólares numa estação com capacidade para tratar o esgoto produzido por 10 mil pessoas. Já o método aeróbio tradicional prevê custos de US$ 800 mil a US$ 1 milhão", calcula. Esse dispêndio, garante, poderá ser ainda menor se a estação for projetada para atender comunidades mais populosas.
A técnica desenvolvida na Escola de Engenharia consiste em levar o esgoto a um reator de manta de lodo ­ o UASB - que retira, sem grandes gastos, cerca de 70% da carga orgânica bruta da água, através do processo anaeróbio. Em seguida, a água passa pelo processo de purificação aeróbio, que remove entre 20 e 25% dos poluentes iniciais. A água pode ser devolvida ao ambiente com um grau de purificação acima de 90%. Quando um esgoto é lançado diretamente no leito de um rio, há uma "disputa" pelo material orgânico entre as bactérias. "As aeróbias sempre vencem essa briga quando ainda há presença de oxigênio na água. Quando acaba esse elemento e o rio já é considerado ‘morto’, imperam os organismos anaeróbios", explica a engenheira Carmela Braga, uma das responsáveis pelo projeto. Na primeira etapa do processo, são eliminados cerca de 70% dos resíduos. O esgoto é decantado e circula por um reator em que são cultivadas bactérias anaeróbias que se alimentam dos elementos orgânicos presentes nos rejeitos. Esse aparelho foi projetado especialmente para a pesquisa, e reproduz um ambiente sem oxigênio, com uma manta de lodo em seu interior. Do material digerido pelas bactérias, uma parte volta a circular no reator, e a outra, em estado mineral, é descartada. "Esse descarte pode ser usado como adubo, mas só para a cultura de árvores, pois não há eliminação de agentes causadores de doenças", afirma Carmela. No passo seguinte, entram em ação as bactérias aeróbias. O reator é aberto para que entre o oxigênio, inserido por um sistema de ar comprimido. 20% dos resíduos do esgoto são eliminados nessa etapa, fazendo com que, ao final de todo o processo, a água devolvida ao ambiente tenha um grau de purificação de cerca de 90% - a mesma percentagem obtida nos tratamentos usuais.

Um dos orientadores da tese, o professor Marcos Von Sperling, do Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental, afirma que o sistema é uma das melhores alternativas para se tratar esgotos em localidades de clima quente, que necessitam de sistemas compactos. "Há outros processos simples mais adequados a locais que dispõem de grandes áreas, mas, para centros urbanos, o método é muito eficiente", diz Von Sperling.

Fonte: http://www.uol.com.br/cienciahoje/chdia/n106.htm
http://www.ufmg.br/boletim/bol1273/pag5.html



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curso de mergulho e pesca com passeio ecológico em Ituberá

Mergulhar é uma descoberta, curta a vida de maneira diferente e conheça um mundo novo.  Paisagens fascinante da Bahia de camamu,  uma  belíssima fauna e flora, Praias e lugares exótico Esperamos vocês!

Nossa missão: Proporcionar a satisfação trascedental de todos os clientes, através de serviços  de qualidade, segurança e conforto como o modelo   inovador do eco-turísmo e  passeios ecológicos.


Diante da grande biodiversidade que temos em nossa zona extuariana da fauna e da flora e de um dos mais importantes   ecossistemas da terra, nosso maguezal, Mas infelizmente, está ameaçados!

no entanto  naceu avontade de mostar esta realidade para todos a qual  temos hojé, não estamos presevando o que é nosso por direito! 
Agora  vamos fazer o curso mostrando a importância da  educação ambiental com  modelo transformador de consciência ecológica, uma medotologica mais atraente, dinâmica, com uma visão olistica de toda uma teia  da vida, mostrando um sistema e sua interrelação com a vida e suas interconecçoes, interdependência do homem com a natureza.
Nosso público  alvo são alunos, idossos, jovens, estudantes, acadêmicos, empresários, são todas as pessoas que gosta de gozar junto a natureza, quem ama passeios e os que busca um dia de paz, visando eliminar os problemas do dia-a-dia do trabalho, também aqueles que vive para apreender e construir conhecimento.
                                                                                                                   
Fonte:

http://digitalaassesoria.blogspot.com.br/2012/09/especialistas-pedem-mais-esforcos-para_19.html

Recifes de corais estão entre os mais diversos e valiosos ecossistemas do planeta. Eles abrangem menos de 0,2% do fundo do oceano, mas abrigam um quarto de todas as espécies marinhas. Os recifes também protegem a costa e representam uma fonte essencial de alimento e renda para cerca de 500 milhões de pessoas ao redor do mundo. Mas os corais estão cada vez mais ameaçados. Um estudo de 2008 da Rede de Monitoramento Mundial de Recifes de Corais constatou que um quinto dos recifes de corais do mundo já morreu ou foi destruído.
O curso 30 horas
Certificado ao Final
O contéudo baste gostoso
 Um dia no mar com o passeio ecológico                                     
Atividade de educação ambiental                                                           
                                                                                                                    
Vagas Limitadas!                                                                                        

Valor: R$ 50.00
contéudo no CD e DVD com aulas de educação ambiental


Contatos:
73-84438129
99418190




Data: 21 e 28 de outubro de 2012

Ricardo Pereira