segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Subprograma Projetos Demonstrativos (PDA)

                                                             
Criado em 1995, entrou em operação em 1996, ano em que se iniciou o apoio aos primeiros projetos. A sua construção resultou de um processo de negociação envolvendo o Governo Brasileiro, organismos de cooperação internacional representando os países do G7 e as redes de Ongs e Movimentos Sociais da Amazônia (GTA) e Mata Atlântica (RMA). Implementado pelo Ministério do Meio Ambiente no âmbito do Programa Piloto para a Proteção das Florestas Tropicais (PPG7), recebe apoio principalmente da Cooperação Internacional Alemã e tem como principais desafios demonstrar por meio de experiências inovadoras a possibilidade efetiva de construção, em bases socioambientais, de estratégias de promoção do desenvolvimento sustentável e, a partir dos aprendizados produzidos por estas experiências, estimular a formulação de políticas públicas que contribuam para a difusão e incorporação destas estratégias por outras comunidades, organizações e instituições governamentais.

Com essa orientação têm sido apoiadas iniciativas na Amazônia, na Mata Atlântica e em seus ecossistemas associados. Em sua primeira fase (1995 a 2003), o PDA apoiou 194 projetos, sendo 147 na Amazônia e 47 na Mata Atlântica. Os projetos desenvolveram ações nas áreas de sistemas agroflorestais e recuperação ambiental, manejo de recursos florestais, manejo de recursos aquáticos e preservação ambiental. No processo de implementação das experiências, em sua maioria inovadoras, muitas foram as lições aprendidas pelas instituições executoras e parceiras dos projetos e pela Secretaria Técnica. O PDA tem em sua concepção, o entendimento de que está na sociedade civil e nos movimentos sociais grande parte do campo de inovações socioambientais, base para a construção de processos de desenvolvimento pautados em novos paradigmas.

Instituto HSBC Solidariedade abre inscrições para apoio a projetos socias

Foram abertos editais para a Seleção do Cartão Instituto HSBC Solidariedade 2012 e para a Seleção de Geração de Renda 2012, que apoiam projetos em todas as regiões do Brasil. Serão investidos um total de R$ 6,32 milhões em 68 iniciativas.
Sessenta projetos terão como foco a educação, com o objetivo de reduzir a vulnerabilidade de crianças e adolescentes aliada ao sucesso escolar. Cada projeto receberá R$ 100 mil durante dois anos de parceria (60% do valor no primeiro ano, 40% no segundo).
Também serão selecionados oito projetos de geração de renda, com o objetivo de promover a criação de negócios inclusivos, a transformação social e a preservação do meio ambiente. Os projetos receberão R$ 40 mil em parcela única, além de uma consultoria de um ano da Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares da Fundação Getúlio Vargas.
Podem participar da seleção os projetos de organizações não governamentais legalmente constituídas no País, como fundações, institutos e associações sem fins lucrativos. As inscrições podem ser feitas até 10 de agosto e a relação dos projetos selecionados será divulgada no site do HSBC em 14 de novembro.
Todas as iniciativas apoiadas devem ser apadrinhadas por colaboradores voluntários das empresas do Grupo HSBC (incluindo GLT Brasil e Losango). Os padrinhos e madrinhas indicam os projetos para serem avaliados e, após a formalização da parceria, tornam-se o elo entre as instituições sociais apoiadas e o Instituto HSBC Solidariedade, sendo corresponsáveis pelo acompanhamento das atividades.
Os valores destinados à seleção de projetos de educação foram obtidos por meio do Cartão Instituto HSBC Solidariedade, atrávés das doações mensais de clientes portadores do cartão, que doam a quantia mensal de R$ 10 (dez reais) em troca da isenção do pagamento da anuidade e do seguro contra perda e roubo, e da contribuição do HSBC, que doa parte da receita obtida com o uso do cartão (parte da taxa de interchange). Desde seu lançamento, em 2006, o cartão já arrecadou mais de R$30 milhões e, em 2011, beneficiou cerca de 107 mil pessoas.

O carvão vegetal no Brasil e a produção de aço verde

por José Dilcio Rocha - Embrapa Agroenergia


O Brasil deverá desenvolver consistentemente a capacidade técnica e gerencial para melhorar e ampliar a oferta de aço verde, produto de alta qualidade e com grandes vantagens na conservação da biodiversidade nativa e na mitigação das emissões de gases de efeito estufa (GEE).
As emissões de GEE são geralmente relacionadas ao desmatamento e à queima de combustíveis fósseis nos motores veiculares, nos fornos industriais e nas termelétricas para a geração de energia elétrica. Além dessas importantes emissões a produção de aço, a matéria prima para a construção dos motores e das máquinas, é realizada essencialmente a partir de coque de carvão mineral, que também é um combustível fóssil.
O carvão mineral é o combustível mais poluente que a humanidade usa em termos de emissões de gases de efeito estufa, superando o petróleo e o gás natural, os outros dois tipos de combustíveis fósseis. Na indústria siderúrgica o carvão mineral é usado na forma de coque, a fonte de carbono para reagir com o minério de ferro (redutor) e produzir a liga metálica que denominamos de aço. A siderurgia é uma indústria de base imprescindível no desenvolvimento da sociedade. Alternativamente ao coque de carvão mineral na produção de aço, pode ser usado o carvão vegetal. O carvão vegetal pode ser considerado um coque renovável.
A matriz energética brasileira é reconhecidamente a mais limpa do mundo. Nela, quase a metade do consumo de energia primária é de fonte renovável: exatamente 47,6%, segundo o Balanço Energético Nacional de 2010 (BEN 2010, https://ben.epe.gov.br). Nesse total, hidráulica e eletricidade correspondem a 15,3%, 10,1% a lenha e carvão vegetal e 18,1% a produtos da cana-de-açúcar. Os 3,8% restantes provêem de outras fontes como eólica e solar.
Ao analisar as séries históricas do Balanço Energético Nacional (https://ben.epe.gov.br), verifica-se claramente que antes da Segunda Guerra Mundial, em 1940, o Brasil era um país essencialmente a movido a lenha. Mais de 80% do consumo da energia primária no país naquela época era atendido com lenha. Grande parte ou mesmo a totalidade da lenha usada era de origem nativa. De lá até os dias atuais, a taxa de crescimento da lenha e do carvão vegetal foi muito mais baixa do que a taxa de crescimento dos produtos da cana-de-açúcar. Os produtos da cana tiveram o mesmo vigor de crescimento do petróleo e da energia hidráulica. A lenha e carvão vegetal não. O crescimento gradativo da cana mostra o efeito claro da agregação tecnológica, evoluindo do engenho para as destilarias atuais. A lenha continua com seus tradicionais fornos produzindo o carvão vegetal, que, em 2010 teve a produção de 10 milhões de toneladas.
A oferta global de energia no Brasil cresceu quase 10 vezes em 70 anos, de 1940 a 2010. A oferta de lenha e carvão vegetal mais que dobrou, cresceu 1,2 vezes; porém a oferta de produtos da cana cresceu quase 78 vezes. A oferta de petróleo, gás e derivados cresceu 60 vezes. A oferta de hidráulica e eletricidade cresceu 106 vezes. Isso na prática significa que a lenha e o carvão vegetal tiveram uma brutal retração relativa ao longo desses anos. Entretanto, ao contrário da situação de 1940, a lenha utilizada para a produção do carvão vegetal é obtida tanto de vegetação nativa, quanto de florestas plantadas, principalmente, de eucalipto.
O produto final do carvão vegetal obtido de lenha de florestas plantadas é o "aço verde", um produto brasileiro com características únicas no mundo, capaz de ajudar na mitigação das emissões de gases de efeito estufa de forma vantajosa. A siderurgia a carvão vegetal no Brasil está basicamente concentrada no estado de Minas Gerais, com a metade do setor e na região de Carajás, que engloba Pará e Maranhão. Mato Grosso do Sul é uma nova fronteira e poderá vir a ser um campo apropriado para a inovação no setor, mas não o único.
O aço verde poderá ser uma bandeira com viés ambiental e sustentável que o Brasil levará aos fóruns mundiais. Isso é viável, pois a cadeia produtiva do carvão vegetal está ligada as demandas ambientais, sociais e econômicas. Assim, temos necessariamente que introduzir novos processos, novas tecnologias e novas aplicações para a lenha e o carvão vegetal no Brasil.
O caminho deverá ser com Políticas Públicas adequadas e parceria do tipo público-privado. Temos, obrigatoriamente, que aumentar a sustentabilidade e a renovabilidade na produção de lenha e carvão vegetal com controle na origem da matéria-prima e o seu aproveitamento integral como, por exemplo, realizando a recuperação do alcatrão e do bio-óleo. Devemos, por ser o país mais interessado no sucesso da cadeia produtiva do carvão vegetal, diminuir o consumo de matéria-prima proveniente da floresta nativa na produção de lenha e carvão vegetal com leis que sejam efetivas e inibam crimes ambientais.
Finalmente, podemos também viabilizar o uso de matérias-primas não florestais. Nesse campo, os resíduos agro-industriais e processos de carbonização e pirólise para produzir carvão usando essas matérias-primas serão inovadores. Podemos citar os briquetes siderúrgicos e carvão vegetal em pó derivados de resíduos agroindustriais e florestais como desenvolvimentos importantes a realizar.
Considerando-se que neste ano de 2011 celebra-se o Ano Internacional das Florestas e também o Ano Internacional da Química podemos juntar esses dois grandes temas e celebrar a Química Verde e incentivar a produção do Aço Verde.
José Dilcio Rocha é pesquisador da Embrapa Agroenergia
Jose.rocha@embrapa.br

Carvão vegetal

O carvão vegetal vem da carbonização da madeira ou da lenha. Ele é muito utilizado em lareiras, churrasqueiras e fogões a lenha. O carvão é uma substância muito antiga.
Ele pode ser usado também no tratamento das doenças, porém nestes casos o carvão é extraído de partes lenhosas, cascas e serragens, que são madeiras moles e que não contem resinas.
O carvão pode ser considerado um grande eliminador de toxinas e condutor de oxigênio. Alguns estudos afirmaram que com a utilização do carvão na medicina, ele reduziria os gases intestinais, acabando com o desconforto abdominal das pessoas.
Ele pode ser usado também no tratamento de pessoas que foram envenenadas, pois ele iria se juntar ao “fluxo luminoso” do trato gastrointestinal, e diminuir ligeiramente a absorção do veneno.
Este tipo de carvão tem o objetivo de absorver algumas substâncias, que quando entram em contato com as bactérias intestinais, ajudam na produção de ar no sistema digestivo. Ele é muito indicado em casos de gases intestinais, diarréias, aftas, mau hálito, entre outros.

http://cenbio.iee.usp.br/download/documentos/notatecnica_x.pdf