quinta-feira, 2 de outubro de 2014

5º Congresso de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Bahia

5º Congresso de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Bahia” com eixo temático “Garantia Ambiental” vem dando continuidade ao projeto iniciado em março de 2007, com o 1º Congresso de Meio Ambiente realizado nas datas de 23 e 24 de setembro, com eixo temático “Aquecimento Global” e o 2º Congresso de Meio Ambiente realizado nas datas de 09 e 10 de agosto de 2008, com eixo temático “Educação Ambiental e Políticas Públicas”, o 3º Congresso de Meio Ambiente realizado nas datas de 04 e 05 de julho de 2009, com eixo temático “Saúde Ambiental” e 4º Congresso de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Bahia, com eixo temático “Licenciamento Ambiental”, todos no Centro de Convenções da Bahia. A Garantia Ambiental vem abordando aspectos técnicos ambientais nas atividades comerciais e industriais visando a garantia da qualidade ambiental com planos e programas capazes de prever as possíveis situações de impacto ambiental, quando o empreendimento é construído ou administrado sem as práticas adequadas. Plano de Emergência Ambiental, Análise Preliminar de Risco e Gestão Ambiental são temas abordados em nosso evento. Restaurar as necessidades da população para conviver com um ambiente harmônico e com o mínimo de impactos ambientais é a preocupação da Ambiente Gaia Consultoria e Engenharia na divulgação desse evento.
" Nas próximas décadas a sobrevivência da humanidade dependerá de nossa alfabetização ecológica - nossa habilidade para entender os princípios básicos da ecologia e viver de acordo com sua observação. Isto significa que a eco-alfabetização deve se tornar uma qualificação indispensável para políticos, líderes empresariais e profissionais em todas as esferas, e deverá ser a parte mais importante da escolaridade, em todos os níveis – desde a escola primária até a escola secundária, faculdades e universidades e na educação continua e no treinamento de profissionais. (CAPRA, 2005). "
As inscrições serão realizadas via o site www.ambientegaia.com.br/congresso2014 ou num posto de atendimento autorizado para a venda dos ingressos. Quando a inscrição for realizada via site, será pago através do PagSeguro, em nome da Ambiente Gaia Consultoria e Engenharia.
Certificação: Os participantes receberão um certificado expedido pela Ambiente Gaia Consultoria e Engenharia, com carga horária de 16 horas, nome dos palestrantes, titulação dos mesmos e temas das palestras.




Guerra por água revela crise de governança no Brasil

Para especialistas, governo falha em dar respostas adequadas às crises hídricas, o que coloca em risco a própria legitimação de suas instituições.


O conflito entre Rio de Janeiro e São Paulo em torno do rio Paraíba do Sul é apenas o sintoma mais visível de um problema grave: a crise de governança da água. Para especialistas, o governo brasileiro falha em dar respostas adequadas às crises hídricas, o que coloca em risco a própria legitimação de suas instituições. 
A investida da companhia de eletricidade de São Paulo (CESP) de reduzir a vazão de água da Usina 

Hidrelétrica Jaguari - contrariando determinação do ONS e diminuindo assim a quantidade de água do Paraíba do Sul que segue para o Rio de Janeiro - é indicação clara do problema. 
Outro sinal: o risco da disputa em torno da transposição do Paraíba do Sul ir parar no Supremo Tribunal Federal (STF). A proposta enfrenta a resistência do governo fluminense e é tema de uma ação do Ministério Público Federal de Campos. 
"Quando a gente chega a esse ponto é porque a crise tem sido de governança. A gestão da água vinha numa crescente focada na administração por bacias hidrográficas, mais descentralizada e mais participativa. Infelizmente, na última década, temos tido uma fragilidade, um desmonte desse tipo de gestão, muito desencadeado pelo governo federal. E isso tem a ver, por exemplo, com o enfraquecimento da ANA, que tem menos poder do que a Aneel", afirma Malu Ribeiro, coordenadora da Rede das Águas da SOS Mata Atlântica. 
Para ela, a crise da governança ficou explicita na transposição do Rio São Francisco, "quando todos os comitês de bacias da região foram contra a obra, e mesmo assim ela foi à frente e a questão foi para a justiça, e agora temos uma obra inacabada". 

Esse episódio foi, segundo Malu, o primeiro abalo na estrutura do sistema de recursos hídricos no Brasil. "Se os comitês deliberaram contra, por questões técnicas e ambientais, por que foram ignorados?", questiona. 

Outro caso problemático, na visão da especialista, foi a expansão de PCHs (pequenas centras hidrelétricas) em Minas Gerais, que estavam sendo licenciadas, mas o Ministério Público teve que revogar as licenças porque não foi feito um estudo de impacto ambiental nas bacias hidrográficas afetadas. "Minas Gerais, que é popularmente conhecida como caixa d’água no Brasil, acabou sendo enfraquecida pelo confronto judicializado entre o setor elétrico e o de água", acrescenta. RIO X SP 
Para Márcio Pereira, especialista em meio ambiente do L.O. Baptista-SVMFA, as disputas judiciais não resolvem o problema hídrico. Segundo ele, nem São Paulo, nem o Rio de Janeiro e tampouco o governo federal, têm cumprido com suas obrigações de gestão. 
"As nossas agências reguladoras deveriam fazer a mediação de conflitos, mas esse papel ainda não foi implementado. Cabe ao governo fazê-lo. É o processo de integração entre diferentes politicas que está faltando. O setor elétrico tem uma política, o setor de resíduos tem outro, o de água tem outro, assim fica difícil", pontua. 
São Paulo e Rio, segundo ele, poderiam aproveitar a oportunidade para reunir todos os atores que fazem uso da água e encontrar uma solução apartidária, buscar uma oportunidade de iniciar um novo modelo de gestão a fim de evitar conflitos nos próximos anos. 
"Sem mexer na nossa Constituição, poderíamos criar um sistema único que centralizasse todos os órgãos. Porque a água é continua, ela só vai ter diferentes domínios de forma circunstancial", completa.

Arthur Rollo, advogado e professo da Faculdade de Direito de São Bernardo, alerta para a tendência dos conflitos de água aumentarem à medida que as fontes atuais são exauridas ou poluídas. 

"O poder público tem o dever de preservar os recursos naturais. Isso devia ser permanente. Na verdade, países conscientes em relação à água usam essa política de forma permanente. Mas aqui a gente suja a água da represa, e tem que gastar muito dinheiro para tratar e gerar agua potável", diz. 
Mas a população também tem papel ativo. "Tem um principio do direito ambiental que é o principio da 
participação ambiental, todos têm que participar ativamente da preservação dos recursos naturais para a presente geração e para o futuro. Tem que preservar, fiscalizar e cobrar", finaliza.
Fonte:
http://planetasustentavel.abril.com.br/