quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Na trilha da educação



Com a inauguração da Casa Familiar Rural de Igrapiúna, as quatro cadeias produtivas do DIS Baixo Sul passam a ter uma casa familiar a elas vinculada

O guia caprichava no tom de voz. Era preciso que o último dos 30 jovens, no fim da fila, pudesse ouvi-lo com precisão. A proposta era simples e provocadora. “Vamos percorrer uma trilha de 4 km no meio da floresta. Peço a vocês que façam silêncio, não só para ouvir o que tenho a dizer, mas, sobretudo, para que possam sentir este ambiente. Ouvir os sons dos pássaros, o estalar das folhas e dos galhos que forram o chão.” Quem orienta a turma é Arnaldo Damião Neves, 23 anos, que há três trabalha como guia florestal da empresa Michelin, dona da reserva ambiental onde estamos.

“Trilha das Andorinhas” é o nome do trecho a ser desbravado. Aprender sobre o ecossistema existente na floresta que cerca a cachoeira da Pancada Grande, no município de Ituberá, era o desafio daquela aula de educação ambiental. Ao mesmo tempo, os jovens eram estimulados a entender a importância da conservação da natureza, exercitando o corpo e a mente.

Tudo era novo para Adelvam Assunção, 19 anos, chamado carinhosamente de Preto pelos membros da comunidade de Mato Grosso, onde mora. Ele nunca teve aulas no campo, para aprender de forma prática aquilo que havia estudado em sala. A turma que o acompanhava também era uma grande novidade. Aquela era a primeira semana de internação na também nova Casa Familiar Rural de Igrapiúna (CFRI), inaugurada em novembro de 2007. “Tenho expectativas de obter mais conhecimentos e fazer grandes amizades”, conta Adelvam, seguindo mata adentro.

Com esta Casa Familiar, o Programa de Desenvolvimento Integrado e Sustentável do Baixo Sul da Bahia (DIS Baixo Sul), apoiado pela Fundação Odebrecht, alcança uma importante meta: agora, todas as quatro cadeias produtivas integradas ao programa têm uma Casa Familiar a elas vinculada. É o conhecimento técnico a favor da melhor qualidade de produção. Na CFRI, é a experiência da Cooperativa dos Produtores de Palmito do Baixo Sul da Bahia (Coopalm) a serviço dos jovens.

Em alguns momentos da caminhada pela trilha, Adelvam pára e toca em troncos de árvores que muitas mãos dadas não conseguem abraçar. Ele parece contemplar o espetáculo que a natureza oferece. Quando não está ajudando seu pai na roça de mandioca, o jovem dedica seu tempo livre a duas ações sociais. A primeira é o Grupo Natura Arte, associação que ele ajudou a criar e hoje reúne 18 jovens. “Conservar a natureza é a nossa missão. Orientamos a comunidade a praticar o reflorestamento nas margens dos rios e não fazer queimadas”, explica. O segundo projeto é chamado Arca das Letras. Adelvam cuida, em sua casa, de um acervo de 360 livros, doados pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário. “A comunidade tem acesso a todas as obras de graça. Tem livro sobre agricultura, literatura, teatro”, conta, empolgando os colegas que estão próximos e desconheciam a iniciativa. “Preto, traz uns livros para nos emprestar na próxima semana de aula”, já pede um deles.

A trilha continua. Nem a fina chuva que insiste em cair desanima os jovens. Joel Espírito Santo, 18, é elogiado por um dos monitores da Casa e aplaudido pelos colegas. Ele encontrou um saco plástico na mata e rapidamente o pegou para jogar em um local apropriado. “Esse tipo de material não pode ser deixado na mata. Precisamos educar os turistas que vêm aqui”, observa. Wesley Freitas, 20, percebe o interesse de um grupo por uma rocha encontrada mais adiante e recorda: “É assim que começa o processo de formação do solo. Lembram que estudamos isso em sala ontem?” Respondendo corretamente a perguntas feitas pelo guia sobre os nomes das árvores pelas quais vão passando, diz Roseli Reis, 17: “Este é o palmito-juçara. A produção dele é extrativista. Por isso, o mais adequado hoje é o palmito de pupunha, que não desequilibra o meio ambiente”.

Chegando ao fim da caminhada, alguns estão cansados, mas todos se declaram realizados. Adelvam tem um dos sorrisos mais marcantes da turma. “Sempre tive vontade de estudar em um lugar do qual eu fizesse parte de fato. No futuro, vou olhar para trás e saber que contribuí de verdade para a formação de todos a minha volta.”

Proximidade filosófica
Além da cadeia produtiva do palmito, a cadeia da seringa também está diretamente ligada à nova Casa Familiar. Isso porque a CFRI nasceu como fruto de uma parceria entre a Fundação Odebrecht e o Grupo Michelin, um dos líderes mundiais no mercado de pneus, que possui, no Baixo Sul da Bahia, uma das seis agroindústrias de borracha natural no mundo. Gérard Bockiau, Diretor das Plantações Michelin da Bahia, afirma que a filosofia da Michelin e a da Odebrecht são semelhantes. “Temos também uma cultura que se preocupa com a formação do jovem. Por isso, decidimos apoiar esta Casa Familiar.” A Michelin investiu R$ 100 mil, em 2007, em construções e reformas, além de ceder um terreno de 10 ha para as instalações da CFRI.

A prefeitura de Igrapiúna também apóia o projeto, responsabilizando-se pelo transporte dos jovens que moram no município. “A Casa está preparando os empresários rurais do futuro. Quando eles concluírem a formação, serão jovens diferenciados e nosso município só tem a ganhar”, declara Francisco Roma, prefeito de Igrapiúna. O Instituto de Desenvolvimento Sustentável do Baixo Sul (Ides), o Governo do Estado da Bahia e as prefeituras de Nilo Peçanha e Camamu fecham o núcleo de apoiadores.

A Casa Familiar Rural tem laboratório de informática, salas de aula equipadas com data show, minibiblioteca, alojamentos e refeitório. São vizinhos o Centro de Estudo da Biodiversidade da Michelin e a Ambial, indústria de beneficiamento de palmito, parceira da Coopalm. Um coordenador pedagógico e dois monitores – uma bióloga e um engenheiro agrônomo – dão suporte diário aos jovens.

Na grade curricular, permeiam temas como administração rural, solos e beneficiamento, além de noções sobre cooperativismo, educação ambiental e sexualidade. “Nossa missão é oferecer educação profissional aos jovens da zona rural, preparando-os para se tornarem agentes de desenvolvimento local”, diz Soraya Mesquita, Líder Executiva do projeto. A energia e a vontade de adquirir novos conhecimentos dos 30 meninos e meninas que compõem a primeira turma da Casa Familiar Rural de Igrapiúna mostram que essa missão não será difícil de cumprir.

Fonte:
http://www.fundacaoodebrecht.org.br/Sala-de-Imprensa/Odebrecht-Informa/OI-Artigos/88/Trilhas-para-novos-mundos


cinzas de carvão mineral no tratamento de metais de efluentes aquosos que podem alcançar corpos hídricos, de forma a reduzir o impacto no meio ambiente.

Rio de Janeiro – Pesquisadores do Centro de Tecnologia Mineral (Cetem), do Ministério da Ciência e Tecnologia, estão aplicando cinzas de carvão mineral no tratamento de metais de efluentes aquosos que podem alcançar corpos hídricos, de forma a reduzir o impacto no meio ambiente.
“Uma das preocupações que a gente tem aqui é minimizar os impactos ambientais, fazendo um trabalho em duas frentes: buscar a redução da quantidade de efluentes líquidos gerados e fazer o tratamento desses efluentes que contêm metais em solução”, disse à Agência Brasil o chefe do Serviço de Tecnologias Limpas do Cetem, Paulo Sérgio Moreira Soares.
Ele explicou que é feito primeiro um tratamento químico sobre os efluentes. Na segunda etapa do tratamento, um dos métodos possíveis para fazer a remoção dos metais pesados é utilizar cinzas da queima do carvão mineral. “Os metais ficam retidos nas cinzas”. O objetivo é que os efluentes finais não tenham uma concentração de metais superior à permitida pela Resolução nº 357 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) para o lançamento de efluentes em corpos líquidos, informou o pesquisador.
Moreira Soares disse que o uso dessas cinzas no tratamento de efluentes aquosos ficou mais atraente. Há minerações de carvão geralmente próximas das instalações que utilizam o carvão e produzem cinzas como rejeito sólido da operação”. As usinas termelétricas, por exemplo, queimam carvão para gerar energia elétrica.
Ele esclareceu que as cinzas de carvão têm a propriedade, quando colocadas na segunda etapa de tratamento, de remover os metais que ainda restam, depois que os efluentes passaram por uma etapa primária de tratamento. “As cinzas têm a vantagem de capturar os metais, impedindo que os efluentes aquosos alcancem o corpo hídrico com a presença desses metais”, lembrou. As cinzas do carvão, se não forem usadas para reduzir o impacto ao meio ambiente, são descartadas ou aplicadas na indústria de cimento.
O trabalho do Cetem com o uso ambiental das cinzas obteve a patente Processo para Remoção de Manganês e Outros Metais Presentes em Baixas Concentrações em Efluentes Industriais, do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). A patente foi expedida no dia 24 de julho deste ano.
Soares observou, entretanto, que nada impede que as cinzas de carvão mineral sejam usadas para o tratamento de efluentes líquidos em outras instalações, além de minerações. Atividades como as indústrias químicas, minerais e metalúrgicas podem também se beneficiar do processo, “desde que seja economicamente viável pelo transporte das cinzas para outro local”, salientou. A aplicação do produto se dá no local onde haja efluentes gerados pela queima de carvão mineral, explicou. Uma indústria instalada próximo de onde a cinza é gerada tem maior economicidade no processo.
Os pesquisadores do Cetem estão se dedicando agora à modificação química das cinzas de carvão para que elas possam ser ainda mais eficientes na captura dos metais pesados nos efluentes. A ideia, sustentou Soares, é “otimizar esse processo”. Ele pretende buscar uma patente dessa nova fase do trabalho até o fim do ano.
Publicado originalmente na Agência Brasil

A educação ambiental serve como arma transformadora do ser humano para o enfrentamento ambiental

Professores abordam mal o assunto por falta de capacitação e de laboratórios
Quem não ouviu falar da Rio+20? Por duas semanas, representantes do mundo todo estiveram no Brasil discutindo soluções para problemas como a emissão de gases poluentes, o desmatamento, a carência de água potável e o descarte de lixo, entre outros temas cuja resolução depende, fundamentalmente, da formação de cidadãos conscientes e comprometidos.
Mas o que as escolas têm ensinado sobre o assunto? Apesar de haver legislação sobre educação ambiental e materiais específicos produzidos pelo Ministério e pelas Secretarias de Educação, será que o conteúdo é trabalhado em sala de aula?
Foi com essa inquietação que a bióloga Claudia Ferreira, também professora de metodologia de ensino ambiental, saiu a campo em escolas públicas de São Paulo.
“Minha constatação foi de que no papel é tudo bonito, mas, na da sala de aula, o material é deixado de lado. Seja pela falta de habilidade e conhecimento do professor, seja pela infraestrutura do sistema”, afirma a pesquisadora, que defendeu sua tese de doutorado sobre o tema neste ano na Faculdade de Educação da USP.
Durante dois anos, 2009 e 2010, ela frequentou três escolas estaduais da capital paulista: acompanhou reuniões de planejamento pedagógico, conversou com pais, entrevistou docentes e assistiu a aulas que dão o cenário da situação.
Exemplos. Numa sala de 8.ª série (9.º ano do ensino fundamental), a professora de geografia pediu que os alunos lessem um texto sobre o Fórum Social Mundial e escrevessem sobre o tema. Em outra escola, a docente de ciências desistiu de levar os alunos da 5.ª série (6.º ano) ao jardim interno da escola, apesar da recomendação do material didático. Alegou que dava muito trabalho retirar 47 alunos da sala.
Há casos, é claro, de professores que se esforçam bastante, explica a pesquisadora, mas mesmo assim não conseguem abordar o tema de forma que instigue os alunos. E o motivo não é o desinteresse prévio dos estudantes, mas o tipo de abordagem.
“A criança e o adolescente são muito interessados, mas querem atividades que façam sentido”, afirma Claudia. Na pesquisa, ela narra o caso de uma aluna que levou um caranguejo morto à aula de ciências. A partir do inusitado, a professora decidiu falar sobre os crustáceos e recebeu total audiência da sala.
Infraestrutura. O caso aponta a um outro problema frequente: a carência de laboratórios e de biblioteca com acervo diversificado. Sem esse aparato, dizem os professores, eles acabam por tratar o conteúdo de forma teórica e em salas superlotadas, que chegam a abrigar 50 alunos.
Para mudar isso, diz a educadora, é preciso, antes de tudo, que os órgãos governamentais capacitem os professores e produzam os materiais pedagógicos tendo em vista as sugestões desses profissionais que vivem o dia a dia da sala de aula.
Em segundo lugar, é preciso garantir que o tema perpasse o conteúdo de todas as disciplinas, conforme prevê a lei. “O diretor e o coordenador pedagógico não podem ignorar o tema. Eles precisam se responsabilizar em incluí-lo no planejamento anual”, afirma.
Por último, o aluno deve ser convidado para essa conversa, para que isso faça sentida na vida dele. O indicado é que a equipe administrativa e de professores, com a participação dos estudantes, faça uma sondagem de situações-problemas, de necessidades e de interesses específicos daquela comunidade escolar no que se refere ao temas ambientais. A partir daí, é natural que os desafios se traduzam em ações conscientes.
“Em uma das escolas que visitei, um pai me disse: ‘Meu filho aprendeu na aula e me ensinou como economizar energia no banho’. É isso. Quando faz benfeito, a escola afeta a comunidade, contamina todo mundo”, conclui a pesquisadora.
Publicado originalmente no Estadao.com.br

MMA lança edital para projetos que visem a conservação da Mata Atlântica

Projetos que visem a conservação da Mata Atlântica podem ser apresentados até 30 de agosto para concorrer ao edital que o Ministério do Meio Ambiente está realizando por meio do PDA – Subprograma Projetos Demonstrativos do Componente Mata Atlântica. Serão transferidos cerca de R$ 6 mil doados pelo governo alemão, por meio do KfW, para financiamento de projetos de até R$ 350 mil. As áreas priorizadas nesta chamada são as de floresta ombrófila mista, estacional decidual, estacional semidecidual e as regiões Sul e Nordeste. O edital prevê apoio a experiências inovadoras de conservação, recuperação e preservação ambiental em toda a área original do bioma Mata Atlântica, nas seguintes linhas temáticas: apoio à criação e à implantação de unidades de conservação federais, estaduais, municipais e privadas; estudos para ampliação e/ou criação de Unidades de Conservação em áreas críticas de expansão urbana, de fronteira agrícola e de fragmentação florestal; elaboração de planos e implantação de microcorredores ecológicos em áreas prioritárias, estabelecendo conectividade com áreas de preservação permanente e de reserva legal em âmbitos local e regional; restauração e recuperação da cobertura vegetal nativa e outras medidas mitigadoras, do efeito da fragmentação de hábitats em áreas de preservação permanente e de reserva legal, áreas prioritárias, de mananciais e de recarga de aqüíferos; uso sustentável dos recursos naturais por meio do ecoturismo em áreas de relevância ambiental.
Mais informações e inscrições pelo site http://www.mma.gov.br/

As empresas os governos municípais da costa do dendê deveriam ter uma postura mais ecológica do que capitalista

 

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O Baixo Sul da Bahia não tá fazendo os esforços necessários para combater os problemas ambientais. Vamos fazer os projetos sócios ambientais e trazer estes recursos do governo federal e seguir um  exemplo  de economia verde  dá prosseguimento a política Estadual e Federal para nossa Região, nossa equipe está preparada para grandes desafios.

Neutralização de Carbono Socialmente Responsável

A equipe do portal EcoDebate desenvolveu um projeto neutralização de carbono, através da recuperação de áreas degradadas, gerando emprego e renda para a população do entorno do projeto.
Toda a atividade humana é geradora de emissão de carbono, principal gás indutor do aquecimento global.
A melhor, mais eficaz e mais duradoura maneira de neutralizar a emissão de carbono (CO²) é realizada através do plantio de árvores, que, ao longo de seu crescimento, estocam carbono atmosférico.
Estudos do Ministério do Meio Ambiente indicam a existência de mais de 6 milhões de hectares de áreas degradadas pela atividade agropecuária, que estão abandonadas ou sem uso econômico.
A recuperação de uma área degradada é um processo demorado e caro, o que inviabiliza a sua realização pelo agronegócio. Desta forma, as áreas degradadas são especialmente indicadas para a execução de programas de neutralização de carbono.
A vegetação nativa reintroduzida na área degradada revitalizada já é, por si mesma, fator de recuperação de áreas de entorno, através da dispersão de sementes por aves, morcegos e pequenos mamíferos.
A Fundação SOS Mata Atlântica estima que o reflorestamento de áreas degradadas com vegetação nativa gere 3 empregos diretos por hectare e mais 5 empregos indiretos. Como tais projetos têm prazo de maturidade superior a 10 anos, ressalta que tais postos de trabalho se mantêm por um período de atividade significativo – o bastante para ser transformador das condições de vida dos trabalhadores e da comunidade do entorno.
Com as mudas em condições de plantio, será iniciada revegetação da área degradada com árvores nativas da região.
Ao mesmo tempo, outro hectare receberá mudas para geração de renda, pela produção de biodiesel ou de látex, com o objetivo de complementar renda dos trabalhadores do projeto, de suas famílias e da comunidade do entorno.
Os espaços entre as árvores recém plantadas poderá ser usado para o plantio de horta comunitária, permitindo agregar trabalho e renda, ao mesmo tempo em que complementa a alimentação dos trabalhadores, de suas famílias e da comunidade de entorno.
A horta comunitária será parcialmente cuidada pelos trabalhadores do projeto e parcialmente pela comunidade de entorno: o conceito essencial é o da produção comunitária e solidária.
Embora a produção seja prioritariamente destinada ao consumo dos produtores e de suas famílias, a produção excedente ao consumo poderá ser comercializada.
Para outras informações sobre este projeto, sugerimos que acessem os seguintes links:
Apresentação do projeto realizada em 03/07/2008, no formato do Acrobat Reader, com 1,4 Mb e
Programa de neutralização de carbono socialmente responsável”, entrevista publicada pelo IHU On-line, 04/04/2008 [IHU On-line é publicado pelo Instituto Humanitas Unisinos - IHU, da Universidade do Vale do Rio dos Sinos – Unisinos, em São Leopoldo, RS.]


Fonte:
http://www.ecodebate.com.br/projetos/

Adapitação:
 Ricardo Pereira

Revista Cidadania e Meio Ambiente

 

Publicado em abril 11, 2008 por HC
RC&MA
A revista Cidadania & Meio Ambiente, ISSN 2177-630X, foi conceituada como um veículo de comunicação para atuar como uma ferramenta de incentivo ao conhecimento e à reflexão, através de matérias, artigos de opinião, artigos técnicos e entrevistas, sempre discutindo cidadania e meio ambiente, de forma transversal e analítica. Sua distribuição é integralmente gratuita, visando contribuir para com a socialização da informação socioambiental.
A revista também está disponível, no formato do Acrobat Reader, para livre acesso ou download gratuito. Caso queira fazer o download, clique, com o botão direito do mouse, em “Salvar como”.
Revista Cidadania e Meio Ambiente - Capa da edição n° 40
Capa da Revista Cidadania & Meio Ambiente n° 40
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Conceitos e objetivos
A iniciativa nasceu da percepção de que, atualmente, a partir do foco dos movimentos sociais e da sociedade civil organizada, não existem revistas que possuam uma abordagem multidisciplinar e pluralista das questões de cidadania e meio ambiente e que tenham claro compromisso para com a socialização da informação sócio-ambiental.
Acreditamos que esta abordagem possui uma importante contribuição para um processo de educação sócio-ambiental, realizado consistentemente em longo prazo.
A Revista Cidadania & Meio Ambiente foi lançada na primeira quinzena de novembro de 2005. A integração com o conteúdo do EcoDebate permite que os temas Cidadania e Meio Ambiente sejam discutidos com mais efetividade, através da integração de mídias, ampliando a cobertura de públicos e potencializando a socialização da informação sócio-ambiental.
Perfil Técnico
Perfil: Dirigentes, gerentes e funcionários das áreas de Comunicação, Responsabilidade Social e Meio Ambiente, professores e alunos do Ensino Médio, profissionais de responsabilidade social e gestão ambiental, bem como militantes dos movimentos sociais e membros do Ministério Público.
Faixa Etária do Leitor: acima 16 anos.
Periodicidade: Bimestral.
Formato: 21 cm x 28 cm, com policromia em todas as páginas.
Nº de Páginas 32 páginas
Papel Miolo (Couchê 80gr) – Capa (Couchê Matt 150 com aplicação localizada de verniz UV).
Acabamento: Dois grampos canoa
Tiragem: 30.000 exemplares por edição
Veiculação: Nacional
- 100% Gratuita, impressa, distribuída por empresa especializada;
- Além da tiragem impressa gratuita, também é distribuída através de download gratuito no sítio EcoDebate.
Mix do Mailing:
Principais Entidades sem fins lucrativos voltadas para os setores de cidadania e meio ambiente;
Principais Prefeituras Municipais;
Órgãos Ambientais;
Ministério Público;
Empresas Públicas e Privadas;
Órgãos do Governo Federal;
Congresso Nacional;
Público internauta, mantidas as páginas com Anúncios, Bibliotecas Públicas (Estaduais), Principais Bibliotecas das universidades públicas e particulares;
Escolas das redes pública e particular de ensino do Estado do Rio de Janeiro;
Anunciantes;

A importância de o certame ter apenas fontes renováveis

Ao todo, foram habilitados 205 parques eólicos, 5 hidrelétricas, 8 PCHs e 13 termelétricas




A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) anunciou nesta terça-feira (06/12) que finalizou o processo de cadastramento para o leilão A-5, que será realizado no próximo dia 20 de dezembro, com o objetivo de suprir a demanda projetada das empresas distribuidoras para o ano de 2016. Segundo a EPE, recebeu habilitação técnica para participar do certame um total de 231 projetos, somando 6.286 MW de potência instalada.

Ao todo, foram habilitadas 205 parques eólicos, com capacidade total de 5.149 MW, 5 hidrelétricas, com capacidade de 388 MW, 8 pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), com capacidade 147 MW e 13 termelétricas movidas a bagaço de cana de açúcar, com capacidade de 602 MW.

Além disso, segundo a EPE, até o dia 09 de dezembro, outras usinas hidrelétricas poderão ser habilitadas. Entretanto, para isso, os empreendedores terão que apresentar a licença prévia (LP), emitida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama), além da Declaração de Reserva de Disponibilidade Hídrica (DRDH), expedida pela Agência Nacional de Águas (ANA).

O presidente da EPE, Mauricio Tolmasquim, ressaltou a importância de o certame ter apenas fontes renováveis. Segundo ele, a participação de termelétricas a gás natural seria desejável, mas a não habilitação deste tipo de usina não preocupa, já existe uma boa quantidade de empreendimentos térmicos contratada anteriormente.

“O volume de oferta de geração habilitado pela EPE garante que a demanda das distribuidoras de eletricidade será plenamente atendida com as fontes renováveis de energia incluídas neste leilão”, avaliou Tolmasquim.

Energia renovável é essencial para qualidade de vida

Por Sarah Bueno Motter, para EcoAgência de Notícias Ambientais



“Só não há energia solar em todos os prédios, porque não há consciência”, afirmou Luis Maccarini, na última Terça Ecológica, que ocorreu no dia 4 de setembro. O evento foi realizado pelo NEJ/RS com apoio do Banrisul e abordou a questão da energia fotovoltaica. Para Maccarini, não há mistério, o que existe é falta de conhecimento pelos gestores públicos e pela sociedade dos benefícios e da tecnologia que já existe para aproveitar a energia do sol.

O engenheiro elétrico, durante sua fala, evidenciou a mudança de paradigmas e percepções do mundo. Logo no início, mostrou uma foto de um castelo da Idade Média, que foi construído durante décadas, “naquela época o trabalho era um legado”. A mesma perspectiva precisa ser tomada para se pensar um mundo sustentável, o engenheiro questionou o que as futuras gerações pensarão da nossa, a qual usa combustíveis fósseis indiscriminadamente.

A tecnologia para utilização da radiação solar, como fonte energética, vem sendo desenvolvida desde o início do século XIX. Einstein ganhou prêmio Nobel, em 1921, por descobrir a origem do efeito fotoelétrico, ou seja, o comportamento de “pilha” que materiais semicondutores, como o silício, adotam ao entrar em contato com a radiação luminosa.

Maccarini trouxe dados curiosos, segundo a organização Land Art Generator (
http://landartgenerator.org/), para suprir toda a necessidade energética do planeta, precisar-se-ia de aproximadamente 36000km² de painéis solares, ou seja, uma área um pouco maior que os Países Baixos. Com o combustível produzido por um hectare de cana-de-açúcar, um carro pode dar uma volta ao mundo. Caso essa mesma área fosse coberta de painéis solares, esse carro poderia dar 234 voltas ao mundo, com a energia produzida.

Os biocombustíveis são mais problema que solução, segundo Maccarini, eles não resolvem a questão energética, só agravam a crise. Ainda, nessa perspectiva, afirmou que não se chegaria a 1% da demanda de energia do mundo, caso toda área agriculturável do planeta produzisse biocombustíveis.

A Flor da Permacultura
A perspectiva da permacultura, método criado na década de 70 para manter sistemas humanos de maneira ambientalmente sustentáveis e justos, dá base ao pensamento de Maccarini. Não devemos degradar o ambiente em que vivemos, precisamos cuidá-lo e usá-lo de modo que tenhamos qualidade de vida. As energias renováveis são um pilar desse olhar, que ultrapassa a visão do aqui e agora. Luis Maccarini mostrou que não precisamos nem do Pré-Sal e nem da usina termelétrica em Candiota, a energia do sol é justa e está à disposição de todos.


EcoAgência Solidária de Notícias Ambientais
 
 
Adapitação:
 
Ricardo Pereira

Um exemplo para a Costa do Dendê

Produtores rurais, engenheiros agrônomos, biólogos, nutricionistas, técnicos, professores, estudantes e consumidores estarão reunidos nos dias 3 e 4 de setembro na Universidade de Caxias do Sul (UCS) para o debate da viabilidade da produção de alimentos sem a aplicação de pesticidas, herbicidas ou fungicidas químicos, bem como a importância da segurança alimentar.

O 4º Encontro Caxiense para o Desenvolvimento da Agricultura Orgânica e Sustentável e 2ª Reunião Sul Brasileira sobre Agricultura Sustentável terão como palco o UCS Teatro, sempre das 8h às 18h. Entre as temáticas previstas, estão o aquecimento global, insumos para a agricultura orgânica, sistema agroecológico de produção animal, biodiversidade e segurança alimentar, vitivinicultura, entre outros assuntos que serão abordados por 23 palestrantes convidados.

“O encontro já é consolidado e reconhecido na região Sul, tendo trazido, em outras edições, importantes nomes no debate dos temas ambientais. Queremos repetir o sucesso das outras edições, voltando o foco para temas que interessam tanto à comunidade acadêmica como à população em geral, que têm sido prejudicada silenciosamente por meio do consumo de produtos carregados de agroquímicos, o que comprovadamente causa danos à saúde e meio ambiente”, comenta a doutora em Biologia e coordenadora do evento, Valdirene Camatti Sartori.

As inscrições devem ser feitas pelo site da UCS, no site, ao custo de R$ 20. Na hora, o valor será de R$ 25. Outras informações pelo telefone (54) 3218.2149, ramal 2663, ou pelo e-mail agriculturaorganica_ucs@yahoo.com.br.

O encontro é uma realização da UCS, por meio do Centro de Ciências Agrárias e Biológicas – Instituto de Biotecnologia – e prefeitura de Caxias do Sul, por meio da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Semma), com o apoio do Centro Ecológico – Assessoria e Formação em Agricultura Ecológica.

Especialistas pedem mais esforços para salvar corais



 
 
Sobrevivência dos ecossistemas mais ricos do oceano depende da ação da
população local e da mudança de comportamento da comunidade internacional.
Um quinto dos recifes de corais do mundo já morreu ou foi destruído.
 
 
Recifes de corais estão entre os mais diversos e valiosos ecossistemas do planeta. Eles abrangem menos de 0,2% do fundo do oceano, mas abrigam um quarto de todas as espécies marinhas. Os recifes também protegem a costa e representam uma fonte essencial de alimento e renda para cerca de 500 milhões de pessoas ao redor do mundo. Mas os corais estão cada vez mais ameaçados. Um estudo de 2008 da Rede de Monitoramento Mundial de Recifes de Corais constatou que um quinto dos recifes de corais do mundo já morreu ou foi destruído.
No entanto, ainda há esperança. Em Papua Nova Guiné, que abriga cerca de 75% das espécies de corais do mundo e 600 espécies de peixes, grande parte dos recifes ainda está intacta. O país faz parte do chamado Triângulo de Corais, considerado o epicentro da biodiversidade marítima e que inclui também as águas tropicais da Indonésia, Malásia, Filipinas, Timor Leste e Ilhas Salomão. "Os recifes de corais de Papua Nova Guiné ainda se encontram em seu estado original. Portanto, não é tarde para salvá-los", diz o biólogo marinho Noel Wangunu, da Organização Ambiental Conservation International. "Mas é importante protegê-los agora, tornando-os resistentes a influências externas."
Branqueamento dos recifes de corais
Altas temperaturas são o maior fator de risco para os corais. Elas podem ter um impacto significativo sobre o fornecimento de alimentos e a própria existência das vulneráveis comunidades costeiras. Recifes de corais servem de base não somente para a indústria pesqueira, como também para a indústria do turismo. Os efeitos das mudanças climáticas são mais graves nos oceanos do que na terra, mesmo que os impactos sejam menos visíveis. Temperaturas acima da média afetam os recifes ao redor do mundo.
"Com as mudanças climáticas, os oceanos ficam mais ácidos e a temperatura de suas superfícies aumenta, o que resulta no branqueamento dos corais", diz Wangunu. Entretanto, a economia local representa um problema ainda maior. O desenvolvimento da região costeira, o desmatamento e o turismo sem controle contribuem para a destruição dos corais. "A pesca excessiva é uma ameaça significativa para o sistema de corais do Pacifico", afirma Nicola Barnard, diretora da International Reef Action Network (Rede de Ação Internacional de Recifes de Corais, em português).
"A poluição das bacias hidrográficas – em grande parte como consequência do desmatamento, da erosão e da mineração – também afeta a região. Sedimentos e resíduos são lançados no mar, danificando os corais próximos à costa. Além disso, a urbanização leva à destruição dos manguezais. Lixo e esgoto também são um problema", aponta Barnard.

Fonte:
 
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