quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Os tecidos vegetais

O agrupamento de células vegetais similares destinadas ao exercício de uma função determinada é chamado de tecido vegetal. O ramo da biologia que estuda tais tecidos e suas funções é a Histologia vegetal.
Os tecidos vegetais podem ser divididos em dois grandes grupos: tecidos meristemáticos e tecidos adultos. Os meristemas são tecidos constituídos por células indiferenciadas e com grande capacidade de divisão celular (por mitose). Essas células são pequenas, apresentam parede celular delgada, núcleo volumoso e central e encontram-se justapostas. São, ainda subdivididos em meristemáticos primários e meristemáticos secundários.
Os primários são provenientes do sistema embrionário, se localizam no ápice da raiz e do caule e são responsáveis pelo crescimento longitudinal (em altura) desses órgãos vegetais. São divididos em protoderme, que dá origem à epiderme; meristema fundamental, que origina os tecidos fundamentais e o procâmbio, que dá origem aos tecidos vasculares primários.
Os meristemas secundários estão localizados no cilindro central do caule e da raiz (câmbio) e na região da casca, do caule e da raiz (felogênio), são responsáveis pelo crescimento diametral (em espessura) da raiz e do caule de árvores e arbustos. O câmbio forma células do líber ou floema para o lado externo, e células do lenho ou xilema para o lado interno. O felogênio forma súber ou cortiça para o lado externo, e células de um parênquima chamado feloderma, para o lado interno.
Em decorrência do crescimento e desenvolvimento da planta, os tecidos meristemáticos passam a se diferenciar dão origem as tecidos adultos, que apresentam funções mais específicas e são divididos em:
  • Tecidos de revestimento: são responsáveis, principalmente pela proteção do vegetal. Nesse grupo há a epiderme, formada por células vivas, achatadas, justapostas, que reveste externamente os órgãos da planta, e além da função de proteção, é responsável pela absorção de água e sais minerais, excreção, secreção e trocas gasosas. O súber ou cortiça é, também, um tecido de revestimento, composto de células mortas, infladas e que apresentam paredes celulares dotadas de suberina (substância graxa) e é produzido pelo felogênio.
  • Tecidos de preenchimento, ou parênquimas: são formados por células vivas, volumosas, com vacúolos grandes e parece celular pouco espessa. É dividido em parênquimas clorofilados, que possuem células ricas em cloroplastos; parênquimas de reserva, formado por células de armazenamento de vários tipos de substâncias; parênquima de preenchimento, que preenche certas regiões do caule e da raiz; parênquima aquífero, que armazenam água; parênquimas amilíferos, que armazenam amido e parênquima aerífero, que armazenam ar.
  • Tecidos de sustentação: divididos em colênquima e esclerênquima. O colênquima é composto de células vivas, com cloroplastos e ocorre em caules verdes e na pecíolo das folhas. A esclerênquima é formada por células mortas ricas em lignina (substância às vezes presente na parede celular vegetal, que confere dureza e resistência a ela).
  • Tecidos de condução (vasculares): responsáveis pelo transporte das seivas bruta e elaborada. O xilema (ou lenho) é o tecido especializado em transporte de seiva bruta (água e sais minerais), formado por células mortas, alongadas e de parede celular lignificada. O floema (ou líber) tem a função de conduzir a seiva elaborada (água e carboidratos) e é constituído por células vivas, alongadas, com paredes transversais dotadas de poros e anucleadas.
Referências

Plataforma seria uma forma de driblar as leis de imigração


Para conseguir fugir das rígidas leis de imigração dos EUA, uma empresa resolveu criar uma incubadora de tecnologia em alto-mar. A Blueseed, que lançou a ideia, quer construir um centro de pesquisa em águas internacionais, próximo à Califórnia. O argumento é que as leis bloqueiam a chegada de profissionais estrangeiros que poderiam trazer ousadia e criatividade ao Vale do Silício.
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Projeto prevê escritório em alto-mar para burlar imigração.//Crédito: Divulgação

O escritório flutuante deve ficar a 19 quilômetros costa norte da Califórnia. A ideia já ganha contornos, e um dos grandes investidores do projeto é o fundador do PayPal, Peter Thiel. Na última semana a empresa lançou uma maquete detalhada de como vai funcionar a incubadora flutuante.

Gabriel Jack, um advogado de imigração do escritório de advocacia MJ, no Vale do Silício, disse à revista Wired que a ideia é juridicamente viável. Os trabalhadores precisariam apenas do visto de visitantes, válido por 10 anos.

“Não há nada na lei que diga quantas vezes você pode visitar os Estados Unidos. Se eles deixam claro que eles trabalham em águas internacionais e estão usando um visto de visitante para ficar em terra, não vejo problema”, disse.

Segundo entrevista dos criadores da empresa, o CIO Dan Dascalescu, o CEO Max Marty e o presidente Dario Mutabdzija, a incubadora terá como foco profissionais da área de TI. O projeto prevê acomodação, área de trabalho e convivência. Eles ainda estudam se vão adaptar um navio de cruzeiro ou outro modelo.

Uma das principais dificuldades, no entanto, é conseguir o acesso à internet de forma barata e eficiente. Uma das possibilidades seria levar um cabo submarino até a plataforma, mas o preço ainda é muito alto _foi estimado em mais de US$ 1 milhão. A Blueseed busca parceiros para encontrar uma saída viável.

A ideia, de acordo com os criadores, é que a incubadora flutuante se torne o “Googleplex” do mar.
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por Redação Galileu

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Faltam engenheiros no Brasil aponta estudo do IEDI

 

Estudo traça quadro difícil na formação de engenheiros: número é pequeno, cai relativamente, com perda nas áreas tradicionais

No dia 16 de julho, o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI), divulgou o estudo "A Formação de Engenheiros no Brasil: Desafio ao Crescimento e à Inovação". O documento reúne dados nacionais e internacionais sobre formação no ensino superior e formação nas engenharias, chama a atenção para a ausência de planejamento governamental quando se trata da formação de recursos humanos e, especialmente, alerta sobre as consequências da diminuição da participação relativa da formação de engenheiros para o desenvolvimento do País.

A seguir o resumo do documento :

Inovação, qualificação de mão de obra e engenharia
O primeiro ponto do estudo busca situar a posição central dos engenheiros para o desenvolvimento tecnológico, com base no perfil dos profissionais empregados em atividades de pesquisa e desenvolvimento nos Estados Unidos. Dados dos Indicadores de Ciência e Engenharia 2010, publicados pela National Science Foundation, agência de financiamento à pesquisa do país, mostram que são engenheiros 36% dos graduados em ciências e engenharia trabalhando em P&D. Além de chamar atenção para a relevância dos engenheiros, a Carta do IEDI lembra que outros profissionais com educação superior são também crescentemente importantes — com formação em ciências naturais, mas também em administração, direito e ciencias sociais. A necessidade de formação profissionalizante em áreas técnicas no Ensino Médio é também destacada como necessária para a inovação. Neste aspecto, diz o documento, há também escassez no Brasil, exceção feita ao Estado de São Paulo, com o crescimento do Centro Paula Souza, e da iniciativa recente do Ministério da Educação para o fortalecimento das antigas Escolas Técnicas Federais.

Escolaridade superior no Brasil
A situação brasileira é bastante desfavorável quando comparada à de outros países, mostra o estudo do IEDI. A taxa de escolaridade superior entre jovens de 20 a 24 anos, no ano de 2007, é a mais baixa entre países selecionados, o que diminui a capacidade do País de concorrer com outros emergentes. A tabela abaixo, reproduzida do estudo, e elaborada com base em dados da OCDE, 2010, fala por si:

Fonte: Carta IEDI 424, OCDE 2010
A situação da escolaridade em nosso País, observa o texto, compara-se à China e à India, por exemplo. Mas o texto coteja os números absolutos da formação superior da população brasileira: 14 milhões de estudantes no ensino superior indiano (2005-2006), 20 milhões na China (2008), 5,2 milhões no Brasil (2007, OCDE).

A formação em Engenharia no Brasil: o perfil dos egressos; comparação internacional
O estudo enfatiza que o déficit na formação de engenheiros é "consequência direta da baixa escolaridade superior", embora não se explique "apenas" por isso.

Pouca gente frequenta o ensino superior; e as áreas de concentração das matrículas é em Educação, Ciências Sociais, Direito, Economia e Administração, de acordo com o estudo. No ano de 2007, aponta o documento, entre o total de alunos egressos em cursos superiores no Brasil, apenas 5,1% estavam nas Engenharias, ante 6,1%, nos EUA; 14,2% no México; na Espanha, 14,5%; no Japão, 19,4%; na Coréia do Sul, 25%; e na China, 35,6%.

De acordo com os números levantados pelo IEDI, 5,6% dos egressos na educação superior no Brasil no ano 2000 estavam nas áreas das Engenharias. Já 26,6% dos estudantes estavam nas Ciências Sociais e em Direito naquele ano, e 13,2% nos cursos de Economia e Administração. No ano de 2008, eram 5,1% do total os egressos nas Engenharias; Ciências Sociais e Direito registravam 27,3%; e 13,7% estavam em Economia e Administração. "Mais grave é que estes percentuais de egressos em Ciências e Engenharia, além de baixos, são decrescentes. O número absoluto de egressos tem crescido, mas seu percentual no total da formação superior tem se reduzido sistematicamente", aponta o estudo.

Os dados apresentados também evidenciam a perda de peso relativo das áreas tradicionais da Engenharia na formação geral de engenheiros, em que ganham peso a Engenharia de Produção, Logística, Pesquisa Operacional; Qualidade; Engenharia do Trabalho, Econômica e Ambiental; Engenharia de Alimentos e Mineração ante as áreas como Engenharia Elétrica, Eletrônica, Mecânica, Química e Engenharia Civil. A tabela abaixo, reproduzida do estudo, mostra o perfil dos concluintes entre 1999 e 2008:

O IEDI registra que as matrículas e o número de egressos cresceram a taxas relativamente elevadas nos últimos anos. A expansão está calcada na participação crescente do setor privado, o que é parte da explicação para o decréscimo das Engenharias e também explica parcialmente a mudança do perfil dessa área. As tradicionais Engenharia Elétrica, Eletrônica, Mecânica, Química e Civil são cursos que exigem maior infraestrutura e investimentos mais elevados, observa o documento; essa é uma das causas apontadas para essa perda de espaço.

Em relação ao total de egressos com cursos de Engenharia dentro do quadro geral do ensino superior, em comparação a países selecionados, Ensino Superior reproduz outro quadro que faz parte do estudo, para 2007, com base em dados da OCDE:

O estudo também observa que o Brasil está melhor na comparação internacional quando se trata dos doutores em Engenharia. O percentual de doutores em Engenharia em relação ao total de doutores, no Brasil, é de 11,8%, similar ao percentual do Chile, Estonia, Portugal, Suíça e França; mas muito inferior ao da China, a campeã internacional, com 34,9%, ou o da Coreia do Sul, com 24,8%. Os dados são de recente estudo divulgado pela OCDE, "Measuring Innovation: a New Perspective".

A demanda por profissionais de Engenharia no Brasil
Nessa seção, o estudo do IEDI dialoga com outro, "Escassez de Engenheiros: realmente um risco?", também destacado por Inovação, e publicado em Radar, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. Há uma discussão da metodologia utilizada pelo estudo do Ipea, que tentou mensurar a demanda por engenheiros no Brasil diante do atual quadro de formação desses profissionais e das projeções de crescimento do País. O Ipea considerou apenas as ocupações típicas das Engenharias da Classificação Brasileira de Ocupações, o que excluiu as de gerência e direção, onde há um número expressivo de engenheiros empregados, segundo o IEDI. "Independente da forma de projetar a demanda ou de estimar o tamanho do mercado de trabalho de Engenharia no Brasil há um fato: diversas empresas têm relatado a enorme dificuldade em contratar engenheiros. Dada a disseminação destes profissionais pelo conjunto do mercado de trabalho esta 'escassez' relativa acaba tendo impacto generalizado", aponta o IEDI.

Segundo o estudo do instituto de São Paulo, cerca de 30% dos engenheiros empregados em funções típicas das Engenharias estão na indústria de transformação e 17% trabalham no setor de construção civil. O ritmo de expansão das atividades típicas de Engenharia foi muito alto nos últimos anos. Destaque nesse crescimento para os setores da indústria extrativa, dos serviços técnicos profissionais e da indústria de transformação. Em termos de sub-área de formação, o grupo de engenheiros de formação geral, seguido pela Química, Mecânica e pela Engenharia Civil foram os mais empregados pelo mercado.

Alertas para o País
Na abertura, à guisa de resumo executivo, é onde o documento argumenta sobre a necessidade de um planejamento mais ativo do setor público, em parceria com o setor privado, na estruturação de um plano de graduação de Engenharia e de Ciências que não busque apenas a solução no curto prazo, que seria ampliar a formação de engenheiros de forma indiscriminada. Esse planejamento deve levar em consideração que o esforço na formação é um investimento que dará resultados no longo prazo — é preciso pelo menos cinco anos para se formar um engenheiro — e ser compatível com as áreas estratégicas para o desenvolvimento do País.

A abertura também argumenta que será muito difícil o Brasil melhorar sua renda per capita como fez no século XX se a taxa de escolaridade continuar baixa como é hoje, e se persistir o quadro de baixa ênfase na formação e qualificação de recursos humanos.

Essa trajetória só foi possível no século passado, de acordo com o estudo, porque a industrialização brasileira foi baseada na substituição de importações e na forte presença de subsidiárias de empresas estrangeiras, ou seja, em tecnologia desenvolvida, basicamente, fora do País. "Os requisitos de crescimento de produtividade no Brasil que possam garantir a sustentabilidade, no longo prazo, da melhoria da renda e de seu perfil distributivo pressupõem uma estratégia diferente da que prevaleceu no século XX", diz o estudo.

Para o IEDI, "nem mesmo o subsistema de subsidiárias estrangeiras conseguirá manter um ritmo forte de investimento no Brasil sem maior produtividade e melhor qualificação da mão de obra" local.
 
Fonte:

O que é o CONAMA?


O Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA é o órgão consultivo e deliberativo do Sistema Nacional do Meio Ambiente-SISNAMA, foi instituído pela Lei 6.938/81, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, regulamentada pelo Decreto 99.274/90.
O CONAMA é composto por Plenário, CIPAM, Grupos Assessores, Câmaras Técnicas e Grupos de Trabalho. O Conselho é presidido pelo Ministro do Meio Ambiente e sua Secretaria Executiva é exercida pelo Secretário-Executivo do MMA.
O Conselho é um colegiado representativo de cinco setores, a saber: órgãos federais, estaduais e municipais, setor empresarial e sociedade civil. Compõem o Plenário:
  • o Ministro de Estado do Meio Ambiente, que o presidirá;
  • o Secretário-Executivo do Ministério do Meio Ambiente, que será o seu Secretário-Executivo;
  • um representante do IBAMA;
  • um representante da Agência Nacional de Águas-ANA;
  • um representante de cada um dos Ministérios, das Secretarias da Presidência da República e dos Comandos Militares do Ministério da Defesa, indicados pelos respectivos titulares;
  • um representante de cada um dos Governos Estaduais e do Distrito Federal, indicados pelos respectivos governadores;
  • oito representantes dos Governos Municipais que possuam órgão ambiental estruturado e Conselho de Meio Ambiente com caráter deliberativo, sendo:
    • um representante de cada região geográfica do País;
    • um representante da Associação Nacional de Municípios e Meio Ambiente-ANAMMA;
    • dois representantes de entidades municipalistas de âmbito nacional;
  • vinte e dois representantes de entidades de trabalhadores e da sociedade civil, sendo:
    • dois representantes de entidades ambientalistas de cada uma das Regiões Geográficas do País;
    • um representante de entidade ambientalista de âmbito nacional;
    • três representantes de associações legalmente constituídas para a defesa dos recursos naturais e do combate à poluição, de livre escolha do Presidente da República; (uma vaga não possui indicação)
    • um representante de entidades profissionais, de âmbito nacional, com atuação na área ambiental e de saneamento, indicado pela Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental-ABES;
    • um representante de trabalhadores indicado pelas centrais sindicais e confederações de trabalhadores da área urbana (Central Única dos Trabalhadores-CUT, Força Sindical, Confederação Geral dos Trabalhadores-CGT, Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria-CNTI e Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio-CNTC), escolhido em processo coordenado pela CNTI e CNTC;
    • um representante de trabalhadores da área rural, indicado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura-CONTAG;
    • um representante de populações tradicionais, escolhido em processo coordenado pelo Centro Nacional de Desenvolvimento Sustentável das Populações Tradicionais-CNPT/IBAMA;
    • um representante da comunidade indígena indicado pelo Conselho de Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do Brasil-CAPOIB;
    • um representante da comunidade científica, indicado pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência-SBPC;
    • um representante do Conselho Nacional de Comandantes Gerais das Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares-CNCG;
    • um representante da Fundação Brasileira para a Conservação da Natureza-FBCN;
  • oito representantes de entidades empresariais; e
  • um membro honorário indicado pelo Plenário;
  • integram também o Plenário do CONAMA, na condição de Conselheiros Convidados, sem direito a voto:
    • um representante do Ministério Público Federal;
    • um representante dos Ministérios Públicos Estaduais, indicado pelo Conselho Nacional dos Procuradores-Gerais de Justiça; e
    • um representante da Comissão de Defesa do Consumidor, Meio Ambiente e Minorias da Câmara dos Deputados.
  • As Câmaras Técnicas são instâncias encarregadas de desenvolver, examinar e relatar ao Plenário as matérias de sua competência. O Regimento Interno prevê a existência de 11 Câmaras Técnicas, compostas por 10 Conselheiros, que elegem um Presidente, um Vice-presidente e um Relator. Os Grupos de Trabalho são criados por tempo determinado para analisar, estudar e apresentar propostas sobre matérias de sua competência.
    O CONAMA reúne-se ordinariamente a cada 3 meses no Distrito Federal, podendo realizar Reuniões Extraordinárias fora do Distrito Federal, sempre que convocada pelo seu Presidente, por iniciativa própria ou a requerimento de pelo menos 2/3 dos seus membros.
    É da competência do CONAMA:
    • estabelecer, mediante proposta do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis-IBAMA, dos demais órgãos integrantes do SISNAMA e de Conselheiros do CONAMA, normas e critérios para o licenciamento de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras, a ser concedido pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal e Municípios e supervisionado pelo referido Instituto;
    • determinar, quando julgar necessário, a realização de estudos das alternativas e das possíveis conseqüências ambientais de projetos públicos ou privados, requisitando aos órgãos federais, estaduais e municipais, bem como às entidades privadas, informações, notadamente as indispensáveis à apreciação de Estudos Prévios de Impacto Ambiental e respectivos Relatórios, no caso de obras ou atividades de significativa degradação ambiental, em especial nas áreas consideradas patrimônio nacional;
    • decidir, por meio da Câmara Especial Recursal - CER, em última instância administrativa, em grau de recurso, sobre as multas e outras penalidades impostas pelo IBAMA;
    • determinar, mediante representação do IBAMA, a perda ou restrição de benefícios fiscais concedidos pelo Poder Público, em caráter geral ou condicional, e a perda ou suspensão de participação em linhas de financiamento em estabelecimentos oficiais de crédito;
    • estabelecer, privativamente, normas e padrões nacionais de controle da poluição causada por veículos automotores, aeronaves e embarcações, mediante audiência dos Ministérios competentes;
    • estabelecer normas, critérios e padrões relativos ao controle e à manutenção da qualidade do meio ambiente, com vistas ao uso racional dos recursos ambientais, principalmente os hídricos;
    • estabelecer os critérios técnicos para a declaração de áreas críticas, saturadas ou em vias de saturação;
    • acompanhar a implementação do Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza-SNUC conforme disposto no inciso I do art. 6 o da Lei 9.985, de 18 de julho de 2000;
    • estabelecer sistemática de monitoramento, avaliação e cumprimento das normas ambientais;
    • incentivar a criação, a estruturação e o fortalecimento institucional dos Conselhos Estaduais e Municipais de Meio Ambiente e gestão de recursos ambientais e dos Comitês de Bacia Hidrográfica;
    • avaliar regularmente a implementação e a execução da política e normas ambientais do País, estabelecendo sistemas de indicadores;
    • recomendar ao órgão ambiental competente a elaboração do Relatório de Qualidade Ambiental, previsto no inciso X do art. 9 o da Lei 6.938, de 1981;
    • estabelecer sistema de divulgação de seus trabalhos;
    • promover a integração dos órgãos colegiados de meio ambiente;
    • elaborar, aprovar e acompanhar a implementação da Agenda Nacional do Meio Ambiente, a ser proposta aos órgãos e às entidades do SISNAMA, sob a forma de recomendação;
    • deliberar, sob a forma de resoluções, proposições, recomendações e moções, visando o cumprimento dos objetivos da Política Nacional de Meio Ambiente;
    • elaborar o seu regimento interno.
    São atos do CONAMA:
    • Resoluções, quando se tratar de deliberação vinculada a diretrizes e normas técnicas, critérios e padrões relativos à proteção ambiental e ao uso sustentável dos recursos ambientais;
    • Moções, quando se tratar de manifestação, de qualquer natureza, relacionada com a temática ambiental;
    • Recomendações, quando se tratar de manifestação acerca da implementação de políticas, programas públicos e normas com repercussão na área ambiental, inclusive sobre os termos de parceria de que trata a Lei no 9.790, de 23 de março de 1999;
    • Proposições, quando se tratar de matéria ambiental a ser encaminhada ao Conselho de Governo ou às Comissões do Senado Federal e da Câmara dos Deputados;
    • Decisões, quando se tratar de multas e outras penalidades impostas pelo IBAMA, em última instância administrativa e grau de recurso, por meio de deliberação da Câmara Especial Recursal - CER.
    As reuniões do CONAMA são públicas e abertas à toda a sociedade.

    Fonte:

    DESINSETIZAÇÃO

    Os insetos mais comuns presentes nas residências e estabelecimentos comerciais são as baratas, as formigas e os cupins, porém não é tão difícil o aparecimento de outras espécies seja em ambientes internos ou externos. Sabendo disso, a Controlar também combate outros vetores como traças, lacraias, percevejos, carrapatos, escorpiões, aranhas, moscas e mosquitos.

    Pulgas

    As pulgas fazem parte de um grupo de insetos com hábitos hematófagos que parasitam externamente aves e mamíferos. Nas cidades, estes ectoparasitas têm como hospedeiros principais os cães, os gatos, os ratos e também o homem.
    Como se alimentam de sangue, são transmissores de vários agentes patogênicos como protozoários, bactérias e vermes. Sua saliva utilizada para impedir a coagulação sanguínea do hospedeiro ainda pode causar alergias e dermatites.
    Das mais de 2000 espécies, cerca de 60 são encontradas no Brasil. As mais conhecidas são a pulga do cão, a pulga do gato e a pulga do homem. Medem aproximadamente 1mm de comprimento, sendo que seu corpo é achatado lateralmente facilitando sua locomoção entre os pêlos do animal. Suas patas são adaptadas para saltar e esses saltos podem cobrir uma distância de 50 cm.

    Baratas

    Por viverem junto a rejeitos alimentares em decomposição (lixo) e esgotos, servem como vetores de bactérias, vírus, fungos e outros agentes patológicos, trazendo sérios prejuízos à saúde humana, podendo causar doenças como: gastroenterites (especialmente as do gênero salmonella), alergias e poliomielite, entre outras.

    Formigas

    Além do transtorno causado pela presença de formigas no interior de residências, algumas espécies prejudicam seriamente a agricultura, estabelecimentos de pesquisa, comerciais e principalmente hospitais, onde podem ser agentes importantes na transmissão de infecção hospitalar

    Deslojamento de Pombos

    Realizamos manejo integrado de Pombos, implantando projetos com a instalação de barreiras físicas, barreira mecânicas, ações químicas, palestras de conscientização, etc.
    Como os pombos são animais protegidos pelo IBAMA não é permitido matá-los e somente realizar o manejo.

    Como Combatemos

    Para controlar estes insetos, fazemos uma pulverização com inseticida líquido em todos os locais onde eles possam se alojar. Sendo assim, são pulverizados sofás, camas, estrados, tapetes, carpetes, gramados, canil, cama do animal, além de toda a extensão do piso.
    Para cada inseto há um método de combate e uma freqüência de tratamento. Portanto, caso algumas dessas pragas estejam infestando seu imóvel, ligue para nossa empresa.
    Será com grande satisfação que informaremos mais detalhes sobre nossos serviços.

    No início dos tempos as cavernas eram usadas como abrigo

    Há milênios as cavernas encantam o homem. No início dos tempos as cavernas eram usadas como abrigo, nelas foram deixadas restos de fogueiras, de alimentos, ossos e pinturas que nos permitem conhecer a vida e os hábitos dos nossos ancestrais.
    Sejam em pinturas rupestres, animais exóticos, depósitos minerais ou acidentes geológicos, os ambientes cavernícolas preservaram momentos de nossa história, neles criou-se um novo mundo a ser descoberto.
    Frágeis e fascinantes, as cavernas atraem pessoas pelos mais diversos motivos, sejam eles científicos ou religiosos, por curiosidade ou aventura, as cavernas propiciam o mais intenso contato com a natureza. Mais do que caminhar sobre o chão estamos dentro da terra, envolvidos por rochas, cercados de escuridão e silêncio.
    Nelas o tempo parece congelado. Suas formas intrigantes e belas, iluminadas por nossas luzes fazem nossa imaginação pequena. Vendo pequenas gotas caírem do teto ou escorrerem pelas paredes, podemos imaginar como tudo começou há milhares de anos.
    As vezes a calma e o silêncio dão lugar a galerias barulhentas, com seus rios e corredeiras a castigar a rocha, cachoeiras, abismos, desmoronamentos, tudo é singular nas cavernas.
    Podem ser grandes entradas ou pequenas fendas na montanha, as cavernas atraem pela beleza, aventura e principalmente pelo desconhecido. Não sabemos o que vamos encontrar, estamos caminhando sem pegadas à frente, o teto se abaixa, o rio se estreita, logo abre-se um grande salão, mais um abismo, uma pequena passagem entre blocos, ninguém sabe aonde vai chegar.
    Com as luzes apagadas, deitados sobre uma pedra a escutar as gotas caírem sobre o chão, nos entregamos às mais sinceras emoções. O rio que antes corria longe parece agora percorrer nossas entranhas e sair encachoeirado por nossas lágrimas, seguindo seu curso por entre as pedras que nos abraçam e se fundem a nós.
    As coisas são simples, todos são iguais e compartilham do mesmo ambiente e emoções, nas cavernas podemos por uns instantes saber o que significa viver intensamente e principalmente reconhecer o sentido da palavra liberdade.
    Com uma forma física razoável, curiosidade, um capacete e uma lanterna pode-se começar a descobrir os mistérios do mundo subterrâneo, e quem sabe ser contaminado pelo vírus espeleológico, do qual ninguém se recupera.
    Mais do que técnica, vale a coragem, a tenacidade e a curiosidade para ultrapassar os obstáculos encontrados, mais do que vencer é preciso respeitar e conhecer os segredos das cavernas e os próprios limites.
    Formação das cavernas
    As maiores e mais belas cavernas são formadas em rochas solúveis, especialmente as carbonáticas como os calcários, formados principalmente de carbonato de cálcio (CaCO3). Os calcários são rochas sedimentares que se depositaram nos fundos dos mares há mais de 500 milhões de anos, num processo lento foram depositados em camadas separadas por planos de acamamento e em graus diferentes de pureza e as vezes intercalados com argila.
    Existem cavernas em outros tipos de rochas como quartzitos, arenitos e granitos, mas que não são tão atraentes quanto as calcárias. As rochas sofreram a ação de altas pressões e temperaturas e se recristalizaram em calcário metamórfico, movimentos tectônicos as fizeram emergir do fundo dos mares e se tornar montanhas e erosões e corrosões modelaram o relevo.
    Quando um rio penetra na terra denomina-se sumidouro e quando surge dela, denomina-se ressurgência. As dolinas são depressões, mais ou menos circulares mais largas que profundas, na superfície, ocasionadas geralmente por pontos de maior captação de água ou pelo desmoronamento do teto de uma caverna.
    O relevo caracterizado principalmente por drenagem subterrânea, cavernas, sumidouros e ressurgências, vales, cannyons, dolinas e lapiás recebe o nome de carste. Na maioria das vezes o calcário é recoberto por uma vegetação exuberante, como no Vale do Ribeira em São Paulo e se evidencia por afloramentos da rocha, na forma de lapiás, que são rochas calcárias que sofreram corrosão por parte das águas, exibindo formas reentrantes e furos de todo tipo.
    As cavernas se originam, basicamente, da ação e circulação da água sobre as rochas, através de reações químicas de corrosão e da erosão. As águas das chuvas absorvem gás carbônico da atmosfera e principalmente do solo tornando-se ácidas (ácido carbônico H2CO3). Essas águas penetram pelas fendas e fraturas das rochas dissolvendo-a, abrindo condutos e galerias. Esses processos são naturalmente muito lentos, a água vai obedecendo a lei da gravidade, percorrendo milímetros em séculos.
    Em regiões tropicais como no Brasil é ainda mais intenso o processo de formação de cavernas, os ácidos encontrados no solo têm um papel muito importante nesse processo, aliado às constantes chuvas que inundam os vales e montanhas. Milênios depois esses condutos alargados permitem a passagem de mais água tornando o processo mais acelerado.
    Ai a erosão começa a aparecer, mais tarde as galerias começam a ser preenchidas também por ar, o rio toma a aparência de um rio do exterior, intensificando o processo de erosão. É neste momento que começam os depósitos de minerais, os espeleotemas, como as estalactites e estalagmites.
    O contínuo alargamento das galerias pode ocasionar desmoronamentos das paredes e tetos, processo conhecido como invasão, aumentando os espaços internos. Pode haver um rebaixamento do nível dos rios, desenvolvendo diferentes níveis na caverna.
    No PETAR as cavernas são classificadas, basicamente, em grutas, predominantemente horizontais e abismos, predominantemente verticais. Elas apresentam, normalmente, os mais variados tipos de acidentes, como tetos baixos, galerias altas, trechos alagados, desmoronamentos, salões amplos etc.
    Num determinado momento os rios podem deixar de correr por certas galerias ou cavernas, os espeleotemas tomam todo ou quase todo o espaço interno da caverna, ou elas são preenchidas por sedimentos, a caverna entra então na sua fase final de existência, pelo menos até a que a água volte a correr por suas galerias retomando o processo que tende a arrasar toda a rocha calcária.
    Fonte: www.cavernas.com.br
    Cavernas no Brasil

    Cavernas Brasileiras - Patrimônio Nacional

    Cavernas no Brasil
    Conduto da Gruta Curral de Pedra
    Região metropolitana de Belo Horizonte - MG
    Espeleologia é a ciência que tem a finalidade de localizar, explorar, observar e interpretar as cavernas, bem como analisar seu processo de formação, seu ambiente e o meio em que se inserem. Originária do grego "spelaion" (cavernas) e "logos" (estudo), a espeleologia objetiva o uso sustentável do ambiente cavernicola por intermédio de mecanismos que efetivamente contribuam para a sua conservação.
    Nas cavidades naturais subterrâneas, importantes informações estão sendo guardadas e conservadas e, uma vez estudadas, auxiliarão a interpretar e compreender toda a história da Terra. Isto somente é possível uma vez que a temperatura e a umidade encontram-se praticamente constantes durante longos períodos. Estando protegido da luz solar e das chuvas, o ambiente cavernicola possibilita condições extremamente favoráveis à manutenção de informações do ambiente externo.
    Como constatação deste fato, pesquisas científicas freqüentemente nos mostram que este ambiente conserva como poucos as ossadas de animais extintos e pólens de antigos vegetais, dando origem ao desenvolvimento da ciência paleontológica - ciência que estuda animais e vegetais fósseis - além de possibilitar a identificação dos homens pré-históricos que um dia habitaram suas entradas e deixaram importantes testemunhos de seus usos e costumes dentro das cavernas. Com a evolução dos estudos do modo de vida do homem pré-histórico e de suas relações com o meio circundante, desenvolveu-se a Arqueologia - ciência que estuda a vida e a cultura dos povos antigos por meio de escavações ou de documentos, monumentos, objetos etc, ali encontrados. As cavernas constituem-se, neste sentido, em importantes sítios arqueológicos onde estão preservados artefatos ósseos e líticos, material cerâmico, pinturas rupestres e diversos vestígios da ocupação humana no passado, como nível de fogueira, restos de alimentação, utensílios etc.
    Os depósitos de origem química conhecidos como espeleotemas (formações no interior de cavernas que despertam grande interesse e admiração por parte das pessoas que as visitam tais como estalactites, estalagmites, cortinas, travertinos etc) -além de apresentarem uma extraordinária beleza cênica, possibilitam, mediante estudos científicos, identificar variações paleoclimáticas e estabelecer datações, sendo ainda fundamentais para estudos mineralógicos, físicos e químicos.
    O IBAMA, como órgão responsável no trato da questão espeleológica brasileira, consciente de seu papel institucional, atribuído em função do Decreto n2 99.556, de 1ro de outubro de 1990 e pela Portaria nro 887, de 15 de junho de 1990, vem procurando estabelecer medidas que possibilitem a utilização e o fortalecimento dos recursos disponíveis (institucionais, humanos e financeiros), bem como a adoção de linhas de ação prioritárias que permitam minimizar o impacto ambiental nos ecossistemas cavernícolas brasileiros e a realização de estudos e pesquisas para a identificação e caracterização do patrimônio espeleológico existente, visando promover a curto, médio e longo prazos a formação de recursos humanos, planejamento adequado e manejos compatíveis a cada realidade, a níveis local e regional, que resultem em sua efetiva proteção e adequado uso socioeconômico.
    Com a execução do Programa de Proteção ao Patrimônio Espeleológico Brasileiro, o IBAMA espera que a sociedade considere as cavidades naturais subterrâneas muito mais que simples condutos existentes dentro da rocha, mas todo um ecossistema, frágil e delicado, que se inter-relaciona em total dependência com o meio externo, merecendo, por sua alta capacidade de concentração de diferentes recursos naturais e seu alto potencial no que se refere ao desenvolvimento científico do homem, especial atenção e proteção.
    Fonte: www.vivabrazil.com

    Espeleologia Relação direta com o homem

    Desde o início da Espeleologia que o homem tem vindo a deparar com criaturas que vivem nos lugares mais interiores das grutas, apesar das condições adversas do meio. Esta Fauna desde sempre suscitou a curiosidade científica, pois questionou-se de imediato sobre as formas de sobrevivência destes seres num ambiente tão inóspito, onde a luz é escassa ou mesmo inexistente e o alimento pouco abundante. Foi para responder a estas questões que surgiu uma nova ciência a que se deu o nome de BIOESPELEOLOGIA.
    Esta disciplina tem como objectivo o estudo destes seres e os seus meios de subsistência, revelando cada vez mais um mundo fascinante, completamente diferente daquele a que estamos habituados e onde se podem encontrar "seres estranhos" desprovidos de olhos e de cores ou, ainda, membros invulgarmente alongados.

    Flora cavernícola

    A Flora existente no interior de uma caverna relaciona-se, principalmente, com a quantidade de luz existente, distribuindo-se assim pelas três principais zonas da gruta.
    A Zona de Claridade, existente à entrada da gruta, onde penetra grande quantidade de luz, permite o desenvolvimento de plantas clorofilinas as quais necessitam da luz solar para realizarem as suas funções vitais. Os vegetais mais frequentes nesta zona são as Heras, Hepáticas, Musgo, Fungos, Algas e líquenes, que necessitam de pequenas quantidades de terreno para se fixarem e de muita humidade. Em grutas com grandes aberturas e entrada de luz muito abundante, podem até desenvolver-se vegetais do tipo arbustivo, embora nenhum destes grupos botânicos necessite da gruta para viver, encontrando-se lá apenas por mera casualidade.
    Caverna
    A Zona de Penumbra, já mais no interior das cavidades, onde a luz escasseia, não permite a existência de vegetais clorofilinos, à excepção de algumas algas verdes que conseguem subsistir com quantidades de luz muito reduzidas. É também natural encontrar plantas clorofilinas, cujas sementes entram no interior da gruta por acidente, levadas por correntes de ar ou transportadas na pele ou patas de animais, as quais germinam e dão origem a plantas frágeis e doentias, mostrando sinais típicos de fototropismo (inclinação em direcção à luz), tendo em geral pouco tempo de vida. Nesta zona desenvolvem-se ainda alguns fungos, emboram não tenham grande capacidade de proliferação, devido à falta de matéria orgânica no substrato ou à acidez das argilas.
    A Zona Escura, onde a luz está completamente ausente, permite apenas a existência de uma rica flora bacteriana e alguns raros fungos que se fixam no guano e sobre o corpo de organismos, em especial insetos. A flora bacteriana tem um papel preponderante na decomposição do guano e na alimentação de alguns outros organismos, tais como ácaros, colembolos, etc. Quanto aos vegetais, tal como na zona de penumbra, existe a possibilidade de germinação de sementes e esporos, os quais estão condenados a uma morte quase imediata devido à extrema adversidade do meio. Podemos, pois, considerar como inexistentes as formas de vida botânicas que estejam intimamente relacionadas com a gruta.

    Fauna cavernícola

    A Fauna dentro de uma gruta, divide-se também em três grupos:
    Os animais que se encontram, em geral, próximo da entrada da gruta e que não dependem desta, sob forma alguma, encontrando-se nestes locais apenas por casualidade ou acidente. Os mais frequentes são os Anfíbios (salamandra, tritão e sapo), os pequenos mamíferos (ratos) e os Artrópodes (aranhas, moscas, borboletas nocturnas, centopeias, etc.). Estes animais não influem na gruta em si nem dependem dela sob nenhum aspecto.
    Os animais que têm uma preferência natural pela gruta, necessitando desta para realizar algumas das suas funções vitais, tais como a reprodução, hibernação, abrigo, etc.. De entre estes, o exemplo mais típico é o morcego que necessita da gruta e também influi nesta de forma radical, devido à função de portador de nutrientes, dos quais depende toda uma comunidade de seres vivos e cadeias tróficas. Esses nutrientes são o alimento que o morcego durante a noite recolhe, fora da gruta, sob a forma de insetos voadores e que posteriormente libertado, já digerido e transformado em excrementos, a que se dá o nome de guano, vai servir de alimento a animais que dele diretamente dependem, formando outro grupo cavernícola. Este grupo abrange a flora bacteriana e os Ácaros, Colembolos e Dípteros, sem esquecer os predadores do tipo dos miriápodes (centopeias), pseudo-escorpiões e outros.
    Caverna
    Fonte: espeleopaty.vilabol.uol.com.br
    Bioespeleologia
    A Bioespeleologia é o ramo da Biologia que se dedica ao estudo dos seres vivos que ocorrem no ecossistema cavernícola.
    Proteus anguinus
    Proteus anguinus
    1. Fatores climáticos importantes
    A luz permite caracterizar a gruta em 3 zonas muito importantes do ponto de vista bioespeleológico.
    Bioespeleologia
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    A Temperatura apresenta variações diminutas e é, normalmente, igual à média das temperaturas anuais exteriores.
    A Atmosfera cavernícola é normalmente rica em CO2. A circulação de ar dentro das cavidades depende das correntes de convexão das massas de ar quente e frio, o número de entradas a pressão atmosférica exterior, a dimensão e forma das galerias, entre outros factores.
    A humidade relativa do ar é próxima da saturação.
    Cavernas



    2. Dados históricos

    O mundo subterrâneo, desde cedo, cativou o homem e muito se extrapolou sobre monstros que habitavam as profundezas das cavernas.

    A história da bioespeleologia começa em 1689, quando Barão Johann Weichard Valvasor descreve a existência de um ‘dragão’ que habita o mundo subterrâneo, que 79 anos é descrito por Laurenti como sendo o anfíbio troglóbio Proteus anguinus.
    Mr. Proteus
    Em 1831, o Conde Franz von Hohenwart recolhe o primeiro coleóptero cavernícola, Leptodirus hochenwartii.
    L. hochenwartii Schmidt, 1832
    Ainda no século XIX, Schiodte publica “Specimen Faunae subterraneae”, uma extensa obra onde descreve e introduz o conceito de Espeleobotânica, que viria a cair em desuso pelo facto das plantas apenas habitarem as zonas de entrad a penumbra das cavidades.
    Só em 1904, Armand Viré introduz o termo Bioespeleologia.
    Em 1949, Renné Jeannel funda, em França, o Laboratório Subterrâneo de Moulis.
    Emil Racovitza (1868-1947) de nacionalidade romena, é considerado o pai da bioespeleologia. Com os seus discípulos realizou mais de 50 expedições por toda a Europa, América e África. No ano de 1907, publica "Essai sur les problemes biospeologiques", obra dedicada à problemática do estudo de troglóbios, que marca definitivamente a individualização do estudo da fauna cavernícola.
    Em 1965, A.Vandel, na altura director do laboratório subterrâneo, publica “Biospéologie, la biologie des animaux cavernicoles” em 1965, uma obra de referência incontornável, que recolhe a maioria da informação até à época.
    Em 1980, é descrito pela primeira vez o Meio Subterrâneo Superficial (MSS), abrindo novos horizontes à biologia das espécies hipógeas e alargando enormemente a sua área de distribuição, que se julgava anteriormente, confinada às cavidades.

    3. Flora cavernícola

    Não se pode falar de uma flora cavernícola propriamente dita, porque sendo dependente da fotossíntese, a flora está confinada à zona iluminada e de penumbra, sendo incapaz de sobreviver na zona profunda. Esta exibe uma gradação quanto à sua distribuição em função da abundância de luz: plantas superiores, seguidas de Briófitos e algas endolíticas.
    Flora cavernícola
    Fenómeno de fluorescência, zona de penumbra

    4. Fungos

    Os fungos desenvolvem-se por cima de matéria orgânica, digerindo-a. Por um processo de digestão extracelular, os fungos excretam enzimas digestivas sobre a matéria orgânia.
    São mais comuns em zonas de aporte de matéria orgânica. Estes formam esporos que só germinam em condições favoráveis.
    Fungos
    Fungo desenvolvido sobre dejectos de rato no interior de uma cavidade vulcânica

    5. Comunidades bacterianas

    São os organismos vivos mais abundantes no meio cavernícola.
    Nas zonas com luz existem cianobactérias, bactérias fotossíntéticas, que em muitos casos, vivem dentro da rocha (endolíticas).
    As bactérias heterotróficas ocupam-se da decomposição da matéria orgânica.
    As bactérias quimiolitotróficas vivem nas argilas e nos calcários e produzirem matéria orgânica a partir de matéria mineral.
    As nanobactérias, de dimensões ínfimas são abundantes em rochas e minerais e muitas delas, são responsáveis for fenómenos de precipitação do carbonato de cálcio, aparecendo associadas a múltiplas formas de concreções subterrâneas.
    Colónias de bactérias
    Colónias de bactérias quimiolitotróficas - 'Cave Slime'

    6. Fauna cavernícola

    Podem-se classificar os animais, com base na forma como utilizam o ambiente cavernícola.
    Os termos: troglóxenos, troglófilos e troglóbios, são utilizados para definir categorias ecológicas.
    Trogloxenos
    São habitantes ocasionais, podem ser encontrados nas grutas devido a mudanças de condições climatéricas exteriores ou por acidente. Os mais comuns são os anfíbios, os répteis e uma grande diversidade de invertebrados.
    Salamandra
    Salamandra
    Troglófilos
    São animais que não vivem exclusivamente nas cavernas, mas que as utilizam em fases do seu ciclo de vida, para abrigo ou reprodução. São exemplo, várias espécies de morcegos, a gralha-de-bico vermelho e uma quantidade imensa de Artrópodes.
    TROGLÓBIOS – os verdadeiros cavernícolas
    São organismos altamente especializados e perfeitamente adaptados ao meio subterrâneo, sendo dele exclusivos. A maioria pertence ao filo Arthropoda (ex: aranhas, centopeias, peudoescorpiões, insectos).
    Aranha troglóbia
    Aranha troglóbia do Maciço Calcário Estremenho: Nesticus lusitanicus
    Estes organismos exibem troglomorfismos - adaptações ao meio subterrâneo, são de tal forma especializados que não sobrevivem na superfície. Por se encontrarem adaptados às condições estáveis do meio cavernícola, são altamente sensíveis a perturbações. Para fazer face à escassez de recursos alimentares, os troglóbios criaram estratégias de desenvolvimento que passam pela poupança energética.
    Aranha troglóbia
    Aranha troglóbia de Tenerife: Dysdera unguimannis

    6. Morcegos cavernícolas e Fauna do Guano

    São, provavelmente, os habitantes mais conhecidos do meio cavernícola.
    Morcego de peluche
    Morcego de peluche - Miniopterus schreibersii
    Os morcegos são mamíferos da ordem dos Quirópteros. Estes não possuem asas, voam recorrendo a uma membrana interdigital. Têm uma visão reduzida e orientam-se por um processo de ecolocação, emitindo ultra-sons pela laringe que são captados após reflecção e se baseia-se no fenómeno físico do Efeito de Doppler.
    Colónia de morcego-rato-grande
    Colónia de morcego-rato-grande - Myotis myotis
    Morcego de ferradura-grande
    Morcego de ferradura-grande Rhinolophus ferrumequinum
    Estes mamíferos hibernam no Inverno, sozinhos ou em colónias, conforme a espécie. Nos climas temperados alimentam-se, essencialmente, de insectos.
    Os morcegos são vectores de doenças graves, como a raiva (através da mordedura) e a histoplasmose e criptococose (por via aérea, através de esporos existentes no guano).

    Fauna do Guano

    A existência de excrementos de morcegos suporta um tipo comunidade designado, Fauna do Guano que é composta pelos Guanóbios, que se alimentam guano e os Guanófilos que vivem mais afastados e são os predadores do Guanóbios. A fauna do guano não é considerada troglóbia.
    Colêmbolo guanóbio
    Colêmbolo guanóbio

    8. Adaptações dos Troglóbios - Troglomorfismos

    Os troglóbios evoluiram no sentido de se adaptarem ao meio onde vivem. Especializaram-se de tal forma que são incapazes de sobreviver no exterior.
    Todo o seu ciclo de vida se desenvolve no interior das cavidades.
    As populações de troglóbios são reduzidas em número e muitas vezes também o são em diversidade. O conjunto de adaptações morfológicas, fisiológicas e ecológicas que os troglóbios apresentam são designadas troglomorfismos e são fruto de uma evolução designada regressiva.
    Os principais troglomorfismos são:
    Procambarus clarkii white Despigmentação
    Redução oftálmica ou Anoftalmia
    Alongamento dos apêndices e do corpo
    Inviabilização das asas ou apterismo em insectos
    Redução ou aumento de tamanho
    Nesticus lusitanicus Fage, 1931Instares larvares reduzidos
    Estratégia de reprodução tipo K - menos ovos, com maior quantidade de nutrientes
    Elevada capacidade de armazenamento de nutrientes
    Grande capacidade de resistência ao jejum
    Fisiogastria - dilatação do abdómen em fêmeas de insectos
    Trechus gamaeTaxa metabólica baixa
    Maior longevidade
    Fraca resistência à dessecação

    9. Proteus - um troglóbio emblemático

    É o troglóbio mais emblemático e o único vertebrado troglóbio da Europa.
    Endémico da Eslovénia é o símbolo do país.
    Habita cavidades e vive preferencialmente dentro de água.
    É um anfíbio urodelo, despigmentado e anoftálmico. Possui características primitivas no seu estado adulto.
    Respira por três tipos diferentes de processos de trocas gasosas: através das 6 brânquias externas que lhe permitem respirar dentro de água, através de 1 par de pulmões funcionais e e através da pele, por hematose cutânea.
    Atinge a maturidade sexual entre os 14 e os 18 anos e é simultaneamente ovíparo e vivíparo, isto é, tanto pode por ovos como ter gestação embrionária.
    Tem uma elevada resistência a jejuns prolongados, pode passar um ano sem se alimentar. Mede cerca de 30 centímetros e pode chegar aos 100 anos de idade.
    A sua existência foi durante muitos anos envolta em mistério, era tido pelas populações locais como um juvenil de grandes dragões que habitavam as cavernas.

    10. Vulnerabilidade do património bioespeleológico

    A incapacidade de sobreviver fora do ambiente subterrâneo, torna a fauna troglóbia extremamente vulnerável a qualquer alteração do seu meio.
    As principais ameaças são:
    1. Poluição antropogénica
    Que se infiltra através de percolação ou que é propositadamente, introduzida no meio cavernícola, como por exemplo: esgotos canalizados para o interior de cursos de água subterrâneos, descargas ilegais, fertilizantes utilizados na agricultura, esgotos industriais e urbanos.
    2. Extracção de inertes
    Conduz à total destruição dos sistemas subterrâneos.
    Parque Natural da Serra de Aire e Candeeiros
    Exemplo de uma, das muitas, pedreiras do Parque Natural da Serra de Aire e Candeeiros (PNSAC)
    3. Desflorestação e destruição/alteração do coberto vegetal - provoca alterações no pH do solo e consequentemente no pH da água que se infiltra no meio subterrâneo.
    4. Vandalismo - em todas as suas formas.
    5. Turismo espeleológico - em todas as suas formas.
    Fonte: profundezas.googlepages.com





    Arborização Urbana

    A CIDADE
    O espaço urbano é constituído basicamente por áreas edificadas (casas, comércio e indústrias), áreas destinadas à circulação da população (sistema rodo-ferroviário) e áreas livres de edificação (praças, quintais, etc.)
    As áreas ou espaços livres podem ser públicos, potencialmente coletivos ou privados.
    Denominamos espaços livres de uso público as áreas cujo acesso da população é livre. São os parques, praças, cemitérios e unidades de conservação inseridas na área urbana e com acesso livre da população.
    As áreas ou espaços livres potencialmente coletivos são aqueles localizados junto às universidades, escolas e igrejas. Nestas áreas o acesso da população é controlado de alguma forma.
    Finalmente, as áreas livres privadas são aquelas de propriedade particular, onde o acesso não é permitido para qualquer cidadão. São os jardins e quintais de residências, clubes de lazer, áreas de lazer de condomínios e remanescentes de vegetação natural ou implantada de propriedade particular.
    Entende-se por arborização urbana toda cobertura vegetal de porte arbóreo existente nas cidades. Essa vegetação ocupa, fundamentalmente, três espaços distintos:
    1. as áreas livres de uso público e potencialmente coletivas, citadas anteriormente;
    2. as áreas livres particulares; e
    3. acompanhando o sistema viário.
    O presente texto estará tratando especificamente da arborização urbana que acompanha as ruas e avenidas. São as árvores encontradas ao longo das calçadas, nos canteiros centrais de avenidas e nas rotatórias.
    AS ÁRVORES: BENEFÍCIOS E PROBLEMAS
    Da mesma forma que a arborização encontrada nas áreas livres públicas e privadas, as árvores que acompanham o sistema viário exercem função ecológica, no sentido de melhoria do ambiente urbano, e estética, no sentido de embelezamento das vias públicas, conseqüentemente da cidade.
    Algumas contribuições significativas na melhoria da qualidade do ambiente urbano são citadas a seguir:
    1. purificação do ar pela fixação de poeiras e gases tóxicos e pela reciclagem de gases através dos mecanismos fotossintéticos;
    2. melhoria do microclima da cidade, pela retenção de umidade do solo e do ar e pela geração de sombra, evitando que os raios solares incidam diretamente sobre as pessoas;
    3. redução na velocidade do vento;
    4. influência no balanço hídrico, favorecendo infiltração da água no solo e provocando evapo-transpiração mais lenta;
    5. abrigo à fauna, propiciando uma variedade maior de espécies, conseqüentemente influenciando positivamente para um maior equilíbrio das cadeias alimentares e diminuição de pragas e agentes vetores de doenças; e
    6. amortecimento de ruídos.
    Outra função importante da arborização que acompanha o sistema viário é seu préstimo como corredor ecológico, interligando as áreas livres vegetadas da cidade, como praças e parques. Além disso, em muitas ocasiões, a árvore na frente da residência confere a esta uma identidade particular e propicia o contato direto dos moradores com um elemento natural significativo, considerando todos os seus benefícios.
    No entanto, muitos são os problemas causados do confronto de árvores inadequadas com equipamentos urbanos, como fiações elétricas, encanamentos, calhas, calçamentos, muros, postes de iluminação, etc. Estes problemas são muito comuns de serem visualizados e provocam, na grande maioria das vezes, um manejo inadequado e prejudicial às árvores. É comum vermos árvores podadas drasticamente e com muitos problemas fitossanitários, como presença de cupins, brocas, outros tipos de patógenos, injúrias físicas como anelamentos, caules ocos e podres, galhos lascados, etc.
    Frente a esta situação comum nas cidades brasileiras, soma-se o fato da escassez de árvores ao longo das ruas e avenidas. Neste sentido, é fundamental considerarmos a necessidade de um manejo constante e adequado voltado especificamente para a arborização de ruas. Este manejo envolve etapas concomitantes de plantio, condução das mudas, podas e extrações necessárias. Para que seja implementado um sistema municipal que dê conta de toda essa demanda de serviços, é necessário considerar a necessidade de uma legislação municipal específica, medidas administrativas voltadas a estruturar o setor competente para executar os trabalhos, considerando, fundamentalmente, mão-de-obra qualificada e equipamentos apropriados, bem como o envolvimento com empresas que ajudem a sustentar financeiramente os projetos e ações idealizados, e com a população em geral. Este último poderá acontecer, preferencialmente, através de programas de educação ambiental voltados para o tema, procurando envolver de fato os moradores no processo de arborização ou rearborização da cidade.
    As figuras 01 e 02 mostram o que deve ser considerado para efetuar um plantio adequado de uma muda na calçada. As figuras foram retiradas da Cartilha "Vamos Re-arborizar Ribeirão Preto", material didático desenvolvido pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Ribeirão Preto, em 1995.
    A escolha da espécie a ser plantada na frente da residência é o aspecto mais importante a ser considerado. Para isso é extremamente importante que seja considerado o espaço disponível que se tem defronte à residência, considerando a presença ou ausência de fiação aérea e de outros equipamentos urbanos, citados anteriormente, largura da calçada e recúo predial. Dependendo desse espaço, a escolha ficará vinculada ao conhecimento do porte da espécie a ser utilizada. Para facilitar, as árvores usadas na arborização de ruas e avenidas foram classificadas em pequeno, médio e grande porte. A seguir seguem as definições de cada um dos portes, com indicação de nomes de algumas espécies mais comuns.
    árvoreÁRVORES DE PEQUENO PORTE
     
    São aquelas cuja altura na fase adulta atinge entre 04 e 05 metros e o raio de copa fica em torno de 02 a 03 metros. São espécies apropriadas para calçadas estreitas (< 2,5m), presença de fiação aérea e ausência de recuo predial.
    Murta, Falsa-murta, Murta de cheiro Murraya exotica
    Ipê-de-jardim Stenolobium stans
    Flamboyantzinho, Flamboyant-mirim Caesalpinia pulcherrima
    Manacá-de-jardim Brunfelsia uniflora
    Hibisco Hibiscus rosa-sinensis
    Resedá anão, Extremosa, Julieta Lagerstroemia indica
    Grevílea anã Grevillea forsterii
    Cássia-macrantera, manduirana Senna macranthera
    Rabo-de-cotia Stifftia crysantha
    Urucum Bixa orelana
    Espirradeira, Oleandro Nerium oleander
    Calistemon, Bucha-de-garrafa Callistemon citrinum
    Algodão-da-praia Hibiscus pernambucencis
    Chapéu-de-Napoleão Thevetia peruviana
    árvoreÁRVORES DE MÉDIO PORTE
     
    São aquelas cuja altura na fase adulta atinge de 05 a 08 metros e o raio de copa varia em torno de 04 a 05 metros. São apropriadas para calçadas largas (> 2,5m), ausência de fiação aérea e presença de recuo predial.
    Aroeira-salsa, Falso-chorão Schinus molle
    Quaresmeira Tibouchina granulosa
    Ipê-amarelo-do-cerrado Tabebuia sp
    Pata-de-vaca, unha-de-vaca Bauhinia sp
    Astrapéia Dombeya wallichii
    Cássia imperial, cacho-de-ouro Cassia ferruginea
    Resedá-gigante, Escumilha african Lagerstroemia speciosa
    Magnólia amarela Michaelia champaca
    Eritrina, Suinã, Mulungu Erytrina verna
    Ligustro, Alfeneiro-do-Japão Ligustrum lucidum
    Sabão-de-soldado Sapindus saponaria
    Canelinha Nectandra megapotamica
    árvoreÁRVORES DE GRANDE PORTE
     
    São aquelas cuja altura na fase adulta ultrapassa 08 metros de altura e o raio de copa é superior a 05 metros. Estas espécies não são apropriadas para plantio em calçadas. Deverão ser utilizadas prioritariamente em praças, parques e quintais grandes. São elas:
    Sibipiruna Caesalpinia peltophoroides
    Jambolão Eugenia jambolona
    Monguba, Castanheira Pachira aquatica
    Pau-ferro Caesalpinia ferrea
    Sete-copas, Amendoeira Terminalia catappa
    Oiti Licania tomentosa
    Flamboyant Delonix regia
    Alecrim-de-Campinas Holocalix glaziovii
    Ipê-roxo Tabebuia avellanedae
    Ipê-amarelo Tabebuia chrysotrica
    Ipê-branco Tabebuia roseo-alba
    Cássia-grande, Cássia-rósea Senna grandis
    Cássia-de-Java Senna javanica
    Jacarandá-mimoso Jacaranda mimosaefolia
    Figueiras em geral Ficus sp
    As palmeiras em geral também não são apropriadas para uso em calçadas, seja pelo porte, na maioria das vezes grande, e também pela dificuldade de manejo. No entanto, podem ser utilizadas nos canteiros centrais de avenidas e nas rotatórias, bem como nas áreas livres públicas.
    As Figuras 03, 04 e 05 mostram os ramos de 3 espécies de árvores comuns na arborização de ruas das cidades, trazendo informações sobre a biologia de cada espécie. Estas três pranchas foram retiradas da Apostila "A Poda na Arborização Urbana", elaborada pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Ribeirão Preto, em 1996. Trata-se do material didático básico do curso de poda oferecido por esta Secretaria às empresas que fazem poda na cidade.
    PODAalerta
    A poda tem a função da adaptar a árvore e seu desenvolvimento ao espaço que ela ocupa. O conhecimento das características das espécies mais utilizadas na arborização de ruas, das técnicas de poda e das ferramentas corretas para a execução da poda permite que esta prática seja feita de forma a não danificar a árvore. Entretanto, a poda sempre será uma agressão à árvore. Sempre deverá ser feita de modo a facilitar a cicatrização do corte. Caso contrário, a exposição do lenho permitirá a entrada de fungos e bactérias, responsáveis pelo apodrecimento de galhos e tronco, e pelo aparecimento das conhecidas cavidades (ocos).
    A situação ideal é conduzir a árvore desde jovem, quando tem maior capacidade de cicatrização e regeneração, orientando o seu crescimento para adquirir uma conformação adequada ao espaço disponível. As espécies cujo principal atributo são as flores não deverão ser podadas nos meses que antecedem a época de floração. Para as espécies que apresentam floração pouco significativa, do ponto de vista paisagístico (ligustro, canelinha, sete-copas, monguba, aroeira-salsa, etc), a poda deverá ser feita no final do período de repouso vegetativo que, para nossas condições climáticas, ocorre nos meses de agosto e setembro.
    O local mais apropriado para o corte é na base do galho, ou seja, onde ele está inserido no tronco ou em ramos mais grossos. A base do galho possui duas regiões de intensa atividade metabólica, que apresentam rápida multiplicação de células: a crista, que fica na parte superior e o colar, que fica na parte inferior do galho. Para poda de galhos grossos (diâmetro superior a 2,0 cm), considerados lenhosos, o corte deverá ser feito em três etapas. A figura 06 mostra a anatomia da base do galho e o posicionamento dos três cortes em galhos grossos. Os galhos com até 2,0 cm de diâmetro são eliminados em corte único, com auxílio de tesoura de poda ou serra manual.
    A seguir seguem os tipos de poda utilizados em árvores de rua:
    1. Poda de Condução
    2. : é adotada em mudas e árvores jovens com o objetivo de adequá-las às condições do local onde se encontram plantadas, adquirindo tronco em haste única, livres de brotos e copa elevada, acima de 1,80 metros.
    3. Poda de Manutenção
    4. : adotada nas árvores jovens e adultas, visando a manutenção da rede viária. Divide-se em:
    • Poda de limpeza
    • : é executada em árvores jovens e adultas, com o objetivo de remover galhos secos, doentes ou ramos ladrões.
    • Poda de conformação
    • : poda leve em galhos e ramos que interferem em edificações, telhados, iluminação pública, derivações de rede elétrica ou telefônica, sinalização de trânsito, levando-se em consideração o equilíbrio e a estética da árvore.
    • Poda para livrar fiação aérea
    • : adotada em árvores de médio e grande portes sob fiação, visando evitar a interferência dos galhos com a mesma. O ideal é o preparo da árvore desde jovem. Pode ser efetuda de quatro maneiras diferentes, dependendo de cada situação e da espécie que será podada.
    • Poda em "V":
    • é a remoção dos galhos internos da copa, que atingem a fiação secundária energizada ou telefônica, dando aos ramos principais a forma de V, permitindo assim o desenvolvimento da copa acima e ao redor da rede elétrica.
    • Poda em "furo":
    • consiste na manutenção da poda em "V", com o desenvolvimento da copa acima e ao redor da fiação. É necessária remoção constante das brotações desenvolvidas ao redor dos fios.
    • Poda de formação de copa alta
    • : a copa é direcionada a se formar acima da rede elétrica. Consiste na remoção dos ramos principais e/ou secundários que atingem a fiação. Quando existe fiação primária energizada, a formação de copa alta não é possível.
    • Poda de contenção de copa
    • : é a redução da altura da copa, com o objetivo de mantê-la abaixo da fiação aérea. É utilizada principalmente em árvores plantadas sob fiação primária energizada.
    • Poda drástica
    • : é considerada poda drástica aquela que apresenta uma das seguintes características:

    Remoção total da copa, permanecendo acima do tronco os ramos principais com menos de 1,0 metro de comprimento nas árvores adultas;
    Remoção total de um ou mais ramos principais, resultando no desequilíbrio irreversível da árvore;
    Remoção total da copa de árvores jovens e adultas, resultando apenas o tronco.
    As podas drásticas deverão ser evitadas, sendo a sua utilização permitida apenas em situações emergenciais ou quando precedida de parecer técnico de funcionário municipal autorizado.
    As ferramentas e equipamentos principais para os serviços de poda são: tesoura de poda, serras manuais ou moto-serras. Deverão ser evitadas as seguintes ferramentas: machado, facão e foice.
    Os equipamentos acessórios são as escadas, cordas e plataformas elevatórias ou cestos.
    Os equipamentos de segurança são: capacete com fixação no queixo, óculos para evitar serragem nos olhos, protetores auriculares para os operadores de moto-serra, luvas de couro e sapatos com solado reforçado.
    OBSERVAÇÃO: Este texto sobre poda foi inteiramente retirado da Apostila "A poda na arborização urbana", elaborada pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Ribeirão Preto/SP.



    CPFL. Guia de Arborização. S/ data. 33 p.
    CEMIG. Manual de Arborização. 1997.40 p.
    GUZZO, P. Alterações ambientais em áreas urbanas, planejamento e legislação ambiental. In: Seminário Latino Americano de Planejamento Urbano, Campo Grande/MS. Anais, 1993. p.214-222.
    Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Ribeirão Preto/SP. Vamos Re-arborizar Ribeirão Preto. Cartilha. 1995. 16 p.
    Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Ribeirão Preto/SP. A Poda na Arborização Urbana. Apostila. 1996. 32 p.


    CAVALHEIRO, F. & DEL PICCHIA, P.C.D. Áreas verdes: conceitos, objetivos e diretrizes para o planejamento. In: Encontro Nacional sobre Arborização Urbana, 4, Vitória/ES, 13-18/09/92. Anais I e II.1992. p.29-35.

    BIBLIOGRAFIA


    Os problemas mais freqüentes são formigas, cochonilhas, pulgões, lagartas, fungos e cupins. Sempre que houver algum problema, dessa natureza, com as árvores próximas à sua residência, o melhor a fazer é procurar orientação de técnicos habilitados, que indicarão o procedimento adequado para cada caso.
    A prática comum de caiar troncos das árvores não tem função benéfica. A cal é tóxica para os líquens que vivem nos troncos das árvores.

    O controle da saúde das árvores deve ser feito regularmente.

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    Fonte: