terça-feira, 4 de setembro de 2012

Ministério da Educação, por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), tem liberado recursos para a construção de 6.116 quadras esportivas e cobertura de outras 4 mil em escolas públicas de todo o Brasil.

O Ministério da Educação, por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), tem liberado recursos para a construção de 6.116 quadras esportivas e cobertura de outras 4 mil em escolas públicas de todo o Brasil. Os gestores da rede estadual de educação têm até 29 de setembro para indicar, pela internet, as escolas públicas de educação básica que terão prioridade no repasse para as obras.

A partir de agora, podem ser indicadas escolas com menor número de alunos — mínimo de 100 matrículas. Até o primeiro semestre deste ano, somente instituições com até 500 alunos atendiam o critério de seleção para o recebimento dos recursos. Dos R$ 4 bilhões a serem investidos até 2014 na construção e cobertura de quadras, o FNDE já liberou R$ 1,14 bilhão.

A meta para este ano é liberar recursos para a construção de 1,5 mil quadras e cobertura de outras mil. O FNDE já aprovou 445 projetos de construção e outros 877 de cobertura.

A indicação das escolas deve ser feita no Sistema de Informações Integradas de Planejamento (Simec) do Ministério da Educação.

O valor médio para construir uma quadra varia de R$ 240 mil a R$ 500 mil; para a cobertura, de R$ 120 mil a R$ 240 mil. Embora o FNDE tenha um projeto-padrão, as escolas podem apresentar projetos próprios, que serão avaliados pela área técnica do órgão. “As quadras passaram a incorporar, em 2011, a segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC 2”, explica Renilda Lima, diretora de gestão, articulação e projetos educacionais do FNDE. “Já temos mais de mil municípios atendidos em todos os estados.”

Os recursos são repassados a prefeituras e a secretarias estaduais de educação por meio do Plano de Ações Articuladas (PAR). “Até hoje, liberamos recursos para a construção e cobertura de 2.862 quadras esportivas”, diz Renilda.

Os alunos da escola pública Vinícius de Morais, no município cearense de Maracanaú, a cerca de 10 quilômetros de Fortaleza, já têm aulas na quadra, inaugurada em 16 de março último. Antes, eles praticavam esportes no espaço de lazer público ao lado da escola. “Muitas vezes, quando chegávamos lá, a quadra de vôlei de areia estava ocupada”, conta Marcos Martins, 32, estudante de letras na Universidade Federal do Ceará. De segunda a sexta-feira, ele trabalha na escola como monitor do programa Mais Educação.

“Essa quadra foi um presente para a escola e para a comunidade”, comemora a diretora Socorro Lima da Silva. Segundo ela, duas vezes por semana alunos da Escola Municipal Walmik Sampaio de Albuquerque utilizam a quadra da escola Vinícius de Morais para as aulas de educação física. “Durante a semana, de 17h às 20h, a quadra é utilizada pela comunidade, em jogos de futsal. E, nos fins de semana, é utilizada em atividades do programa Escola Aberta, como eventos religiosos”, explica.

Além das atividades esportivas, os alunos deixam as salas de aula para usar a quadra coberta em atividades de letramento e de matemática. “Temos um palco, na quadra, usado para representar leituras” diz Marcos. “Nas atividades de matemática, as crianças sentam-se no chão da quadra para aprender multiplicação em jogos de dados.”

O secretário de educação básica do Ministério da Educação, César Callegari, afirma que o MEC vem apoiando a construção de espaços de atividades físicas nas escolas públicas. “É um componente obrigatório para os anos finais do ensino fundamental e no ensino médio, inclusive com profissionais qualificados”, diz. “Mas, mesmo nos anos iniciais, as vivências esportivas devem ser desenvolvidas pelas escolas para que todos os alunos participem dessas práticas.”

Assessoria de Comunicação Social


Ouça a diretora de gestão, articulação e projetos educacionais do FNDE, Renilda Lima

Ouça o secretário de educação básica do MEC, César Callegari

Crise terminal de nosso modo de viver?

Leonardo Boff*

Das muitas crises pelas quais a humanidade passou, essa, seguramente, possui uma singularidade. Ela pode significar o fim de nossa existência sobre este planeta ou um salto para um novo patamar de civilização, ecoamigável, justa, compassiva e fraterna. A grande maioria da humanidade e os tomadores de decisões dos povos não se conscientizaram ainda desta nova situação. A Rio+20 foi escandalosamente cega e muda. Não se tomaram decisões. Foram proteladas para 2015.
Não obstante esta atitude insana, alguns fatos estão produzindo um novo estado de consciência na Humanidade. Podem ocasionar mudanças radicais. Eis alguns deles.
O primeiro, é a consciência de que podemos nos auto-destruir. O fim do mundo humano não precisa ser mais obra divina, mas consequência de atos humanos. Hoje os países militaristas dispõem de uma máquina de morte com armas nucleares, químicas e biológicas, capazes de destruir, por 25 formas diferentes, toda a espécie humana. Podemos ser não só homicidas e ecocidas mas também biocidas e geocidas.
O segundo, é a descoberta da unidade Terra e Humanidade. É o legado que os astronautas nos deixaram. Eles testemunharam: a partir de suas naves espaciais se comprova que não há separação entre Terra e Humanidade. Formam uma única entidade. Nós somos a porção da Terra que sente, pensa, ama e cuida. Humanidade e Terra são interdependentes e indivisíveis. Posteriormente, os cientistas demonstraram que a Terra é um sistema biofísico que regula os climas, garante a fertilidade dos solos e rege as corrente marítimas. Chamaram-na de Gaia, a Pacha Mama dos andinos.
O terceiro, são as mudanças climáticas com seus eventos extremos, coisa que os céticos não podem negar. Parte delas pertence à geofísica da Terra, mas a outra, acelerada, é em grande parte, produzida pela atividade humana. A roda já está girando e não há como pará-la. Ao alcançar dois graus Celsius, o aquecimento será ainda admnistrável. Com a entrada do metano e do nitrato, o clima poderá acercar-se a quatro e a cinco graus Celsius. Isso tornará grande parte da vida conhecida no planeta impossível. Milhões de seres humanos correriam risco de desaparecer.
O quarto fato é o fim da matriz energética baseada nos produtos fósseis como o petróleo, o gás e o carvão. Temos consciência de que não podemos mais sustentar este tipo de civilização altamente energívora. Precisamos desenvolver fontes alternativas limpas, baseadas na água, no sol, no vento, nas marés e na biomassa. Mas todas juntas são insuficientes para sustentar o nosso tipo de civilização. Forçosamente devemos mudar nossas formas de produção e de locomoção.
O quinto fato é a a tragédia social que afeta grande parte da Humanidade. As três pessoas mais ricas do mundo possuem ativos superiores à toda riqueza de 48 países mais pobres onde vivem 600 milhões de pessoas; 257 pessoas sozinhas acumulam mais riqueza que 3 bilhões de pessoas o que equivale a 45% da humanidade. O resultado é que 1,2 bilhões de pessoas passam fome e outros tantos vivem na miséria; no Brasil, segundo M. Pochmann, mais ou menos 5 mil famílias possuem 46% da riqueza nacional. Que dizem esses dados senão expressar uma aterradora desumanidade?
Por fim, o sexto fato, é a consciência de que um outro mundo não é só possível mas necessário. Esta consciência ganhou expressão e visibilidade nos Fórums Sociais Mundiais e na Cúpula dos Povos como agora durante a Rio+20. A nova ordem nascerá a partir de baixo, da contribuição de todos os povos e culturas e marcará uma nova etapa da Humanidade e da própria Terra. Uma superdemocracia planetária deverá forçosamente surgir que englobará vida, Terra e Humanidade num único destino comum. Ou então vamos ao colapso total.
Há que reconhecer que estamos dentro de um círculo vicioso do qual não sabemos como sair. Devemos produzir para atender o consumo e criar postos de trabalho. Quanto mais consumimos, mais empobrecemos a natureza. Mas chegará o momento em que ela não aguentará mais. Por outro lado, se pararmos de consumir, fecham-se fábricas, cria-se desemprego, surge fome e miséria e estoura a convulsão social. Para onde vamos? Quem o saberá exatamente?
O certo é que assim como está, a sociedade mundial não poderá continuar. A prosseguir por este caminho, nos acercaremos do abismo. O ideal que se impõe é: como produzir o que necessitamos em harmonia com os limites e os ritmos da natureza, com sentido de distribuição equitativa entre todos e solidários para com nossos filhos e netos que virão. Uma saída possível seria passar do capital material para o capital humano e espiritual. Nele ganhariam centralidade o ganha-ganha, a solidariedade, o cuidado que levarão a outras formas de produção de consumo e de respeito aos limites.
Cada pessoa constitui uma república, dizia Edgar Morin, de 30 bilhões de células que se põem de acordo para manter o equilíbrio do sistema-vida. Como não será possível uma sociedade humana que conta com apenas 7 bilhões de seres humanos não pode colocar-se de acordo para viver em paz com a Terra, com todos os povos e com o próprio coração?
Leonardo Boff é ecoteólogo, filósofo e autor de O Tao da Libertação: explorando a ecologia da transformação, Vozes 2012.
publicado no Jornal do Brasil 22/07/2012

Fonte:

Criação de RESEX recebe apoio do governo da BA

Liminar suspende Consulta Pública para criação da RESEX, mas comunidade de pescadores organiza ato público e recebe forte apoio dos governos do estado e federal.
A terceira consulta pública para a criação da Reserva Extrativista (RESEX) do Cassurubá na região dos Abrolhos, marcada para domingo, dia 25, não pode ser realizada por conta de uma liminar conseguida de última hora, pelo grupo contrário ao movimento. Como a liminar foi concedida na sexta-feira depois das 18:00 horas, toda a estrutura para o evento já estava contratada. Da mesma forma as comunidades ribeirinhas, muitas em locais de difícil acesso, já estavam mobilizadas e avisadas. Diante da situação a Associação dos Marisqueiros de Ponta de Areia e Caravelas-AMPAC solicitou ao chefe do Parque a utilização do espaço para realizar a reunião para discussão e esclarecimentos sobre o processo de criação da RESEX, aproveitando também as diversas autoridades presentes, que não tiveram tempo hábil para cancelar suas viagens. O encontro ocorreu no Centro de Visitantes do Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, em Caravelas (BA), e contou com a presença de cerca de 400 pessoas, entre pescadores e marisqueiros dos municípios de Caravelas e Nova Viçosa, representantes das RESEX do Corumbau e Canavieiras, da Universidade Federal da Bahia e Universidade do Estado do Rio de Janeiro, da Assembléia Legislativa do Estado da Bahia e de autoridades do Ministério do Meio Ambiente, do IBAMA, da Superintendência de Recursos Hídricos, do Centro de Recursos Ambientais, da Diretoria de Unidades de Conservação, da Diretoria de Educação Ambiental, todas ligadas à Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMARH), além da BAHIAPESCA, ONGs e movimentos sociais.

O evento contribuiu para afirmar o apoio de diversos atores da comunidade e, principalmente, do governo da Bahia e do governo federal ao processo de criação da RESEX. Júlio Rocha, Superintendente de Recursos Hídricos do Estado da Bahia que participou do encontro, tornou pública a posição favorável do governo do estado: “O Governador Jaques Wagner veio para mudar. Para mostrar que tem posição! A posição que trago aqui é uma posição de Governo, discutida na Casa Civil do Estado. O Governo do Estado apóia a criação da RESEX Cassurubá!” Esteve presente também o assessor da Ministra Marina Silva, Pedro Ivo, representando o Ministério do Meio Ambiente (MMA), que manifestou total apoio do órgão enfatizando o envolvimento pessoal da Ministra em favor da causa. “O MMA não vai arredar pé da criação da RESEX, e vai dar todo o apoio para vocês. A Ministra Marina está pessoalmente envolvida na questão e nós não vamos nos intimidar com o poder econômico”, afirma Pedro Ivo. Ainda segundo ele, o MMA e o Ibama estarão presentes para fortalecer a conclusão da RESEX. “A posição favorável por parte dos governos federal e estadual e demais órgãos públicos foi um dos pontos fortes da reunião e mais um passo fundamental desta mobilização”, conclui Guilherme Dutra, diretor do Programa Marinho da Conservação Internacional (CI-Brasil).

A área proposta para a criação da nova Unidade de Conservação (UC) tem uma extensão aproximada de 47.000 hectares na região de mangues e restingas entre as cidades de Caravelas e Nova Viçosa (BA). Lá residem aproximadamente 350 famílias que dependem da mariscagem, da agricultura familiar e da pesca para sua subsistência. Além de sustentar estas comunidades, os maiores manguezais do Complexo dos Abrolhos são fundamentais para os ecossistemas costeiros e marinhos adjacentes, caracterizando-se como ambiente de reprodução e de crescimento de inúmeras espécies. “Somada a importância para a conservação da biodiversidade do Banco dos Abrolhos, o estuário do Cassurubá apresenta grande interesse econômico e social. Abrolhos é a região mais piscosa da Bahia, e grande parte das espécies de interesse para a pesca completa uma porção de seu ciclo de vida no estuário do Cassurubá. Lembrando ainda que, as restingas da região são um importante manancial de água doce para o manguezal e para o estuário. Diferentemente de outros estuários onde a água doce é proveniente de grandes rios, no Cassurubá esta fonte é o lençol freático, fundamental para o ecossistema e a vida das comunidades ribeirinhas", afirma o Prof. Mário Soares, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

As discussões para a implantação da Reserva estão em andamento desde 2003. Duas consultas públicas já tinham sido realizadas na região, em janeiro e fevereiro de 2006, mas uma ação movida pela Prefeitura e Câmara de Vereadores de Caravelas, pela Diretoria da Colônia de Pescadores Z-25, pelo Rotary Clube e associações locais ligadas a este grupo, sob a alegação de que o processo de criação da UC não havia seguido todos os ritos formais necessários, provocou a interrupção do processo em maio do mesmo ano. Em decisão publicada no Diário Oficial de 29 de janeiro de 2007, a justiça federal determinou a realização de nova consulta pública, que disponibilizasse os estudos técnicos à população, movimentos e organizações sociais interessados, observando-se os preceitos legais e regulamentares.

A liminar concedida pela Justiça Federal no final da última sexta-feira, causou revolta na comunidade de pescadores, que luta pela criação da RESEX. Para o Sr. Antônio Pedro Santos, 56 anos, pescador em Barra de Caravelas: “Querem atrapalhar a criação da nossa Reserva, mas vamos seguir em frente! Não vamos esmorecer com estes empresários que vêm de fora! Vamos olhar pra frente. Vamos pensar no nosso futuro e nos nossos filhos!”. Uma outra fonte, que não quis se identificar denuncia: “A Colônia Z-25, que deveria defender os interesses dos pescadores, só apóia a prefeitura e os empresários. Isso porquê o Presidente da Colônia é também o Secretário de Pesca da cidade. Um absurdo!”.

Riqueza Ameaçada – A região de estuários, mangues e restingas da “Ilha do Cassurubá” é reconhecida como o berçário das formas de vida marinha do Banco dos Abrolhos, área com a maior biodiversidade marinha do Atlântico Sul, que abriga diferentes espécies exclusivas em um ecossistema raro. Os recursos naturais de Abrolhos sustentam cerca de 20 mil pessoas dependentes da pesca e outras 80 mil do turismo, no Extremo Sul da Bahia.

Recentemente, empresários da Cooperativa de Criadores de Camarão do Extremo Sul da Bahia - COOPEX - propuseram a instalação de um mega-empreendimento de carcinicultura na região. O projeto vem causando muita polêmica. “Caso as fazendas de camarão sejam implantadas, o modo de vida dessas populações e o ecossistema local podem ser abalados de forma irreversível, a exemplo do que vem ocorrendo no litoral do Ceará e Rio Grande do Norte, estados que lideram a criação de camarão em cativeiro”, afirma Renato Cunha, do Grupo Ambientalista da Bahia.

Reservas Extrativistas e Desenvolvimento Sustentável – A sobre-exploração dos recursos naturais nos ecossistemas marinhos e costeiros já não é mais a exceção. “Infelizmente, temos observado no litoral brasileiro um modelo de crescimento predatório e insustentável em médio e longo prazo. É necessária uma revisão urgente desse paradigma de desenvolvimento ou prejudicaremos nossas maiores fontes de riqueza e biodiversidade” – afirma Renato. “Grandes empreendimentos, como as fazendas de camarão, os mega-complexos hoteleiros e as monoculturas, se instalam em áreas costeiras com grandes promessas de lucros e empregos. Depois, o que se constata são impactos ambientais irreversíveis, bem como conflitos com populações tradicionais de pescadores, extrativistas e pequenos agricultores. E o lucro acaba concentrado nas mãos de pequenos grupos, muitas vezes, estrangeiros”.

A criação de UCs de uso sustentável, como as reservas extrativistas, tem se mostrado uma alternativa viável para a gestão dos recursos naturais e para o fortalecimento das comunidades costeiras. Na Bahia, as Reservas Extrativistas de Canavieiras e do Corumbau constituem exemplos dos benefícios da gestão participativa das áreas protegidas. “A RESEX é a única forma de vocês defenderem o que é de vocês. Lá em Canavieiras os empresários fizeram o mesmo terror. Chegaram lá e prometeram 5000 empregos. Vai ver quantos empregos tem? Não chegam a 200” justifica Carlos Alberto, da Associação de Pescadores de Atalaia, na RESEX de Canavieiras.

Sugestão de Fontes:

Mário Soares
- Doutor em Oceanografia. Núcleo de Estudos em Manguezais da UERJ. Coordenador do Laudo Biológico do sistema Caravelas-Nova Viçosa.
Contato: (21) 2587-7858

Jorge Galdino - Movimento Cultural Arte Manha (sobre aspectos sociais da região).
Contato: (73) 3297-2155

Carlos Aguiar (Kid) – Patrulha Ecológica – Escola da Vida (sobre aspectos sociais da região).
Contato: (73) 8809-9453 / 3297-1340

Guilherme Dutra – Biólogo, Diretor do Programa Marinho da Conservação Internacional (sobre aspectos ambientais e sociais da região).
Contato: (71) 2201-0700

Eduardo Camargo – Gerente Administrativo do Instituto Baleia Jubarte, trabalha há 13 anos na região (sobre aspectos ambientais).
Contato: (73) 3297-1340 / 8102- 4058

Instituto Terra-Mar (sobre carcinicultura no Nordeste).
Contato: (85) 3226-2476 / (85) 3226-4154

Renato Cunha – Grupo Ambientalista Gambá
Contato: (71) 3240-6822

Contatos no IBAMA
Marcello Lourenço - chefe do Parque Nacional Marinho dos Abrolhos
Contato: (73) 3297-1111 / 8818-5491

Alexandre Cordeiro - Coordenador de Áreas Protegidas da Diretoria Socioambiental do IBAMA (DISAM)
Contato: (61) 3316-1553 / 1554 / 1564 / 9986-4341 / 8847-8776

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Fotos da Consulta disponíveis sob solicitação

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A Coalizão SOS Abrolhos é uma rede de organizações do Terceiro Setor mobilizadas para proteger a região com a maior biodiversidade marinha registrada no Atlântico Sul. A Coalizão SOS Abrolhos surgiu em 2003, ano em que conquistou uma vitória inédita para a conservação, ao impedir a exploração de petróleo e gás natural naquela área. Atualmente a Coalizão está à frente da Campanha “SOS Abrolhos: Pescadores e Manguezais Ameaçados". A Coalizão é formada pela Rede de ONGs da Mata Atlântica; Fundação SOS Mata Atlântica; Conservação Internacional (CI-Brasil); Instituto Terramar; Grupo Ambientalista da Bahia – Gambá; Instituto Baleia Jubarte; Environmental Justice Foundation – EJF; Patrulha Ecológica; Associação de Estudos Costeiros e Marinhos de Abrolhos - ECOMAR; Núcleo de Estudos em Manguezais da UERJ; Movimento Cultural Arte Manha; Centro de Defesa dos Direitos Humanos de Teixeira de Freitas; Mangrove Action Project – MAP; Coalizão Internacional da Vida Silvestre - IWC/BRASIL; Aquasis – Associação de Pesquisa e Preservação de Ecossistemas Aquáticos; Agência Brasileira de Gerenciamento Costeiro; Centro de Estudos e Pesquisas para o Desenvolvimento do Extremo Sul da Bahia – CEPEDES; PANGEA - Centro de Estudos Sócio Ambientais e Instituto BiomaBrasil.



Fonte:
http://www.conservation.org.br/noticias/noticia.php?id=229

Desenvolvimento sustentável




Desenvolvimento sustentável é o modelo que prevê a integração entre economia, sociedade e
meio ambiente. Em outras palavras, é a noção de que o crescimento econômico deve levar em
consideração a inclusão social e a proteção ambiental

Gestão do Lixo
O lixo ainda é um dos principais desafios dos governos na área de gestão sustentável. No entanto, na última década, o Brasil deu um salto importante no avanço para a gestão correta dos resíduos sólidos. Segundo dados do Ministério do Meio Ambiente, em 2000, apenas 35% dos resíduos eram destinados aos aterros.
Em 2008, esse número subiu para 58%. Além disso, o número de programas de coleta seletiva saltou de 451, em 2000, para 994, em 2008.
Para regulamentar a coleta e tratamento de resíduos urbanos, perigosos e industriais, além de determinar o destino final correto do lixo, o Governo brasileiro criou a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei n° 12.305/10), aprovada em agosto de 2010.
Para saber mais sobre a gestão do lixo no Brasil, visite a página do Ministério do Meio Ambiente.

Créditos de Carbono
No mercado de carbono, cada tonelada de carbono que deixa de ser emitida é transformada em crédito, que pode ser negociado livremente entre países ou empresas.
O sistema funciona como um mercado, só que ao invés das ações de compra e venda serem mensuradas em dinheiro, elas valem créditos de carbono.
Para isso é usado o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), que prevê a redução certificada das emissões de gases de efeito estufa. Uma vez conquistada essa certificação, quem promove a redução dos gases poluentes tem direito a comercializar os créditos.
Por exemplo, um país que reduziu suas emissões e acumulou muitos créditos pode vender este excedente para outro que esteja emitindo muitos poluentes e precise compensar suas emissões.
O Brasil ocupa a terceira posição mundial entre os países que participam desse mercado, com cerca de 5% do total mundial e 268 projetos.
 
A Cúpula dos Povos foi um evento paralelo à Rio+20, organizado por entidades da sociedade civil e movimentos sociais de vários países. O evento aconteceu entre os dias 15 e 23 de junho no Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro, com o objetivo de discutir as causas da crise socioambiental, apresentar soluções práticas e fortalecer movimentos sociais do Brasil e do mundo.

O evento recebeu quase 23 mil inscritos, dos quais foram selecionados 15 mil representantes da sociedade civil, vindos de várias partes do mundo, em especial das Américas, Europa e norte da África. As inscrições individuais de pessoas interessadas em participar das atividades da Cúpula foram abertas em 29 de maio. Apesar de não ser obrigatória, uma contribuição de R$ 10 poderá ser feita pelos inscritos.

A programação da Cúpula dos Povos foi dividida em vários eventos. O principal espaço político foi a Assembleia Permanente dos Povos, onde foram realizadas atividades propostas por organizações ou movimentos sociais. Essas ações foram desde seminários, debates e oficinas até palestras, rodas de conversa e encontros. As inscrições para propostas encerraram-se no dia 5 de maio, com 1,1 mil atividades sugeridas, que seguiam para plenárias e assembleias.

As ações da cúpula foram norteadas por três eixos. Com a vertente de discussão das causas estruturais das crises e de falsas soluções, o evento tratou os problemas sociais e ambientais chamando atenção para o poder de interferência das corporações e da iniciativa privada nas negociações da Rio+20.

Na opinião dos movimentos sociais envolvidos na Cúpula dos Povos, a pauta prevista para a Rio+20 oficial, a chamada economia verde, foi considerada insatisfatória para lidar com a crise ambiental. Esse evento paralelo teve como objetivo dar voz às comunidades diretamente ligadas às regiões mais afetadas pelos problemas socioambientais da atualidade.

O segundo eixo foi focado na apresentação de soluções e novos paradigmas dos povos. Para isso, foi montado um segundo espaço, chamado de Território do Futuro. Nele, entidades e comunidades trocaram saberes e educação popular e apresentam experiências e práticas como solução para crises globais e construção da justiça social e ambiental.

As inscrições para os Territórios do Futuro também se encerraram em 5 de maio. As experiências foram expostas não só no Aterro do Flamengo, como em outros locais do Rio de Janeiro.

Por fim, por meio do terceiro eixo, de estimulo à articulação de organizações e movimentos para a luta social pós-Rio+20, a cúpula incentivou os grupos a integrarem agendas e campanhas. Houve também espaço para atividades culturais e expressões populares. As inscrições encerraram-se em 20 de maio.

O grupo responsável pela organização da Cúpula dos Povos foi o Comitê Facilitador da Sociedade Civil Brasileira para a Rio+20 (CFSC). O comitê reuniu uma grande diversidade de organizações brasileiras atuantes em várias áreas como direitos humanos, desenvolvimento, trabalho, meio ambiente e sustentabilidade.

O comitê foi formado pelo Grupo de Articulação (GA), responsável pelas decisões e direcionamento político da Cúpula dos Povos; e o Grupo de Trabalho (GT), que planejou a metodologia, mobilização e comunicação da cúpula, além de sua relação com a Rio +20
 
Fonte:
http://www.rio20.gov.br/clientes/rio20/rio20/sobre_a_rio_mais_20/desenvolvimento-sustentavel