segunda-feira, 13 de agosto de 2012

A sociedade a ambientalista e a eganação do mundo capitalista

Em meados de 1950, surgem as sacolas plásticas, com o intuito de facilitar o transporte de produtos pelos consumidores. Entretanto, essa praticidade toda transformou-se em poluição.
O plástico é um subproduto do petróleo e, apesar de muitos acreditarem que em 500 anos ele seja decomposto, isso é um engano, pois não existem (não foram descobertos) microorganismos que possam decompor o plástico. Assim como é falsa a ideia de que sacolas oxibiodegradáveis sejam realmente degradáveis. O que ocorre é a quebra sucessiva de suas moléculas*.
Em meio a toda essa polêmica, há quem questione até que ponto essa proibição das sacolas plásticas tem a ver com o meio ambiente. Quanto a isso, fazemos um convite aos que ainda têm dúvidas: visitem um aterro sanitário ou local em que sua prefeitura destina o lixo coletado. Acho que terão uma resposta.
A reciclagem das sacolinhas seria a solução, se ela fosse mais barata que fazer uma nova. Também diria que a reutilização seria a melhor alternativa, se as sacolas nacionais tivessem mais qualidade. Poderíamos reutilizá-las muitas vezes. Aliás, essa baixa qualidade faz com que muitas pessoas peçam 2 unidades para carregar suas compras. Mais poluição. Sem contar que uma sacola rasgada, nem reaproveitada é. Vão direto para o lixo.
Os aterros e lixões só não estão sufocados pelo plástico, porque toneladas de plástico vão para os oceanos, através do esgoto, da força dos ventos e até mesmo por despejo proposital do ser humano, que descarta imensas quantidades de plástico em alto mar.
Quantos animais marinhos não morrem por causa de sacolas plásticas?
Mas como forrarei o meu cestinho de lixo do banheiro?
Jornal é a alternativa mais prática. Vários vídeos na internet ensinam como fazer origami em folhas de jornal para utilizar em seu cesto de lixo. Sugiro, também, utilizar sacos de pão.

Outra questão interessante é sobre a cobrança dessas sacolas. Por que cobrar ao invés de eliminar de uma só vez por todas?
Bom, estamos habituados a usar sacolas plásticas e, como todo hábito, não é fácil mudá-lo. Exige disciplina e boa vontade das pessoas. A briga de quem lucra com essa cobrança é algo que deixo para os representantes dos setores de plástico e supermercados. O que sabemos é que em nada mudará o preço dos produtos e, caso mude, será o mínimo.
No Brasil, mexer no bolso do cidadão, é estimular sua cooperação. Parece sarcasmo, mas é a mais pura verdade.
Ao que tudo indica, as sacolinhas serão exterminadas do comércio. Imaginem os transtornos causados se fossem banidas da noite pro dia, sem qualquer alternativa. Caos nos supermercados, certamente.
Hábitos não são fáceis de mudar. Mas penso que uma sacolinha que eu deixe de pegar faz a diferença.
E aquele monte de embalagens?
Desde 2010, está em vigor a Política Nacional dos Resíduos Sólidos, que apresenta a logística reversa, obrigando os fabricantes, distribuidores e vendedores a recolher as embalagens usadas. A medida vale para materiais agrotóxicos, pilhas, baterias, pneus, óleos lubrificantes, lâmpadas e eletroeletrônicos.
A tendência é que, em breve, essa medida seja disseminada a outros setores industriais, principalmente, o alimentício.
Não estaremos livres de sacolas plásticas tão cedo. Ainda mais no sistema econômico em que vivemos. O consumismo é a real fonte de toda essa poluição. E, para nós, a educação é a salvação.
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Sustentabilidade e o comportamento humano



“Entende-se também que o desenvolvimento sustentável visa promover a harmonia entre os seres hu­manos e a natureza, e, para alcançá-lo, são necessários vários requisitos, como um sistema político que asse­gure efetiva participação dos cidadãos no processo decisório, além de um sistema econômico capaz de gerar excedentes, também um sistema social que possa resolver tensões causadas por um desenvolvimento não equilibrado, um sistema de produção que respeite a obrigação de preservar a base ecológica do desenvolvi­mento, mais um sistema tecnológico que vise novas soluções, um sistema internacional que estimule padrões sustentáveis de comércio e financiamento e, ainda, um sistema administrativo flexível capaz de corrigir-se.”

O melhor amigo do homem

Recentemente, vocês devem ter visto em algum noticiário, que a nova ‘moda’ de roubos inclui o melhor amigo do homem. No dia 04/06/2012, o programa Pânico na Band ajudou a resgatar um cão que havia sido roubado por ladrões. O Fantástico, que é exibido no mesmo horário, também abordou o tema e ajudou mais cães roubados a voltar para seus donos. Seria simplesmente uma fatalidade, analisando a situação de relance. Mas que conclusões podem ser extraídas dessa série de acontecimentos?
Para que finalidade esses animais são roubados? Há várias hipóteses, dentre elas, prevalece uma: gerar dinheiro, quer sejam vendidos ou cruzados. Um cão de raça, com ou sem o famoso Pedigree, vale muito dinheiro. No último domingo, ao assistir parte da matéria do Fantástico, o repórter disse que uma das vítimas havia economizado por oito anos ou algo assim para comprar um casal de pugs, pois seu sonho era ter um cachorro. Nesse momento, fiquei indignado e com até com certa raiva, pois como uma pessoa que queria tanto assim ter um cão, não procurou qualquer uma das tantas entidades responsáveis por encaminhar adoções gratuitas?! O sonho dela não era ter um cachorro, mas sim um cachorro de RAÇA! E foi nesse momento que eu resolvi escrever sobre o tema. Com ‘sonhos’ de complexidade tão vazia como esse, não me admira ter aumentado tanto o número de cães que são roubados!
O cão, ao longo do tempo, está se tornando cada vez mais um membro da família. Prova disso são os produtos desenvolvidos e requisitados, cada vez mais, pelos donos dos bichos para lhes agradar (ou não). Sapatos, chocolate, encontramos até cerveja para cachorro! Deixando de lado a minha opinião (de que tudo isso seria fútil), há também inúmeros serviços relacionados aos animais domésticos: hotéis, passeadores, transportadores, lojas, banhos, tosa… Hoje os cães fazem parte da vida das pessoas como nunca. Por essa valorização desses ‘filhos de pêlo’, tanto afetiva quanto financeira, há também, como sempre, os ‘espertos’ que visam alguma vantagem em meio a isso tudo.
Um cão de raça segue um padrão, genético, físico, comportamental. Há quem escolha o cão de raça pela sua beleza, ou por sua utilidade (pois realmente, cães que exercem funções como boiadeiro ou cão de guarda, por exemplo, devem seguir algum padrão ancestral para executar essas funções, que na verdade, estão embutidas em seu código genético, em seu instinto); Justamente por seguir esses padrões específicos que os animais de raça são caros, e consequentemente, são eles também os alvos dos recentes roubos. Provavelmente, nos casos em que o dono não encontra o seu cão, ele foi cruzado ou vendido, simplesmente utilizado para gerar dinheiro.
Vamos primeiramente comparar os dois, com seus prós e contras: O cão de raça, além de custar dinheiro para ser adquirido, também pode ser alvo desse tipo de fatalidade. O cão da adoção, por outro lado, geralmente vem vermifugado, vacinado, pronto para ir direto para casa, por nenhum tostão. Essa é a única diferença! Um vira-latas vai te dar tanto amor, te corresponder, te obedecer e respeitar como um cão de raça (obviamente se criado da maneira desejada, desde filhote). ‘Ah, mas não dá para saber de que tamanho vai ficar o vira-latas filhote!’. Não precisamente, mas dá para se ter uma ideia observando o tamanho de suas patas, por exemplo.
Vejam, eu não estou apelando para que as pessoas que querem ter um cachorro adotem um vira-latas. Meu objetivo é que elas adquiram um animal sim, porém que o mesmo não seja proveniente dessa indústria, muitas vezes tão suja, que é a criação de animais. Os cães-matrizes são vistos como máquinas, e os filhotes são uma mercadoria. Esses roubos de animais estão diretamente relacionados com essa indústria!
Se houver procura, haverá demanda. E como já disse antes, haverá sempre o malandro que vai querer tirar vantagem, roubando um cão de raça e vendendo o mesmo por um preço menor do que o dos criadouros. Ambos são farinhas do mesmo saco! Quem vende um animal não está nem aí para o que vai acontecer com ele, contanto que receba. Não é preciso dinheiro para se ter um fiel companheiro cão, afinal, seja ele de raça ou não, venha ele de onde vier, garanto que essa seria a última coisa que ele se importaria. E aqui então faço o meu último apelo. Não compre cães e gatos! É possível encontrar um amigo e fazer uma boa ação adotando um animal necessitado, e ainda por cima, não ajudando essa indústria que trata vidas como mercadoria.