sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Incentivar a produção de conhecimento científico, de produtos, processos e serviços tecnológicos, assim como a formação de recursos humanos

01/08/2012 - 18:07

Incentivar a produção de conhecimento científico, de produtos, processos e serviços tecnológicos, assim como a formação de recursos humanos, com foco em biotecnologia e biodiversidade, para o desenvolvimento sustentável da região Centro Oeste. Estes são alguns objetivos do I Encontro da Rede Centro Oeste de Pós-Graduação, Pesquisa e Inovação, realizado no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), que se realiza nesta quarta-feira (1) e quinta-feira (2), em Brasília.

Além dessas metas, o evento – que contou com as presenças do ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) em exercício, Luiz Antonio Rodrigues Elias, e do secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento (Seped), Carlos Nobre – visa também ampliar a integração e cooperação entre programas de pós-graduação consolidados e emergentes da região, assim como apoiar o desenvolvimento de bioprocessos nas áreas de saúde, agropecuária, industrial e ambiental, de maneira a agregar valor a produtos oriundos do Cerrado e Pantanal.

Na oportunidade, Elias lembrou sua participação nas discussões do Plano de Ação de Ciência, Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável (Pacti) e da Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (Encti), acrescentando que as redes possuem uma função importante dentro da política nacional voltada para o setor.

“O papel das redes está muito bem delineado, tanto no Pacti, quanto na Encti. A capacidade intelectual, científica e de articulação para compor uma infraestrutura de pesquisa científica, impulsiona a possibilidade de dar um salto enorme nas regiões que estavam antes desprovidas dos recursos, portanto da capacidade da construção de políticas públicas de fato. Foi isso que nos motivou a colaborar com a criação da Rede Pró Centro Oeste”, afirmou.

O secretário Carlos Nobre enfatizou que a biodiversidade, área de trabalho prioritária da Rede Pró Centro Oeste, deve ser valorizada no país. “A criação destas redes de pesquisa nesta área é uma inflexão da ciência brasileira, em particular do potencial da biodiversidade no Brasil, o que deve ser transformado em valor da sociedade. Este é um reconhecimento que esta área aponta para o futuro estratégico do país em função da imensa biodiversidade existente e deve ser considerado um pilar central do desenvolvimento”.

Já o presidente do CNPq, Glaucius Oliva, explicou como foi o processo de criação da Rede e fez um balanço sobre a aplicação dos recursos disponibilizados em edital. “A rede foi implantada através de edital, lançado em 2010, e nele haviam previstos investimentos de R$ 30 milhões, R$ 29,8 milhões aprovados efetivamente no que diz respeito aos projetos aprovados. Até maio deste ano foram empenhados R$ 15,6 milhões. Cerca de R$ 12 milhões restantes, especialmente os R$ 10 milhões em capital, serão pagos até o final do mês de agosto. Esta é nossa previsão atual. O restante são bolsas pagas regularmente e que vão até 2013”, disse.

Glaucius elogiou, ainda, a composição do edital, que contemplou, não apenas o financiamento dos projetos, mas gastos com a coordenação da Rede, onde são aplicados recursos para a promoção e ações de integração.

Edital
A Rede Centro Oeste de Pós-Graduação, Pesquisa e Inovação foi instituída por meio da Portaria Interministerial nº 1.038, em 10 de dezembro de 2009. Esta Rede objetiva a formação de recursos humanos e a produção de conhecimentos científicos, tecnológicos e de inovação, que possam contribuir para o desenvolvimento sustentável da região Centro Oeste.

Formada pelas instituições de ensino e pesquisa dos estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e do Distrito Federa – e suas respectivas secretarias de Estado de Ciência e Tecnologia e Fundações de Amparo à Pesquisa – a Rede é dirigida por um conselho diretor, gerenciada por uma secretaria executiva, e assessorada por um comitê científico e comitês locais. Ela possui duração de cinco anos, a partir da data de publicação da portaria, sujeita à renovação, a critério do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), observando os indicadores apontados por uma comissão independente de avaliação.

Remomentaços científica para o cultivo de cacau


O cacaueiro (Theobroma cacao) é a árvore que dá origem ao fruto chamado cacau. É da família Malvaceae e sua origem é América Central e Brasil. Pode atingir até 6 metros de altura, possui duas fases de produção: temporão (março a agosto) e safra (setembro a fevereiro), a propagação é por sementes (seminal/sexuada) e vegetativa (assexuada), planta de clima quente e úmido, o solo ideal é o argilo-arenoso. Por ser uma planta umbrófila, vegeta bem em sub-bosques e matas raleadas sendo, portanto, uma cultura extremamente conservacionista de solos, fauna e flora. Pouco mecanizada, é uma cultura que proporciona um alto grau de geração de emprego. Encontrou no sul da Bahia um dos melhores solos e clima para a sua expansão.

O termo "Cacau", já foi sinônimo de prosperidade "Capital" e Investimento, no Brasil de aproximadamente 1808, quando a Família Imperial Portuguesa, com o reinado de Maria I veio para o Brasil e começou sua exploração científica - industrial da época, para exportação e financiar o chamado "Baluarte Brasileiro, contra Napoleão Bonaparte, até aproximadamente 1930. Nessa data, quando apareceu uma praga chamada de "Vassoura de Bruxa", que descapitalizou à chamada "indústria do Cacau" Brasileira. Muitas pesquisas se fizeram para debelar a tal de "Vassoura", até que a denominada atualmente de "Embrapa"(uma empresa que teve seus primórdios naquela data por iniciativa de Getúlio Vargas, na cidade do Rio de Janeiro apresentou seus resultados positivos, que desenvolvem à Indústria do Chocolate do Brasil com diversas plantações de Cacau modificados através de Enxertias e Fábricas de Chocolates por todo o Brasil. Mas tudo isso tem um preço, segundo os antigos, a chamada "Nobreza Brasileira", antigos proprietários de plantações de antes de 1930, informam que tem saudades daquele tempo, em Ilhéus, um dos principais produtores de antes de 1930. Pois dizem esses "representantes da Nobreza Brasileira" que o Chocolate, a planta, antes da ação da atual Embrapa, tinha um sabor aPimentado. Alguns restaurantes da Bahia e do Brasil, como no Rio Grande do Sul, costumam acrescentar Pimenta aos produtos de Chocolates. É uma tradição antiga e dizem que as primeiras mudas do México tinham esse sabor, APimentado.

O Estado da Bahia é o maior produtor do Brasil, porém sua capacidade produtiva foi reduzida em até 60% com o advento da vassoura-de-bruxa, causada pelo fungo fitopatogênico Crinipellis perniciosa, atualmente Moniliophthora perniciosa. O Brasil, então, passou do patamar de país exportador de cacau para importador, não sendo completamente autossuficiente do produto.


Flores de cacaueiro

Apesar da enfermidade, o cacau ainda se constitui numa grande alternativa econômica para o Sul da Bahia e possui na CEPLAC (Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira) a sua base de pesquisa, educação e extensão rural. Com o apoio do órgão, cultivares clonais mais resistentes ao fungo têm sido introduzidas, porém formas mais severas de controle do patógeno ainda precisam ser descobertas. Esas formas podem vir futuramente com os resultados do Projeto Genoma Vassoura de Bruxa, que visa a estudar o genoma do fungo e elaborar estratégias mais eficientes no seu controle biológico. É uma iniciativa da CEPLAC que conta com o apoio da EMBRAPA e de laboratórios de universidades da Bahia (UFBA, UESC e UEFS) e de São Paulo (UNICAMP).

Cientistas decifram o DNA do cacau crioulo


É do cacau que se faz o chocolate através da moagem das suas amêndoas secas em processo industrial ou caseiro. Outros subprodutos do cacau incluem sua polpa, suco, geleia, destilados finos e sorvete.

Por ser plantado à sombra da floresta, o cacau foi responsável pela preservação de grandes corredores de mata atlântica no sul do Estado da Bahia no Brasil. Este sistema é conhecido como "cacau cabruca", do termo "brocar" (ralear). Recentemente, foi criado o Instituto Cabruca que, junto com outras instituições ambientalistas, vem desenvolvendo projetos de pesquisas e extensão sobre o tema, estudando formas de manter essa vegetação nativa associada ao cacau.

O genoma de uma variedade de cacau chamada crioulo foi decifrado, o que permitirá reforçar a resistência dessa árvore às doenças e melhorar a qualidade do chocolate, segundo um estudo publicado neste domingo pela Nature Genetics.
O cacau crioulo é uma variedade oriunda de Belize que talvez descenda das primeiras árvores plantadas pelos maias há mais de dois mil anos.
"Um dos principais problemas do cacau é que cerca de 30% da produção se perde por causa das doenças causadas por fungos, explica Xavier Argout, um dos autores deste trabalho coordenado pelo Centro de Cooperação Internacional de Pesquisa Agronômica para o Desenvolvimento (CIRAD, sede na França).
O cacau crioulo, que serve para a fabricação do chocolate fino, não representa mais que 5% da produção mundial, mas "cada vez mais pessoas querem ter acesso a esse tipo de cacau", enfatizou o cientista.
Graças ao sequenciamento do genoma, cruzar esta variedade com outras poderá criar variedades mais resistentes, explicou ainda.
O conhecimento de 98% dos genes do crioulo, alguns dos quais interferem na produção de substâncias (terpenoides, flavonoides) que conferem propriedades antioxidantes ou gustativas ao chocolate, também deve permitir melhorar a qualidade de algumas variedades.
A análise do genoma favorecerá o desenvolvimento de marcadores, espécie de etiquetas que permitirão localizar entre as diferentes variedades do cacau aquelas que contêm genes interessantes.
Graças a estes marcadores, a seleção das novas variedades resultantes do cruzamento poderá se acelerar de maneira drástica, sem ter que esperar que a planta tenha crescido para submetê-la a testes, como acontece com uma seleção clássica, que pode prolongar-se por até 20 anos no caso da árvore do cacau, explica Argout.
Em setembro, o departamento de Agricultura americano (USDA), em associação com a fabricante de chocolates Mars, anunciou ter concluído o sequenciamento do genoma da árvore do cacau Matina 1-6, uma espécie comum na Costa Rica.
O CIRAD, associado com cientistas de seis países, anunciou nesse mesmo dia ter sequenciado o genoma do crioulo, em colaboração com o grupo americano Hershey e o fabricante de chocolate francês Valrhona.
Por outro lado, a Nature Genetics apresenta os resultados do deciframento do genoma do morango silvestre Fragaria basca, o que deve permitir identificar os genes que conferem resistência às doenças e melhorar a qualidade das frutas.


Metodo de Cultivo.




Ø  ANÁLISE FOLIAR
Ø  ANÁLISE RADICULAR
Ø  ANÁLISE QUÍMICA DO SOLO
Ø  ANÁLISE DO CRESCIMENTOS
Ø  ADUBAÇÃO ADEQUADA
Ø  PERÍODO DE CRESCIMENTO
Ø  ANÁLISE ANATÔMICA
Ø  ANALISE DO JARDIM CLONAL
Ø  CONTROLE DE PRAGA ANÁLISE DAS INSETICIDAS

CULTIVO E BENEFICIAMENTO DO CACAU
ESTABELECIMENTO DA CULTURA DO CACAU
CACAU
FORMAÇÃO DE MUDAS NO PLANTIO DIRETO
SOMBREAMENTO
MANEJO DO CACAUAL
MANEJO - GENÉTICA
BENEFICIAMENTO DE CACAU
DERIVADOS DO CACAU
PRAGAS E DOENÇAS DO CACAUEIRO

Fontes
http://www.jb.com.br/ciencia-e-tecnologia/noticias/2010/12/26/cientistas-decifram-o-dna-do-cacau-crioulo/
     http://www.uesc.br/cursos/pos_graduacao/especializacao/biologia_florestas/reginatesefinal.pdf
    http://www.scielo.br/pdf/aesalq/v41n1/11.pdf
    http://www.ceplac.gov.br/album/menu3.htm
    http://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil