quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

O manejo comunitário da água está relacionado diretamente aos serviços de abastecimento de água

O manejo comunitário da água está relacionado diretamente aos serviços de abastecimento de água a determinadas comunidades, por meio de projetos que carecem de reconhecimento legal de governos locais de alguns países. Ao pé da letra, esse tipo de manejo se refere ao direito a água que é considerada de todos e para todos pertencentes a um grupo comunitário. Vamos descrever duas situações, uma no Brasil e outro México.

No México, em 2012, a imprensa informou a situação de 2.500 localidades rurais atendidas por serviços comunitários de água. Porém, esses serviços ainda careciam de reconhecimento legal.
Os responsáveis comunitários pelo manejo da água no México iniciaram uma luta pelo reconhecimento jurídico junto ao estado, mas, ao não terem seus projetos reconhecidos, o estado manteve pesadas exigências de concessões sobre as fontes hídricas exploradas e a implementação de investimentos por parte das comunidades. Um dos reclamentes, Ricardo Ovando, integrava o Sistema de Água Potável de Tecámac, uma entidade sem fins lucrativos fundada nos anos 1950, e legalizada em 1997, responsável pela administração de seis poços para 4.000 usuários na região de Tecámac.
Até 2012, o México possuía 117 milhões de habitantes, e 30% de suas moradias não possuíam água encanada. Em 1992, a Lei de Águas Nacionais desse país não reconheceu os sistemas comunitários de água.
Na Amazônia, existe o projeto Várzea criado em parceria entre o Ipam (Ipam (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) e a ONG WWF-Brasil. O projeto abrange uma rede informal de ONG’s e de instituições públicas para o desenvolvimento e gestão dos ecossistemas aquáticos da região do baixo Amazonas, no propósito de explorar e gerir a água de maneira sustentável para o meio ambiente e para as comunidades ribeirinhas.
Dentre os projetos, podemos destacar o sistema de manejo comunitário para atividades de pesca da várzea, programas de educação ambiental e a aplicação de políticas de desenvolvimento sustentável. No caso amazônico, o manejo brasileiro se refere à preocupação florestal e aquático, considerado um dos mais bem sucedidos no Brasil.

POLÍTICA ENEGÉTICA BRASILEIRA

Recebe o nome de política energética brasileira as diretrizes estabelecidas pelo governo federal para administrar e explorar da melhor forma possível os recursos do território nacional, de modo a alimentar a indústria, o comércio e a população em geral.

A energia é uma questão estratégica não só para o Brasil, mas para todas as outras nações, que deve ser tratada com cautela. O Brasil possui uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo, sendo que mais de 45% de toda a energia utilizada no país é gerada a partir de fontes renováveis. O mundo utiliza 81% de combustíveis fósseis, e apenas 13% de fontes renováveis. Em contrapartida, o Brasil utiliza 53% de combustíveis fósseis em relação aos 81% da média mundial e 45% de fontes renováveis em comparação aos 13%.
As agências governamentais responsáveis pelas questões energéticas no país são:
  • Ministério de Minas e Energia, ligado diretamente ao Poder Executivo, responsável pela criação de normas, acompanhamento e avaliação de programas federais, além da implantação de políticas específicas para o setor energético;
  • Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), dotado da atribuição de propor ao presidente da república políticas nacionais e medidas para o setor;
  • Secretarias de planejamento e desenvolvimento energético; de energia elétrica; de petróleo, gás natural e combustíveis renováveis; a empresa de pesquisa energética (EPE), que tem como finalidade a prestação de serviços na área de estudos e pesquisas que irão subsidiar o planejamento do setor energético.
O Ministério de Minas e Energia tem ainda como autarquias vinculadas, as agências nacionais de Energia Elétrica (Aneel) e do Petróleo (ANP), além do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM).
Outros órgãos governamentais estão incumbidos de cuidar de assuntos relacionados à energia brasileira e de sugerir alterações no modo como são explorados e utilizados a mesma, buscando o “melhor” para o futuro do país. A grande questão está na eficiência e o foco dessas ações.
Atualmente, prosseguir a reestruturação do setor da energia será uma das questões fundamentais para garantia de investimentos no setor de energia, acumulando o suficiente para atender a sempre crescente necessidade de combustíveis e da eletricidade. Além disso, é importante que as ações do governo nessa área sejam realizadas a partir de uma perspectiva que favoreça um futuro sustentável, em outras palavras, garantindo a disponibilidade de recursos às gerações futuras.
A ausência de uma política energética mais eficaz por parte do governo pode comprometer todo o desenvolvimento do país, além de retardar a expansão da oferta, “sujando” a matriz, pois a falta de planejamento pode abrir espaço para térmicas fósseis com elevados índices de emissões de gases de efeito estufa.
Bibliografia:
Políticas energéticas brasileiras. Disponível em: < http://energiainteligenteufjf.com/enquetes-e-discussoes/politicas-energeticas-brasileiras/ >. Acesso: 15/01/13.