quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Mudanças climáticas: Amazônia mostra sinais de degradação

21/1/2013 - 10h39





por Fabiano Ávila, do CarbonoBrasil
Estudo liderado pela NASA afirma que a floresta está sofrendo com a escassez de chuvas e que já é  possível v
isualizar alterações na região em imagens de satélite que podem indicar uma transformação deo ecossistema
em longo prazo.
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Imagem: Na esquerda, a extensão da grande seca de 2005 na Amazônia ocidental durante os meses de junho, julho e agosto conforme medida pelos satélites da NASA. As áreas mais impactadas são mostradas em vermelho e amarelo. A região circulada no painel da direita mostra a extensão da floresta que se recuperaram lentamente desde 2005, com as áreas em vermelho indicando as que menos se recuperaram / NASA/JPL-Caltech/GSFC.
 
 
 
 
 
 
Em 2005 a Amazônia passou pelo que foi batizado de “a seca do século”. Não muito depois, em 2010, outra nova grande seca aconteceu. É claro que é esperado que durante os dois fenômenos a floresta sofra consequências. Porém, o que um novo estudo publicado nesta semana pela NASA alerta é que a floresta não se recuperou entre as duas estiagens. Assim, a agência aponta que há uma tendência de degradação na região e em uma área de 600 mil quilômetros quadrados isso já pode ser visto por satélites.
“Nossa grande surpresa é que os efeitos da seca persistiram bem depois de 2005. Esperávamos que a floresta se recuperasse um pouco a cada ano, mas não foi o que aconteceu. A degradação estava lá quando a seca de 2010 chegou e piorou ainda mais o quadro”, afirmou Yadvinder Malhi, pesquisador da Universidade de Oxford e um dos coautores do estudo.
Publicado no periódico Proceedings of the National Academy of Sciences, o trabalho “Persistent effects of a severe drought on Amazonian forest canopy” (algo como, Efeitos persistentes da severa seca no dossel da floresta Amazônica), analisa mais de uma década de imagens de satélites coletadas desde 2000. As observações incluem medições da chuva e umidade, assim como dados sobre a composição e saúde do dossel da floresta.
Segundo os pesquisadores, a seca de 2005 causou mudanças generalizadas, como a morte e queda de galhos, especialmente entre as árvores mais antigas e maiores. Esses impactos persistiram até a nova seca em 2010, o que pode apontar uma tendência de transformação do ecossistema em longo prazo.
“Nossos resultados sugerem que se as secas continuarem acontecendo em intervalos de cinco ou dez anos ou, pior, aumentarem sua frequência graças às mudanças climáticas, grandes áreas da Amazônia sofrerão alterações em sua estrutura e função”, alertou Sassan Saatchi, da NASA e principal autor do estudo.
A causa da falta de chuvas é atribuída ao aumento da temperatura das águas do Atlântico. “É o mesmo fenômeno que contribuiu para os furacões Katrina e Rita também em 2005”, disse Saatachi. A elevação das temperaturas dos oceanos é uma das consequências mais esperadas das mudanças climáticas e está prevista nos relatórios do IPCC.
A taxa de secas na Amazônia durante a última década foi inédita em mais de 100 anos. Além dos grandes eventos de 2005 e 2010, a região enfrentou estiagens de menor porte praticamente todos os anos.
Observações das estações de monitoramento mostram que as chuvas sobre a parte sul da Amazônia diminuíram 3,2% no período entre 1970 e 1998. Análises climáticas apontam ainda que a disponibilidade de água para as plantas também caiu entre 1995 e 2005.
Para chegar a esses resultados, os pesquisadores utilizaram uma nova tecnologia chamada QuikScat, que é capaz de ver através de nuvens e ainda penetrar alguns metros na vegetação, possibilitando medições diárias do dossel e da presença de água. Para Saatachi, este novo estudo “pode acabar com uma controvérsia entre trabalhos anteriores, que divergiam sobre os impactos da seca na Amazônia”.
* Publicado originalmente no site CarbonoBrasil.
(CarbonoBrasil)
Fonte:
http://envolverde.com.br/ambiente/mudancas-climaticas-amazonia-mostra-sinais-de-degradacao/

Usina de Itaipu se torna referência na gestão de projetos sustentáveis

 


por André Trigueiro*
Fazem sucesso 20 programas para recompor o que foi destruído. Desde a construção de Itaipu, foram plantadas 43 milhões de árvores.
Quando foi construído, em 1982, o lago da usina de Itaipu era um orgulho da engenharia nacional e uma dor de cabeça para ambientalistas. Hoje, fazem sucesso os 20 programas implantados pela hidrelétrica para recompor o que foi destruído.
Quase 30 anos depois da inauguração da hidrelétrica, Itaipu é hoje referência na gestão de projetos sustentáveis em parte da bacia do rio Paraná, onde vivem aproximadamente 1 milhão de pessoas.
so12 300x230 Usina de Itaipu se torna referência na gestão de projetos sustentáveisA reportagem sobrevoou a região para ver algumas intervenções que mudaram a paisagem e a rotina de quem vive no local. Desde a construção de Itaipu, foram plantadas 43 milhões de árvores.
O Corredor Ecológico de Itaipu tem 27 quilômetros de extensão e aproximadamente 70 metros de largura. A faixa verde interliga o Parque Nacional de Iguaçu à faixa de proteção da hidrelétrica. A função do corredor ecológico é permitir a melhoria genética e o intercâmbio das espécies, que circulam livremente e aumentam a longevidade, a saúde e a resistência no ambiente.
Outro desafio é recompor as matas ciliares dos rios que deságuam no reservatório. Um trabalho que já dá resultado. Em linha reta, a faixa verde de proteção dessas matas equivale à distância que separa Foz do Iguaçu do Rio de Janeiro (1.321 km).
Nada disso seria possível sem a ajuda dos produtores rurais, que foram estimulados a diversificar a produção, sem agravar a destruição da terra e a poluição das águas.
É o caso da agricultora Guiomar Neves, que descobriu no cultivo de plantas medicinais uma fonte de renda extra cada vez mais importante no orçamento. “Todos que a gente produz são vendidos. Não fica estocado não, tudo sai”, diz.
Todas as plantas são cultivadas, colhidas, secadas e processadas ali mesmo. Um dos destinos mais importantes são os postos de saúde da região. “A gente tem utilizado o cítrus, tem utilizado a alfavaca, tem utilizado graviola, o guaco, e os pacientes têm retornado com muita satisfação”, diz Jaqueline Marinho, médica do programa de Saúde da Família.
A terra que produz remédios também abre espaços generosos para o cultivo de alimentos orgânicos. Mais de 800 agricultores receberam treinamento para produzir sem agrotóxicos ou transgênicos.
Há alimentos saudáveis que vêm direto das águas do reservatório. Setenta e um pescadores aprenderam a fazer o manejo sustentável do pacu, um dos peixes típicos da região, em tanques-rede.
São, ao todo, 600. Cada tanque tem capacidade para produzir até 300 quilos de peixe. “Hoje, em um espaço de um hectare, eu consigo produzir até uma tonelada de peixe, isso em um ciclo, em um período de oito meses”, afirma o produtor de peixe Estevam Martins de Souza.
Como assegurar a boa qualidade da água sem dar destinação inteligente aos dejetos de animais como bois e porcos? A solução foi canalizar o esterco para grandes biodigestores, onde o gás metano se transforma em energia. A renda extra é apenas uma das vantagens.
O único gasoduto do Brasil para biogás a partir de esterco animal interliga 33 proprietários rurais. O metano é bombeado até uma pequena termelétrica.
A cada dia, são canalizados para essa central termelétrica 80m³ de gás metano, que estão do lado de dentro de uma bolsa de lona. “Essa quantidade de gás, de biogás, é capaz de gerar uma renda para a cooperativa de R$ 5 mil por mês somente em geração de energia elétrica. Essa energia é capaz de, comparativamente, sustentar 170 residências”, diz Cícero Bley Jr., superintendente de energia renovável da usina de Itaipu.
São 20 programas diferentes realizados em uma área equivalente à metade da Bélgica. Todas as ações são coordenadas por Itaipu dentro do projeto Cultivando Água Boa.
“Esse é um laboratório a céu aberto, com 29 municípios, um milhão de habitantes, e as coisas estão acontecendo. Nós temos mais de 860 pescadores, nós estamos falando de mais de 1.200 produtores de orgânicos na pequena agricultura. Nós estamos falando, portanto, de toda uma rede de mais de 40 arranjos produtivos que surgiram em função dessas ações. Isso fala por si”, diz Nelton Miguel Friedrich, diretor de Coordenação e Meio Ambiente da Itaipu Binacional.
* André Trigueiro é jornalista com pós-graduação em Gestão Ambiental pela Coppe-UFRJ onde hoje leciona a disciplina geopolítica ambiental, professor e criador do curso de Jornalismo Ambiental da PUC-RJ, autor do livroMundo Sustentável – Abrindo Espaço na Mídia para um Planeta em Transformação, coordenador editorial e um dos autores dos livros Meio Ambiente no Século XXI, e Espiritismo e Ecologia, lançado na Bienal Internacional do Livro, no Rio de Janeiro, pela Editora FEB, em 2009. É apresentador do Jornal das Dez e editor chefe do programa Cidades e Soluções, da Globo News. É também comentarista da Rádio CBN e colaborador voluntário da Rádio Rio de Janeiro.
** Publicado originalmente no site Mundo Sustentável.
(Mundo Sustentável)
Fonte:
http://envolverde.com.br/sociedade/usina-de-itaipu-se-torna-referencia-na-gestao-de-projetos-sustentaveis/

Educação Ambiental Para os Brasileiro


 
A educação ambiental dever ser uma prioridade hoje para todos os que se preocupam com o meio ambiente. Ela é definida em lei como elemento essencial e permanente da educação nacional, pois é através da educação ambiental que os indivíduos e a coletividade constroem valores, conhecimentos e atitudes voltados para a conservação do meio ambiente. Por isso dedicamos este espaço para a informação de instituições, eventos, legislação, materiais de consulta, programas, projetos e ações que possam motivar, orientar e servir de exemplo para novas iniciativas nesse campo.
Ajude a construir o conteúdo desta página com sugestões e relatos de experiências para esc-digital@hotmail.com Asssunto: Educação ambiental
Veja abaixo links para Educação Ambiental:

 
 
 
Material especializado em informações sobre Educação Ambiental e Educomunicação,
que poderá ser consultado gratuitamente no sítio do Departamento de Educação Ambiental
do Ministério do Meio Ambiente. Acesse o Link
 
Dispõe sobre a Educação Ambiental, Institui a Política Nacional de Educação Ambiental
e dá outras providências. Acesse o Link
Link para o Departamento de Educação Ambiental do ministério.Acesse o Link
A REBEA é a organização nacional dos educadores ambientais brasileiros, criada em 1992,
que adotou como carta de princípios o Tratado de Educação Ambiental para Sociedades
Sustentáveis e Responsabilidade Global. Acesse o Link
Vários temas ambientais importantes são abordados em vídeos extremamente didáticos e
bem elaborados acessíveis no site do Instituto de Pesquisas
Espaciais de São Paulo – INPE.Acesse o Link
 
 
Fonte: