domingo, 29 de junho de 2014

MUITO DINHEIRO E POUCA AÇÃO DAS OCIPS NO BAIXO SUL DA BAHIA

BNDES e a Fundação Odebrecht (FO) assinaram nesta segunda-feira, 23, Acordo de Cooperação Técnica e Financeira para investimento em ações sociais, produtivas, ambientais e de capacitação para o desenvolvimento territorial integrado sustentável das comunidades de baixa renda da região do Baixo Sul da Bahia.

O Acordo tem por base o alcance dos Objetivos do Milênio (ODM), estabelecidos pela ONU, e sua vigência é de seis anos. A participação prevista é de R$ 60 milhões por parte do BNDES, com contrapartida de R$ 86 milhões pela Fundação Odebrecht. Também haverá aporte de R$ 59,5 milhões por parte de outros parceiros da FO e do BNDES, tais como o poder público, a iniciativa privada e a ONU.

Os recursos serão aplicados prioritariamente na Área de Proteção Ambiental (APA) do Pratigi, formada por cinco municípios, com população aproximada de 83 mil habitantes e IDH médio de 0,63 (abaixo da média nacional), onde a Fundação já atua.

Também nesta segunda, foi assinado contrato de concessão do primeiro aporte do BNDES, no valor de R$ 26 milhões, não reembolsáveis, a serem aplicados em Plano de Investimento aprovado pela diretoria do Banco para os dois primeiros anos da parceria. Neste período, a FO aportará R$ 39,5 milhões e seus parceiros, R$ 17,6 milhões. Os recursos serão investidos nas cadeias produtivas de mandioca, palmito, pescado, piaçava e construção civil.

A cerimônia aconteceu na sede do BNDES, no Rio de Janeiro, e contou com a presença do diretor da Área de Inclusão Social do Banco, Elvio Gaspar, e do presidente do conselho curador da FO, Norberto Odebrecht. Representantes do governo da Bahia e da Associação dos Municípios do Baixo Sul da Bahia (Amubs) também participaram. 

Capilaridade – O presente acordo foi estruturado com base na estratégia do BNDES de conferir maior capilaridade, escala e eficiência ao apoio do Banco na área social, por meio de parcerias potencialmente capazes de promover o desenvolvimento integrado e sustentável de populações carentes, com geração de trabalho e renda no âmbito de empreendimentos da economia solidária.

A FO será gestora dos recursos, responsável por repassá-los às entidades beneficiárias, acompanhando a execução dos projetos e atestando sua evolução ao BNDES por meio de pareceres e relatórios. O acompanhamento será facilitado com a criação, exigida no Acordo, de um sistema de informações on-line, por meio do qual o Banco poderá visualizar a evolução física dos empreendimentos apoiados e todos os documentos exigidos por lei e por seus regulamentos.

O diretor Elvio Gaspar afirmou que a capacidade de governança demonstrada pela FO e o modelo de parceria já estabelecido com o Governo da Bahia foram balizadores para que o BNDES empreendesse seu primeiro acordo de interesse público com o setor privado.

O presidente do conselho curador da FO, Norberto Odebrecht, lembrou que o desafio do desenvolvimento sustentável não deve ser exigido exclusivamente do governo. “Trata-se de uma demanda que exige integração da iniciativa privada e da sociedade civil”, disse. 

Assinado o acordo, um Grupo de Trabalho Permanente (GTP), com representantes do BNDES e da FO, elaborará os Planos de Investimento para cada período. Também será contratada uma entidade externa, com o objetivo de auxiliar na definição dos indicadores de resultado e na análise dos benefícios sociais gerados. Ao término do primeiro biênio, o BNDES avaliará tais indicadores, a fim de definir o apoio a um novo Plano de Investimento para igual período.  

De acordo com o diretor Elvio Gaspar, o sucesso da parceria se dará quando as comunidades adquirirem autonomia, de modo a prescindir do apoio. Dessa forma, ele destacou a importância de uma aferição “que não seja subjetiva, mas elaborada de forma científica, através da formulação de indicadores”
 .

sexta-feira, 20 de junho de 2014

Ambev - Jovens de Responsa


O Edital

Resumo:
Já pensou em promover a prevenção do consumo de bebidas alcoólicas por menores de 18 anos? Se a sua instituição deseja realizar um projeto que pode contribuir para essa ideia, participe do Edital, realizado pelo programa Jovens de Responsa. Inscrições de 19 de maio a 15 de julho de 2014.


LINK DA PAGINA:
https://www.facebook.com/naresponsa/app_637324653027975



PARCEIRA PARA ITUBERÁ COM O PROJETO PRONTO
http://www.comercioinforma.com.br/cultura



O Edital

Este Edital tem o objetivo de selecionar projetos que contribuam para a prevenção do consumo de bebidas alcoólicas por menores de 18 anos. Os projetos poderão incluir atividades como eventos, ações de comunicação, capacitação para diferentes públicos (como jovens, pais e educadores) ou outras iniciativas socioculturais que sejam criativas e inovadoras, com potencial transformador e de fácil replicação. Devem ser executados entre outubro e dezembro de 2014.
A iniciativa faz parte do Programa Jovens de Responsa – desenvolvido pela Ambev em parceria com ONGs de vários estados brasileiros.
Desde a sua criação, o Jovens de Responsa conseguiu impactar diretamente mais de 11.000 jovens, reuniu mais de 77 mil pessoas em eventos do programa e impactou indiretamente mais de 7 milhões de pessoas com ações de comunicação.

Quem pode participar?

Poderão participar instituições com ou sem fins lucrativos (associações, fundações, OSCIPs ou empresas) e que:
  • Estejam localizadas no Brasil;
  • Estejam devidamente registradas nos órgãos competentes;
  • Não estejam ligadas a Partido Político;
  • Estejam em conformidade com o conteúdo do Regulamento de Participação (clique aqui para ver o regulamento)
  • Enviem os documentos solicitados no momento da inscrição (cartão do CNPJ, estatuto ou contrato social, orçamento detalhado do projeto).

Apoio financeiro

Os melhores projetos serão selecionados e receberão de R$30 a R$100 mil para sua implantação.


segunda-feira, 2 de junho de 2014

Alguns problemas ambientais urbanos

A lógica que guia a produção das grandes cidades, em sua maioria, sempre foi perversa para a maior parte da população e também para o meio ambiente urbano. São inúmeros os problemas que podemos abordar com este tema, mas todos eles seguem um ponto em comum: é impossível dissociar os problemas ambientais urbanos dos problemas sociais de sua população – especialmente a pobre, que sofre mais – e vice-versa.

Cotidiano de milhões de pessoas ao redor do mundo
Alguns problemas são bem típicos e nós, que somos de um país periférico e subdesenvolvido, temos essa percepção melhor. A falta de saneamento básico é marcante nas áreas pobres. Rios, utilizados como esgoto, correndo a céu aberto em locais de alta densidade demográfica é um absurdo. Este é um problema que envolve várias esferas vida, desde a ambiental à saúde.
O crescimento da frota de automóveis nas cidades brasileiras – das pequenas às metrópoles – é sensível nos últimos anos e isso acarreta problemas gravíssimos ao ambiente urbano. Esse aumento se deve a toda uma influência da publicidade e propaganda (a Arte dessa nova fase do período capitalista), a uma perversa lógica de criação de novas necessidades e desejos nesta fase do capitalismo avançado, onde o “ter” um carro é um dos pontos centrais atendendo, assim, aos interesses da indústria automobilística, muito forte no país, por sinal, que acaba ditando as regras do jogo. O pior é que os governos fazem muito a seu favor, incentivando a lógica do uso do transporte individual, que é caro, custoso e danoso neste âmbito socioambiental.
Cotidiano de todas grandes cidades
Morar cada vez mais longe se torna um atrativo, pelo fato, principalmente, de se dormir, só dormir, afastado de um cotidiano caótico das grandes cidades.Sempre, esses novos locais de moradias escolhidos são perto da natureza (natural ou artificial), mas o uso do carro, para essas pessoas se torna indispensável. É uma lógica perversa para a cidade e seus moradores. Os governos precisam investir nos modais de transporte público coletivo, como ônibus, metrô, trem, barcos e melhorar qualidade de calçadas para pedestres, criar toda uma rede articulada de ciclovias, entre outras coisas.
Essas são somente duas facetas de problemas ambientais que ocorrem nas cidades, mas que não se resumem somente ao ambiental, já que aqui, partimos do pressuposto de que os elementos da vida social não são fragmentados, mas estão em total integração o tempo todo. Futuramente voltaremos a abordar algumas questões urbanas que podem ser melhor tratadas, como é o caso de um planejamento urbano descentralizado, abrangente e justo socioambientalmente.