segunda-feira, 2 de junho de 2014

Alguns problemas ambientais urbanos

A lógica que guia a produção das grandes cidades, em sua maioria, sempre foi perversa para a maior parte da população e também para o meio ambiente urbano. São inúmeros os problemas que podemos abordar com este tema, mas todos eles seguem um ponto em comum: é impossível dissociar os problemas ambientais urbanos dos problemas sociais de sua população – especialmente a pobre, que sofre mais – e vice-versa.

Cotidiano de milhões de pessoas ao redor do mundo
Alguns problemas são bem típicos e nós, que somos de um país periférico e subdesenvolvido, temos essa percepção melhor. A falta de saneamento básico é marcante nas áreas pobres. Rios, utilizados como esgoto, correndo a céu aberto em locais de alta densidade demográfica é um absurdo. Este é um problema que envolve várias esferas vida, desde a ambiental à saúde.
O crescimento da frota de automóveis nas cidades brasileiras – das pequenas às metrópoles – é sensível nos últimos anos e isso acarreta problemas gravíssimos ao ambiente urbano. Esse aumento se deve a toda uma influência da publicidade e propaganda (a Arte dessa nova fase do período capitalista), a uma perversa lógica de criação de novas necessidades e desejos nesta fase do capitalismo avançado, onde o “ter” um carro é um dos pontos centrais atendendo, assim, aos interesses da indústria automobilística, muito forte no país, por sinal, que acaba ditando as regras do jogo. O pior é que os governos fazem muito a seu favor, incentivando a lógica do uso do transporte individual, que é caro, custoso e danoso neste âmbito socioambiental.
Cotidiano de todas grandes cidades
Morar cada vez mais longe se torna um atrativo, pelo fato, principalmente, de se dormir, só dormir, afastado de um cotidiano caótico das grandes cidades.Sempre, esses novos locais de moradias escolhidos são perto da natureza (natural ou artificial), mas o uso do carro, para essas pessoas se torna indispensável. É uma lógica perversa para a cidade e seus moradores. Os governos precisam investir nos modais de transporte público coletivo, como ônibus, metrô, trem, barcos e melhorar qualidade de calçadas para pedestres, criar toda uma rede articulada de ciclovias, entre outras coisas.
Essas são somente duas facetas de problemas ambientais que ocorrem nas cidades, mas que não se resumem somente ao ambiental, já que aqui, partimos do pressuposto de que os elementos da vida social não são fragmentados, mas estão em total integração o tempo todo. Futuramente voltaremos a abordar algumas questões urbanas que podem ser melhor tratadas, como é o caso de um planejamento urbano descentralizado, abrangente e justo socioambientalmente.