sexta-feira, 27 de abril de 2012

Processos químicos sustentáveis, que minimizem a geração de resíduos e possam ser incorporados na formulação de plásticos biodegradáveis

Processos químicos sustentáveis, que minimizem a geração de resíduos e possam ser incorporados na formulação de plásticos biodegradáveis. Com esse objetivo, pesquisadores do Laboratório de Microbiologia Industrial do Instituto de Biociências da Universidade Estadual Paulista (UNESP) de Rio Claro estão desenvolvendo um estudo que envolve a produção e extração de ácido lático por fermentação a partir de subprodutos de fontes alternativas, levando a uma síntese polimérica para a obtenção de um ácido polilático (PLA).
O material apresenta um potencial para ser utilizado na produção de bioplásticos e poderia ser empregado na fabricação de diversos produtos, da indústria de embalagens para a indústria alimentícia, de fármacos e cosméticos e até o uso em aplicações biomédicas, como cápsulas para medicamentos e em implantes ortopédicos.
O projeto de pesquisa Estudo da recuperação e purificação do ácido lático do meio de cultivo produzido por microrganismos isolados para produção de plásticos biodegradáveis, parte do Programa Parceria para Inovação Tecnológica (PITE) da FAPESP, foi selecionado em chamada de propostas do Acordo de Cooperação FAPESP-Braskem/Ideom, voltada para o desenvolvimento de materiais com características físico-químicas similares aos derivados do petróleo, porém menos prejudiciais ao meio ambiente.
De acordo com Jonas Contiero, professor do Instituto de Biociências da UNESP de Rio Claro e coordenador da pesquisa, trata-se de um estudo bastante complexo sobre um processo ainda caro de recuperação e purificação do ácido lático. Para diminuir esses custos, o pesquisador busca aumentar a produção do material com o uso de fontes alternativas de nitrogênio adicionadas a fontes alternativas de carbono, no caso, aos substratos gerados no processo da indústria sucroalcooleira e de fabricação de queijo.
Embora as características de resistência e cristalinidade do PLA permitam seu uso também na produção de fibras e filmes, o processo de obtenção deverá manter as características de biodegradabilidade do material.
Dados fornecidos pelo pesquisador indicam tratar-se de uma alternativa mais barata aos processos atualmente em desenvolvimento nos Estados Unidos e na Bélgica, que obtêm o polilactato a partir do uso do amido de milho e do açúcar de beterraba, respectivamente, o que poderia garantir sua viabilidade de produção.
“A quantidade de fibras lignocelulósicas dos resíduos ou subprodutos da agroindústria da cana-de-açúcar, representada pelo bagaço e pela palha, dá a ela uma vantagem competitiva inigualável em relação às outras fontes de carbono, uma vez que este resíduo pode ser utilizado para geração de energia para a operação da planta de produção”, afirma o pesquisador.
Pesquisa e aplicaçãoO projeto é continuidade da pesquisa Isolamento e seleção de microrganismos e desenvolvimento de tecnologia para produção de ácido lático, também apoiada pela FAPESP, na qual foram selecionados potenciais microrganismos produtores de um dos isômeros do ácido lático, e aperfeiçoados os parâmetros para produção, com o início da extração, purificação e polimerização do material.
O grau de pureza necessário para o uso do PLA depende da aplicação a que se destina. Como exemplo, para fins médicos, o insumo deve ter especificações máximas residuais de umidade, solventes, estanho e monômeros, entre outros.
Após a obtenção do polímero são feitas análises químicas para verificar a existência desses resíduos e determinar seu grau de pureza, o que garante a qualidade final do material e sua aplicabilidade na indústria de transformação.
Fonte: Braskem

A Fundação Roberto Marinho, através do Canal Futura, e o Ministério de Minas e Energia, por meio da Eletrobras, lançam no dia 26 de abril, no Rio de Janeiro, o projeto educacional “Energia que Transforma


A Fundação Roberto Marinho, através do Canal Futura, e o Ministério de Minas e Energia, por meio da Eletrobras, lançam no dia 26 de abril, no Rio de Janeiro, o projeto educacional “Energia que Transforma”. Desenvolvida no âmbito do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel), a ação tem como objetivos mobilizar a população para uma mudança de atitude frente ao desperdício e promover o uso eficiente de energia, conforme previsto no Plano Nacional de Energia (PNE) e no Plano Nacional de Eficiência Energética (PNEf), ambos do Governo Federal.

O lançamento será realizado no Espaço Tom Jobim, às 11h, e contará com a presença do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, e dos presidentes da Eletrobras e da Fundação Roberto Marinho, José da Costa Carvalho Neto e José Roberto Marinho. No dia do evento, cerca de 70 profissionais que atuam em projetos educativos e sociais das concessionárias de energia elétrica vão participar de uma formação de 8 horas para conhecer a metodologia desenvolvida e o kit pedagógico do projeto, que será distribuído a cada um.

Apostando na uniãoentre comunicação e educação, a iniciativa inclui a produção de duas séries – uma para TV, chamada Vida de República, e outra para rádio, intitulada Alô, João! – e desenvolvimento de cinco cadernos pedagógicos, cartaz, folhetos e um jogo educativo. Todo o material será implementado em escolas públicas e comunidades no Acre, Amazonas, Pernambuco e Rio de Janeiro.

Nesta etapa, o projeto será aplicado em turmas do Ensino Médio de escolas públicas estaduais que já utilizam a metodologia do Telecurso nos estados participantes. Para ampliar o alcance da mensagem, o programa de TV, com dez episódios, terá exibição nacional na tela do Canal Futura, enquanto a série de rádio, com 30 spots, será veiculada em emissoras regionais.



Saiba mais sobre o projeto

O “Energia que Transforma” terá uma aplicação preliminar em cerca de 400 turmas de escolas localizadas nos quatro estados participantes como um projeto complementar à metodologia do Telecurso no primeiro semestre de 2012.

O conteúdo será usado de forma transversal às disciplinas tradicionais e vai tratar de diversas questões ligadas à eficiência energética. Os desafios socioeconômicos impostos ao país na atualidade, os principais projetos de conservação e sustentabilidade de fontes energéticas, a participação dos cidadãos no desenvolvimento do setor energético, pesquisas relacionadas às novas fontes de energia, a necessidade de se produzir energia de forma sustentável e as alternativas eficientes para diferentes regiões e culturas são alguns dos pontos abordados.

As escolas participantes serão indicadas pelas próprias secretarias estaduais de Educação e deverão enviar professores para participarem das oficinas de formação do projeto. Nesses encontros, os educadores vão receber orientações sobre como usar o kit em sala de aula. Após participarem das oficinas, esses profissionais ficarão responsáveis por orientar o restante da comunidade escolar acerca do uso didático do material. As escolas receberão ainda a visita da equipe de monitoramento do projeto que acompanhará a utilização da metodologia.

Posteriormente, o kit será trabalhado em comunidades localizadas no entorno das escolas atendidas e em organizações não-governamentais com o objetivo de promover a educação para a eficiência energética no país, mobilizando lideranças para atuarem pela causa. O material poderá ser implementado também em outras redes de ensino em parceira com concessionárias do setor elétrico.

Além disso, a série Vida de República ficará disponível no FuturaTec, ferramenta que oferece gratuitamente conteúdos educativos do Canal pela internet.



“Vida de República” e “Alô, João!”



Com dez episódios, a série “Vida de República”, que estreia no Canal Futura em 26 de abril, mostra o dia a dia de cinco jovens universitários e do ensino médio, de origens geográficas e sociais diferentes, que moram numa república estudantil. Misturando documentário e ficção, o programa aborda, de maneira leve e criativa, a relação do cidadão com o consumo energético, assim como o desenvolvimento histórico e a atual situação da energia no Brasil. Os episódios contam ainda com a participação de diversos especialistas.

No programa “Alô, João!”, que será veiculado pelas rádios dos estados que participam do projeto, os convidados conversam com o apresentador João, em 30 spots, sobre situações cotidianas relacionadas ao meio ambiente e ao uso dos recursos naturais.



O Canal Futura

O Canal Futura é uma experiência pioneira de comunicação para transformação social, que opera a partir de um modelo de produção televisiva participativa, educativa e inclusiva, sem fins lucrativos e de interesse público, com base em parcerias que articulam e mobilizam redes da sociedade em vários estados brasileiros. Quarenta e um milhões de pessoas assistem regularmente à programação, por meio de antenas parabólicas, TVs por assinatura, TVs Universitárias parceiras, UHF e VHF.

O Canal Futura é resultado da parceria entre organizações da iniciativa privada, unidas pelo compromisso de investir socialmente e líderes em seus segmentos. Os parceiros mantenedores são: Confederação Nacional da Indústria (CNI), CNN, FIESP, FIRJAN, Fundação Bradesco; Fundação Itaú Social; Fundação Vale; Gerdau; Grupo Votorantim, Rede Globo e Sebrae.



A Eletrobras

A Eletrobras é a maior companhia de energia elétrica da América Latina. Empresa de capital aberto, controlada pelo governo brasileiro, atua nas áreas de geração, transmissão e distribuição, e lidera um sistema composto de 12 subsidiárias, uma empresa de participações (Eletrobras Eletropar), um centro de pesquisas (Eletrobras Cepel) e ainda possui metade do capital de Itaipu Binacional.

O sistema liderado pela Eletrobras, incluindo metade da potência de Itaipu, gera 42.302 MW, correspondente a 36% do total nacional. As linhas de transmissão atingem 54.104,94 km de extensão, representando cerca de 56% do total das linhas do Brasil