segunda-feira, 11 de julho de 2011

sustentabilidade

O foco no tema da sustentabilidade das organizações de base conecta a atuação das fundações empresariais à problemática da formação de redes interorganizacionais e intersetoriais colaborativas.
Buscando fortalecer organizações de base, algumas fundações empresariais têm percebido a importância de fomentar a criação de redes que possam ampliar a capacidade de ação daquelas organizações. Com efeito, um dos fatores que dificultam a sustentabilidade das organizações de base é seu isolamento, sua baixa capacidade de estabelecer vínculos com outras organizações de base, ONGs, órgãos públicos, empresas privadas e outras instituições com as quais possam manter relações colaborativas.
 O isolamento das organizações de base contribui para que os segmentos mais vulneráveis da população tenham acesso limitado a recursos sociais e reduzida capacidade de participação nas decisões sobre políticas públicas que afetam suas vidas. Esta situação tem levado as fundações empresariais a perceber a importância da formação de capital social como fator crítico para o fortalecimento das organizações de base e para a promoção do desenvolvimento local. Aqui, o capital social é concebido simultaneamente como fator gerador e como resultado de relacionamentos que se estabelecem em pelo menos três níveis: no nível horizontal, entre os integrantes das próprias organizações de base; no nível interorganizacional, entre diferentes grupos e organizações de base; no nível intersetorial, entre as organizações de base e outros tipos de organização que, no cotidiano da vida social, mantêm entre si relações assimétricas de poder econômico e político, mas que podem estabelecer espaços compartilhados de negociação e consenso em torno de objetivos comuns de desenvolvimento local.