Não faz muito tempo, seria impossível imaginar pessoas idosas morando em hotéis de luxo. Tampouco passava pela cabeça dos pais a ideia de pagar pequenas fortunas para que seus filhos frequentassem academias de ginástica. Uma nova geração de profissionais e mães modernas, que delegam tarefas domésticas a secretárias virtuais, também estava fora do set de imagens da sociedade. Mas o fato é que todos esses novos nichos de consumidores já estão entre nós. Eles traduzem o contínuo movimento de mudança demográfica registrado no país nos últimos anos. As curvas que um dia fotografaram um país jovem hoje mostram outras feições, a exemplo do crescimento da população de idade madura, um número menor de filhos, mais gente vivendo sozinha, mulheres mais bem preparadas trabalhando fora de casa, mais casais com renda dupla e sem filhos, e o ingresso de novos membros à classe C. Todas essas transformações, ainda em curso, começam a ser captadas por empreendedores. Atentos ao futuro, eles vêm criando produtos e serviços que atendem às necessidades e desejos desse novo público. Na opinião do professor de inovação e competitividade da Fundação Dom Cabral, Carlos Arruda, esta é a hora ideal para inventar e adaptar empreendimentos condizentes com esse cenário: "É um momento interessante para lançar negócios nesses ramos emergentes porque ainda há poucos players no mercado". Com base em dados colhidos nas últimas pesquisas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e em exaustivas análises de especialistas no assunto, Pequenas Empresas & Grandes Negócios mapeou ideias e oportunidades em seis tendências que já despontam com força no Brasil e no mundo. Para você se inspirar — e ganhar dinheiro bem antes da concorrência.
6 ATITUDES PARA FATURAR COM AS MUDANÇAS NA POPULAÇÃO
6 ATITUDES PARA FATURAR COM AS MUDANÇAS NA POPULAÇÃO
1 INFORMAR-SE
Acompanhe informações e números divulgados por órgãos como o IBGE sobre as mudanças na sociedade. Estude o perfil do público que você quer atingir, conferindo faixa etária, nível socioeconômico e hábitos de consumo.
Acompanhe informações e números divulgados por órgãos como o IBGE sobre as mudanças na sociedade. Estude o perfil do público que você quer atingir, conferindo faixa etária, nível socioeconômico e hábitos de consumo.
2 OBSERVAR O CLIENTE
Não espere que os clientes tragam sugestões. Fique de olho naquilo que eles procuram, mas não encontram no mercado.
Não espere que os clientes tragam sugestões. Fique de olho naquilo que eles procuram, mas não encontram no mercado.
3 INCENTIVAR A INOVAÇÃO
Agende reuniões periódicas com a equipe para reflexão e discussão sobre oportunidades de inovação. Nesses momentos, avalie o que pode ser mudado na empresa. Muitas vezes, não compensa alterar a identidade do negócio, perder o cliente velho e não garantir o novo.
Agende reuniões periódicas com a equipe para reflexão e discussão sobre oportunidades de inovação. Nesses momentos, avalie o que pode ser mudado na empresa. Muitas vezes, não compensa alterar a identidade do negócio, perder o cliente velho e não garantir o novo.
4 MEDIR O IMPACTO
Avalie o peso que um novo público pode ter no negócio e as mudanças a fazer nos produtos ou serviços.
Avalie o peso que um novo público pode ter no negócio e as mudanças a fazer nos produtos ou serviços.
5 AVALIAR OS RISCOS
Verifique se o novo mercado que você quer atingir foi criado em razão de mudanças definitivas na sociedade, e não por uma moda.
Verifique se o novo mercado que você quer atingir foi criado em razão de mudanças definitivas na sociedade, e não por uma moda.
6 MONTAR UM TIME
Treine a sua equipe para atender o novo público. Para ganhar experiência com o grupo de consumidores, mantenha fornecedores e parceiros que conheçam o segmento.
NOVOS VELHOS
Treine a sua equipe para atender o novo público. Para ganhar experiência com o grupo de consumidores, mantenha fornecedores e parceiros que conheçam o segmento.
NOVOS VELHOS
A população com mais de 60 anos representa cerca de 10% dos brasileiros hoje, ou 19 milhões de pessoas. E vem crescendo a taxas maiores do que a da população total — uma consequência da queda da taxa de fecundidade e do aumento da esperança de vida ao nascer. Em 2015, esses idosos serão 11,5% da população, segundo projeções do IBGE. Em 2025, 16%. Ninguém monta um negócio hoje para lucrar apenas daqui a 15 anos. A questão é que esse grupo vai aumentar a cada ano, enquanto outros, como o de crianças, vão diminuir. Além de numerosos, eles têm dinheiro para gastar. De acordo com pesquisa do Instituto Somatório feita em 2009, 93% das pessoas dessa faixa etária têm uma fonte de renda e 69% se declaram os principais responsáveis pelo orçamento da casa. Com saúde e tempo livre, eles buscam aproveitar a vida. "Há um sentimento renovado de liberdade. Os idosos fazem cada vez mais viagens, comem em restaurantes e usam a internet", diz Jaime Troiano, presidente do Grupo Troiano de Branding. Como essa é uma faixa etária ampla, há uma tendência de segmentação. "O mercado trata igualmente o idoso de 70 anos e o de 90. Mas existe o idoso 'jovem' e o idoso 'velho'", diz Luiz Goes, sócio sênior da consultoria GS&MD – Gouvêa de Souza. "Tem a terceira idade, que é mais saudável e busca atividade física e roupas esportivas; e a quarta idade, que demanda mais serviços de saúde." E o grupo não é feito só de aposentados — há também quem busque recolocação no mercado. "Antes, os executivos se aposentavam com 60 anos e iam para casa. Hoje, pensam em uma segunda carreira", afirma Daniel Estima de Carvalho, professor do Programa de Estudos do Futuro, da Fundação Instituto de Administração. MAIS SOBRE:
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