segunda-feira, 29 de abril de 2013

ASSESSORIA A NOVOS NEGÓCIOS


Não faz muito tempo, seria impossível imaginar pessoas idosas morando em hotéis de luxo. Tampouco passava pela cabeça dos pais a ideia de pagar pequenas fortunas para que seus filhos frequentassem academias de ginástica. Uma nova geração de profissionais e mães modernas, que delegam tarefas domésticas a secretárias virtuais, também estava fora do set de imagens da sociedade. Mas o fato é que todos esses novos nichos de consumidores já estão entre nós. Eles traduzem o contínuo movimento de mudança demográfica registrado no país nos últimos anos. As curvas que um dia fotografaram um país jovem hoje mostram outras feições, a exemplo do crescimento da população de idade madura, um número menor de filhos, mais gente vivendo sozinha, mulheres mais bem preparadas trabalhando fora de casa, mais casais com renda dupla e sem filhos, e o ingresso de novos membros à classe C. Todas essas transformações, ainda em curso, começam a ser captadas por empreendedores. Atentos ao futuro, eles vêm criando produtos e serviços que atendem às necessidades e desejos desse novo público. Na opinião do professor de inovação e competitividade da Fundação Dom Cabral, Carlos Arruda, esta é a hora ideal para inventar e adaptar empreendimentos condizentes com esse cenário: "É um momento interessante para lançar negócios nesses ramos emergentes porque ainda há poucos players no mercado". Com base em dados colhidos nas últimas pesquisas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e em exaustivas análises de especialistas no assunto, Pequenas Empresas & Grandes Negócios mapeou ideias e oportunidades em seis tendências que já despontam com força no Brasil e no mundo. Para você se inspirar — e ganhar dinheiro bem antes da concorrência.

6 ATITUDES PARA FATURAR COM AS MUDANÇAS NA POPULAÇÃO
1 INFORMAR-SE
Acompanhe informações e números divulgados por órgãos como o IBGE sobre as mudanças na sociedade. Estude o perfil do público que você quer atingir, conferindo faixa etária, nível socioeconômico e hábitos de consumo.
2 OBSERVAR O CLIENTE
Não espere que os clientes tragam sugestões. Fique de olho naquilo que eles procuram, mas não encontram no mercado.
3 INCENTIVAR A INOVAÇÃO
Agende reuniões periódicas com a equipe para reflexão e discussão sobre oportunidades de inovação. Nesses momentos, avalie o que pode ser mudado na empresa. Muitas vezes, não compensa alterar a identidade do negócio, perder o cliente velho e não garantir o novo.
4 MEDIR O IMPACTO
Avalie o peso que um novo público pode ter no negócio e as mudanças a fazer nos produtos ou serviços.
5 AVALIAR OS RISCOS
Verifique se o novo mercado que você quer atingir foi criado em razão de mudanças definitivas na sociedade, e não por uma moda.
6 MONTAR UM TIME
Treine a sua equipe para atender o novo público. Para ganhar experiência com o grupo de consumidores, mantenha fornecedores e parceiros que conheçam o segmento.

NOVOS VELHOS
A população com mais de 60 anos representa cerca de 10% dos brasileiros hoje, ou 19 milhões de pessoas. E vem crescendo a taxas maiores do que a da população total — uma consequência da queda da taxa de fecundidade e do aumento da esperança de vida ao nascer. Em 2015, esses idosos serão 11,5% da população, segundo projeções do IBGE. Em 2025, 16%. Ninguém monta um negócio hoje para lucrar apenas daqui a 15 anos. A questão é que esse grupo vai aumentar a cada ano, enquanto outros, como o de crianças, vão diminuir. Além de numerosos, eles têm dinheiro para gastar. De acordo com pesquisa do Instituto Somatório feita em 2009, 93% das pessoas dessa faixa etária têm uma fonte de renda e 69% se declaram os principais responsáveis pelo orçamento da casa. Com saúde e tempo livre, eles buscam aproveitar a vida. "Há um sentimento renovado de liberdade. Os idosos fazem cada vez mais viagens, comem em restaurantes e usam a internet", diz Jaime Troiano, presidente do Grupo Troiano de Branding. Como essa é uma faixa etária ampla, há uma tendência de segmentação. "O mercado trata igualmente o idoso de 70 anos e o de 90. Mas existe o idoso 'jovem' e o idoso 'velho'", diz Luiz Goes, sócio sênior da consultoria GS&MD – Gouvêa de Souza. "Tem a terceira idade, que é mais saudável e busca atividade física e roupas esportivas; e a quarta idade, que demanda mais serviços de saúde." E o grupo não é feito só de aposentados — há também quem busque recolocação no mercado. "Antes, os executivos se aposentavam com 60 anos e iam para casa. Hoje, pensam em uma segunda carreira", afirma Daniel Estima de Carvalho, professor do Programa de Estudos do Futuro, da Fundação Instituto de Administração. MAIS SOBRE:

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