terça-feira, 10 de julho de 2012

Reciclagem de lâmpadas fluorescentes no Brasil



Desde o apagão de 2001 as lâmpadas fluorescentes, compactas ou tubulares, se incorporaram à vida brasileira e o seu consumo mantém-se em escala crescente. Com garantia mínima de um ano (alguns fabricantes chegam a dobrar esse período), as lâmpadas são realmente muito mais econômicas. Uma lâmpada fluorescente compacta de 15W – equivalente a uma incandescente de 60W - resulta em uma economia de 2 reais por mês na conta de luz. Quem tem dez lâmpadas – algo razoável em residências de classe média – já aufere R$ 20,00 em economia.
Por outro lado, se cresce ininterruptamente a preferência por esse tipo de lâmpada, em cujo interior há mercúrio – substância poluente -, é de se esperar que o descarte adequado do produto pós-consumo seja alvo de total atenção por parte de todos (fabricantes, vendedores, consumidores e Poder Público).
A lâmpada fluorescente, ao ser rompida, libera vapor de mercúrio, antimônio, cádmio, bário, chumbo, cromo, manganês e níquel. Chamados metais pesados, essas substâncias podem contaminar o solo e os lençóis subterrâneos nos lixões e acarretar doenças neurológicas graves ao ser humano.
Conforme a NBR (Norma Brasileira) 10004:2004 da ABN (Associação Brasileira de Normas Técnicas), a lâmpada fluorescente de pós-consumo, devido à existência de metal pesado (mercúrio) em sua composição, é considerada um resíduo perigoso, exigindo uma destinação final adequada que evite a contaminação do meio ambiente e garanta a saúde dos seres humanos. O processo mais adequado para a destinação final é a reciclagem, que recupera 98% da matéria-prima utilizada na fabricação de lâmpadas fluorescentes, possibilitando que estes materiais de pós-consumo sejam reintegrados ao processo produtivo das próprias lâmpadas ou de outros produtos.
Com a reciclagem, são recuperados elementos como o mercúrio, o vidro e o aço. O vidro é utilizado como matéria-prima em indústrias de cerâmicas para produção de pisos vitrificados. O mercúrio é retirado através do método de adsorção e destinado a empresas que recuperam o metal e reaproveitam na produção de lâmpadas, termômetros e bóias de nível utilizadas em reservatórios de água.
Na ausência de um local  adequado para o descarte destas lâmpadas o correto é entregá-las nos locais onde foram adquiridas, para posterior envio às empresas recicladoras ou às empresas fabricantes.
Não devemos nunca jogá-las no lixo e procurar ter o maior cuidado no seu manuseio e uso, especialmente se houver quebra de uma delas, o que libera o mercúrio no ar. Confira a seguir os procedimentos recomendados nessa circunstância:
Não usar equipamento de aspiração para a limpeza;
Logo após o acidente, abrir todas as portas e janelas do ambiente, aumentando a ventilação;
Ausentar-se do local por, no mínimo, 15 minutos;
Após 15 minutos, colete os cacos de vidro e coloque-os em saco plástico. Procure utilizar luvas e avental para evitar contato do material recolhido com a pele;
Com a ajuda de um papel umedecido, colete os pequenos resíduos que ainda restarem;
Coloque o papel dentro de um saco plástico e feche-o;
Coloque todo o material dentro de um segundo saco plástico. Assim que possível lacre o saco plástico evitando a contínua evaporação do mercúrio liberado;
Logo após o procedimento, lave as mãos com água corrente e sabão.

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