sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Remomentaços científica para o cultivo de cacau


O cacaueiro (Theobroma cacao) é a árvore que dá origem ao fruto chamado cacau. É da família Malvaceae e sua origem é América Central e Brasil. Pode atingir até 6 metros de altura, possui duas fases de produção: temporão (março a agosto) e safra (setembro a fevereiro), a propagação é por sementes (seminal/sexuada) e vegetativa (assexuada), planta de clima quente e úmido, o solo ideal é o argilo-arenoso. Por ser uma planta umbrófila, vegeta bem em sub-bosques e matas raleadas sendo, portanto, uma cultura extremamente conservacionista de solos, fauna e flora. Pouco mecanizada, é uma cultura que proporciona um alto grau de geração de emprego. Encontrou no sul da Bahia um dos melhores solos e clima para a sua expansão.

O termo "Cacau", já foi sinônimo de prosperidade "Capital" e Investimento, no Brasil de aproximadamente 1808, quando a Família Imperial Portuguesa, com o reinado de Maria I veio para o Brasil e começou sua exploração científica - industrial da época, para exportação e financiar o chamado "Baluarte Brasileiro, contra Napoleão Bonaparte, até aproximadamente 1930. Nessa data, quando apareceu uma praga chamada de "Vassoura de Bruxa", que descapitalizou à chamada "indústria do Cacau" Brasileira. Muitas pesquisas se fizeram para debelar a tal de "Vassoura", até que a denominada atualmente de "Embrapa"(uma empresa que teve seus primórdios naquela data por iniciativa de Getúlio Vargas, na cidade do Rio de Janeiro apresentou seus resultados positivos, que desenvolvem à Indústria do Chocolate do Brasil com diversas plantações de Cacau modificados através de Enxertias e Fábricas de Chocolates por todo o Brasil. Mas tudo isso tem um preço, segundo os antigos, a chamada "Nobreza Brasileira", antigos proprietários de plantações de antes de 1930, informam que tem saudades daquele tempo, em Ilhéus, um dos principais produtores de antes de 1930. Pois dizem esses "representantes da Nobreza Brasileira" que o Chocolate, a planta, antes da ação da atual Embrapa, tinha um sabor aPimentado. Alguns restaurantes da Bahia e do Brasil, como no Rio Grande do Sul, costumam acrescentar Pimenta aos produtos de Chocolates. É uma tradição antiga e dizem que as primeiras mudas do México tinham esse sabor, APimentado.

O Estado da Bahia é o maior produtor do Brasil, porém sua capacidade produtiva foi reduzida em até 60% com o advento da vassoura-de-bruxa, causada pelo fungo fitopatogênico Crinipellis perniciosa, atualmente Moniliophthora perniciosa. O Brasil, então, passou do patamar de país exportador de cacau para importador, não sendo completamente autossuficiente do produto.


Flores de cacaueiro

Apesar da enfermidade, o cacau ainda se constitui numa grande alternativa econômica para o Sul da Bahia e possui na CEPLAC (Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira) a sua base de pesquisa, educação e extensão rural. Com o apoio do órgão, cultivares clonais mais resistentes ao fungo têm sido introduzidas, porém formas mais severas de controle do patógeno ainda precisam ser descobertas. Esas formas podem vir futuramente com os resultados do Projeto Genoma Vassoura de Bruxa, que visa a estudar o genoma do fungo e elaborar estratégias mais eficientes no seu controle biológico. É uma iniciativa da CEPLAC que conta com o apoio da EMBRAPA e de laboratórios de universidades da Bahia (UFBA, UESC e UEFS) e de São Paulo (UNICAMP).

Cientistas decifram o DNA do cacau crioulo


É do cacau que se faz o chocolate através da moagem das suas amêndoas secas em processo industrial ou caseiro. Outros subprodutos do cacau incluem sua polpa, suco, geleia, destilados finos e sorvete.

Por ser plantado à sombra da floresta, o cacau foi responsável pela preservação de grandes corredores de mata atlântica no sul do Estado da Bahia no Brasil. Este sistema é conhecido como "cacau cabruca", do termo "brocar" (ralear). Recentemente, foi criado o Instituto Cabruca que, junto com outras instituições ambientalistas, vem desenvolvendo projetos de pesquisas e extensão sobre o tema, estudando formas de manter essa vegetação nativa associada ao cacau.

O genoma de uma variedade de cacau chamada crioulo foi decifrado, o que permitirá reforçar a resistência dessa árvore às doenças e melhorar a qualidade do chocolate, segundo um estudo publicado neste domingo pela Nature Genetics.
O cacau crioulo é uma variedade oriunda de Belize que talvez descenda das primeiras árvores plantadas pelos maias há mais de dois mil anos.
"Um dos principais problemas do cacau é que cerca de 30% da produção se perde por causa das doenças causadas por fungos, explica Xavier Argout, um dos autores deste trabalho coordenado pelo Centro de Cooperação Internacional de Pesquisa Agronômica para o Desenvolvimento (CIRAD, sede na França).
O cacau crioulo, que serve para a fabricação do chocolate fino, não representa mais que 5% da produção mundial, mas "cada vez mais pessoas querem ter acesso a esse tipo de cacau", enfatizou o cientista.
Graças ao sequenciamento do genoma, cruzar esta variedade com outras poderá criar variedades mais resistentes, explicou ainda.
O conhecimento de 98% dos genes do crioulo, alguns dos quais interferem na produção de substâncias (terpenoides, flavonoides) que conferem propriedades antioxidantes ou gustativas ao chocolate, também deve permitir melhorar a qualidade de algumas variedades.
A análise do genoma favorecerá o desenvolvimento de marcadores, espécie de etiquetas que permitirão localizar entre as diferentes variedades do cacau aquelas que contêm genes interessantes.
Graças a estes marcadores, a seleção das novas variedades resultantes do cruzamento poderá se acelerar de maneira drástica, sem ter que esperar que a planta tenha crescido para submetê-la a testes, como acontece com uma seleção clássica, que pode prolongar-se por até 20 anos no caso da árvore do cacau, explica Argout.
Em setembro, o departamento de Agricultura americano (USDA), em associação com a fabricante de chocolates Mars, anunciou ter concluído o sequenciamento do genoma da árvore do cacau Matina 1-6, uma espécie comum na Costa Rica.
O CIRAD, associado com cientistas de seis países, anunciou nesse mesmo dia ter sequenciado o genoma do crioulo, em colaboração com o grupo americano Hershey e o fabricante de chocolate francês Valrhona.
Por outro lado, a Nature Genetics apresenta os resultados do deciframento do genoma do morango silvestre Fragaria basca, o que deve permitir identificar os genes que conferem resistência às doenças e melhorar a qualidade das frutas.


Metodo de Cultivo.




Ø  ANÁLISE FOLIAR
Ø  ANÁLISE RADICULAR
Ø  ANÁLISE QUÍMICA DO SOLO
Ø  ANÁLISE DO CRESCIMENTOS
Ø  ADUBAÇÃO ADEQUADA
Ø  PERÍODO DE CRESCIMENTO
Ø  ANÁLISE ANATÔMICA
Ø  ANALISE DO JARDIM CLONAL
Ø  CONTROLE DE PRAGA ANÁLISE DAS INSETICIDAS

CULTIVO E BENEFICIAMENTO DO CACAU
ESTABELECIMENTO DA CULTURA DO CACAU
CACAU
FORMAÇÃO DE MUDAS NO PLANTIO DIRETO
SOMBREAMENTO
MANEJO DO CACAUAL
MANEJO - GENÉTICA
BENEFICIAMENTO DE CACAU
DERIVADOS DO CACAU
PRAGAS E DOENÇAS DO CACAUEIRO

Fontes
http://www.jb.com.br/ciencia-e-tecnologia/noticias/2010/12/26/cientistas-decifram-o-dna-do-cacau-crioulo/
     http://www.uesc.br/cursos/pos_graduacao/especializacao/biologia_florestas/reginatesefinal.pdf
    http://www.scielo.br/pdf/aesalq/v41n1/11.pdf
    http://www.ceplac.gov.br/album/menu3.htm
    http://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Zoológicos dos EUA investem na reprodução de animais ameaçados

Iniciativas chegam a receber investimentos de até US$ 350 mil ao ano.
Apesar do gasto, 83% das espécies não atingem metas de reprodução.


Após farejarem cuidadosamente a grama, três guepardos do centro de reprodução de animais de Front Royal, na Virgínia, nos Estados Unidos, começaram a correr em círculos frenética e repentinamente. Era um sinal de que uma guepardo fêmea, que costuma ficar no pátio, estava no cio. Em seguida, um dos machos soltou um rugido baixo –um sinal de um estado ainda maior de excitação. Os outros machos ficaram de lado.
Para maximizar as chances de um acasalamento bem-sucedido, os cientistas aprenderam a separar os guepardos por gênero, até mesmo os impedindo de verem um ao outro antes de acasalarem. Descobriu-se que a familiaridade também pode desestimular os guepardos.
Finalmente, chegou a hora de trazer a fêmea. Ela parecia incomodada com a avidez do macho e não assumiu uma posição de acasalamento. O encontrou fracassou.
Com o aumento das extinções e a destruição de habitats, os zoológicos estão tentando fazer com que 160 espécies ameaçadas se reproduzam em cativeiro. Contudo, embora o acasalamento na natureza pareça algo básico, que ocorre sem esforço, em cativeiro o processo é bem diferente.
Nos zoológicos norte-americanos, 83% dessas espécies não estão atingindo as metas estabelecidas para a manutenção de sua diversidade genética, informa a Associação dos Zoológicos e Aquários dos Estados Unidos. No caso dos guepardos, menos de 20% dos que habitam os zoológicos norte-americanos conseguiram se reproduzir.
Um guepardo com cinco anos de idade que vive no Instituto Smithsonian em Front Royal, nos Estados Unidos. (Foto: Luke Sharrett/The New York Times)Um guepardo com cinco anos de idade que vive no Instituto Smithsonian em Front Royal, nos Estados Unidos. (Foto: Luke Sharrett/The New York Times)
Os zoológicos precisam descobrir como acasalar guepardos em cativeiro e muitos outros animais dando segurança às populações, antes que a situação deles na natureza se torne insustentável, disse Jack Grisham, que coordena o plano de reprodução de guepardos da associação há 20 anos. Mas a taxa decepcionante de sucesso leva alguns conservacionistas do setor a questionar se os zoológicos deveriam estar no ramo de reprodução. Muitos dizem que prefeririam ver o dinheiro ser redirecionado para a preservação dos habitats e espécies selvagens.
"Eu ficaria mais feliz com a reprodução em cativeiro se achasse que ela ajuda os guepardos selvagens", disse Luke Hunter, presidente da Panthera, um grupo sem fins lucrativos que trabalha em esforços globais de conservação de grandes felinos que vivem em meio natural, incluindo os guepardos. "Quando não ameaçados, eles se reproduzem como coelhos em meio natural. Eles não precisam de uma reprodução assistida superdispendiosa –precisam apenas de um espaço onde perambular."
Gastos de US$ 350 mil para reprodução de guepardos
Todo ano, o Zoológico Nacional do Instituto Smithsonian, de Washington, gasta cerca de US$ 350 mil na reprodução de guepardos em seu espaço em Front Royal, que abriga 18 outras espécies. Essa verba sustenta a coleta de dados e a logística da reprodução de animais a longa distância, entre outras despesas. Existem programas semelhantes de procriação de guepardos em outros quatro centros nacionais dirigidos por zoológicos.
Contudo, apesar de duas décadas de esforços contínuos, a população cativa de guepardos da América do Norte – 281 animais – gera em média apenas 15 filhotes por ano, exatamente a metade do que seus tratadores estimam ser necessário para manter um nível saudável de reposição.
Para os guepardos, é muito mais complicado procriar do que, por exemplo, para os seus primos entre os felinos grandes, os leões e tigres, que se reproduzem com facilidade. Porém, não se reproduzem de modo tão complicado quanto os pandas, que desde 2010 não produzem um filhote em cativeiro nos Estados Unidos.
Apesar de não estar ameaçada de modo crítico, a população mundial de guepardos despencou. Na virada do século XX, aproximadamente 100 mil guepardos perambulavam da África ao Mediterrâneo e à Índia, segundo o Instituto Smithsonian. Hoje, representantes da Panthera e da associação de zoológicos estimam que restam entre 7 e 10 mil animais da espécie em meio natural, em consequência da perda de habitat, caça ilegal e conflitos com fazendeiros.
A Panthera promove programas comprovados que ajudam os guepardos a sobreviverem ao lado das pessoas. O grupo orienta pequenos criadores de animais sobre como prevenir que os felinos devorem seus animais e até mesmo doa cães de guarda treinados para o trabalho. Porém, segundo Grisham, independentemente da agressividade com que os grupos de conservação lutem para preservar as populações selvagens, as pressões são tamanhas que os animais dos zoológicos talvez sirvam algum dia como um banco genético seguro.
Os cientistas tentam a reprodução em cativeiro desta espécie para evitar sua extinção. (Foto: Luke Sharrett/The New York Times)Os cientistas tentam a reprodução em cativeiro desta espécie para evitar sua extinção. (Foto: Luke Sharrett/The New York Times)
"Noé se equivocou totalmente"
Os programas de procriação não buscam apenas preservar as espécies, mas também garantir que os zoológicos continuem a se desenvolver. Até os anos 70, os zoológicos eram autorizados a capturar os animais que queriam exibir. Porém, a crescente conscientização da vulnerabilidade de muitas espécies motivou a elaboração de tratados. E a Lei das Espécies Ameaçadas, de 1973, restringe a importação de animais ameaçados, mesmo que para zoológicos.
Assim, os zoológicos começaram a desenvolver programas coordenados de procriação para espécies ameaçadas. Em 2000, a associação abriu um Centro de Gestão Populacional dirigido pelo zoológico Lincoln Park de Chicago, com vistas à realização de análises genéticas e demográficas detalhadas da procriação dos animais, ameaçados ou não, em 235 zoológicos. Membros da equipe da associação elaboram recomendações sobre as melhores formas de viabilizar a procriação de cada uma dessas populações.
Em uma população em cativeiro, assim como nos zoológicos, a prioridade reside nos níveis elevados de diversidade genética, o que busca manter a adaptabilidade das espécies e prevenir a endogamia. O resultado é uma espécie de seleção natural reversa, de modo que os animais com a taxa mais baixa de sucesso passem ao topo da lista de prioridade por conta da raridade de seus genes.
Sarah Long, diretora do Centro de Gestão Populacional, de Chicago, disse que os zoológicos começaram com muito poucos animais de cada espécie, e muitos não contam com uma variação genética suficiente para assegurar a sua sobrevivência em cativeiro por longo prazo. A população fundadora média para as espécies nos zoológicos americanos era de aproximadamente 15 animais. Hoje, 20 é o número mínimo considerado hoje pelos zoológicos para os mamíferos maiores.
"Noé se equivocou totalmente", disse Long. "Um, dois ou mesmo uma dúzia de animais de cada espécie não é um número suficiente." A associação dirige cerca de 600 programas cooperativos de procriação, mas até o momento criou apenas planos formais de procriação para 357 espécies. A União Internacional para Conservação da Natureza considera que apenas cerca de 55% das espécies às quais são dedicados planos específicos estão em risco na natureza, entre elas os gorilas-das-planícies-do-oeste e o órix-cimitarra.
Ainda assim, 40% dessas 357 espécies sob gestão populacional estão diminuindo – por alguns motivos conhecidos e, em outros casos, desconhecidos. O número de ursos andinos está encolhendo porque os zoológicos passaram a investir menos na reprodução anos atrás e a população se tornou velha demais para procriar. Acredita-se que o cob-do-Nilo, um antílope, esteja sofrendo em cativeiro porque os zoológicos estão alocando menos espaço para essa espécie rara.
Um filhote de guepardo com dois meses de idade que nasceu no Instituto Smithsonian. (Foto: Luke Sharrett/The New York Times)Um filhote de guepardo com dois meses de idade que nasceu no Instituto Smithsonian. (Foto: Luke Sharrett/The New York Times)
Simulando o meio natural
Poucos felinos grandes vivem tão perto dos seres humanos quanto os guepardos. Acredita-se que eles começaram a ser mantidos como animais de estimação pela realeza em 3000 a.C. Os pesquisadores, porém, ainda estão tentando compreender a dinâmica do acasalamento da espécie, disse Adrienne Crosier, diretora do programa de procriação de guepardos do Zoológico Nacional do Instituto Smithsonian.
Durante décadas, os zoológicos costumavam encher casas temáticas com todos os tipos de felinos grandes e tratá-los de modo semelhante. Porém, seus padrões de acasalamento podem ser radicalmente diferentes. Por exemplo, os leopardos-nebulosos, uma espécie bastante ameaçada que possui manchas menos definidas, acasalam durante a juventude. Se levados ao cativeiro já quando são adultos maduros, ficam extremamente estressados, e o macho pode vir a matar a fêmea. Esses ataques ocorreram várias vezes, até os pesquisadores perceberam qual era o problema.
Os guepardos, por sua vez, não vivem em pares. Mas os cuidadores de zoológico entenderam isso apenas nos anos 1990. Mais recentemente, os pesquisadores descobriram que as guepardos fêmeas férteis que não têm laços biológicos ou que não foram criadas juntas não devem ser mantidas juntas, porque a fêmea não dominante sofre tamanho estresse que deixa de entrar no cio.
Para driblar esses problemas com os guepardos e outros animais, os zoológicos estão dando ênfase aos centros de conservação, que se parecem menos com zoológicos e mais com fazendas ou parques de safári. O centro de preservação animal de Front Royal possui espaço suficiente para dar conta das idiossincrasias dos animais e simular o meio natural.
Genes ótimos
Os cinco centros que procriam guepardos agora contam com um número desproporcional de vitórias, incluindo um caso incomum, ocorrido aqui em 2010. Apesar de muitas tentativas, uma guepardo fêmea de 5 anos não conseguiu procriar durante dois anos. Restavam a ela apenas poucos anos de idade fértil, de modo que um novo macho foi trazido da Flórida, a 1.450 quilômetros de distância.
Deu certo. Nascido como filhote único, o guepardo, chamado Nick, foi tirado dos cuidados da mãe por conta de outra descoberta de pesquisa: dentre os grandes felinos, apenas o guepardo não produz leite suficiente para seu bebê se houver apenas um filhote sendo amamentado. Prevendo essa possibilidade, Crosier programou outra gravidez de guepardo para coincidir com a da mãe de Nick.
Enquanto o centro aguardava o outro nascimento, Nick foi alimentado com mamadeira coberta com pele de guepardo, para que não se acostumasse demais com os humanos. Quando o nascimento seguinte – de outro filhote único – ocorreu, os funcionários aguardaram até que a nova mãe se afastasse para comer e então colocaram Nick junto com o novo bebê, esfregando palha nele, para que absorvesse o cheiro do local onde dormiria.
Quando a mãe voltou, os funcionários prenderam a respiração: ela poderia ter matado o filhote facilmente, apenas com um golpe de suas garras. Em vez disso, ela o adotou e cuidou dos dois filhotes. Foi o sexto caso de um transplante assim a acontecer na história dos zoológicos americanos. Poucos meses depois, aos 18 meses, Nick foi separado de sua família adotiva. Crosier espera que ele procrie em breve. "Ele tem ótimos genes", disse ela, com orgulho.




EUA defendem plano ambiental global para reduzir poluição do ar

Americanos querem diminuir fuligem e evitar impacto da mudança climática.
Ação ambiental liderada pelo país conta com outros 19 governos.


A redução da fuligem e de outros poluentes do ar pode ajudar a "ganhar tempo" na luta contra a mudança climática, disse uma autoridade norte-americana nesta terça-feira (24), enquanto sete países se uniram a um plano ambiental liderado por Washington.
A poluição atmosférica, proveniente de fontes que vão dos fogões a lenha da África aos carros na Europa pode ser responsável por até 6 milhões de mortes por ano no mundo e ainda contribui para o aquecimento global, afirmou o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma).
Sete países (Grã-Bretanha, Dinamarca, Finlândia, França, Alemanha, Itália e Jordânia) uniram-se formalmente à Iniciativa para o Clima e o Ar Limpo, liderada pelos EUA, elevando o total de membros para cerca de 20 desde que o plano foi lançado, em fevereiro.
"Se formos capazes de fazer isso, poderíamos de fato ganhar tempo no contexto do problema global de combater a mudança climática", disse em Paris o enviado especial adjunto dos EUA para mudança climática, Jonathan Pershing, em um briefing à imprensa por telefone.
Pershing afirmou que é preciso "desesperadamente" de tempo para desacelerar o aquecimento global. Diferentemente de outros países desenvolvidos, os EUA não aprovaram leis para cortar as emissões de gases de efeito estufa, apesar dos cortes propostos pelo presidente Barack Obama.

EUA tenta atrair mais países para plano
Pershing disse que o governo dos EUA está tentando atrair mais países para o projeto sobre poluição atmosférica, incluindo a China e a Índia, que estão respectivamente na posição um e três no ranking de emissões de gases de efeito estufa. Os Estados Unidos estão em segundo lugar.
O plano liderado pelos EUA em Paris concentra-se em impor limites à fuligem, ao metano, ao ozônio no nível do solo e aos gases HFC. A fuligem, por exemplo, é capaz de acelerar o derretimento do gelo do Ártico quando cai como um pó escuro que absorve mais calor e derrete o gelo.
Em contraste, os planos da Organização das Nações Unidas (ONU) para combater a mudança climática concentram-se principalmente no dióxido de carbono, principal gás de efeito estufa liberado pela queima de combustíveis fósseis, aos quais se atribui um aumento na ocorrência de estiagens, inundações, incêndios florestais e a elevação do nível dos oceanos.

Aquecimento global atrapalha hibernação

 

Juliana Ravelli
Do Diário do Grande ABC



Reprodução O aquecimento global tem interferido na hibernação dos animais. Por causa do aumento da temperatura, despertam mais cedo. Isso aconteceu com os ursos na Romênia (país europeu), em 2007. Os mamíferos que acordaram antes do tempo ficaram mais agressivos. Foram registrados, inclusive, ataques a humanos na região.
Além disso, grande parte das espécies que habita áreas polares pode sumir em poucos anos por causa das mudanças climáticas. Entre as mais ameaçadas estão os ursos-polares.
Os bichos costumam comer focas, que são capturadas quando aparecem em buracos no meio do gelo para respirar. Acontece que, por causa do degelo, as aberturas estão maiores, impedindo o grande mamífero de caçar a presa. Assim, muitos estão morrendo de fome. A reprodução também é afetada pelo problema.
Estudiosos acreditam que até 2050 aproximadamente dois terços da população de ursos-polares vão desaparecer. Se nada for feito, não restará nenhum na natureza até o fim do século 21.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Serigueira em Ituberá



A seringueira, cujo nome científico é Hevea brasiliensis, é uma árvore de porte ereto, podendo atingir 30m de altura total sob condições favoráveis, iniciando aos 4 anos a produção de sementes, e aos 6 -7 anos (quando propagada por enxertia) a produção de látex (borracha) (IAPAR,2004).
Seu tronco varia entre 30-60cm de diâmetro. A casca é o principal componente do tronco, responsável pela produção de látex, transporte e armazenamento de assimilados produzidos na folha. Além dos vasos laticíferos, acham-se na casca, próximo ao câmbio, os tubos crivados, as células parenquimatosas e os raios medulares.
SEM LEGENDAO desenvolvimento das raízes da seringueira está diretamente relacionado às condições físicas ideais do solo, como boa aeração, drenagem e retenção de umidade adequada, permitindo maior exploração do sistema radicular da planta por volume de solo.
Possui folhas compostas trifoliadas, longamente pecioladas, com folíolos membranáceos e glabros.
A espécie pertence ao grupo das Dicotiledôneas, sendo monóica. As flores são unissexuadas, pequenas, amarelas e dispostas em racimo. O fruto é uma cápsula grande, que geralmente apresenta três sementes. Estas são geralmente grandes e pesam, em média, de 3,5 a 6,0g de forma oval com a superfície neutral ligeiramente achatada. O tegumento é duro e brilhante, de cor marrom, com numerosas matizes sobre a superfície dorsal.
A seringueira (Hevea brasiliensis) é atualmente a principal fonte da borracha natural no mundo. A borracha dessa árvore foi descoberta em meados do século XVIII.
O Brasil tornou-se o maior produtor mundial da borracha natural e passou a abastecer o comércio internacional de 1879 a 1912. Isso trouxe riqueza e desenvolvimento para cidades como Manaus, Belém e Rio Branco, na época e ainda foi responsável pela colonização do Acre, então território da Bolívia, que mais tarde foi anexado ao Brasil (LEÃO, 2000).
Entretanto, a partir de 1912, as exportações brasileiras foram substituídas continuamente, até serem paralisadas no final dos anos 40 (PEREIRA, 2000).
O fim do ciclo da borracha iniciou em 1876 quando Henry Wickham levou para Inglaterra 70 mil mudas de seringueira onde apresentaram notável desenvolvimento. Neste mesmo período, 2.000 mudas foram levadas para Malásia onde também conseguiram se desenvolver. Em 1913, as seringueiras malaias superavam a produção do Brasil: 47.000 toneladas contra 37.000 mil toneladas (LEÃO, 2000).
Os fatores que contribuíram para o sucesso da produção da borracha natural na Ásia foi o fato de a seringueira ser cultivada de forma comercial naqueles países, além da inexistência do fungo causador do mal-das-folhas, doença mais comum dos seringais, principalmente da Amazônia. No Brasil, isto ocorreu diferentemente, onde o sistema de produção era extrativista e o investimento em pesquisa agrícola não era tão grande quando comparado com o do Ásia. Assim, desde 1912, os países asiáticos passaram a dominar o mercado mundial (BORRACHA NATURAL, 2006).
Mas, foram feitas algumas tentativas no Brasil objetivando aumentar a produção nacional da borracha natural.
A partir da década de 60 foram elaborados no país planos ambiciosos para expandir a produção da borracha natural via cultivo da seringueira. Nos anos 70 e 80, o país investiu mais de US$ 1,0 bilhão para viabilizar a cultura na Amazônia (PEREIRA, 2000).
Todavia, apenas os seringais formados fora da região Amazônica tornaram-se viáveis e fizeram crescer a produção nacional da borracha natural. De 1971 a 2004, a produção nacional de borracha natural aumentou 400% (Figura 1), mas ainda é pequena quando comparada com a dos países asiáticos.
A cultura da seringueira na Amazônia não obteve sucesso devido ao efeito devastador do fungo Microcylus ulei, causador do mal-das-folhas (PEREIRA, 2000).
Pragas e Doenças
Entre as doenças que ocorrem na espécie, o “mal-das-folhas” é uma das mais conhecidas. É causada pelo fungo Microcylus ulei e é o principal fator limitante à expansão da heiveicultura no Brasil, principalmente na região Norte do país. O dano maior é a queda prematura de folhas, podendo levar as plantas à morte. O controle pode ser realizado utilizando clones resistentes, área de escapes ou fungicidas.
Podemos destacar também as doenças provocadas pelo fungo Phytophthora spp. Nos últimos anos, este tem causado danos superiores ao mal-das-folhas, atacando folhas, frutos e hastes. Os sintomas são: requeima, queda anormal das folhas, podridão dos frutos, cancro estriado do painel e cancro do tronco. Ocorre somente no Brasil e tem maior importância no sudeste da Bahia.
O controle pode ser feito utilizando fungicidas, área de escape, limpeza e queima de ramos e galhos infectados da porção mais baixa da copa. Além da requeima e queda anormal das folhas, o fungo é responsável pelo cancro-estriado (cancro-do-painel) e o cancro-do-tronco. O sintoma do cancro-estriado é a interrupção das sangrias durante o período chuvoso, prejudicando a produção.
O cancro-do-tronco pode danificar as plantas com a formação de sintomas de cancro típico ou anelar, levando as árvores à morte.
Ainda há a mancha areolada causada pelo fungo Thanatephorus cucumeris, a antracnose pelo Colltotrichum gloeosporioides, que se manifesta em folhas imaturas, ramos, frutos e no painel, a Podridão Vermelha pelo Ganoderma philipii a Podridão Parda pelo Rigidoporus lignosus e a Podridão Branca pelo Phellinus noxius.
Quanto às pragas que atacam o seringal, há os ácaros, besouros desfolhadores, mandarovás, formigas, moscas brancas, cochonilhas, percevejos-de-renda e cupins.
Aproximadamente 60 espécies de ácaros de diferentes famílias têm sido relatadas no Brasil em seringueira. Dentre as espécies de ácaros fitófagos encontradas em seringueira, duas são consideradas pragas sérias nas regiões Centro-Oeste e Sudeste do Brasil: Calacarus heveae Feres (Eriophyidae), que têm causado severo desfolhamento das plantas e conseqüente queda da produtividade do látex (Vieira & Gomes 1999, Feres 2000) Tenuipalpus heveae Baker (Tenuipalpidae), que causa bronzeamento e queda prematura das folhas, o que parece determinar redução significativa da produção de látex (Pontier et al. 2001) (BELLINI et al., 2005).
O ácaro “Calacarus heveae” é uma espécie pertencente a um grupo de ácaros muito pequenos (0,1 a 0,3 mm de comprimento), com o corpo vermiforme semelhante a uma pequena vírgula e apenas dois pares de pernas, apresentando coloração marrom-acinzentada. Como conseqüência de seu ataque às folhas perdem o brilho e apresentam um amarelamentoprogressivo de sua superfície intercalado com áreas verdes normais formando desenhos característicos. Esses sintomas desenvolvem-se a partir da região inferior da copa, ascendendo progressivamente. As folhas atingidas acabam caindo, resultando em diferentes níveis de desfolha das plantas.
Aspectos de Plantio
Cultivares: clones de alto rendimento. Recomenda-se para o litoral clones tolerantes ao mal-das-folhas.
Clima e solo: solos com permeabilidade e profundidade adequadas e pH entre 3,8 e 6,0 (ótimo: 4,0 a 5,5). Evitar regiões frias e baixadas sujeitas a geadas.
Época de plantio: mais favorável no início da estação das águas.
Tipos de mudas: mudas formadas no próprio saco plástico ou toco parafinado transplantado para o saco plástico com um ou dois lançamentos maduros.
Viveiro de seringueira
Espaçamento: 7 a 8 m, entre as linhas de plantio e 2,5 a 3,0 m entre as plantas na linha.
Mudas necessárias: ideal 500 plantas por hectare.
Plantio: covas nas dimensões de 0,4 x 0,4 x 0,5 m com uso da cavadeira ou em sulcos. Plantio em nível.
Controle da erosão: plantar em nível mantendo o solo vegetado no período das chuvas.
Calagem e adubação: segundo a análise de solo, aplicar calcário para elevar a saturação por bases a 50%, usando preferivelmente calcário dolomítico, até a dose de 2 t/ha. A adubação de plantio, por cova, corresponde a 30 g de P2O5 e 30 g de K2O e 20 a 30 litros de esterco de curral bem curtido, quando disponível para solos deficientes, acrescentar 5 g de zinco. Cerca de um mês após o plantio, aplicar 30 g de N por planta, em cobertura, repetindo essa aplicação mais duas vezes durante o decorrer do 1.° ano. A adubação de formação e exploração corresponde a 80 g/planta de N, 40 a 80 g/planta de P2O5 e 40 a 80 g/planta de K2O, durante o 2.° e 3.° ano do 4.° ao 6.° ano aplicar 120 g/planta de N, 60 a 120 g/planta de P2O5 e 60 a 120 g/planta de K2O do 7.° ao 15.°, aplicar 120 g/planta de N, 60 a 100 g/planta de P2O5 e 60 a 120 g/planta de K2O e do 16.° ao 25.° ano, aplicar 100 g/planta de N, 40 a 80 g/planta de P2O5 e 60 a 100 g/planta de K2O. Parcelar a aplicação de fertilizantes, em duas vezes a primeira no início e a segunda no final da estação das águas.
Outros tratos culturais: na formação - controlar plantas daninhas com herbicidas específicos ou capinas manuais desbrotar para livrar o tronco até 2m fazer formação de copa com anelamento da haste, quando necessário. Adulto - controle do mato com capinas ou herbicidas nas fileiras roçar as entrelinhas.
Culturas intercalares: indicado até o terceiro ou quarto ano de formação culturas anuais recomendadas - feijão, soja, milho etc e perenes - palmito, café, cacau, etc. Tomar o cuidado de respeitar uma faixa de pelo menos um metro de cada lado da linha de seringueira, para evitar competição por nutrientes.
Controle de doenças: no litoral, clones tolerantes ao mal-das-folhas (Mycrocyclus ulei), doença que não é problema no planalto. Em viveiros irrigados, em determinadas épocas do ano, usar benomyl, triadimefom, enbuconazole methyl, propiconazole, mancozeb e chlorotalonil. Antracnose ocorre em folíolos jovens e painel de sangria. Folíolos: fungicidas cúpricos e chlorotalonil. Painel: fungicidas à base de chlorotalonil, propiconazole e mancozeb. Oídio (Oidium heveae): enxofre.
Colheita: o látex é colhido o ano todo com sangrias a cada três, quatro, cinco ou até sete dias. Sugere-se o uso de estimulantes após visitação técnica.
Colheita do Látex
Produtividade normal: varia com o clone e a idade de sangria. Entretanto, a produtividade média de borracha seca nos seringais no Estado gira em torno de 1.000 kg/ha ao ano.

FONTE
http://www.ceplac.gov.br/paginas/jornaldocacau/jornaldocacau04.pdf

Alteração do Código Florestal

Altera a redação da Lei nº 4.771, de 15 de setembro de 1965, e revoga as Leis nºs 6.535, de 15 de junho de 1978, e 7.511, de 7 de julho de 1986.Citado por 538
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA , faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º A Lei nº 4.771, de 15 de setembro de 1965, passa a vigorar com as seguintes alterações:Citado por 3
I - o art. 2º passa a ter a seguinte redação:
" Art. 2º .....................................
a) ao longo dos rios ou de qualquer curso d'água desde o seu nível mais alto em faixa marginal cuja largura mínima seja:
1) de 30 (trinta) metros para os cursos d'água de menos de 10 (dez) metros de largura;
2) de 50 (cinqüenta) metros para os cursos d'água que tenham de 10 (dez) a 50 (cinqüenta) metros de largura;
3) de 100 (cem) metros para os cursos d'água que tenham de 50 (cinqüenta) a 200 (duzentos) metros de largura;
4) de 200 (duzentos) metros para os cursos d'água que tenham de 200 (duzentos) a 600 (seiscentos) metros de largura;
5) de 500 (quinhentos) metros para os cursos d'água que tenham largura superior a 600 (seiscentos) metros;
.............................................
c) nas nascentes, ainda que intermitentes e nos chamados "olhos d'água", qualquer que seja a sua situação topográfica, num raio mínimo de 50 (cinqüenta) metros de largura;
g) nas bordas dos tabuleiros ou chapadas, a partir da linha de ruptura do relevo, em faixa nunca inferior a 100 (cem) metros em projeções horizontais;
h) em altitude superior a 1.800 (mil e oitocentos) metros, qualquer que seja a vegetação.
Parágrafo único. No caso de áreas urbanas, assim entendidas as compreendidas nos perímetros urbanos definidos por lei municipal, e nas regiões metropolitanas e aglomerações urbanas, em todo o território abrangido, observar-se-á o disposto nos respectivos planos diretores e leis de uso do solo, respeitados os princípios e limites a que se refere este artigo."
II - o art. 16 passa a vigorar acrescido de dois parágrafos, numerados como § 2º e 3º, na forma seguinte:
"Art. 16 ................................
.........................................
§ 1º Nas propriedades rurais, compreendidas na alínea a deste artigo, com área entre 20 (vinte) a 50 (cinqüenta) hectares, computar-se-ão, para efeito de fixação do limite percentual, além da cobertura florestal de qualquer natureza, os maciços de porte arbóreo, sejam frutíferos, ornamentais ou industriais.
§ 2º A reserva legal, assim entendida a área de, no mínimo, 20% (vinte por cento) de cada propriedade, onde não é permitido o corte raso, deverá ser averbada à margem da inscrição de matrícula do imóvel, no registro de imóveis competente, sendo vedada, a alteração de sua destinação, nos casos de transmissão, a qualquer título, ou de desmembramento da área.
§ 3º Aplica-se às áreas de cerrado a reserva legal de 20% (vinte por cento) para todos os efeitos legais."
III - o art. 19 passa a vigorar acrescido de um parágrafo único, com a seguinte redação:
"Art. 19. A exploração de florestas e de formações sucessoras, tanto de domínio público como de domínio privado, dependerá de aprovação prévia do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA, bem como da adoção de técnicas de condução, exploração, reposição florestal e manejo compatíveis com os variados ecossistemas que a cobertura arbórea forme.
Parágrafo único. No caso de reposição florestal, deverão ser priorizados projetos que contemplem a utilização de espécies nativas."
IV - o art. 22 passa a ter a seguinte redação:
"Art. 22. A União, diretamente, através do órgão executivo específico, ou em convênio com os Estados e Municípios, fiscalizará a aplicação das normas deste Código, podendo, para tanto, criar os serviços indispensáveis.
Parágrafo único. Nas áreas urbanas, a que se refere o parágrafo único do art. 2º. desta Lei, a fiscalização é da competência dos municípios, atuando a União supletivamente."
V - o art. 44 fica acrescido do seguinte parágrafo único:
"Art. 44 ......................................
Parágrafo único. A reserva legal, assim entendida a área de, no mínimo, 50% (cinqüenta por cento), de cada propriedade, onde não é permitido o corte raso, deverá ser averbada à margem da inscrição da matrícula do imóvel no registro de imóveis competente, sendo vedada a alteração de sua destinação, nos casos de transmissão, a qualquer título, ou de desmembramento da área."
VI - ficam-lhe acrescidos dois artigos, numerados como arts. 45 e 46, renumerando-se os atuais arts. 45, 46, 47 e 48 para 47, 48, 49 e 50, respectivamente:
"Art. 45. Ficam obrigados ao registro no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA os estabelecimentos comerciais responsáveis pela comercialização de moto-serras, bem como aqueles que adquirirem este equipamento.
§ 1º. A licença para o porte e uso de moto-serras será renovada a cada 2 (dois) anos perante o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA.
§ 2º. Os fabricantes de moto-serras ficam obrigados, a partir de 180 (cento e oitenta) dias da publicação desta Lei, a imprimir, em local visível deste equipamento, numeração cuja seqüência será encaminhada ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA e constará das correspondentes notas fiscais.
§ 3º. A comercialização ou utilização de moto-serras sem a licença a que se refere este artigo constitui crime contra o meio ambiente, sujeito à pena de detenção de 1 (um) a 3 (três) meses e multa de 1 (um) a 10 (dez) salários mínimos de referência e a apreensão da moto-serra, sem prejuízo da responsabilidade pela reparação dos danos causados.
Art. 46. No caso de florestas plantadas, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA zelará para que seja preservada, em cada município, área destinada à produção de alimentos básicos e pastagens, visando ao abastecimento local."
Art. 2º. O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de 90 (noventa) dias, contados de sua publicação.Citado por 19
Art. 3º. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 4º. Revogam-se as Leis n.ºs 6.535, de 15 de junho de 1978, e 7.511, de 7 de julho de 1986, e demais disposições em contrário.Citado por 2
Brasília, 18 de julho de 1989; 168º. da Independência e 101º. da República.
JOSÉ SARNEY
João Alves Filho
Rubens Bayma Denys
Este texto não substitui o publicado no D.O.U. de 20.7.1989