sábado, 6 de setembro de 2014

Sistema DETER

O DETER é um levantamento rápido feito mensalmente pelo INPE desde maio de 2004, com dados do sensor MODIS do satélite Terra/Aqua e do Sensor WFI do satélite CBERS, de resolução espacial de 250 m. O DETER foi desenvolvido como um sistema de alerta para suporte à fiscalização e controle de desmatamento. Por esta razão o DETER mapeia tanto áreas de corte raso quanto áreas em processo de desmatamento por degradação florestal.

No caso de corte raso os órgãos de fiscalização podem fazer a responsabilização para ações ilegais e no caso das áreas de degradação progressiva, além da responsabilização, a federação e os estados podem atuar para reverter o processo, quando possível. Com este sistema, é possível detectar apenas desmatamentos com área maior que 25 ha. Devido à cobertura de nuvens nem todos os desmatamentos são identificados pelo DETER.

O DETER apresenta seus dados por estratificados por município, estado, base operativa do Ibama e unidades de conservação, buscando facilitar e agilizar as operações de fiscalização por quem de direito.

O sistema DETER captura apenas parte dos desmatamentos ocorridos, devido à menor resolução das imagens/sensores utilizadas e as restrições de cobertura de nuvens.

Desmatamento não é um evento, mas um processo. A conversão de floresta primária até o estágio de corte raso pode levar de alguns meses até vários anos para ser concluída. Os dados do DETER podem incluir áreas cortadas em períodos anteriores ao do mês de mapeamento ou em processo de desmatamento progressivo, mas cuja detecção não fora possível por limitações de cobertura de nuvens. É preciso distinguir entre o tempo de ocorrência e a oportunidade de detecção do desmatamento, que é quando a fração de exposição de solo permite a sua interpretação e mapeamento.

INPE enfatiza que o DETER é um sistema expedito de alerta desenvolvido metodologicamente para suporte à fiscalização. A informação sobre áreas é para priorização por parte das entidades responsáveis pela fiscalização. O DETER pode ser usado apenas como indicador de tendências do desmatamento anual.

A liberação dos dados ao público segue cronograma mensal no periodo de maio a outubro, quando há grande disponibilidade de imagens sem nuvens na região amazônica, e bimestral no periodo novembro a abril, meses que tradicionalmente apresentam sérias limitações de observação devido as condições meteorológicas.

Os sistemas PRODES e DETER estão inseridos como ações do MCT no Grupo Permanente de Trabalho Interministerial para a redução dos índices de desmatamento da Amazônia legal, criado por decreto presidencial de 3 de Julho de 2005. O GTPI é parte do Plano de Ação para a Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia legal, lançado em 15 de março de 2004. 


Avaliações mensais ou bimestrais do DETER:


Desde maio 2008 o INPE submete os dados do DETER a um processo de validação e qualificação. A qualificação dos dados do DETER tem como objetivo caracterizar os dados quanto ao processo de desmatamento em que a área esta sendo submetida. Para a qualificação, faz-se uso de imagens provenientes de sensores a bordo dos satélites Landsat 5/TM ou IRS/P6 adquiridas em período equivalente ao das Imagens Modis, com resolução espacial mais fina (aprox 30 m).


A qualificação do DETER é amostral, ou seja, apenas uma parte dos Alertas é avaliada. O tamanho da área amostrada e sua representatividade variam a cada mês de acordo com as condições atmosféricas e a disponibilidade de imagens de média resolução. No período seco, em geral, a área amostrada é maior do que no período chuvoso, quando grande parte da região permanece sob nuvens. Desta forma, a qualificação dos Alertas não pode ser vista como um mapeamento mais detalhado do DETER, pois não é possível assegurar uma área mínima a ser amostrada mês a mês.


Na qualificação dos desmatamentos, os Alertas são sobrepostos às imagens de resolução espacial mais fina e então são classificados como Corte Raso ou Degradação Florestal de Intensidade Leve, Alta ou Moderada. Nessa avaliação os Alertas não confirmados como desmatamento (falsos positivos) também são contabilizados.
Veja também:


Metodologia DETER (versão 2.0 - 09/julho/2008). Arquivo pdf (1 Mb).

Relatório técnico científico contendo avaliação detalhada do DETER 2006/2007, produzido pelo INPE em abril/2008. Arquivo pdf (18 Mb) .

Avaliação do INPE sobre o relatório da emitido pela SEMA/MT em março/2008. Arquivo pdf (120 Mb).

Relatório de avaliação do DETER, PRODES, DEGRAD e QUEIMADAS para 2008. Arquivo pdf (4 Mb).

Contato, dúvidas, sugestões: prodes@dpi.inpe.br

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