sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Projeto Agroecológico: um outro olhar para a sustentabilidade

Produzir de forma socialmente justa, economicamente duradoura e ecologicamente sustentável é o lema da Agroecologia. Para isso os técnicos e agricultores familiares do MPA – Movimento dos Pequenos Agricultores e COOPASUB – Cooperativa Mista Agropecuária de Pequenos Agricultores do Sudoeste da Bahia, utilizam a ciência e o saber popular na criação de mudas em viveiros dentro do conceito da Agroecologia.
O Projeto, realizado em parceira com o Governo do Estado, objetiva produzir mudas de árvores nativas e em extinção, e plantas frutíferas que se adaptam ao território. Com o reflorestamento, além do combate à desertificação, os agricultores poderão comercializar e até mesmo utilizar a lenha das árvores nas casas de farinha, como diz o Diretor Financeiro da COOPASUB, Joaquim Rocha “é um projeto de sustentabilidade que envolve as comunidades, pois incentiva a parar com as derrubadas das árvores e futuramente essas lenhas possam ser utilizadas como lenha em casas de farinha para não retirarem da mata nativa”.
Cinco cidades da região Sudoeste estão inseridas no programa: Vitória da Conquista, Anagé, Barra do Choça, Aracatu e Tremedal e em torno de 63 famílias estão envolvidas. As técnicas, sem utilização de agrotóxicos e uso de defensivos naturais, são aplicadas nos viveiros e demonstradas às famílias e só depois distribuídas, sendo que na Barra do Choça já foram disseminadas 600 mudas de plantas para serem cultivadas nas comunidades próximas, no espaço de um ano. “No início foi trabalhoso, mas depois, quando ganhamos confiança na comunidade as famílias começaram a aceitar bem” ,diz Edson Rocha, técnico MPA. Os técnicos realizam cursos com as famílias, nesse momento há uma troca de saber, para que futuramente os participantes possam colocar em prática na própria comunidade.
Seu Diacísio Ribeiro, Cooperado da COOPASUB e Coordenador do MPA, defende que com o reflorestamento: diminui a erosão, preserva a mata e a saúde humana e complementa “esse projeto agroecológico é importante não só para os agricultores, mas também para toda a comunidade, porque garantimos um produto agroecológico, combatendo o uso de produtos químicos e defendendo a saúde humana”.

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