segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Borracha biodegradável




 


 
 

 
 
Exemplo bem sucedido de matéria-prima biodegradável é uma borracha que utiliza componentes de fontes renováveis durante o processo de fabricação. Patenteado pela Química Madater, o processo vem comprovando a sua eficácia em todos os testes a que é submetido, demonstrando que é possível se produzir um composto de látex ambientalmente correto que preserva as características de performance exigidas pelas indústrias dos mais variados segmentos. O diretor industrial e de desenvolvimento, Tulio Sergio Fulginiti, conta que a Madater fornece insumos para as indústrias de beneficiamento de borracha e que a empresa desenvolveu três soluções alternativas para este segmento. O MD 600 é um óleo vegetal modificado para substituir os óleos aromáticos, parafínicos, nafténicos e o DOPs. Já o MDCO trata-se de um derivado de cereais que entra no lugar do carbonato de cálcio e caulim. Enquanto isso, o extrato da cana-de-açúcar MD.ECR é para ser usado em vez do óxido de zinco e estearina. Com a implementação destes insumos na composição da borracha, produtos como solados de calçados, pneus e peças técnicas passam a ser de fontes renováveis ou biodegradáveis, deixando de usar óleos contaminantes, cargas minerais e metais.

"Esta tecnologia revolucionária já existe no mercado há 20 anos. O que mudou neste tempo todo é que hoje conseguimos as parcerias certas para testar e atestar a qualidade e veracidade do produto", ressalta Fulginiti, lembrando que a empresa trabalha com critérios bem definidos, de acordo com a necessidade das indústrias de transformação. O empresário destaca que um pneu convencional demora em torno de 500 anos para se decompor no meio ambiente, mas quando ocorre a substituição de alguns dos componentes por substratos de fontes renováveis, o mesmo pneu passa a se degredar em apenas cinco anos após ser descartado em local apropriado, com uma taxa de 80% de degradação. Os 20% de matéria resultante apresentam índices de metais pesados e demais substâncias restritivas dentro dos limites tolerados por normas internacionais.

O coordenador técnico do Laboratório da Qualidade do IBTeC, Ademir de Varga, conta que para a realização dos testes foram desenvolvidos três tipos de borracha - fórmula padrão, de fontes renováveis e com materiais biodegradáveis. As amostras foram submetidas a testes com o uso de ultravioleta para acelerar o processo de envelhecimento para comparar com os materiais não envelhecidos. Os resultados preliminares conferem que o produto apresenta uma boa resistência à colagem, além de ter sido aprovado nos testes químico, físico e de substâncias restritivas. O produto atingiu uma boa percentagem de biodegradabilidade e a presença de metais solúveis estão dentro dos limites", pontua Ademir. Os testes ainda seguem no laboratório do IBTeC em parceria com o PPGEM da UFRGS. O gerente industrial da IM Três Indústria e Comércio de Pneumáticos, Gerson Luis Morschbarcher, se surpreendeu com a porcentagem de biodegradação do material introduzido na linha de montagem. Os testes começaram há um ano e a expectativa de utilização é a mesma de um pneu convencional, porém, com a vantagem de ser um produto ambientalmente correto. "O pneu atende a todos os requisitos na sua utilização e ainda seus resíduos no desgaste do uso não possuem metais pesados, e nenhum produto agressivo, como óleos aromáticos", relata.
Fonte:
http://www.madater.com.br/index.php?idTela=3 acesso em agosto de 2011
Biodegradabilidade: um desafio a vencer, Luis Vieira. Revista Tecnicouro. Outubro 2011 p.43, Novo Hamburgo
Agradeço ao inventor Tulio Sergio Fulginiti (tulio@madater.com.br) pelo envio de material em dezembro de 2011 para composição desta página
envie seus comentários para otimistarj@gmail.com.

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