A emissão de gases poluentes tem provocado, nas últimas décadas, o fenômeno climático
conhecido como efeito estufa. Este tem gerado o aquecimento global do planeta. Se este
aquecimento continuar nas próximas décadas, poderemos ter mudanças climáticas extremamente prejudiciais para o meio ambiente e para a
vida no planeta Terra.
- Os automóveis devem ser regulados constantemente
para evitar a queima de combustíveis de forma desregulada. O uso obrigatório de
catalisador em escapamentos de automóveis, motos e caminhões.
- Instalação de sistemas de controle de emissão de
gases poluentes nas indústrias.
- Ampliar a geração de energia através de fontes
limpas e renováveis: hidrelétrica, eólica, solar, nuclear e maremotriz. Evitar ao máximo a
geração de energia através de termoelétricas, que usam combustíveis fósseis.
- Sempre que possível, deixar o carro em casa e
usar o sistema de transporte coletivo (ônibus, metrô, trens) ou bicicleta.
- Colaborar para o sistema de coleta seletiva de
lixo e de reciclagem.
- Usar ao máximo a iluminação natural dentro dos
ambientes domésticos.
- Não praticar desmatamento
e queimadas em florestas. Pelo contrário, deve-se efetuar o plantio de mais
árvores como forma de diminuir o aquecimento global.
- Uso de técnicas limpas e avançadas na agricultura
para evitar a emissão de carbono.
- Implementação de programas de reflorestamento e
arborização, principalmente nos grandes centros urbanos.
- Construção de prédios com implantação de sistemas
que visem economizar energia (uso da energia solar para aquecimento da água e
refrigeração).
Com o crescimento da população mundial surge uma demanda de expansão dos centros urbanos, que na maioria das vezes é feita desordenadamente e com falta de consciência ambiental, gerando problemas como: poluição do ar, água e solo, enchentes, caos no trânsito, dentre outros. Nos dias de hoje podemos observar uma crescente insustentabilidade nas cidades, o crescimento urbano rapidamente tomou grandes proporções que as práticas urbanísticas não conseguiram acompanhar. Por esta razão é que equipes de profissionais multidisciplinares, juntamente com o poder público e população precisam colocar em prática estratégias eficientes de urbanização sustentável e criar novas alternativas para a vida do ser humano nas cidades.
Os exemplos dos problemas ambientais nas cidades são inúmeros, dente os quais pode-se citar o episódio ocorrido em Londres em 1952, onde uma inversão térmica impediu a dispersão de poluentes, criando uma nuvem composta por material particulado e enxofre que permaneceu parada durante três dias sob a cidade, acarretando na morte de 4000 pessoas a mais em relação média de óbitos em períodos semelhantes.
No Brasil esta situação não é diferente. Hoje ocupando o 5° lugar no ranking de maior país em extensão territorial com 8.511.965 Km² e com uma população de 193.987.291 habitantes, o Brasil tem 75% destes brasileiros morando em grandes centros urbanos, o que conseqüentemente causa a saturação destes espaços. Esse adensamento altera drasticamente o uso e ocupação do solo das cidades (com ocupação de áreas indevidas), aumenta as áreas impermeáveis (um dos maiores causadores das enchentes) e pressiona a infra-estrutura urbana, afetando trânsito, coleta de lixo, distribuição de água tratada e coleta de esgoto, dentre outros.
Dentre esses problemas, destacam-se as enchentes, que nos últimos anos tem ocorrido com freqüência em cada vez mais cidades no Brasil , como por exemplo, o episódio ocorrido em Santa Catarina em 2008, onde foram afetadas mais de 1,5 milhões de pessoas, causando 135 mortes.
A ciência responsável por propor soluções à esses problemas é o Urbanismo, surgido no final do século XIX, sendo caracterizado como o campo do conhecimento que têm como objetivo criar condições satisfatórias e ordenadas de vida nos centros urbanos. A partir destes estudos foram desenvolvidas técnicas de intervenções e planejamentos urbanos buscando melhoria da qualidade de vida nas cidades, tendo como exemplo as teorias sobre a cidade ideal, como a Cidade Jardim idealizada por Ebenezer Howard e a cidade industrial, idealizada por Tony Garnier. Entretanto, a rápida urbanização dos países tem inviabilizado a atuação satisfatória dos urbanistas, acarretando nos problemas já citados anteriormente.
Com o intuito de difundir a importância do urbanismo e, observando uma necessidade de conscientização ambiental aliado ao planejamento urbano, foi criado o Dia Mundial do Urbanismo pelo professor Carlos Maria Della Paolera, da Universidade de Buenos Aires, com uma estratégia de promover também a sustentação, a promoção e a integração entre a comunidade e o meio urbano. Este dia é comemorado no dia 8 de novembro, com a realização de exposições, artigos, conferências, seminários, fóruns, dentre outras atividades em todo o mundo.
Com o aumento da conscientização ambiental da população mundial de forma geral, já são notadas algumas novas propostas com princípios de urbanismo sustentável, com novas práticas na relação da população com o meio urbano. Uma das maiores propostas é a construção de Masdar, localizada nos Emirados Árabes, que conta em seu planejamento, estratégias que visam menores impactos ambientais, divulgando-se como sendo um modelo de cidade sustentável. Outras intervenções urbanas estão sendo feitas em cidades já existentes, como em Freiburg na Alemanha, que implementou diversos projetos com o intuito de melhor a vida urbana, dentre eles: áreas exclusivas para pedestres e ciclistas ( com o intuito de aliviar o trânsito de carro da cidade), centros de educação ambiental, e uso intensivo de energia solar.
Percebe-se uma nova atitude mundial para a busca de sustentabilidade nas cidades, este avanço é de grande importância uma vez que constrói novos valores para as atuais e futuras gerações. Porem, as ações ainda são ineficientes, visto a velocidade de urbanização e crescimento da população. Dessa forma, frisa-se mais uma vez a necessidade de novas propostas que acompanhe a forte urbanização e que tenham visão de longo prazo, contemplando não somente os dias de hoje, mas o crescimento sustentável ao longo do tempo.