quarta-feira, 11 de julho de 2012

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL



A expressão diagnóstico ambiental tem sido usada na FEEMA e em outras instituições brasileiras (órgãos ambientais, universidades, associações profissionais) com conotações as mais variadas. O substantivo diagnóstico do grego "diagnostikós", significa o conhecimento ou a determinação de uma doença pelos seus sintomas ou conjunto de dados em que se baseia essa determinação. Daí, o diagnóstico ambiental poder se definir como o conhecimento de todos os componentes ambientais de uma determinada área (país, estado, bacia hidrográfica, município) para a caracterização da sua qualidade ambiental. Portanto, elaborar um diagnóstico ambiental é interpretar a situação ambiental problemática dessa área, a partir da interação e da dinâmica de seus componentes, quer relacionados aos elementos físicos e biológicos, quer aos fatores sócioculturais. A caracterização da situação ou da qualidade ambiental (diagnóstico ambiental) pode ser realizada com objetivos diferentes. Um deles é, a exemplo do que preconizam as metodologias de planejamento, servir de base para o conhecimento e o exame da situação ambiental, visando a traçar linhas de ação ou tomar decisões para prevenir, controlar e corrigir os problemas ambientais (políticas ambientais e programas de gestão ambiental). Nesse sentido, a legislação de muitos países determina a realização periódica desse tipo de diagnóstico, em âmbito nacional, às vezes incluindo, além da situação ambiental, uma avaliação do resultado da política ambiental ou dos programas de gestão que têm sido implementados. Esses relatórios de diagnóstico denominam-se, genericamente, pelo PNUMA "National Environmental Reports", em inglês, e "Diagnósticos Ambientales Nacionales", em espanhol. O "National Environmental Policy Act (NEPA)", decretado pelo governo dos Estados Unidos da América em 1970, estabeleceu que o Presidente daquele país apresentará ao Congresso, anualmente, um "Environmental Quality Report", a ser preparado pelo "Council of Environmental Quality (CEQ)", que deve conter: (1) o estado e a condição dos principais recursos ambientais naturais, feitos ou alterados pelo homem, incluindo florestas, terras secas e úmidas, campos, ambientes urbanos, suburbanos e rurais; (2) as tendências existentes ou previsíveis da qualidade, da gestão e da utilização de tais ambientes e seus efeitos nas exigências sociais e culturais da Nação; (3) a adequação dos recursos naturais disponíveis às exigências humanas e econômicas da Nação, à luz das necessidades expressas pela população; (4) uma análise dos programas e atividades (incluindo os regulamentos) do governo federal, dos estados e dos governos locais, de entidades não governamentais ou de indivíduos, com particular referência a seus efeitos no ambiente e na conservação, desenvolvimento e utilização dos recursos naturais; (5) um programa para remediar as deficiências dos programas e atividades existentes, juntamente com recomendações quanto à legislação. Desde 1972, o CEQ tem apresentado os relatórios anuais correspondentes, que são também publicados e comercializados normalmente pela imprensa oficial americana. Vários outros países reconheceram a importância da elaboração dos diagnósticos ambientais nacionais e determinaram por lei sua realização (Japão, Suécia, Israel, Espanha, Itália, Alemanha, Venezuela etc.). A entidade de proteção ambiental da Suécia foi quem primeiro começou essa prática, em 1969. No Brasil, a SEMA patrocinou a execução do primeiro Relatório de Qualidade do Meio Ambiente (RQMA), publicado em 1984. O Decreto nº 88.351, de 01.06.83, assim como os decretos que o modificaram a partir de então, estabelece em seu artigo 16 a competência do IBAMA para, com base em informação fornecida pelos Órgãos Setoriais do SISNAMA, preparar anualmente um relatório sobre a situação do meio ambiente no País, incluindo os planos de ação e programas em execução, a ser publicado e submetido à consideração do CONAMA, em sua segunda reunião do ano subsequente. No Estado do Rio de Janeiro, embora não exista determinação legal neste sentido, a elaboração de diagnósticos ambientais, no âmbito estadual, tem sido praticada desde 1977, para apoio ao planejamento das atividades da FEEMA ou para outros fins. O resultado do primeiro diagnóstico ambiental do Estado foi um mapa onde se indicavam os mais importantes problemas ambientais associados às diferentes formas de atuação da FEEMA. Em 1978, publicou-se o Diagnostico Ambiental do Estado do Rio de Janeiro, para cinco das Regiões-Programa. Para a Região Metropolitana, havia sido realizado, em 1977, o projeto "Índices de Qualidade do Meio Ambiente", em convênio com a FUNDREM. Com a criação da Divisão de Planejamento Ambiental, denominada, a partir de 1988, Divisão de Estudos Ambientais, tem sido realizados alguns diagnósticos ambientais do Estado e de diversos municípios. Outro uso e significado da expressão diagnóstico ambiental que se tem disseminado no Brasil é o referente a uma das tarefas ou etapas iniciais dos estudos de impacto ambiental (EIA) que consistem na descrição da situação de qualidade da área de influência da ação ou projeto cujos impactos se pretende avaliar. Em francês, essa etapa do EIA chama-se "analyse de l'état de l'environnement". Em inglês, assume diversas denominações, de acordo com o autor ou o país de origem: "environmental inventory" (Canter, 1977), definido como a descrição completa do meio ambiente, tal como existe na área onde se esta considerando a execução de uma dada ação; "inicial reference state" (Munn, 1979), definida como o conhecimento da situação ambiental da área, por meio do estudo de seus atributos; "environmental setting" e "description of baseline conditions" (Bisset, 1982); "evaluation of existing situation" (Clark, 1979), definida como a natureza das condições ambientais e socioeconômicas existentes na área circunvizinha a um projeto proposto, de modo que os impactos possam ser identificados e suas implicações avaliadas; "baseline data" (Beanlands 1983). Em espanhol, "marco ambiental" (legislação mexicana), "situación ambiental" (Nicarágua). De um modo geral, as diversas legislações nacionais de proteção ambiental e seus procedimentos determinam a realização de estudos sobre as condições ambientais da área a ser afetada por um projeto ou ação, como parte do relatório de impacto ambiental, definindo sua abrangência de acordo com o conceito de meio ambiente estabelecido por lei (ver os diversos conceitos legais em meio ambiente). A legislação brasileira oficializou a expressão "diagnóstico ambiental da área" para designar esses estudos, no item correspondente ao conteúdo mínimo do Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) (§ 1º, art. 18, Decreto nº 88.351/83).

D

- DADOS -DESFLORESTAMENTO, DESMATAMENTO
- Dados climatológicos -DESINFECÇÃO
- Dália -DESINFESTAÇÃO
- Danaídeos -DESINSETIZAÇÃO
- DANO AMBIENTAL -DESMATAMENTO
- Darwinismo -DESMEMBRAMENTO
- DBO -Desnitrificação
- DDT -DESPEJOS INDUSTRIAIS
- DECANTAÇÃO -DESRATIZAÇÃO
- DECANTADOR -DESSALINIZAÇÃO
- DECLIVE, DECLIVIDADE -DETRITO
- DECOMPOSIÇÃO -DIAGNÓSTICO AMBIENTAL
- DECRETOS -DIAGRAMA DE SISTEMA
- Déficit de Água -DIFUSÃO
- DEFINIÇAO DO ESCOPO DO EIA -DIFUSOR
- DEFLÚVIO -DIGESTÃO
- Degradação -DIGESTOR, BIODIGESTOR
- DEGRADAÇÃO AMBIENTAL -DILUIÇÃO
- DEGRADAÇÃO DO SOLO -DINÂMICA POPULACIONAL
- DELIBERAÇÕES -Diótica
- DELTA OCEÂNICO -Dióxido de Carbono
- DEMANDA BIOQUÍMICA DE OXIGÊNIO (DBO) -Dióxido de enxofre
- DEMANDA QUÍMICA DE OXIGÊNIO (DQO) -DIOXINA
- DENSIDADE DE POPULAÇÃO -DIQUE, ESPIGÃO
- DENSIDADE ECOLÓGICA -DIREITO AMBIENTAL, DIREITO ECOLÓGICO
- Densidade Populacional -DIRETRIZ (DZ)
- DEPÓSITO ABISSAL -DISCRICIONALIDADE
- DEPRESSÃO -DISPERSANTE
- DEPURAÇÃO NATURAL -DISPERSÃO
- Deriva genética -DISPOSIÇÃO DE PAGAR
- Derivacão de Águas -DISTRITO INDUSTRIAL
- DESAGREGAÇÃO -DIVERSIDADE BIOLÓGICA
- DESAPROPRIAÇÃO -DIVISOR DE ÁGUAS
- Descarga (caudal - P ) de segurança -DOCUMENTOS GERAIS
- Descarga de cheia -Domesticação
- Descarga sólida -Dormência
- DESCENTRALIZAÇÃO -DOSE LETAL (DL)
- DESECONOMIA -DOSE MÉDIA
- DESENHO URBANO -DQO
- DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO -DRENAGEM
- DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL -Drenar
- DESENVOLVIMENTO URBANO -Dunas
- DESERTIFICAÇÃO -DUNAS COSTEIRAS OU MARÍTIMAS
- Deserto -Dureza da água

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