Desde o apagão de 2001 as
lâmpadas fluorescentes, compactas ou tubulares, se incorporaram à vida
brasileira e o seu consumo mantém-se em escala crescente. Com garantia mínima de um ano
(alguns fabricantes chegam a dobrar esse período), as lâmpadas são realmente
muito mais econômicas. Uma lâmpada fluorescente compacta de 15W – equivalente a
uma incandescente de 60W - resulta em uma economia de 2 reais por mês na conta
de luz. Quem tem dez lâmpadas – algo razoável em residências de classe média –
já aufere R$ 20,00 em economia.
Por outro lado, se cresce ininterruptamente a
preferência por esse tipo de lâmpada, em cujo interior há mercúrio – substância
poluente -, é de se esperar que o descarte adequado do produto pós-consumo seja
alvo de total atenção por parte de todos (fabricantes, vendedores, consumidores
e Poder Público).
A lâmpada fluorescente, ao ser
rompida, libera vapor de mercúrio, antimônio, cádmio, bário, chumbo, cromo,
manganês e níquel. Chamados metais pesados, essas substâncias podem contaminar
o solo e os lençóis subterrâneos nos lixões e acarretar doenças neurológicas
graves ao ser humano.
Conforme a NBR (Norma Brasileira) 10004:2004 da ABN (Associação
Brasileira de Normas Técnicas), a lâmpada fluorescente de pós-consumo, devido à
existência de metal pesado (mercúrio) em sua composição, é considerada um
resíduo perigoso, exigindo uma destinação final adequada que evite a
contaminação do meio ambiente e garanta a saúde dos seres humanos. O processo
mais adequado para a destinação final é a reciclagem, que recupera 98% da
matéria-prima utilizada na fabricação de lâmpadas fluorescentes, possibilitando
que estes materiais de pós-consumo sejam reintegrados ao processo produtivo das
próprias lâmpadas ou de outros produtos.
Com
a reciclagem, são recuperados elementos como o mercúrio, o vidro e o aço. O
vidro é utilizado como matéria-prima em indústrias de cerâmicas para produção
de pisos vitrificados. O mercúrio é retirado através do método de adsorção e
destinado a empresas que recuperam o metal e reaproveitam na produção de
lâmpadas, termômetros e bóias de nível utilizadas em reservatórios de água.
Na
ausência de um local adequado para o
descarte destas lâmpadas o correto é entregá-las nos locais onde foram
adquiridas, para posterior envio às empresas recicladoras ou às empresas
fabricantes.
Não devemos nunca jogá-las no lixo e
procurar ter o maior cuidado no seu manuseio e uso, especialmente se houver
quebra de uma delas, o que libera o mercúrio no ar. Confira a seguir os
procedimentos recomendados nessa circunstância:
Não usar equipamento de aspiração para a limpeza;
Logo após o acidente, abrir todas as portas e
janelas do ambiente, aumentando a ventilação;
Ausentar-se do local por, no mínimo, 15 minutos;
Ausentar-se do local por, no mínimo, 15 minutos;
Após 15 minutos, colete os cacos de vidro e
coloque-os em saco plástico. Procure utilizar luvas e avental para evitar
contato do material recolhido com a pele;
Com a ajuda de um papel umedecido, colete os
pequenos resíduos que ainda restarem;
Coloque o papel dentro de um saco plástico e
feche-o;
Coloque todo o material dentro de um segundo saco
plástico. Assim que possível lacre o saco plástico evitando a contínua
evaporação do mercúrio liberado;
Logo após o procedimento, lave as mãos com água
corrente e sabão.
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