Por Ricardo Pereira
O manguezal é um ecossistema de indiscutível importância ecológica, pois desempenha o papel de berçário marinho para inúmeros grupos de peixes e crustáceos. “Pode-se afirmar que 90% de todo alimento retirado do mar pelo homem, em algum momento do seu desenvolvimento, passa pelas áreas de mangue. Mas não são só animais marinhos, grupos de aves, mamíferos e, inclusive, insetos se utilizam dos recursos disponíveis neste ambiente para o seu ciclo da vida.
O manguezal é um ecossistema de indiscutível importância ecológica, pois desempenha o papel de berçário marinho para inúmeros grupos de peixes e crustáceos. “Pode-se afirmar que 90% de todo alimento retirado do mar pelo homem, em algum momento do seu desenvolvimento, passa pelas áreas de mangue. Mas não são só animais marinhos, grupos de aves, mamíferos e, inclusive, insetos se utilizam dos recursos disponíveis neste ambiente para o seu ciclo da vida.
Os
mangues possuem grandes características de equilíbrio. Sua vegetação desempenha
o papel de filtro biológico, já que poluentes de um modo geral acabam retidos
em suas estruturas. Por ser uma região de transição, tem a função de barreira
natural contra enchentes, já que a capacidade de retenção de água é muito alta.
O manguezal forma, ainda, grandes áreas de proteção contra os ventos e as ondas
nos períodos de marés altas, além de contribuir nas alterações climáticas com a
captura de carbono do ambiente.
A
realidade no baixo sul é assustadora, a importância da proteção
desse ecossistema. O artigo 2 da Lei nº 4771/65 do Código Florestal.
“O Sistema Nacional das Unidades de Conservação (SNUC) trata claramente da
importância da preservação das áreas de mangue a fim de manter o equilíbrio na
região da costa, por apresentar um importante papel socioambiental e econômico
para pescadores de toda região da costa do Dendê, pois é sem duvida uma
das mais vastas riquezas em biodiversidade no mundo.
A
construção de habitações e aterramento desses locais a retirada dente tipo de
vegetação para construção civil traz sequelas que, a médio
prazo, podem tornar-se irreversíveis, causando severos prejuízos às populações
ribeirinhas e demais comunidades que alí venham se fixar. É urgente que sejam
desenvolvidas atividades em educação ambiental para que todas as comunidades
que circundam estas regiões possam entender a importância de se preservar esta
vegetação”.
Em
2006 esteve um instituto da região para fizer estudos, mais
não fez projetos de educação ambiental para minimizar
e conscientizar os infratores. Pois bem, as áreas de
mangue do litoral sul ainda apresentavam-se pouco impactadas, pois
as cidades localizadas junto à desembocadura dos rios possuíam ainda
populações pequenas. Entretanto, muitas dessas áreas vêm sofrendo com vários
impactos ambientais decorrentes dos resíduos da agroindústria, da especulação
imobiliária e da ampliação hoteleira, além do aumento de outras atividades
ligadas ao turismo e a falta de saneamento básico.
Os
Dados que mostra O mapeamento preliminar de manguezais em parte do Baixo Sul
Baiano, na região de Valença, mostrou a presença de 145,28 Km2 de
manguezal e 7,58 Km2 de carcinicultura. Os resultados
demonstraram que a aplicação das Geotecnologias, em especial
do sensoriamento remoto e do processamento digital de imagens, contribuiu
para a identificação e caracterização de ecossistemas costeiros,
possibilitando um monitoramento da área ocupada por esses ecossistemas ou
por atividades antrópicas, como é o caso da carcinicultura.
"Muita
gente sobrevive da pesca, mas o rio está tão poluído que não cresce mais nada.
Esse povo que tem saber deveria arranjar outra forma de fazer:
" construção, carvão, blocos e outros"" que não
precise de madeira do mangue para queimar", Vamos dar um basta nesta
fala de consciência.
Além
de desmatados, os manguezais estão virando lixões. Um exemplo é um mangue
próxima à comunidade perto dos bairros Prainha I e II em Ituberá , nos
último anos tem aumentado o descarte de pneus velhos e lixos em praias.
O
descarte costuma ser feito por pessoas de outras comunidades e geralmente,
segundo testemunhas, ligadas a borracharias e oficinas pois os
pneus jogados fora, há peças ainda inteiras, embora rasgadas e com ferragem à
mostra, ou apenas pedaços deles. A queixa de moradores é quanto à ausência de
fiscalização.
Eles
dizem ter feito denúncias a órgãos ambientais do município e do estado sem que
nenhum fiscal tenha aparecido no lugar. Os pneus figuram entre os produtos cuja
durabilidade é considerado por tempo indeterminado, ao serem jogados na
natureza isso é uma realidade em toda Bahia.
Um
ponto importante para todas as Secretária Municipais de Meio
Ambiente de toda região é o trabalho articulando no combate a todo tipo de
depredamento ambiental pois acho que deve haver uma coordenação tática
regional reunindo força, vejo que é possível, intervir nesse tipo de
exploração ambiental, junto aos órgãos fiscalizadores. “Sempre que recebemos a
informação de algum crime ambiental, entramos em contato com o ICMBio, CEAMA,
INEMA, IBAMA, conselhos ambientais dos municípios, ministério público, até
mesmo a polícia ambiental especializada uma união de forças assim teremos uma resultante de forças para
que ele faça a fiscalização combatendo crimes com eficiência. Dependendo do
caso, o órgão entra com uma solicitação junto a prefeitura para resolver o
problema.
Para Soffiati apresenta a unidade dentro da qual está a diversidade dos campos geológico, hídrico, botânico, faunístico, cultural e até mesmo econômico. O autor analisa a transformação dos manguezais com base em suas relações de equilíbrio e de desequilíbrio, num período de um século.
Entendo que essa ideia de estudar só os manguezais, em si, seria algo mais voltado para especialistas. Como esse tipo de pesquisa eu considero um estudo de história ambiental, ampliei essa pesquisa e contextualizei o ambiente físico ecológico com o ambiente social, por exemplo — explicou.
Para Soffiati apresenta a unidade dentro da qual está a diversidade dos campos geológico, hídrico, botânico, faunístico, cultural e até mesmo econômico. O autor analisa a transformação dos manguezais com base em suas relações de equilíbrio e de desequilíbrio, num período de um século.
Entendo que essa ideia de estudar só os manguezais, em si, seria algo mais voltado para especialistas. Como esse tipo de pesquisa eu considero um estudo de história ambiental, ampliei essa pesquisa e contextualizei o ambiente físico ecológico com o ambiente social, por exemplo — explicou.
A Educação Ambiental (EA) é um processo por meio do qual
as pessoas aprendem como funciona o ambiente natural, como dependemos dele,
como o afetamos e como promovemos sua sustentabilidade (DIAS, 2004).
O nível de escolaridade das profissionais da mariscagem
não é elevado, sendo a maioria (48%) possuindo o fundamental I incompleto e
fundamental II incompleto (28%). A idade de contato inicial com as atividades
da mariscagem ocorre, em sua grande maioria, antes dos dez primeiros anos
(40%), sendo que 39% tiveram a primeira relação com a mariscagem entre 11 e 20
anos. Grande parte das marisqueiras trabalha na atividade a mais de 11 anos
(37%) ou mais de vinte anos (33%). Mais da metade da comunidade (52%) trabalha
entre 4 e 8 horas diárias. 24% trabalha mais de 8 horas diárias. 51% das
marisqueiras não participam da colônia de pescadores, e 52% não têm carteirinha
ou cadastro como pescador (a), o que reflete a percepção negativa sobre os
benefícios ofertados pela colônia às pescadoras. Segundo as marisqueiras, 40%
entendem que não existem benefícios oferecidos pela colônia de pescadores às
marisqueiras. 12% não souberam informar tais benefícios, e o restante,
reconhece que a colônia oferta benefícios trabalhistas (30%), e ajuda na
alimentação (12%).
75% das marisqueiras têm a mariscagem como principal
atividade geradora de renda; sendo 48% trabalham somente com a mariscagem.
Outras atividades também foram citadas como atividades domésticas (25%),
comércio (10%) outras atividades como agricultura, construção civil, cozinha e
confecção (30%). 61% dos entrevistados declararam receber ajuda financeira
governamental.
Os profissionais da mariscagem vendem sua produção de
maneira independente (15%), diretamente aos bares e restaurantes (34%) ou
entregam-na para atravessadores (31%), não sendo a preferência, pois estes
desvalorizam a cultura da mariscagem e realizam a compra a baixos preços. Por
vezes, os marisqueiros vêem-se obrigados a venda para este destinatário, face
dificuldade no escoamento da produção, principalmente durante a baixa estação
(inverno).
Compreende,
portanto, parte de um processo didático-ecológico que almeja a perfeita
compreensão e harmonia entre o sistema ecológico e a espécie mais bem adaptada
a ele, a espécie humana. A EA tem como característica agrupar as dimensões
socioeconômicas, políticas, cultural e histórica. Por isso não deve ser
classificada como universal, devendo ser consideradas as condições históricas
de cada região (OLIVEIRA et al., 2011).
A Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA), de Lei
nº 9795/99 (BRASIL, 1999) define a Educação Ambiental como um processo por meio
dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos,
habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio
ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua
sustentabilidade.
O Desenvolvimento Sustentável (DS) é um modelo que visa
conciliar as necessidades socioeconômicas dos seres humanos com a preservação
do meio ambiente, havendo também um direcionamento para a sustentabilidade de
futuras gerações. Para tanto, a compreensão de como é realizada a codificação
dos elementos naturais, através de estudos de Percepção ambiental (PA), é
mister para a estruturação de ações voltadas para a elevação da
sustentabilidade das populações.
Portanto acho que faltam projetos, cursos qualificação
dentre outras ações voltada para combate da destruição deste importante
ecossistema é o pescador é o principal elo, e todos juntos
vamos fazer e dá o melhor juntos com as
prefeituras, empresas, departamentos municipais articuladas com colônias de
pescadores fazer o que deve para termos o futuro melhor.
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