Por que os Lava Jatos Mudam de proprietários freqüentemente?
Por que os lava jatos raramente duram mais do que três meses, e são passados adiante e assim sucessivamente?
Há um mês comprei um lava jato e conversando com um vizinho, descobri que este lava-jato nos últimos 10 anos já teve mais de 15 donos e todos quebram ou passam pra frente. Fazendo as contas, pagando as despesas com aluguel, energia, água, produtos, impostos, manutenção de equipamentos e funcionários, descobri que estou literalmente pagando para trabalhar. E olha que a minha média é da lavagem de 20 veículos nos dias de semana e 40 aos sábados. Tentei aumentar os preços, mas os clientes reclamaram e ameaçaram ir para o concorrente, que fica na esquina debaixo. Alguém tem uma solução, pois investi todas as economias neste empreendimento e não quero acabar como os outros? Por favor, me ajudem.
MELHOR RESPOSTA - ESCOLHIDA PELO AUTOR DA PERGUNTA
Bom tarde amigo. Já respondi pergunta parecida antes. Bom, estou no ramo de estética automotiva profissional há quase 30 anos. Já fui gerente de uma rede de car washes nos EUA e sou consultor de uma empresa que produz e distribui tecnologia para este segmento. Bom, são vários os fatores que fazem com que os lava-jatos tenham presença obrigatória em todos os classificados em todos os jornais do Brasil, 365 dias por ano. Vou citar os mais básicos.
(1º) O menu de serviços é sempre o mesmo, ou seja:
a) Lavagem simples sem cera;
b) Lavagem simples com cera;
c) Lavagem geral sem cera;
d) Lavagem geral com cera.
- Isto significa que o cliente não tem opção, além disso. É o mesmo que um restaurante servir somente arroz, feijão, bife e salada, o ano inteiro.
(2º) Os produtos utilizados pelos lava-jatos são os mesmos encontrados nas prateleiras de supermercado. Ou seja, são destinados a cidadãos comuns, não são destinados a profissionais. Estes produtos são caros, rendem muito pouco e não proporcionam qualidade final. Uma latinha daquela custa quase R$15,00 reais e faz só um carro. E, além disso, toma um tempão do funcionário e em algumas chuvas, o brilho desaparece. Fazendo com que este cliente não volte mais.
(3º) Ainda usam a politriz para polir os carros, com as famosas e temidas CRISTALIZAÇÃO, DIAMANTAÇÃO, ESPELHAMENTO e etc. Além de literalmente "comer" a pintura do veículo, há as famosas queimaduras de pintura, principalmente nas quinas. Sem contar as terríveis marcas de boina que ficam principalmente em carros escuros. Isto mata qualquer cliente de raiva.
(4º) O próprio termo "LAVA-JATO" já é queimado. Quando se pensa em LAVA-JATO, têm-se imediatamente na mente uma espelunca, imunda, água, lixo e sujeira pra todo lado, banheiros imundos, funcionários de chinela de dedo, bermuda imunda, camisa rasgada, barbudo, fumantes e que entram suados, sujos e molhados dentro do seu carro, mexem no som, etc.
Não pense em lava-jato, esqueça este termo e passe a usar: "Centro de Estética Automotiva Profissional, ou CEAP. Um CEAP nada mais é do que um lava-jato maquiado. Sempre limpo, funcionários uniformizados, barbeados, e uma pessoa adequadamente treinada e vestida para receber o cliente, e ali lhe oferecer um menu de serviços variado, onde você poderá oferecer:
Limpeza a seco de interiores, sem a incômoda necessidade de desmontagem de bancos, carpete e etc.;
Impermeabilização de bancos em tecido;
Restauração e proteção de pinturas de veículos novos e usados, utilizando produtos desenvolvidos para profissionais, com técnicas e equipamentos específicos para este segmento;
Higienização e hidratação de bancos em couro;
Bom amigo, um bom atendimento, um local que não precisa ser cinco estrelas, mas obrigatoriamente limpo, e o oferecimento de serviços de qualidade, com produtos, técnicas e equipamentos específicos para a linha profissional, tenho certeza que você vai ter sucesso em seu empreendimento. Tenho toda esta tecnologia, incluindo treinamento. É só me mandar um e-mail para:
rodferrari@hotmail.com
, que posso lhe enviar farto material contendo informações. Espero que tenha ajudado.
Matéria pesquisada e editada por Jose Claudio Soares
Editor e Pesquisador
Recife – Pernambuco – Brasil
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