O Ministério da Educação fixou em R$ 1.451 o piso salarial a ser pago por Estados e municípios aos professores de escolas públicas no ano de 2012. Presidente da Confederação Nacional dos Municípios, Paulo Ziulkoski afirma que as prefeituras não dispõem de caixa para custear a folha.
Estudo feito pela entidade comandada por Ziulkoski concluiu que o novo piso representa um acréscimo 22,22% em relação ao que foi gasto no ano passado para honrar os contracheques dos professores. O documento anota que, de 2009 a 2011, essa rubrica foi engordada em R$ 5,4bilhões.
Uma parte, R$ 1,6 bilhão, pagou os reajustes salariais. Outra, R$ 3,8 bilhões, refere-se a contratações adicionais que tiveram de ser feitas para adequar as prefeituras à lei que destinou um pedaço da carga horária dos professores a atividades extra-classe –preparação de aulas e correção de provas, por exemplo.
Paulo Ziulkoski realça que a folha salarial não é a única despesa das escolas. Gasta-se também com material e manutenção dos prédios. Em timbre dramático, ele pergunta: “Como vamos fazer com isso? Vamos pagar o professor e fechar as escolas?”
Quem compara as lamúrias do mandachuva da confederação de municípios com o Brasil grande dos discursos oficiais de Brasília fica tentado a inquirir os seus botões: que diabos de sexta economia mundial é essa que não consegue pagar R$ 1.451 por mês aos seus professores?
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