segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

ICMS ECOLOGICO PODE SER USADO PARA P PROJEODE REÍDUOS SOLÍDOS

A Constituição Federal promulgada em 1988, em seu Artigo 158, inciso IV trouxe alterações para a dinâmica de funcionamento do Sistema Tributário Brasileiro, no sentido de garantir autonomia aos municípios, sendo este pré-requisito para o processo de descentralização do poder público. Este novo processo que se iniciava, aumentou as competências e as atribuições municipais, repassando para os municípios vinte e cinco por cento (25%) do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação (ICMS).

No Estado de Minas Gerais ficou estabelecido por meio do Decreto nº 32.771, de julho de 1991, que a distribuição da cota-parte dos recursos do ICMS, observaria três critérios: o Valor Adicionado Fiscal, os Municípios Mineradores e a Compensação Financeira por Desmembramento de Distrito. O montante de 25% do total do imposto arrecadado pelos estados é destinado aos municípios, sendo que 75% devem ser distribuídos pelo VAF e 25% conforme lei estadual.

Diante deste diagnóstico, demonstrando um alto grau de concentração de recursos nos municípios mais desenvolvidos e mais ativos economicamente e pouco favorável para os municípios que apresentavam atividade econômica inexpressiva, foi publicada em 28 de dezembro de 1995, a Lei Estadual nº 12.040, mais conhecida como “Lei Robin Hood”, revogada em 27 de dezembro de 2000, pela Lei nº 13.803, a qual indicava novos critérios para a distribuição da cota-parte do ICMS aos municípios visando: a descentralização da distribuição e desconcentração de renda; a transferência de recursos para as regiões mais pobres; a aplicação dos recursos nas áreas sociais; a induzir os municípios a aumentarem sua arrecadação e a utilizarem com mais eficiência e, por fim, a criar uma parceria entre estado e municípios, tendo como objetivo maior a melhoria da qualidade de vida da população destas regiões.

Assim, os novos critérios introduziram outras variáveis que modificaram a metodologia de cálculo usada até então, são eles: VAF, Área Geográfica, População, População dos 50 mais populosos, Educação, Produção de Alimentos, Patrimônio Cultural, Meio Ambiente, Saúde, Receita Própria, Cota Mínima e Municípios Mineradores.

Nesse sentido, o Estado de Minas Gerais instituiu, de forma pioneira, o ICMS Ecológico, criado a partir da necessidade da administração pública de encontrar alternativas para o fomento de atividades econômicas pautadas nas regras de proteção ambiental e do desenvolvimento sustentável nos seus municípios. Não se trata de um novo imposto e sim da introdução de novos critérios de redistribuição de recursos do ICMS, além do valor adicionado que reflete o nível da atividade econômica nos municípios em conjunto com a preservação do meio ambiente. A filosofia do ICMS Ecológico está pautada no princípio do Protetor-Recebedor.

A Lei que prevalece hoje é a Lei Estadual nº 18.030/2009. Ela dispõe sobre a distribuição e o cálculo do critério Meio Ambiente, que nesta edição sofreu alterações, passando de 1% para 1,1% do total do ICMS destinado aos municípios, sendo a distribuição deste montante realizada em função do Índice de Meio Ambiente (IMA). O IMA passa a ser composto por três subcritérios, ponderados pelos respectivos pesos, a saber: Índice de Conservação (IC - 45,45%), referente às Unidades de Conservação e outras áreas protegidas; Índice de Saneamento Ambiental (ISA 45,45%), referente aos aterros sanitários, estações de tratamento de esgotos e usinas de compostagem e, mais recentemente, Índice de Mata Seca (IMS - 9,1%), referente à presença e proporção em área da fitofisionomia Mata Seca no município.

O Instituto Estadual de Florestas (IEF) é o órgão responsável pelo Índice de Conservação (IC). A área da unidade de conservação e/ou área protegida, a área do município, o Fator de Conservação e o Fator de Qualidade são os parâmetros analisados pelo instituto, uma vez que o Fator de Qualidade representa a nota que cada unidade recebe, a partir de uma avaliação feita anualmente pelo seu responsável (varia de 0,1 a 1). Os procedimentos para o cadastramento das UCs estão dispostos na Cartilha do IEF, Deliberação Normativa COPAM nº 86 de 17/07/2005 e Resolução SEMAD nº 318/2005. Para mais informações procurar pela Diretoria de Áreas Protegidas do IEF, através do telefone: (31) 3915-1383 ou pelo e-mail: gciap@meioambiente.mg.gov.br Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo.
FATOR DE CONSERVAÇÃO
I – UNIDADES DE PROTEÇÃO INTEGRAL
FC
Lei 18.030 de 2008
Estação Ecológica
1,0
Reserva Biológica
1,0
Monumento Natural
1,0
Refúgio da Vida Silvestre
1,0
Parque
1,0
II - UNIDADES DE USO SUSTENTÁVEL
Reserva Particular do Patrimônio Natural
1,0
Reserva Extrativista
0,5
Reserva de Desenvolvimento Sustentável
0,5
Floresta Nacional, Estadual e Municipal
0,3
Reserva de Fauna
0,3
Área de Relevante Interesse Ecológico
0,3
Áreas de Proteção Ambiental I, com zoneamento ecológico econômico:
1) Zonas de Vida Silvestre
0,5
2) Demais Zonas
0,1
Áreas de Proteção Ambiental II, Federais ou Estaduais, sem Zoneamento Ecológico Econômico
0,025
Reserva Particular e Recomposição Ambiental
0,1
III – ÁREAS DE PROTEÇÃO ESPECIAL, ESTADUAIS, RELATIVAS A MANANCIAIS, PATRIMÔNIO PAISAGÍSTICO OU ARQUEOLÓGICO
0,1
IV – ÁREAS INDÍGENAS
0,5


Já os parâmetros analisados pela Fundação Estadual de Meio Ambiente (Feam), visam ao Índice de Saneamento Ambiental (ISA), baseando-se no número total de sistemas habilitados, tipo de empreendimento e porcentagem da população atendida no município. A Deliberação COPAM nº 428/2010, fixa os custos médios “per capita” para estimativa de investimentos em sistemas de saneamento ambiental, previstos no art. 4º da Lei nº 18.030/2009. Já a Resolução Conjunta SEMAD-SEPLAG nº 1.212/2010 define os procedimentos para cálculos e publicação dos índices municipais. E a Resolução SEMAD nº 1.273/2011 complementa a Resolução Conjunta 1.212/2010, estabelecendo os critérios e procedimentos para o cálculo do fator de qualidade de empreendimentos de tratamento e/ou disposição final de resíduos sólidos urbanos e de tratamento de esgotos sanitários a serem aplicados na distribuição. Estão aptos a receber o ICMS Ecológico, subcritério Saneamento, os municípios que possuem sistema de tratamento ou disposição final de lixo ou de esgoto sanitário, com operação licenciada ou autorizada pelo órgão ambiental estadual, que atendam, no mínimo, a, respectivamente, 70% e 50% da população urbana. Mais informações podem ser obtidas na Gerencia de Saneamento (GESAN) pelo telefone: (31) 3915-1145 ou pelo e-mail: francisco.fonseca@meioambiente.mg.gov.br Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo.

Terceiro e último subcritério, o Índice de Mata Seca (IMS), também sob a responsabilidade do IEF, considera a área de mata seca existente no município, cujo valor encontra-se disponível na versão mais atual do Inventário Florestal de Minas Gerais que possui duas vertentes: I) Mapeamento e monitoramento periódico da cobertura florestal natural das florestas produtivas do território mineiro; II) Inventário Florestal, propriamente dito, que gera uma série de informações em relação às florestas naturais, inclusive relacionadas à determinação do estoque de carbono e ao acompanhamento contínuo do desenvolvimento das florestas, por meio de medições em parcelas permanentes estabelecidas nas fitofisionomias florestais presentes no estado de Minas Gerais. Esse subcritério será incluído no cadastro automaticamente de acordo com análise do monitoramento realizado pela Gerencia de Monitoramento e Geoprocessamento (GEMOG) do IEF. Para mais esclarecimentos entrar em contato pelo telefone: (31)3915-11270 ou pelo e-mail: gemog.ief@meioambiente.mg.gov.br Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo.

Ao final, a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) é responsável pela compilação, publicação e consolidação de todos os dados fornecidos pela Feam e pelo IEF do critério Índice de Meio Ambiente (IMA= 0,4545*ISA + 0,4545*IC + 0,091*IMS). Posteriormente, as informações são encaminhadas à Fundação João Pinheiro para o devido repasse aos municípios, que é realizado sempre no segundo dia útil da semana, sendo que o primeiro repasse do mês é feito com base no índice calculado no mês anterior.

Os valores repassados aos municípios estão disponíveis para consulta no site da Fundação João Pinheiro: www.fjp.mg.gov.br

Os interessados podem entrar em contato com a Superintendência de Gestão Ambiental (Suga) da Semad, por meio dos telefones: (31) 3915-1777/1778 ou pelo e-mail: marisa.lapertosa@meioambiente.mg.gov.br Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. , e ainda com a Diretoria de Estudos, Projetos e Zoneamento Ambiental (DIPZON), telefone: (31) 3915-1768 ou pelo e-mail: clarissa.souza@meioambiente.mg.gov.br Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo.

sábado, 5 de janeiro de 2013

Restinga sofre com o fogo no pratigí




Em virtude do clima da região bastante seco, aconteceu no ótimo dia 01 janeiro de 2013 uma grande área queimada do bioma  mata atlântica em encontro da  restinga da praia do pratigí. É sabido por informações prestadas que um pessoa irresponsável tocou  fogo em uma goivara e o fogo se alastrou por todo campo, a perda da biodiversidade tanto da fauna como da flora é irreparavel  e notório que vai trazer grandes prejuízos   a natureza em virtude da importância da  APA do pratigí e suas especies uma vez endemicas só neste local do planeta.

Do ponto de vista técnico cientifico como biólogo e avalizador da vida  em  observação do fogo e sua evolução adentrando as matas, notei que a destruição deste local vai levar sérios riscos ambientais para a evolução do ecossistemas causando o dano ambiental irreparável em torno de 06 anos ou até mais.

Portanto fazendo uma pericia ambiental in-loco,  poude avalizar a gragiosidade do problema, visualizei que é necessário e com urgência a conscientização do moradores com programa de educação ambiental para a vigília constante deste problema e tambem de outros, uma brigada de incêndios e capacitação de agentes ambientais, e buscar recuperar a área queimada através de projeto e parceira com o poder público, privada ,Estado e governo municipal e governo federal podendo envolver o terceiro setor, para assim podermos  fazer a recuperação natureza.

Texto

Ricardo pereira

 

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Apoio à qualificação de projetos de educação ambiental no PAC II

 

Os projetos do PAC II têm ações previstas de Educação Ambiental nos Projetos Técnicos Sociais (PTTS), que são acompanhadas pelas equipes do sistema SEDUR (Secretaria de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia), (Empresa Baiana de Água e Saneamento (Embasa), e a Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder). As equipes que têm acompanhado a execução destes projetos acreditam que estes se configuram em uma oportunidade ímpar de fortalecer a educação ambiental, a qualidade vida socioambiental das populações atendidas pelo PAC II. Esta oportunidade, segundo as avaliações das gestoras de seus componentes sociais, pode ser mais bem aproveitada.

ObjetivoO objetivo do processo formativo é aprimorar os procedimentos de fiscalização e o monitoramento no que se refere aos componentes de Educação Ambiental, Mobilização Social, Diagnóstico e Avaliação, além de fornecer subsídios específicos sobre o arcabouço legal e procedimentos de fiscalização e monitoramento dos PTTS.

Diretoria de Cidadania e Educação Ambiental - DEA

 

A Diretoria de Cidadania e Educação Ambiental promove a Política Estadual de Educação Ambiental e Educomunicação como instrumento de inserção da sociedade civil na gestão do meio ambiente no Estado, em consonância com a Política Nacional de Educação Ambiental; integra as iniciativas de gestão e educação ambiental às diretrizes e políticas de desenvolvimento sustentável do Estado, através do fortalecimento da Política Estadual de Educação Ambiental e Educomunicação; promove mecanismos de valorização de ações de desenvolvimento sustentável no Estado, incentivando o consumo responsável e a responsabilidade sócio ambiental; estimula a implantação de Fóruns, Comitês e Comissões com participação da sociedade civil, voltados à promoção de ações de educação ambiental e de desenvolvimento social, econômico e tecnológico sustentável.
A DEA coordena e executa projetos e programas estaduais relacionados com Educação Ambiental, em parceria com instituições públicas, privadas e não governamentais; exercer a Secretaria Executiva da Comissão Interinstitucional de Educação Ambiental - CIEA; articular, promover e oferecer à gestão pública e à sociedade civil instrumentos de difusão e ferramentas pedagógicas para a educação ambiental informal e para a educomunicação.
Cabe à DEA também articular, propor e desenvolver políticas para a sustentabilidade e ações de educação ambiental para a juventude, povos, comunidades tradicionais e outros segmentos; promover a captação de recursos junto a instituições públicas e privadas, nacionais e internacionais, visando a implementação de ações de desenvolvimento sustentável no Estado.
Leia sobre os Projetos e Atividades coordenados pela DEA.
 

Educação Ambiental

 

Programa Nacional de Capacitação de Gestores Ambientais e Conselheiros do SISNAMA

 

O Programa Nacional de Capacitação de Gestores Ambientais e Conselheiros do Sistema Nacional do Meio Ambiente – PNC foi lançado oficialmente dia 23 de agosto de 2005 e instituído por meio da Portaria Ministerial n° 286 de 29 de setembro de 2005. O objetivo do Programa é contribuir para o fortalecimento do SISNAMA e, conseqüentemente, para a diretriz estratégica do Desenvolvimento Sustentável.
Sua concepção se deu em conjunto com a Associação Brasileira de Entidades de Meio Ambiente – ABEMA e a Associação Nacional de Municípios e Meio Ambiente – ANAMMA, contando também com o apoio da Confederação Nacional do Meio Ambiente – CNM. A intenção é de assegurar uma articulação essencial para que sejam contemplados os interesses dos diversos atores e se obtenha a afirmação do programa através de uma retroalimentação permanente.
No Estado da Bahia, a Comissão Tripartite Estadual indicou a Secretaria do Meio Ambiente - Sema como entidade proponente do projeto, que foi construído coletivamente com a participação de representantes de institutos, universidades e entidades públicas.
O Projeto tem a meta de capacitar 880 formadores ambientais de 88 municípios baianos no prazo de 18 meses. Os participantes serão os gestores municipais, técnicos de câmaras dos vereadores e conselheiros do meio ambiente.
Para ler todo o Programa, clique aqui.

Mudanças Climáticas

 

Fórum Baiano de Mudanças Climáticas Globais e de Biodiversidade

Criado pelo Decreto nº 9.519 em 18 agosto de 2005, o Fórum Baiano de Mudanças Climáticas Globais e de Biodiversidade tem como principais atribuições estruturar e a implementar a Política Estadual de Mudanças Climáticas, cumprindo o disposto na Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2009 que a estabeleceu como prioridade da Administração Pública Estadual. Assim:
Promove a estruturação e a implementação do Plano Estadual de Adaptação e Mitigação das Mudanças Climáticas Globais, com a finalidade de subsidiar a elaboração e execução de políticas públicas relacionadas ao tema, em articulação com o Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas e com a Comissão Interministerial de Mudanças Climáticas;
Colabora com a elaboração de normas para a instituição de uma Política Estadual de Adaptação e Mitigação das Mudanças Climáticas Globais da Biodiversidade, em articulação com a Política Nacional de Mudanças Climáticas, a Política Nacional de Biodiversidade e outras políticas públicas correlatas;
Facilita a interação entre a sociedade civil e o poder público, para promover a internalização do tema nas esferas de atuação dos atores sociais relevantes, tais como Secretarias de Estado, Autarquias e Fundações Estaduais e Municipais, Prefeituras, setores empresarial e acadêmico, rede de ensino, sociedade civil organizada e veículos de comunicação;
Promove a divulgação do Fórum Baiano de Mudanças Climáticas Globais e de Biodiversidade, junto aos diversos setores da sociedade, através da realização de reuniões ordinárias, workshops, seminários e cursos, e de discussões sobre o consumo sustentável e a capacidade de suporte dos ecossistemas; cadeias produtivas; valoração de recursos ambientais.
Leia informativo sobre o Diálogo Ministerial sobre Mudanças Climáticas. 

Prefeitura Municipal de Cairu

Salvador, Bahia · Sexta-feira
09 de março de 2012
Ano · XCVI ·20.797
RESOLUÇÃO Nº 4.238 DE 02 DE MARÇO DE 2012. O CONSELHO ESTADUAL DO
MEIO AMBIENTE – CEPRAM, no uso de suas atribuições e tendo em vista o que 
consta do Processo Administrativo nº 2004-004745/TEC/AIAD-0341, RESOLVE: Art.
1º - Indeferir recurso interposto contra Auto de Infração de Advertência, mantendo a
penalidade imposta pelo Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos – INEMA, a
Prefeitura Municipal de Cairu, CNPJ  nº: 14.235.907/0001-44, localizado na Rua
Marechal Deodoro, nº 3, Cairu – Ba. Art. 2º - Esta Resolução entrará em vigor na data
de sua publicação. Eugênio Spengler – Presidente

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Ilhéus participa em São Paulo de encontro sobre a Mata Atlântica

 
Mata Atlântica em debate

Crédito: JBO

Representando o município de Ilhéus, o Chefe de Gabinete da Prefeitura e conselheiro ambiental do município, José Nazal Pacheco Soub, participou do Encontro de Intercâmbio das Iniciativas que trabalham com os Planos Municipais de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica (PMMA), realizado nesta terça e quarta-feira (11 e 12) em São Paulo. O evento também reuniu representantes de 35 municípios brasileiros, que participaram do Encontro de Intercâmbio das Iniciativas e Validação do Roteiro Metodológico dos Planos Municipais de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica (PMMA).
Durante o evento foram apresentadas as experiências dos Projetos Demonstrativos (PDA), com o objetivo de se avaliar os resultados, a exemplo de Ilhéus (BA) e Glória do Goitá (PE), assim como demais Planos, elaborados sob outro formato, como os de João Pessoa (PB), Maringá (PR), e dos municípios do noroeste fluminense. As experiências da elaboração do PMMA no município de Ilhéus foram apresentadas por José Nazal e Renato Cunha, coordenador do projeto, juntamente com a equipe do Grupo Ambientalista da Bahia (Gamba).
O Encontro de Intercâmbio das Iniciativas que trabalham com os Planos Municipais de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica (PMMA) é, ao mesmo tempo, o Seminário de Consolidação sobre as atividades desenvolvidas de mobilização, capacitação e elaboração de Planos Municipais na Região Sudeste. O evento tem como objetivos promover a avaliação das atividades de mobilização e capacitação realizadas em todas as regiões e possíveis continuidades desse processo com avaliação dos PMMAs elaborados ou em elaboração, em relação a vários aspectos ligados ao seu conteúdo ou processo de elaboração e quais as principais dificuldades detectadas.
O Projeto “Proteção da Mata Atlântica II” é uma iniciativa do governo brasileiro, coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente, em parceria com a Cooperação Técnica e Financeira Brasil-Alemanha, no âmbito da Iniciativa Internacional de Proteção ao Clima (IKI) do Ministério do Meio Ambiente, da Proteção da Natureza e Segurança Nuclear da Alemanha (BMU). Prevê apoio técnico através da Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH, e apoio financeiro através do KfW Entwicklungsbank (Banco Alemão de Desenvolvimento), por intermédio do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio).

As 39 condicionantes para implantação do Porto Sul serão cumpridas, diz governo

 
Projeto vai seguir em frente

Crédito: Reprodução

O governador Jaques Wagner, em audiência nesta quinta-feira (22), em Brasília, com o presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Volney Zanardi, disse que o Tribunal de Contas da União (TCU) liberou a compra de trilhos para alguns trechos da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) e que vai encaminhar o atendimento às exigências para liberar as obras dos lotes de 5 a 7 da ferrovia.
De acordo com Wagner, a concessão da licença prévia para o Porto Sul, em Ilhéus, foi um passo importante. Wagner parabenizou e agradeceu o trabalho realizado pelos técnicos do Ibama e disse que o governo da Bahia continua disposto a trabalhar em conjunto para que todas as obras em andamento atendam às exigências ambientais. O governador destacou, ainda, que existem vários novos projetos do governo federal na Bahia que vão abrir o estado para uma nova etapa de desenvolvimento, como a construção da ferrovia ligando Belo Horizonte a Salvador, a duplicação da rodovia Ilhéus/Itabuna e o novo aeroporto de Ilhéus, além de outros, que vão precisar de licenciamento.
Já o presidente do Ibama destacou que deseja manter uma agenda de trabalho com a Secretaria do Meio Ambiente da Bahia, principalmente no cumprimento da nova legislação ambiental, que dá poderes aos estados no segmento de licenciamentos. “Temos uma ampla agenda ambiental a ser discutida com a Secretaria do Meio Ambiente da Bahia”, disse.

Sobre a Fiol, o presidente do Ibama disse que vai receber no dia 12 a bancada baiana para tratar do assunto, e lamentou que o cronograma que foi acertado com a Valec (empresa pública responsável pela construção e exploração de infraestrutura ferroviária) não tenha sido cumprido. O secretário do Meio Ambiente da Bahia, Eugênio Spengler, que acompanhou o governador, disse que será enviada ao Ibama a carteira de projetos que o governo baiano possui na área ambiental e que todas as 39 condicionantes para implantação do Porto Sul serão cumpridas à risca.

Bahia tem 359 lixões a céu aberto e apenas 57 aterros sanitários

 
Aterro do Itariri, em Ilhéus

Crédito: José Nazal

A Bahia possui 359 lixões a céu aberto, apenas 57 aterros e uma única unidade de compostagem e reciclagem, de acordo com estudo realizado pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedur), realizado em 2011. A ausência de locais adequados para receber o lixo produzido na construção civil, indústrias e residências, problema que afeta mais de 300 municípios na Bahia, é o tema desta semana do comentário Encontro com Gabrielli, que está disponível para download no site www.facebook.com/encontrocomgabrielli.

Em todo o Brasil, apenas 24% dos municípios possuem aterros sanitários para disposição ambientalmente adequada dos resíduos. Todos os dias são produzidos no país 185 mil toneladas de resíduos sólidos e quase 40% de todo o lixo gerado é descartado de forma inapropriada. Com isso, por dia, cerca de 74 mil toneladas de resíduos seguem, principalmente, para lixões à céu aberto. O volume é suficiente para encher, até à borda, 56 piscinas olímpicas.

“Como há uma lei federal que estabelece que 2014 é a data limita para que todos os lixões do país sejam eliminados, os municípios precisam agir rápido”, alerta o economista e secretário do Planejamento da Bahia, José Sergio Gabrielli. Ele lembra que todos que quiserem ajuda financeira do Governo Federal para dar um destino adequado ao lixo vão ter que elaborar um Plano de Gestão de Resíduos Sólidos, que inclui o tratamento do lixo e reciclagem.

“Com o prazo apertado, apesar de que a lei é de 2010, uma das soluções são os consórcios públicos”, indica Gabrielli. Os consórcios são a união de entes públicos, sem fins lucrativos, que administrarão, em parceria, atividades específicas, mas de interesse comum, a fim de melhorar os serviços prestados à população. Os consórcios, acrescenta o secretário, “também favorecem a redução de custos, otimizam a aplicação dos investimentos e são firmados, principalmente, para solucionar problemas nas áreas de saneamento, saúde e gestão de resíduos sólidos”.

Atualmente, o Brasil possui cerca de 500 consórcios, sendo que os municípios de pequeno porte são os mais beneficiados, pois, geralmente, têm menos recursos. Na Bahia, o governo estadual tem apoiado a formação e implantação de 13 consórcios públicos, sendo que sete estão formados e seis em formação, envolvendo um total de 231 municípios.

A estimada é que o custo para substituir todos os lixões do Brasil por aterros sanitários seja de R$ 11 bilhões. “Como já disse em outras oportunidades, não faltam recursos quando se tem bons projetos e esse é um daqueles casos”, finaliza Gabrielli.

PROGRAMA - O conteúdo do programa de rádio semanal está disponível para download no site
www.facebook.com/encontrocomgabrielli , podendo ser veiculado gratuitamente nas rádios ou postado em sites e blogs. Contatos e sugestões para o programa podem ser feitos através do e-mail encontrocomgabrielli@gmail.com.
 
Fonte: