quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Lista das espécies brasileiras e relatórios da Birdlife International

 


Lista do Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos http://www.cbro.org.br/CBRO/index.htm, com informações adicionais de:
 
van Perlo, B. 2009. A field guide to the birds of Brazil. Oxford University Press, Oxford, Reino Unido.
Clique no nome da espécie para conectar-se a seu relatório de estado de conservação, preparado pela organização Birdlife International
Nome científico
Nome comum
Categoria de conservação:
arara-azul-grande
Em perigo / Vulnerável
arara-azul-pequena
Em perigo crítico / Extinta
arara-azul-de-lear
Em perigo / Criticamente ameaçada
ararinha-azul
Em perigo crítico / Extinta
arara-canindé
Segura ou pouco preocupante / Não ameaçada
araracanga
Segura ou pouco preocupante / Não ameaçada
arara-vermelha-grande
Segura ou pouco preocupante / Não ameaçada
maracanã-guaçu
Segura ou pouco preocupante / Não ameaçada
maracanã-do-buriti
Segura ou pouco preocupante / Não ameaçada
maracanã-verdadeira
Quase ameaçada / Não ameaçada
maracanã-de-cabeça-azul
Vulnerável / Não ameaçada
maracanã-de-colar
Segura ou pouco preocupante / Não ameaçada
maracanã-pequena
Segura ou pouco preocupante / Não ameaçada
ararajuba
Em perigo / Vulnerável
aratinga-de-testa-azul
Segura ou pouco preocupante / Não ameaçada
periquitão-maracanã
Segura ou pouco preocupante / Não ameaçada
periquito-de-cabeça-preta
Segura ou pouco preocupante / Não ameaçada
jandaia-de-testa-vermelha
Quase ameaçada / Não ameaçada
jandaia-verdadeira
Segura ou pouco preocupante / Não ameaçada
jandaia-amarela
Em perigo / Não ameaçada
Aratinga pintoi
cacaué
Não classificada / Não ameaçada
periquito-de-cabeça-suja
Segura ou pouco preocupante / Não ameaçada
periquito-rei
Segura ou pouco preocupante / Não ameaçada
periquito-de-bochecha-parda
Segura ou pouco preocupante / Não ameaçada
periquito-da-caatinga
Segura ou pouco preocupante / Não ameaçada
tiriba-grande
Vulnerável / Vulnerável
tiriba-fogo
Quase ameaçada / Não ameaçada
tiriba-de-testa-vermelha
Segura ou pouco preocupante / Não ameaçada
tiriba-pérola
Quase ameaçada / Não ameaçada
tiriba-de-barriga-vermelha
Segura ou pouco preocupante / Não ameaçada
tiriba-de-cara-suja
Segura ou pouco preocupante / Não ameaçada
tiriba-de-orelha-branca
Quase ameaçada / Não ameaçada
tiriba-de-peito-cinza
Em perigo crítico / Não ameaçada
tiriba-de-pfrimer
Em perigo / Vulnerável
tiriba-de-testa-azul
Segura ou pouco preocupante / Não ameaçada
Pyrrhura lucianii
tiriba-de-deville
Não classificada / Não ameaçada
Pyrrhura roseifrons
tiriba-de-cabeça-vermelha
Não classificada / Não ameaçada
Pyrrhura amazonum
tiriba-de-hellmayr
Não classificada / Não ameaçada
Pyrrhura snethlageae
tiriba-do-madeira
Não classificada / Não ameaçada
tiriba-de-cauda-roxa
Segura ou pouco preocupante / Não ameaçada
tiriba-fura-mata
Segura ou pouco preocupante / Não ameaçada
tiriba-rupestre
Segura ou pouco preocupante / Não ameaçada
caturrita
Segura ou pouco preocupante / Não ameaçada
tuim-santo
Segura ou pouco preocupante / Não ameaçada
tuim
Segura ou pouco preocupante / Não ameaçada
tuim-de-bico-escuro
Segura ou pouco preocupante / Não ameaçada
periquito-rico
Segura ou pouco preocupante / Não ameaçada
periquito-de-asa-branca
Segura ou pouco preocupante / Não ameaçada
periquito-de-encontro-amarelo
Segura ou pouco preocupante / Não ameaçada
periquito-de-asa-azul
Segura ou pouco preocupante / Não ameaçada
periquito-de-asa-dourada
Segura ou pouco preocupante / Não ameaçada
periquito-testinha
Segura ou pouco preocupante / Não ameaçada
periquito-dos-tepuis
Segura ou pouco preocupante / Não ameaçada
Nannopsittaca dachilleae
periquito-da-amazônia
Não classificada / Não ameaçada
apuim-de-costas-azuis
Segura ou pouco preocupante / Não ameaçada
apuim-de-costas-pretas
Em perigo / Vulnerável
apuim-de-asa-vermelha
Segura ou pouco preocupante / Não ameaçada
apuim-de-cauda-amarela
Vulnerável / Não ameaçada
marianinha-de-cabeça-preta
Segura ou pouco preocupante / Não ameaçada
marianinha-de-cabeça-amarela
Segura ou pouco preocupante / Não ameaçada
curica-urubu
Segura ou pouco preocupante / Não ameaçada
papagaio-de-cabeça-laranja
Quase ameaçada / Não ameaçada
curica-de-bochecha-laranja
Segura ou pouco preocupante / Não ameaçada
curica-caica
Segura ou pouco preocupante / Não ameaçada
cuiú-cuiú
Segura ou pouco preocupante / Não ameaçada
curica-verde
Segura ou pouco preocupante / Não ameaçada
papagaio-galego
Quase ameaçada / Não ameaçada
Pionus reichenowi
maitaca-de-barriga-azul
Não classificada / Não ameaçada
maitaca-de-cabeça-azul
Segura ou pouco preocupante / Não ameaçada
maitaca-verde
Segura ou pouco preocupante / Não ameaçada
maitaca-roxa
Segura ou pouco preocupante / Não ameaçada
papagaio-da-várzea
Segura ou pouco preocupante / Não ameaçada
papagaio-de-peito-roxo
Em perigo / Vulnerável
papagaio-charão
Vulnerável / Vulnerável
papagaio-dos-garbes
Segura ou pouco preocupante / Não ameaçada
papagaio-moleiro
Segura ou pouco preocupante / Não ameaçada
papagaio-de-cara-roxa
Vulnerável / Vulnerável
curica
Segura ou pouco preocupante / Não ameaçada
papagaio-diadema
Segura ou pouco preocupante / Não ameaçada
Amazona dufresniana
papagaio-da-bochecha-azul
Segura ou pouco preocupante / Não ameaçada
chauá
Em perigo / Em perigo
papagaio-campeiro
Segura ou pouco preocupante / Não ameaçada
papagaio-verdadeiro
Segura ou pouco preocupante / Não ameaçada
anacã
Segura ou pouco preocupante / Não ameaçada
sabiá-cica
Quase ameaçada / Não ameaçada

O tráfico na Bahia

 


Adaptado de
O Tráfico de animais na Bahia
Pedro Cerqueira Lima, Sidnei Sampaio, José Ribamar e Otávio Nolasco Faria

Segundo fontes de entidades ambientalistas, 12 milhões de animais silvestres são retirados de seu ambiente natural todos os anos no Brasil. Com uma cifra de cerca de R$ 10 bilhões/ano e somente ficando atrás do tráfico de drogas e armas em movimentação de dinheiro, o comércio ilegal de animais silvestres brasileiros responde por 10 a 15% do mercado mundial, trazendo prejuízos às vezes irreparáveis, como a extinção de espécies.
Entre as vítimas dessa atividade clandestina, podemos citar a ararinha-azul e a arara-azul-de-lear, que têm ocupado o espaço de noticiários e páginas de publicações especializadas.
A ararinha-azul (Cyanopsitta spixii), já rara na natureza e muito cobiçada por colecionadores, foi uma das últimas vítimas do tráfico de animais. Os avisos sobre as ameaças e as tentativas do Comitê responsável pela proteção, estudo e preservação dessa espécie não foram suficientes para impedir a sua extinção na natureza. Oficialmente, restam apenas 67 indivíduos em cativeiro (e desses, apenas cinco estão no Brasil).
A arara-azul-de-lear (Anodorhynchus leari), que vive no Raso da Catarina, figura como outra espécie seriamente ameaçada, tanto pela perda de hábitat como pela sua raridade, sendo por isso muito cobiçada pelos colecionadores. Atualmente a população estimada na natureza é de 416 indivíduos. Um fato que merece destaque é o abate ocasional destas aves por pequenos produtores da região, irritados com o prejuízo causado aos seus miharais por bandos de araras.
Ns fazenda Serra Branca (local de maior concentração da espécie em período reprodutivo), um comitê de estudo e proteção, juntamente com a Fundação BioBrasil e o proprietário da fazenda, Otávio Nolasco de Farias, mantêm guardas para vigiar a fazenda e se encarregam da limpeza de ouricuris, perfuração de poços artesianos para plantio de milho e cercamento da área.
A atuação intensiva de agentes do Ibama no Raso da Catarina está coibindo o tráfico e diminuindo a pressão exercida pela coleta de indivíduos da arara-azul-de-lear. No entanto, há ainda muito que fazer para garantir a sua preservação e evitar que a espécie tenha o mesmo fim da ararinha-azul: a sua extinção na natureza.
Maus tratos
Um dado alarmante chama a atenção para outra face do comércio ilegal de animais silvestres: aproximadamente 90% dos animais destinados ao tráfico morrem. Este alto índice de mortalidade está diretamente ligado aos maus tratos a que os animais são submetidos, na forma de fome, sede, doenças, calor, asfixia e esmagamento devido à superpopulação no transporte.

Muitos deles têm as garras e os dentes arrancados ou cortados e alguns são embriagados e até drogados, para se tornarem mais dóceis. Para driblar a fiscalização, muitos animais são transportados em fundos falsos de malas, em bolsos ou forros de paletós, em caixa de sapatos, e até dentro de tanques de caminhões-pipa.
Espécies que comumente circulam no tráfico
Espécies como papa-capim, cardeal, azulão, canário, coleira e pássaro-preto são espécies de grande distribuição geográfica e que não requerem ambientes muito preservados para sobreviver. Por isso, são comuns em muitos locais, atraindo a atenção dos traficantes que geralmente os oferecem nas feiras-livres, a preços bem baixos. Em alguns pontos do nordeste brasileiro, a venda de aves em feiras-livres é uma das fontes alternativas de sobrevivência para o povo, o que agrava ainda mais o problema do comércio ilegal. Como consequência, algumas espécies como o canário, curió e cardeal já não existem mais em algumas regiões do Estado, embora a degradação ambiental também contribua de forma significativa. Se não abrirmos os olhos, estaremos também assistindo à extinção de espécies consideradas comuns.
Não compre animais da fauna brasileira; você estará contribuindo para a preservação de nossas espécies.
Fonte: