quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Espeleologia Relação direta com o homem

Desde o início da Espeleologia que o homem tem vindo a deparar com criaturas que vivem nos lugares mais interiores das grutas, apesar das condições adversas do meio. Esta Fauna desde sempre suscitou a curiosidade científica, pois questionou-se de imediato sobre as formas de sobrevivência destes seres num ambiente tão inóspito, onde a luz é escassa ou mesmo inexistente e o alimento pouco abundante. Foi para responder a estas questões que surgiu uma nova ciência a que se deu o nome de BIOESPELEOLOGIA.
Esta disciplina tem como objectivo o estudo destes seres e os seus meios de subsistência, revelando cada vez mais um mundo fascinante, completamente diferente daquele a que estamos habituados e onde se podem encontrar "seres estranhos" desprovidos de olhos e de cores ou, ainda, membros invulgarmente alongados.

Flora cavernícola

A Flora existente no interior de uma caverna relaciona-se, principalmente, com a quantidade de luz existente, distribuindo-se assim pelas três principais zonas da gruta.
A Zona de Claridade, existente à entrada da gruta, onde penetra grande quantidade de luz, permite o desenvolvimento de plantas clorofilinas as quais necessitam da luz solar para realizarem as suas funções vitais. Os vegetais mais frequentes nesta zona são as Heras, Hepáticas, Musgo, Fungos, Algas e líquenes, que necessitam de pequenas quantidades de terreno para se fixarem e de muita humidade. Em grutas com grandes aberturas e entrada de luz muito abundante, podem até desenvolver-se vegetais do tipo arbustivo, embora nenhum destes grupos botânicos necessite da gruta para viver, encontrando-se lá apenas por mera casualidade.
Caverna
A Zona de Penumbra, já mais no interior das cavidades, onde a luz escasseia, não permite a existência de vegetais clorofilinos, à excepção de algumas algas verdes que conseguem subsistir com quantidades de luz muito reduzidas. É também natural encontrar plantas clorofilinas, cujas sementes entram no interior da gruta por acidente, levadas por correntes de ar ou transportadas na pele ou patas de animais, as quais germinam e dão origem a plantas frágeis e doentias, mostrando sinais típicos de fototropismo (inclinação em direcção à luz), tendo em geral pouco tempo de vida. Nesta zona desenvolvem-se ainda alguns fungos, emboram não tenham grande capacidade de proliferação, devido à falta de matéria orgânica no substrato ou à acidez das argilas.
A Zona Escura, onde a luz está completamente ausente, permite apenas a existência de uma rica flora bacteriana e alguns raros fungos que se fixam no guano e sobre o corpo de organismos, em especial insetos. A flora bacteriana tem um papel preponderante na decomposição do guano e na alimentação de alguns outros organismos, tais como ácaros, colembolos, etc. Quanto aos vegetais, tal como na zona de penumbra, existe a possibilidade de germinação de sementes e esporos, os quais estão condenados a uma morte quase imediata devido à extrema adversidade do meio. Podemos, pois, considerar como inexistentes as formas de vida botânicas que estejam intimamente relacionadas com a gruta.

Fauna cavernícola

A Fauna dentro de uma gruta, divide-se também em três grupos:
Os animais que se encontram, em geral, próximo da entrada da gruta e que não dependem desta, sob forma alguma, encontrando-se nestes locais apenas por casualidade ou acidente. Os mais frequentes são os Anfíbios (salamandra, tritão e sapo), os pequenos mamíferos (ratos) e os Artrópodes (aranhas, moscas, borboletas nocturnas, centopeias, etc.). Estes animais não influem na gruta em si nem dependem dela sob nenhum aspecto.
Os animais que têm uma preferência natural pela gruta, necessitando desta para realizar algumas das suas funções vitais, tais como a reprodução, hibernação, abrigo, etc.. De entre estes, o exemplo mais típico é o morcego que necessita da gruta e também influi nesta de forma radical, devido à função de portador de nutrientes, dos quais depende toda uma comunidade de seres vivos e cadeias tróficas. Esses nutrientes são o alimento que o morcego durante a noite recolhe, fora da gruta, sob a forma de insetos voadores e que posteriormente libertado, já digerido e transformado em excrementos, a que se dá o nome de guano, vai servir de alimento a animais que dele diretamente dependem, formando outro grupo cavernícola. Este grupo abrange a flora bacteriana e os Ácaros, Colembolos e Dípteros, sem esquecer os predadores do tipo dos miriápodes (centopeias), pseudo-escorpiões e outros.
Caverna
Fonte: espeleopaty.vilabol.uol.com.br
Bioespeleologia
A Bioespeleologia é o ramo da Biologia que se dedica ao estudo dos seres vivos que ocorrem no ecossistema cavernícola.
Proteus anguinus
Proteus anguinus
1. Fatores climáticos importantes
A luz permite caracterizar a gruta em 3 zonas muito importantes do ponto de vista bioespeleológico.
Bioespeleologia
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A Temperatura apresenta variações diminutas e é, normalmente, igual à média das temperaturas anuais exteriores.
A Atmosfera cavernícola é normalmente rica em CO2. A circulação de ar dentro das cavidades depende das correntes de convexão das massas de ar quente e frio, o número de entradas a pressão atmosférica exterior, a dimensão e forma das galerias, entre outros factores.
A humidade relativa do ar é próxima da saturação.
Cavernas



2. Dados históricos

O mundo subterrâneo, desde cedo, cativou o homem e muito se extrapolou sobre monstros que habitavam as profundezas das cavernas.

A história da bioespeleologia começa em 1689, quando Barão Johann Weichard Valvasor descreve a existência de um ‘dragão’ que habita o mundo subterrâneo, que 79 anos é descrito por Laurenti como sendo o anfíbio troglóbio Proteus anguinus.
Mr. Proteus
Em 1831, o Conde Franz von Hohenwart recolhe o primeiro coleóptero cavernícola, Leptodirus hochenwartii.
L. hochenwartii Schmidt, 1832
Ainda no século XIX, Schiodte publica “Specimen Faunae subterraneae”, uma extensa obra onde descreve e introduz o conceito de Espeleobotânica, que viria a cair em desuso pelo facto das plantas apenas habitarem as zonas de entrad a penumbra das cavidades.
Só em 1904, Armand Viré introduz o termo Bioespeleologia.
Em 1949, Renné Jeannel funda, em França, o Laboratório Subterrâneo de Moulis.
Emil Racovitza (1868-1947) de nacionalidade romena, é considerado o pai da bioespeleologia. Com os seus discípulos realizou mais de 50 expedições por toda a Europa, América e África. No ano de 1907, publica "Essai sur les problemes biospeologiques", obra dedicada à problemática do estudo de troglóbios, que marca definitivamente a individualização do estudo da fauna cavernícola.
Em 1965, A.Vandel, na altura director do laboratório subterrâneo, publica “Biospéologie, la biologie des animaux cavernicoles” em 1965, uma obra de referência incontornável, que recolhe a maioria da informação até à época.
Em 1980, é descrito pela primeira vez o Meio Subterrâneo Superficial (MSS), abrindo novos horizontes à biologia das espécies hipógeas e alargando enormemente a sua área de distribuição, que se julgava anteriormente, confinada às cavidades.

3. Flora cavernícola

Não se pode falar de uma flora cavernícola propriamente dita, porque sendo dependente da fotossíntese, a flora está confinada à zona iluminada e de penumbra, sendo incapaz de sobreviver na zona profunda. Esta exibe uma gradação quanto à sua distribuição em função da abundância de luz: plantas superiores, seguidas de Briófitos e algas endolíticas.
Flora cavernícola
Fenómeno de fluorescência, zona de penumbra

4. Fungos

Os fungos desenvolvem-se por cima de matéria orgânica, digerindo-a. Por um processo de digestão extracelular, os fungos excretam enzimas digestivas sobre a matéria orgânia.
São mais comuns em zonas de aporte de matéria orgânica. Estes formam esporos que só germinam em condições favoráveis.
Fungos
Fungo desenvolvido sobre dejectos de rato no interior de uma cavidade vulcânica

5. Comunidades bacterianas

São os organismos vivos mais abundantes no meio cavernícola.
Nas zonas com luz existem cianobactérias, bactérias fotossíntéticas, que em muitos casos, vivem dentro da rocha (endolíticas).
As bactérias heterotróficas ocupam-se da decomposição da matéria orgânica.
As bactérias quimiolitotróficas vivem nas argilas e nos calcários e produzirem matéria orgânica a partir de matéria mineral.
As nanobactérias, de dimensões ínfimas são abundantes em rochas e minerais e muitas delas, são responsáveis for fenómenos de precipitação do carbonato de cálcio, aparecendo associadas a múltiplas formas de concreções subterrâneas.
Colónias de bactérias
Colónias de bactérias quimiolitotróficas - 'Cave Slime'

6. Fauna cavernícola

Podem-se classificar os animais, com base na forma como utilizam o ambiente cavernícola.
Os termos: troglóxenos, troglófilos e troglóbios, são utilizados para definir categorias ecológicas.
Trogloxenos
São habitantes ocasionais, podem ser encontrados nas grutas devido a mudanças de condições climatéricas exteriores ou por acidente. Os mais comuns são os anfíbios, os répteis e uma grande diversidade de invertebrados.
Salamandra
Salamandra
Troglófilos
São animais que não vivem exclusivamente nas cavernas, mas que as utilizam em fases do seu ciclo de vida, para abrigo ou reprodução. São exemplo, várias espécies de morcegos, a gralha-de-bico vermelho e uma quantidade imensa de Artrópodes.
TROGLÓBIOS – os verdadeiros cavernícolas
São organismos altamente especializados e perfeitamente adaptados ao meio subterrâneo, sendo dele exclusivos. A maioria pertence ao filo Arthropoda (ex: aranhas, centopeias, peudoescorpiões, insectos).
Aranha troglóbia
Aranha troglóbia do Maciço Calcário Estremenho: Nesticus lusitanicus
Estes organismos exibem troglomorfismos - adaptações ao meio subterrâneo, são de tal forma especializados que não sobrevivem na superfície. Por se encontrarem adaptados às condições estáveis do meio cavernícola, são altamente sensíveis a perturbações. Para fazer face à escassez de recursos alimentares, os troglóbios criaram estratégias de desenvolvimento que passam pela poupança energética.
Aranha troglóbia
Aranha troglóbia de Tenerife: Dysdera unguimannis

6. Morcegos cavernícolas e Fauna do Guano

São, provavelmente, os habitantes mais conhecidos do meio cavernícola.
Morcego de peluche
Morcego de peluche - Miniopterus schreibersii
Os morcegos são mamíferos da ordem dos Quirópteros. Estes não possuem asas, voam recorrendo a uma membrana interdigital. Têm uma visão reduzida e orientam-se por um processo de ecolocação, emitindo ultra-sons pela laringe que são captados após reflecção e se baseia-se no fenómeno físico do Efeito de Doppler.
Colónia de morcego-rato-grande
Colónia de morcego-rato-grande - Myotis myotis
Morcego de ferradura-grande
Morcego de ferradura-grande Rhinolophus ferrumequinum
Estes mamíferos hibernam no Inverno, sozinhos ou em colónias, conforme a espécie. Nos climas temperados alimentam-se, essencialmente, de insectos.
Os morcegos são vectores de doenças graves, como a raiva (através da mordedura) e a histoplasmose e criptococose (por via aérea, através de esporos existentes no guano).

Fauna do Guano

A existência de excrementos de morcegos suporta um tipo comunidade designado, Fauna do Guano que é composta pelos Guanóbios, que se alimentam guano e os Guanófilos que vivem mais afastados e são os predadores do Guanóbios. A fauna do guano não é considerada troglóbia.
Colêmbolo guanóbio
Colêmbolo guanóbio

8. Adaptações dos Troglóbios - Troglomorfismos

Os troglóbios evoluiram no sentido de se adaptarem ao meio onde vivem. Especializaram-se de tal forma que são incapazes de sobreviver no exterior.
Todo o seu ciclo de vida se desenvolve no interior das cavidades.
As populações de troglóbios são reduzidas em número e muitas vezes também o são em diversidade. O conjunto de adaptações morfológicas, fisiológicas e ecológicas que os troglóbios apresentam são designadas troglomorfismos e são fruto de uma evolução designada regressiva.
Os principais troglomorfismos são:
Procambarus clarkii white Despigmentação
Redução oftálmica ou Anoftalmia
Alongamento dos apêndices e do corpo
Inviabilização das asas ou apterismo em insectos
Redução ou aumento de tamanho
Nesticus lusitanicus Fage, 1931Instares larvares reduzidos
Estratégia de reprodução tipo K - menos ovos, com maior quantidade de nutrientes
Elevada capacidade de armazenamento de nutrientes
Grande capacidade de resistência ao jejum
Fisiogastria - dilatação do abdómen em fêmeas de insectos
Trechus gamaeTaxa metabólica baixa
Maior longevidade
Fraca resistência à dessecação

9. Proteus - um troglóbio emblemático

É o troglóbio mais emblemático e o único vertebrado troglóbio da Europa.
Endémico da Eslovénia é o símbolo do país.
Habita cavidades e vive preferencialmente dentro de água.
É um anfíbio urodelo, despigmentado e anoftálmico. Possui características primitivas no seu estado adulto.
Respira por três tipos diferentes de processos de trocas gasosas: através das 6 brânquias externas que lhe permitem respirar dentro de água, através de 1 par de pulmões funcionais e e através da pele, por hematose cutânea.
Atinge a maturidade sexual entre os 14 e os 18 anos e é simultaneamente ovíparo e vivíparo, isto é, tanto pode por ovos como ter gestação embrionária.
Tem uma elevada resistência a jejuns prolongados, pode passar um ano sem se alimentar. Mede cerca de 30 centímetros e pode chegar aos 100 anos de idade.
A sua existência foi durante muitos anos envolta em mistério, era tido pelas populações locais como um juvenil de grandes dragões que habitavam as cavernas.

10. Vulnerabilidade do património bioespeleológico

A incapacidade de sobreviver fora do ambiente subterrâneo, torna a fauna troglóbia extremamente vulnerável a qualquer alteração do seu meio.
As principais ameaças são:
1. Poluição antropogénica
Que se infiltra através de percolação ou que é propositadamente, introduzida no meio cavernícola, como por exemplo: esgotos canalizados para o interior de cursos de água subterrâneos, descargas ilegais, fertilizantes utilizados na agricultura, esgotos industriais e urbanos.
2. Extracção de inertes
Conduz à total destruição dos sistemas subterrâneos.
Parque Natural da Serra de Aire e Candeeiros
Exemplo de uma, das muitas, pedreiras do Parque Natural da Serra de Aire e Candeeiros (PNSAC)
3. Desflorestação e destruição/alteração do coberto vegetal - provoca alterações no pH do solo e consequentemente no pH da água que se infiltra no meio subterrâneo.
4. Vandalismo - em todas as suas formas.
5. Turismo espeleológico - em todas as suas formas.
Fonte: profundezas.googlepages.com





Arborização Urbana

A CIDADE
O espaço urbano é constituído basicamente por áreas edificadas (casas, comércio e indústrias), áreas destinadas à circulação da população (sistema rodo-ferroviário) e áreas livres de edificação (praças, quintais, etc.)
As áreas ou espaços livres podem ser públicos, potencialmente coletivos ou privados.
Denominamos espaços livres de uso público as áreas cujo acesso da população é livre. São os parques, praças, cemitérios e unidades de conservação inseridas na área urbana e com acesso livre da população.
As áreas ou espaços livres potencialmente coletivos são aqueles localizados junto às universidades, escolas e igrejas. Nestas áreas o acesso da população é controlado de alguma forma.
Finalmente, as áreas livres privadas são aquelas de propriedade particular, onde o acesso não é permitido para qualquer cidadão. São os jardins e quintais de residências, clubes de lazer, áreas de lazer de condomínios e remanescentes de vegetação natural ou implantada de propriedade particular.
Entende-se por arborização urbana toda cobertura vegetal de porte arbóreo existente nas cidades. Essa vegetação ocupa, fundamentalmente, três espaços distintos:
  1. as áreas livres de uso público e potencialmente coletivas, citadas anteriormente;
  2. as áreas livres particulares; e
  3. acompanhando o sistema viário.
O presente texto estará tratando especificamente da arborização urbana que acompanha as ruas e avenidas. São as árvores encontradas ao longo das calçadas, nos canteiros centrais de avenidas e nas rotatórias.
AS ÁRVORES: BENEFÍCIOS E PROBLEMAS
Da mesma forma que a arborização encontrada nas áreas livres públicas e privadas, as árvores que acompanham o sistema viário exercem função ecológica, no sentido de melhoria do ambiente urbano, e estética, no sentido de embelezamento das vias públicas, conseqüentemente da cidade.
Algumas contribuições significativas na melhoria da qualidade do ambiente urbano são citadas a seguir:
  1. purificação do ar pela fixação de poeiras e gases tóxicos e pela reciclagem de gases através dos mecanismos fotossintéticos;
  2. melhoria do microclima da cidade, pela retenção de umidade do solo e do ar e pela geração de sombra, evitando que os raios solares incidam diretamente sobre as pessoas;
  3. redução na velocidade do vento;
  4. influência no balanço hídrico, favorecendo infiltração da água no solo e provocando evapo-transpiração mais lenta;
  5. abrigo à fauna, propiciando uma variedade maior de espécies, conseqüentemente influenciando positivamente para um maior equilíbrio das cadeias alimentares e diminuição de pragas e agentes vetores de doenças; e
  6. amortecimento de ruídos.
Outra função importante da arborização que acompanha o sistema viário é seu préstimo como corredor ecológico, interligando as áreas livres vegetadas da cidade, como praças e parques. Além disso, em muitas ocasiões, a árvore na frente da residência confere a esta uma identidade particular e propicia o contato direto dos moradores com um elemento natural significativo, considerando todos os seus benefícios.
No entanto, muitos são os problemas causados do confronto de árvores inadequadas com equipamentos urbanos, como fiações elétricas, encanamentos, calhas, calçamentos, muros, postes de iluminação, etc. Estes problemas são muito comuns de serem visualizados e provocam, na grande maioria das vezes, um manejo inadequado e prejudicial às árvores. É comum vermos árvores podadas drasticamente e com muitos problemas fitossanitários, como presença de cupins, brocas, outros tipos de patógenos, injúrias físicas como anelamentos, caules ocos e podres, galhos lascados, etc.
Frente a esta situação comum nas cidades brasileiras, soma-se o fato da escassez de árvores ao longo das ruas e avenidas. Neste sentido, é fundamental considerarmos a necessidade de um manejo constante e adequado voltado especificamente para a arborização de ruas. Este manejo envolve etapas concomitantes de plantio, condução das mudas, podas e extrações necessárias. Para que seja implementado um sistema municipal que dê conta de toda essa demanda de serviços, é necessário considerar a necessidade de uma legislação municipal específica, medidas administrativas voltadas a estruturar o setor competente para executar os trabalhos, considerando, fundamentalmente, mão-de-obra qualificada e equipamentos apropriados, bem como o envolvimento com empresas que ajudem a sustentar financeiramente os projetos e ações idealizados, e com a população em geral. Este último poderá acontecer, preferencialmente, através de programas de educação ambiental voltados para o tema, procurando envolver de fato os moradores no processo de arborização ou rearborização da cidade.
As figuras 01 e 02 mostram o que deve ser considerado para efetuar um plantio adequado de uma muda na calçada. As figuras foram retiradas da Cartilha "Vamos Re-arborizar Ribeirão Preto", material didático desenvolvido pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Ribeirão Preto, em 1995.
A escolha da espécie a ser plantada na frente da residência é o aspecto mais importante a ser considerado. Para isso é extremamente importante que seja considerado o espaço disponível que se tem defronte à residência, considerando a presença ou ausência de fiação aérea e de outros equipamentos urbanos, citados anteriormente, largura da calçada e recúo predial. Dependendo desse espaço, a escolha ficará vinculada ao conhecimento do porte da espécie a ser utilizada. Para facilitar, as árvores usadas na arborização de ruas e avenidas foram classificadas em pequeno, médio e grande porte. A seguir seguem as definições de cada um dos portes, com indicação de nomes de algumas espécies mais comuns.
árvoreÁRVORES DE PEQUENO PORTE
 
São aquelas cuja altura na fase adulta atinge entre 04 e 05 metros e o raio de copa fica em torno de 02 a 03 metros. São espécies apropriadas para calçadas estreitas (< 2,5m), presença de fiação aérea e ausência de recuo predial.
Murta, Falsa-murta, Murta de cheiro Murraya exotica
Ipê-de-jardim Stenolobium stans
Flamboyantzinho, Flamboyant-mirim Caesalpinia pulcherrima
Manacá-de-jardim Brunfelsia uniflora
Hibisco Hibiscus rosa-sinensis
Resedá anão, Extremosa, Julieta Lagerstroemia indica
Grevílea anã Grevillea forsterii
Cássia-macrantera, manduirana Senna macranthera
Rabo-de-cotia Stifftia crysantha
Urucum Bixa orelana
Espirradeira, Oleandro Nerium oleander
Calistemon, Bucha-de-garrafa Callistemon citrinum
Algodão-da-praia Hibiscus pernambucencis
Chapéu-de-Napoleão Thevetia peruviana
árvoreÁRVORES DE MÉDIO PORTE
 
São aquelas cuja altura na fase adulta atinge de 05 a 08 metros e o raio de copa varia em torno de 04 a 05 metros. São apropriadas para calçadas largas (> 2,5m), ausência de fiação aérea e presença de recuo predial.
Aroeira-salsa, Falso-chorão Schinus molle
Quaresmeira Tibouchina granulosa
Ipê-amarelo-do-cerrado Tabebuia sp
Pata-de-vaca, unha-de-vaca Bauhinia sp
Astrapéia Dombeya wallichii
Cássia imperial, cacho-de-ouro Cassia ferruginea
Resedá-gigante, Escumilha african Lagerstroemia speciosa
Magnólia amarela Michaelia champaca
Eritrina, Suinã, Mulungu Erytrina verna
Ligustro, Alfeneiro-do-Japão Ligustrum lucidum
Sabão-de-soldado Sapindus saponaria
Canelinha Nectandra megapotamica
árvoreÁRVORES DE GRANDE PORTE
 
São aquelas cuja altura na fase adulta ultrapassa 08 metros de altura e o raio de copa é superior a 05 metros. Estas espécies não são apropriadas para plantio em calçadas. Deverão ser utilizadas prioritariamente em praças, parques e quintais grandes. São elas:
Sibipiruna Caesalpinia peltophoroides
Jambolão Eugenia jambolona
Monguba, Castanheira Pachira aquatica
Pau-ferro Caesalpinia ferrea
Sete-copas, Amendoeira Terminalia catappa
Oiti Licania tomentosa
Flamboyant Delonix regia
Alecrim-de-Campinas Holocalix glaziovii
Ipê-roxo Tabebuia avellanedae
Ipê-amarelo Tabebuia chrysotrica
Ipê-branco Tabebuia roseo-alba
Cássia-grande, Cássia-rósea Senna grandis
Cássia-de-Java Senna javanica
Jacarandá-mimoso Jacaranda mimosaefolia
Figueiras em geral Ficus sp
As palmeiras em geral também não são apropriadas para uso em calçadas, seja pelo porte, na maioria das vezes grande, e também pela dificuldade de manejo. No entanto, podem ser utilizadas nos canteiros centrais de avenidas e nas rotatórias, bem como nas áreas livres públicas.
As Figuras 03, 04 e 05 mostram os ramos de 3 espécies de árvores comuns na arborização de ruas das cidades, trazendo informações sobre a biologia de cada espécie. Estas três pranchas foram retiradas da Apostila "A Poda na Arborização Urbana", elaborada pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Ribeirão Preto, em 1996. Trata-se do material didático básico do curso de poda oferecido por esta Secretaria às empresas que fazem poda na cidade.
PODAalerta
A poda tem a função da adaptar a árvore e seu desenvolvimento ao espaço que ela ocupa. O conhecimento das características das espécies mais utilizadas na arborização de ruas, das técnicas de poda e das ferramentas corretas para a execução da poda permite que esta prática seja feita de forma a não danificar a árvore. Entretanto, a poda sempre será uma agressão à árvore. Sempre deverá ser feita de modo a facilitar a cicatrização do corte. Caso contrário, a exposição do lenho permitirá a entrada de fungos e bactérias, responsáveis pelo apodrecimento de galhos e tronco, e pelo aparecimento das conhecidas cavidades (ocos).
A situação ideal é conduzir a árvore desde jovem, quando tem maior capacidade de cicatrização e regeneração, orientando o seu crescimento para adquirir uma conformação adequada ao espaço disponível. As espécies cujo principal atributo são as flores não deverão ser podadas nos meses que antecedem a época de floração. Para as espécies que apresentam floração pouco significativa, do ponto de vista paisagístico (ligustro, canelinha, sete-copas, monguba, aroeira-salsa, etc), a poda deverá ser feita no final do período de repouso vegetativo que, para nossas condições climáticas, ocorre nos meses de agosto e setembro.
O local mais apropriado para o corte é na base do galho, ou seja, onde ele está inserido no tronco ou em ramos mais grossos. A base do galho possui duas regiões de intensa atividade metabólica, que apresentam rápida multiplicação de células: a crista, que fica na parte superior e o colar, que fica na parte inferior do galho. Para poda de galhos grossos (diâmetro superior a 2,0 cm), considerados lenhosos, o corte deverá ser feito em três etapas. A figura 06 mostra a anatomia da base do galho e o posicionamento dos três cortes em galhos grossos. Os galhos com até 2,0 cm de diâmetro são eliminados em corte único, com auxílio de tesoura de poda ou serra manual.
A seguir seguem os tipos de poda utilizados em árvores de rua:
  1. Poda de Condução
  2. : é adotada em mudas e árvores jovens com o objetivo de adequá-las às condições do local onde se encontram plantadas, adquirindo tronco em haste única, livres de brotos e copa elevada, acima de 1,80 metros.
  3. Poda de Manutenção
  4. : adotada nas árvores jovens e adultas, visando a manutenção da rede viária. Divide-se em:
  • Poda de limpeza
  • : é executada em árvores jovens e adultas, com o objetivo de remover galhos secos, doentes ou ramos ladrões.
  • Poda de conformação
  • : poda leve em galhos e ramos que interferem em edificações, telhados, iluminação pública, derivações de rede elétrica ou telefônica, sinalização de trânsito, levando-se em consideração o equilíbrio e a estética da árvore.
  • Poda para livrar fiação aérea
  • : adotada em árvores de médio e grande portes sob fiação, visando evitar a interferência dos galhos com a mesma. O ideal é o preparo da árvore desde jovem. Pode ser efetuda de quatro maneiras diferentes, dependendo de cada situação e da espécie que será podada.
  • Poda em "V":
  • é a remoção dos galhos internos da copa, que atingem a fiação secundária energizada ou telefônica, dando aos ramos principais a forma de V, permitindo assim o desenvolvimento da copa acima e ao redor da rede elétrica.
  • Poda em "furo":
  • consiste na manutenção da poda em "V", com o desenvolvimento da copa acima e ao redor da fiação. É necessária remoção constante das brotações desenvolvidas ao redor dos fios.
  • Poda de formação de copa alta
  • : a copa é direcionada a se formar acima da rede elétrica. Consiste na remoção dos ramos principais e/ou secundários que atingem a fiação. Quando existe fiação primária energizada, a formação de copa alta não é possível.
  • Poda de contenção de copa
  • : é a redução da altura da copa, com o objetivo de mantê-la abaixo da fiação aérea. É utilizada principalmente em árvores plantadas sob fiação primária energizada.
  • Poda drástica
  • : é considerada poda drástica aquela que apresenta uma das seguintes características:

Remoção total da copa, permanecendo acima do tronco os ramos principais com menos de 1,0 metro de comprimento nas árvores adultas;
Remoção total de um ou mais ramos principais, resultando no desequilíbrio irreversível da árvore;
Remoção total da copa de árvores jovens e adultas, resultando apenas o tronco.
As podas drásticas deverão ser evitadas, sendo a sua utilização permitida apenas em situações emergenciais ou quando precedida de parecer técnico de funcionário municipal autorizado.
As ferramentas e equipamentos principais para os serviços de poda são: tesoura de poda, serras manuais ou moto-serras. Deverão ser evitadas as seguintes ferramentas: machado, facão e foice.
Os equipamentos acessórios são as escadas, cordas e plataformas elevatórias ou cestos.
Os equipamentos de segurança são: capacete com fixação no queixo, óculos para evitar serragem nos olhos, protetores auriculares para os operadores de moto-serra, luvas de couro e sapatos com solado reforçado.
OBSERVAÇÃO: Este texto sobre poda foi inteiramente retirado da Apostila "A poda na arborização urbana", elaborada pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Ribeirão Preto/SP.



CPFL. Guia de Arborização. S/ data. 33 p.
CEMIG. Manual de Arborização. 1997.40 p.
GUZZO, P. Alterações ambientais em áreas urbanas, planejamento e legislação ambiental. In: Seminário Latino Americano de Planejamento Urbano, Campo Grande/MS. Anais, 1993. p.214-222.
Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Ribeirão Preto/SP. Vamos Re-arborizar Ribeirão Preto. Cartilha. 1995. 16 p.
Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Ribeirão Preto/SP. A Poda na Arborização Urbana. Apostila. 1996. 32 p.


CAVALHEIRO, F. & DEL PICCHIA, P.C.D. Áreas verdes: conceitos, objetivos e diretrizes para o planejamento. In: Encontro Nacional sobre Arborização Urbana, 4, Vitória/ES, 13-18/09/92. Anais I e II.1992. p.29-35.

BIBLIOGRAFIA


Os problemas mais freqüentes são formigas, cochonilhas, pulgões, lagartas, fungos e cupins. Sempre que houver algum problema, dessa natureza, com as árvores próximas à sua residência, o melhor a fazer é procurar orientação de técnicos habilitados, que indicarão o procedimento adequado para cada caso.
A prática comum de caiar troncos das árvores não tem função benéfica. A cal é tóxica para os líquens que vivem nos troncos das árvores.

O controle da saúde das árvores deve ser feito regularmente.

DOENÇASLagarta - Gif
Fonte:

Áreas de atuação do Biólogo

Meio Ambiente e Biodiversidade
Aquicultura: Gestão e Produção;
Arborização Urbana;
Auditoria Ambiental;
Bioespeleologia;
Bioética;
Bioinformática;
Biomonitoramento;
Biorremediação;
Controle de Vetores e Pragas;
Curadoria e Gestão de Coleções Biológicas, Científicas e Didáticas;
Desenvolvimento, Produção e Comercialização; de Materiais, Equipamentos e Kits Biológicos;
Diagnóstico, Controle e Monitoramento Ambiental;
Ecodesign;
Ecoturismo;
Educação Ambiental;
Fiscalização/Vigilância Ambiental;
Gestão Ambiental;
Gestão de Bancos de Germoplasma;
Gestão de Biotérios;
Gestão de Jardins Botânicos;
Gestão de Jardins Zoológicos;
Gestão de Museus;
Gestão da Qualidade;
Gestão de Recursos Hídricos e Bacias Hidrográficas;
Gestão de Recursos Pesqueiros;
Gestão e Tratamento de Efluentes e Resíduos;
Gestão, Controle e Monitoramento em Ecotoxicologia;
Inventário, Manejo e Produção de Espécies da Flora Nativa e Exótica;
Inventário, Manejo e Conservação da Vegetação e da Flora;
Inventário, Manejo e Comercialização de Microrganismos;
Inventário, Manejo e Conservação de Ecossistemas Aquáticos: Límnicos, Estuarinos e Marinhos;
Inventário, Manejo e Conservação do Patrimônio Fossilífero;
Inventário, Manejo e Produção de Espécies da Fauna Silvestre Nativa e Exótica;
Inventário, Manejo e Conservação da Fauna;
Inventário, Manejo, Produção e Comercialização de Fungos;
Licenciamento Ambiental;
Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL);
Microbiologia Ambiental;
Mudanças Climáticas;
Paisagismo;
Perícia Forense Ambiental/Biologia Forense;
Planejamento, Criação e Gestão de Unidades de Conservação (UC)/Áreas Protegidas;
Responsabilidade Socioambiental;
Restauração/Recuperação de Áreas Degradadas e Contaminadas;
Saneamento Ambiental;
Treinamento e Ensino na Área de Meio Ambiente e Biodiversidade.

Biotecnologia e Produção
Biodegradação;
Bioética;
Bioinformática;
Biologia Molecular;
Bioprospecção;
Biorremediação;
Biossegurança;
Cultura de Células e Tecidos;
Desenvolvimento e Produção de Organismos Geneticamente Modificados (OGMs);
Desenvolvimento, Produção e Comercialização de Materiais, Equipamentos e Kits Biológicos;
Engenharia Genética/Bioengenharia;
Gestão da Qualidade;
Melhoramento Genético;
Perícia/Biologia Forense;
Processos Biológicos de Fermentação e Transformação;
Treinamento e Ensino em Biotecnologia e Produção.

Saúde
Aconselhamento Genético;
Análises Citogenéticas;
Análises Citopatológicas;
Análises Clínicas;
Análises de Histocompatibilidade;
Análises e Diagnósticos Biomoleculares;
Análises Histopatológicas;
Análises, Bioensaios e Testes em Animais;
Análises, Processos e Pesquisas em Banco de Leite Humano;
Análises, Processos e Pesquisas em Banco de Órgãos e Tecidos;
Análises, Processos e Pesquisas em Banco de Sangue e Hemoderivados;
Análises, Processos e Pesquisas em Banco de Sêmen, Óvulos e Embriões;
Bioética;
Controle de Vetores e Pragas;
Desenvolvimento, Produção e Comercialização de Materiais, Equipamentos e Kits Biológicos;
Gestão da Qualidade;
Gestão de Bancos de Células e Material Genético;
Perícia e Biologia Forense;
Reprodução Humana Assistida;
Saneamento;
Saúde Pública/Fiscalização Sanitária;
Saúde Pública/Vigilância Ambiental;
Saúde Pública/Vigilância Epidemiológica;
Saúde Pública/Vigilância Sanitária;
Terapia Gênica e Celular;
Treinamento e Ensino na Área de Saúde;
Gestão de Bancos de Células e Material Genético. Genético;
Fonte: Conselho Regional de Biologia - 4ª Região

EDUCAÇÃO AMBIENTAL NAS EMPRESAS

Em tempos de foco nas questões ambientais, trazendo para agenda atual a preocupação com a sustentabilidade do planeta e a necessidade de todos terem compromissos com a diminuição do passivo ambiental que hoje contabilizamos, somado à concorrência voraz derivado da globalização e ainda a alardeante espanção do consumismo, surge a necessidade das empresas (de todos os setores) se “apresentarem” para o mercado com uma imagem ambientamente responsável.

Uma empresa que se preocupa com sua imagem e ainda se propõe a atuar com responsabilidade sócio-ambiental tem a necessidade de ter um Sistema de Gestão Ambiental e o ponto de partida para elaboração e/ou implementação do mesmo é sem sombra de dúvida a educação ambiental, permeando todas as etapas do SGA, incluindo o seu conteúdo e sua práxis nas ações das empresas, dos seus administradores, colaboradores, acionistas, clientes e ainda no ambiente ao qual a mesma esta inserida.

A educação ambiental envolve diversas atividades articuladas e sistematizdas com didática e metodologia especificas, além de ser fundamental a participação de todos os setores da empresa, sendo capaz de viabilizar a construção de uma ferramenta fundamental do sistema de gestão ambiental, não podendo de forma alguma ser introduzido de cima para baixo como uma determinação administrativa “hierarquizada” e sim construida coletivamente, garatindo a responsabilização de todos no processo.

O próprio processo de sensibilização (que é uma das etapas iniciais do SGA) é a materialização da educação ambiental e não pode ficar restrita a treinamentos e capacitações dos funcionários de uma empresa, mas deve perpassar todas as atitudes, desde como um colaborador opera uma determinada máquina até como ele se envolve no compromisso da melhoria do desempenho ambiental e operacional da organização.

Como expressa Lucie Sauvé da Université du Québec à Montréal, em seu artigo Educação ambiental: possibilidades e limitações, “a educação ambiental integra uma verdadeira educação econômica: não se trata de “gestão do meioambiente”, antes, porém, da “gestão” de nossas próprias condutas individuais e coletivas com respeito aos recursos vitais extraídos deste meio”, garatindo que os conhecimentos apropriados pelos colaboradores de uma determinada empresa ultrapasse suas fronteiras e transforme sua convivência diária com atiudes sustentáveis.

Organizações de quaisquer setores que introduzem em sua gestão principios de educação ambiental e até mesmo que viabilizam a elaboração/construção de sistemas de gestão ambiental além de garantir uma melhoria da imagem de sua marca no mercado, otimizam recursos em seus investimentos, reduzem sensivelmente seus custos de produção, melhora a qualidade de vida dos seus colaboradores e clientes, evita incidências de multas oriundas do descumprimento da legislação vigente e ainda contribui para preservação do planeta.

Apesar das transformações no enfoque da política-econômica mundial em relação à sustentabilidade, ainda não conseguimos mudar paradigmas encrostados na cultura empresarial capitalista, que age com uma visão extremamente imediatista do lucro e ainda espera “surgir” a ampliação de um robusto mercado verde. O caminho ainda é longo e muitas vezes incerto, é preciso transformar dialeticamente a consciência de todos. Este é o grande desafio da EDUCAÇÃO AMBIENTAL.

Fonte:
http://www.alagoastempo.com.br/blogs/ib-pita/1408/2012/05/24/educao-ambiental-nas-empresas.html

Lixo orgânico é transformado em negócio lucrativo no Brasil

 

A destinação inteligente do lixo úmido já é realidade em várias empresas do Brasil. Uma delas consegue faturamento médio de R$ 100 mil por mês.
Fonte: Jornal da Globo – Coluna Sustentável
Lixo é um negócio lucrativo, e muito positivo para o meio ambiente, desde que tratado corretamente. O que se joga fora de comida por ano no Brasil daria para alimentar 30 milhões de pessoas. É a população do Iraque.
Cada um de nós gera em média um quilo de lixo por dia e mais da metade disso é matéria orgânica. São 22 milhões de toneladas de alimentos que para na lixeira. Resíduos que se transformam em uma bomba-relógio ambiental na maioria das cidades brasileiras.
Abandonados a céu aberto, os resíduos orgânicos vão parar nos lixões, viram chorume, que contamina as águas subterrâneas. Gás metano, que agrava o efeito estufa. Atraem ratos, moscas e baratas, que transmitem doenças.
É nesses locais que milhares de pessoas acabam vivendo, na tentativa arriscada de ganhar a vida, mas há quem já enxergue no lixo uma maneira correta de trabalhar e excelentes oportunidades de negócio. A destinação inteligente do lixo úmido já é realidade em várias empresas do Brasil.
De restinho em restinho chega-se a cinco toneladas de lixo por mês numa fábrica de produtos de beleza. “Antes a gente desenhava o procedimento mandando para aterro e hoje a gente utiliza nosso parceiro para fazer a compostagem então é um ganho para sociedade”, fala o diretor da Lóreal Brasil, Rogério Barbosa.
Numa outra fábrica de equipamentos, os recicláveis são separados num galpão e mais recentemente, o lixo orgânico também passou a ter um destino mais nobre. Sem gastar um centavo a mais. “A gente consegue evitar que vá a aterros sanitários, cerca de 3 mil kg de resíduos orgânicos por mês”, fala o gerente de fabricação de equipamentos da White Martins, Giovani Santini Campos.
Acompanhamos a rotina de uma das primeiras empresas do Brasil a transformar lixo orgânico em negócio lucrativo. O material é levado para um imenso galpão em Magé, na região metropolitana do Rio, onde acontece a compostagem.
“A compostagem de forma natural duraria em torno de cinco a seis meses. Através de um líquido, que funciona como catalisador do processo, a gente acelera isso para em média 40 dias”, explica o diretor comercial da Vide Verde, Marcos Rangel.
Outra vantagem desse sistema é que ele reduz drasticamente as emissões de gases de efeito estufa, que provocam o aquecimento global. Nos aterros de lixo, gera-se 400 gramas de gás para cada quilo de lixo orgânico. Nas composteiras, essa emissão fica em torno de quatro gramas, por quilo, 100 vezes menos.
O que antes era resto de comida vira material seco, sem cheiro ou riscos para a saúde. Misturado à terra preta, o composto é ensacado para então se transformar em um produto cobiçado no mercado de jardinagem.
Quem quiser pode produzir adubo orgânico dentro de casa. Em pelo menos cinco mil domicílios brasileiros, a Minhocasa é o destino final do lixo orgânico.
“O resíduo orgânico que a gente pode colocar dentro desse minhocário pode ser desde as cascas de frutas e verduras, os talos, como também o alimento que já foi cozido como sobra de arroz, feijão, macarrão, casca de ovo, borra de café, pão embolorado, tudo isso é bem-vindo”, conta o sócio-fundador da Minhocasa, César Cassab Danna.
O sistema inspirado num modelo de política pública adotada da Austrália funciona até em apartamentos pequenos. Em caixas fechadas, que não exalam mau cheiro, as minhocas realizam de graça a conversão do lixo em adubo.
André Trigueiro

Educação Ambiental: quem poderá nos ajudar a base da sustentabilidade?

Helena Schiavoni Sylvestre

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As questões ambientais ganham destaque cada vez maior nas mídias e a tendência é que se torne cada vez mais acessível à população. Veículos de comunicação como os jornais impressos, a televisão, o rádio e especialmente a internet são ferramentas que ajudam na disseminação de todo e qualquer material que esteja ligado ao tema. O número de informações que se pode encontrar nestes meios é grande e na hora de buscar referências pode se tornar complicado. Tentando compartilhar seus preferidos com o lnteiro Ambiente, alguns profissionais dão algumas dicas de onde encontrar bons conteúdos sobre educação ambiental, meio-ambiente e sustentabilidade.
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Claudia Kuen Rae Chow, blogueira do setor e geóloga, diz que para se manter informada sobre o tema, visita alguns blogs com os quais ela tem mais afinidade, como o Quintal, Empresa Verde, Blog do Planeta, Energia Eficiente, Vivo Verde e Ecopolítica. Assina a revista sobre sustentabilidade Página 22 da FGV-Ces, vez ou outra acompanha o programa de TV, Cidades e Soluções e lê alguns livros sobre o assunto. Mas Claudia destaca que não segue esta rotina sistematicamente, e que geralmente busca se informar com aquilo que está em pauta. “Não me limito a alguns sites ou blogs. Faço uma busca mais geral”, finaliza a geóloga.
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Érica Sena, bióloga e ambientalista, tem várias fontes de informação e sempre busca ficar a par das novidades. Ela também costuma acessar alguns websites específicos, como o Mercado Ético, Portal Ambiente Brasil, Revista Digital Envolverde, EcoD, Planeta Sustentável, Cidades e Soluções e G1. E tem o costume de ler os principais jornais impressos em circulação e revistas como a Com Ciência, Plurale, Atitude Sustentável, Horizonte Geográfico, Época, Casa e Jardim, Super Interessante, Galileu e Terra da Gente. “Gosto de todas estas, mas compro qualquer uma sobre o tema, que eu encontrar na banca”, destaca.
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A ambientalista ainda diz que gosta de ler livros específicos de gestão ambiental, sustentabilidade, dicas ecológicas, entre outros. Alguns de seus livros de cabeceira são Princípios e Práticas de ED AMB – Genebaldo Dias, livros do jornalista ambiental André Trigueiro (Espiritismo e Ecologia, Mundo Sustentável), A Nossa Escolha – Al Gore e Desenvolvimento Sustentável: Que Bicho é Esse?, de José Eli da Veiga & Lia Zatz. “Aproveito minhas experiências e as das pessoas com as quais convivo, como dicas de passeios e reflexões. Também me atualizo sobre as publicações no Facebook, Twitter e assisto a alguns programas de TV”, completa.
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Renato Barreto, autor do blog que reúne diversas informações da temática, RB Ambiental, diz que no passado ele também tinha dúvida de onde encontrar bons conteúdos sobre educação ambiental e meio ambiente. “A resposta é ler sempre e participar de redes sociais. Hoje recebo muitos e-mails interessantes através da rede de contato que construí”. Barreto ainda indica seu antigo professor, o doutor Genebaldo Freire, como referência e diz achar essencial saber absorver o melhor de cada publicação dos jornais impressos que abordam o tema. Outra indicação dele é o blog do jornalista ambiental Vilmar Berna, mas a internet continua a ser sua principal referência. “As redes sociais hoje têm um papel fundamental na divulgação do tema”, conclui.
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Marina Nobre, pós-graduada em Desenvolvimento Regional e Planejamento Ambiental, estudante de Engenharia Ambiental e blogueira, diz que para escrever em seu blog, busca informações em sites mais conhecidos, como o MMA, órgãos estaduais, WWF, EcoDesenvolvimento, Planeta Sustentável, Ambiente Brasil. “Posteriormente, como meu objetivo era falar sobre o mercado de trabalho, também busquei em sites de Rh e emprego, textos e notícias sobre a área de meio ambiente” ressalta. Para tal fim, a estudante de engenharia busca informações em sites como Agrobase, Cia de Talentos e Vagas. Marina diz que gosta também bastante de usar as redes sociais como o Facebook e Twitter, pois “normalmente nessas redes há divulgação de empresas da área e notícias atualizadas”.
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Katarini Miguel, assessora de imprensa do Instituto Ambiental Vidágua, diz consultar vários sites e blogs, que de certa forma trazem conteúdo de educação ambiental e de formação sobre meio ambiente. Katarini destaca o EcoBlogs como uma de suas fontes favoritas. O blog traz dicas ambientais, curiosidades e idéias sustentáveis bastante interessantes. “Outro blog que eu recomendo, é o do professor Wilson Bueno. Ele é bastante crítico e realista, principalmente com relação ao marketing verde e a conduta das empresas. O que gera sempre boas discussões e comentários dos visitantes” destaca Katarini.
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Outro site que acessa diariamente é o Envolverde, que tem notícias, reportagens especiais e “não vê meio ambiente apenas como fauna e flora, mas engloba questões de cidadania, saúde, política e economia”, diz a assessora. Ela também indica o REBIA (Rede Brasileira de Informação Ambiental), o Educação Ambiental TJ com o qual o Vidágua tem parceria, o Experiencial e Com., e sites de ONGs, como o Sosma e o ISA.
A jornalista diz que gosta e utiliza mais a internet por conta da praticidade e da facilidade para acessar e encontrar conteúdo a qualquer momento e local. Apesar disso, também acompanha notícias de meio ambiente em jornais, TV e rádio.
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Na TV, destaca o Repórter ECO da TV Cultura e o Cidades Sustentáveis da Globo News, que, segundo Katarini, tratam o meio ambiente de forma adequada, com exemplos variados e mais profundidade. “Em rádio temos o programa Ecoando, da rádio Unesp de Bauru, que, além de acompanhar, também participo com uma coluna, comentando os assuntos ambientais da semana”, lembra. E, para livros de consulta, fica com o ‘Educação Ambiental’ do Genebaldo Freire e o ‘Educação Ambiental: princípio, história e formação’ de professores do Fabio Cascino, que são clássicos da área.

Dilma recebe presidente da CNA na semana em que pode vetar o Código Florestal

Estadão.com.br


A presidente Dilma Rousseff recebeu na manhã desta segunda-feira, 7, a presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, senadora Kátia Abreu. O encontro aconteceu na semana em que Dilma pode vetar parte do texto do Código Florestal aprovado pela Câmara dos Deputados. O governo já havia dado o aval para o texto do Senado enviado em dezembro à Câmara, mas deputados da bancada ruralista conseguiram aprovar mais de 30 alterações ao projeto. Por lei, a presidente tem 15 dias, a partir da data da chegada oficial do texto ao Executivo, para avaliar se derruba ou não o projeto ou parte dele.
Depois que o texto do Código voltou à pauta da Câmara e foi aprovado com as alterações feitas pelo do deputado Paulo Piau (PMDB-MG), a ministra da secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, sinalizou que a presidente Dilma Rousseff poderá vetar parte do Código Florestal. ”(Tenho a) convicção de que aquilo que representar anistia não terá apoio, não terá respaldo do governo”, disse. Ideli afirmou ainda que antes do final de maio sairá uma decisão sobre eventual veto.
O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, um dos interlocutores mais próximos da presidente, também compartilha da mesma opinião. “É público e notório que esperávamos o resultado (da votação da Câmara) que desse sequência àquilo que foi acordado no Senado. Não foi esse o entendimento da Câmara. É um poder à parte que respeitamos.” Para o ministro, Dilma vai analisar o texto aprovado na Câmara com “sangue frio e tranquilidade”.
Na sexta-feira, 4, a presidente foi surpreendida com um pedido em coro para que vete o Código Florestal, aprovado com um texto que agradou aos ruralistas e contrariou ambientalistas. A iniciativa partiu da atriz Camila Pitanga, mestre de cerimônias da entrega de cinco títulos de doutor honoris causa ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Rio de Janeiro.
“Presidente, eu vou quebrar o protocolo por um instante só, para fazer um pedido: veta, Dilma! Pronto, quebrei”, disse a atriz, após chamar Dilma ao palco. A plateia, que havia aplaudido a presidente, emendou: “Veta, veta!? Dilma sorriu e aplaudiu de volta.
Desde que o Código Florestal foi aprovado na Câmara, de onde seguiu para sanção ou veto da presidente, a campanha “Veta, Dilma” tomou conta das redes sociais. Entre os pontos considerados inaceitáveis pelos ambientalistas está a suspensão ou redução de sanções para desmatadores.
A possível edição de Medidas Provisórias (MPs) pela presidente Dilma Rousseff para substituir artigos vetados por ela no Código terá o apoio de deputados federais que aprovaram o projeto. “Há um consenso e é o melhor caminho finalizar esse projeto com uma discussão conjunta entre Câmara, Senado e o governo”, disse o deputado Duarte Nogueira (PSDB-SP), após reunião de parlamentares da Comissão da Agricultura e Pecuária da Câmara, na Agrishow, em Ribeirão Preto (SP)./ Com Rosana de Cassia – Agência Estado e Ag. Senado

Aquecimento global: pai da “hipótese Gaia” se retrata de seu alarmismo

 

James Lovelock, pai da “hipótese Gaia”,
se retrata de seu alarmismo
James Lovelock, criador da hipótese ambientalista segundo a qual a Terra formaria um só organismo “vivo” apelidado “Gaia”, admitiu em entrevista à MSNBC que foi “alarmista” a respeito de “mudança climática”.

À guisa de desencargo de consciência, comentou que também outros ambientalistas famosos, como Al Gore, caíram no mesmo erro.

Um dos pais fundadores do ambientalismo hodierno, Lovelock tem esperança de que a suspirada “mudança climática” ainda aconteça, mas lamentou que não virá tão rápido quanto ele anunciava.

Em 2006, em artigo no jornal inglês “The Independent”, Lovelock escreveu que “antes do fim deste século bilhões de homens terão morrido e os poucos casais que sobrevivam ficarão no Ártico, onde o clima ainda será tolerável”.

Agora, em entrevista telefônica com a MSNBC, reconheceu que estava “extrapolando demais”.

Parafraseando os argumentos dos cientistas objetivos, explicou:
– “O problema é que não sabemos o que é que o clima vai fazer. Há 20 anos nós achávamos que sabíamos. Isso nos levou a escrever alguns livros alarmistas – o meu inclusive – porque parecia evidente, porém não aconteceu”.

– “O clima está fazendo suas trapaças habituais. Em verdade, não há muita coisa acontecendo ainda, quando nós deveríamos estar num mundo a meio caminho da fritura”.

– “O mundo não se aqueceu muito desde o milênio. Doze anos é um tempo razoável ... ela [a temperatura] manteve-se praticamente constante, quando deveria ter ido aumentando”.

Em 2007, a revista “Time” incluiu Lovelock na lista dos 13 líderes e visionários “Heróis do Meio Ambiente”, onde também figuravam Al Gore, Mikhail Gorbachev e Robert Redford.

Interrogado se agora tinha virado um “cético” do aquecimento global, Lovelock respondeu à MSNBC: “Depende do que o Sr. entende por “cético”. Eu não sou um negacionista”.

Ele explicou que ainda acredita que a mudança climática esteja acontecendo, mas que seus efeitos serão sentidos num futuro mais longínquo do que se acreditava. “Teremos o aquecimento global, mas ficou adiado um pouco”, explicou.
“Eu cometi um erro”

Lovelock esclareceu que não se importava em dizer: “Tudo bem, eu cometi um erro”.
Na entrevista, ele insistiu que não tirava uma só palavra de seu livro base “Gaia: um novo olhar dobre a vida na Terra”, publicado em 1979. Mas reconheceu que no livro “A vingança de Gaia”, de 2006, ele tinha ido longe demais falando da Terra superaquecida no fim do século.

– “Eu deveria ter sido um pouco mais cauteloso, porém, teria estragado o livro”, brincou cinicamente.

Militantes ambientalistas só puderam concordar, embora desanimados, com o mea culpa de Lovelock.

Peter Stott, chefe do monitoramento do clima no Met Office Hadley Centre, da Inglaterra, disse que o guru foi alarmista demais prevendo que os homens seriam obrigados a viver no Ártico por causa do “aquecimento global”. Também concordou que o aquecimento dos últimos anos foi menor do que o previsto pelos modelos climáticos.

Keya Chatterjee, diretor internacional de política climática do grupo ambientalista WWF-EUA, disse em comunicado que estava “difícil não se sentir esmagado e ficar derrotista”, e sublinhou que a conversa alarmista não ajuda a convencer as pessoas.

A credibilidade das hipóteses ambientalistas está efetivamente caindo cada vez mais baixo.
Fonte:
http://ecologia-clima-aquecimento.blogspot.com.br/2012/04/aquecimento-global-pai-da-hipotese-gaia.html

CONVOCAÇÃO PARA AUDIÊNCIA PÚBLICA


O INSTITUTO DO MEIO AMBIENTE E RECURSOS HÍDRICOS – INEMA, atendendo o disposto na Resolução CEPRAM nº.2929/02 e Lei Estadual nº. 10.431/06, alterada pela Lei nº 12.377/11, regulamentada pelo Decreto Estadual n° 14.024/12 comunica que será realizada a AUDIÊNCIA PÚBLICA, referente ao Estudo de Impacto Ambiental – EIA e respectivo Relatório de Impacto Ambiental – RIMA, relativos ao empreendimento PRATIGI RESORT de responsabilidade da empresa Fazenda Barra dos Carvalhos Empreendimentos Imobiliários Ltda., no dia 07 de agosto de 2012, a partir das 09:00h, no Centro de Cultura Alfredo Neto, Loteamento Dona Norma, n° 75 Baixa Fria, município de Nilo Peçanha para a qual convoca a comunidade interessada.
Salvador, 10 de julho de 2012.
Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos – INEMA
Secretaria do Meio Ambiente –SEMA

Jovens da Cfaf conhecem os ecossistemas do Pratigi


Os jovens da 2ª turma do Curso Técnico em Florestas da Cfaf, tiveram a oportunidade de realizar uma visita técnica a Floresta de Restinga, na Praia de Pratigi, município de Ituberá. Objetivando estudar os ecossistemas do baixo sul da Bahia tais como o Manguezal, Mata Atlântica e a Restinga.

Essas visitas permitem que os jovens tenham contato in loco, compreendam a sua dinâmica e o conhecimento adquirido possa contribuir favoravelmente para a conservação e preservação do meio ambiente. Além de possibilitar aos educandos uma ligação estreita entre a teoria e prática, uma vez que as duas necessitam estarem justapostas, para a concretização de uma educação emancipadora.  Segundo Laysa Ferreira, jovem do referido Curso “A visita foi muito extraordinária, pois pude perceber o quanto é importante a conservação dos ecossistema citados em sala de aula”.
Jovens do 2º ano, do Curso Técnico em Florestas, interagem com os jovens do 1º ano. Na oportunidade, promoveram a abordagem do tema SAF`s (Sistema Agroflorestais), objetivando promover a sensibilização e conscientização sobre o tema já que os mesmos são protagonistas e vivenciam essa realidade.

 
Os palestrantes abordaram temas ligados ao cotidiano dos educandos, despertando-os a refletirem sobre medidas tomadas por eles e pelas comunidades em relação à implantação e manejo de SAF’s. Na abordagem, também foram expostas medidas simples e úteis, aprendidas durante um ano e meio de Casa Familiar.
A iniciativa, idealizada pelos jovens, demonstra o interesse destes em socializar os conhecimentos adquiridos durante o período de Casa. Ao final do evento, os palestrantes agradeceram o carinho e parabenizou o trabalho socioeducativo realizado pela Instituição.

 
Segundo Moisés Luís, um dos jovens que protagonizou a ação, “foi gratificante para mim, ver no semblante de cada um daqueles jovens a atenção, o respeito e o compromisso acerca das atividades realizadas”.

Fonte: