Programa Construção Sustentável
O Programa de Construções Sustentáveis baseia-se no conceito de 
sustentabilidade dos empreendimentos, que integra aspectos 
econômico-financeiros, físicos, culturais e socioambientais, ou seja, traz o 
desafio de construir cidades sustentáveis que proporcionem a inclusão de todos 
os seus moradores com boas condições de vida.
Desde 2008, as normas da CAIXA para programas habitacionais passaram a 
incorporar as variáveis socioambientais, trazendo as seguintes recomendações: 
minimizar os impactos da obra no meio ambiente; aproveitar os recursos naturais 
do ambiente local; realizar a gestão e economia de água e energia na construção; 
promover o uso racional dos materiais de construção; arborizar e estimular o 
plantio de árvores nos terrenos; promover a coleta e reciclagem dos resíduos 
sólidos nos empreendimentos; adotar soluções para a melhoria do conforto interno 
das habitações e promover a educação ambiental dos moradores.
As principais ações e resultados alcançados pelo Programa de Construção 
Sustentável foram:
1. Selo Casa Azul CAIXA - Classificação Socioambiental de Projetos de 
Empreendimentos Habitacionais
A CAIXA desenvolveu o Selo Casa Azul CAIXA, o primeiro sistema de 
classificação da sustentabilidade de projetos habitacionais ofertado no Brasil e 
desenvolvido para a realidade da construção habitacional brasileira.
O intuito é reconhecer os projetos habitacionais que demonstram suas 
contribuições para redução dos impactos ambientais. As construtoras podem se 
candidatar para receber o Selo Casa Azul CAIXA em seus projetos, que pode ser 
obtido em três níveis – ouro, prata e bronze –, dependendo da quantidade de 
critérios atendidos pelo empreendimento, dentro de seis categorias: Qualidade 
Urbana, Projeto e Conforto, Eficiência Energética, Conservação de Recursos 
Materiais, Gestão da Água e Práticas Sociais.
Com a implementação do Selo Casa Azul CAIXA, pretende-se incentivar o uso 
racional de recursos naturais na construção de empreendimentos habitacionais, 
reduzir o custo de manutenção dos edifícios e as despesas mensais de seus 
usuários, bem como promover a conscientização de empreendedores e moradores 
sobre as vantagens das construções sustentáveis.
Para auxiliar as construtoras candidatas ao Selo, foi desenvolvido o Guia 
CAIXA de Sustentabilidade Ambiental – Selo Casa Azul, disponível para download no site da CAIXA
O primeiro projeto a receber o Selo Casa Azul CAIXA foi o Residencial 
Bonelli, no município de Joinvile/SC. O empreendimento com 45 unidades 
habitacionais, contratado em março/2011, atendeu a 32 critérios e recebeu o Selo 
nível Ouro.
Empreendimentos com o Selo Casa Azul CAIXA
2. Ação Madeira Legal
Garantir a sustentabilidade da exploração da madeira na Amazônia, a maior das 
florestas primárias remanescentes do mundo, é meta prioritária 
do Governo Federal. A extração ilegal de madeira e o desmatamento são a maior 
ameaça às florestas. Hoje, 85% da madeira explorada no País é proveniente da 
Amazônia.
Para contribuir com o combate à exploração ilegal da madeira, a CAIXA 
implementou a Ação Madeira Legal, em parceria com o IBAMA e o Ministério do Meio 
Ambiente. A medida consiste na comprovação da origem das madeiras nos 
financiamentos de empreendimentos habitacionais pelas construtoras, 
incorporadoras e entidades organizadoras, por meio do documento de origem 
florestal (DOF) e de uma declaração que demonstre o volume e a destinação dessas 
madeiras na obra.
Os empreendedores são obrigados a apresentar o Documento de Origem Florestal 
- DOF para comprovar a procedência legal das madeiras nativas utilizadas nas 
construções. Esta ação contribui para o uso de madeira legal e combate o 
desmatamento ilegal das florestas nativas brasileiras.
3. Aquecedor Solar de Água
O Sol fornece anualmente quinze mil vezes mais energia do que a consumida 
pela população mundial. Há várias formas de aproveitar a energia solar, entre as 
quais destacamos o aquecedor solar de água, que é uma excelente tecnologia para 
produção de energia limpa e renovável.
Os sistemas de aquecimento solar de água (SAS) são itens financiáveis em 
todos os programas de financiamento habitacional.
Na primeira fase do Programa Minha Casa Minha Vida, 41.449 famílias de baixa 
renda foram beneficiadas com aquecedores solares em suas novas residências 
(2010/2011).
Na segunda fase do MCMV,a partir de 2012 todas as casas térreas de todas as 
regiões do País terão aquecedores solares, de acordo com as especificações 
definidas no Termo de Referência (TR_SAS_MCMV2.pdf), disponível aqui.
O aquecedor solar proporciona uma economia mensal média de 35% do consumo de 
energia elétrica, contribuindo para reduzir a conta de luz.
4. Projeto Solar Brasil
Acordo de Cooperação Técnica entre a CAIXA e a Agência Alemã de Cooperação 
Técnica – GIZ para disseminação do uso de sistemas de aquecimento solar de água 
em empreendimentos habitacionais brasileiros. O Fundo Ambiental da Alemanha doou 
500 mil euros para a implantação de aquecedores solares de água em habitações, 
sendo o primeiro projeto-piloto o empreendimento PAR Mangueira, no Rio de 
Janeiro, onde foram instalados 496 sistemas de aquecimento solar.
5. Arborização de empreendimentos
Incentivar a arborização urbana é uma estratégia para minimizar os impactos 
gerados pelos gases do efeito estufa - GEE, produzidos na construção, além de 
contribuir para a melhoria da qualidade do ar e para a redução do efeito ilha de 
calor nas áreas urbanas. O plantio de árvores na área do empreendimento e em 
seus arredores contribui também para a melhoria do conforto térmico das 
habitações.
Desta forma, a CAIXA adota como norma da empresa a recomendação de 
arborização dos empreendimentos habitacionais, numa proporção de uma árvore para 
cada unidade habitacional nos empreendimentos horizontais e, sempre que 
possível, respeitar uma proporção próxima a essa para os empreendimentos 
verticais.
6. Programa de Compensação Ambiental
A Compensação Ambiental é um mecanismo norteado pelo princípio do 
"poluidor-pagador", que estabelece que os empreendimentos com possível ou 
inevitável impacto ao meio ambiente paguem um determinado valor ao Estado, como 
compensação por esses impactos.
No caso da Companhia Energética de São Paulo – CESP, foi firmado acordo com o 
Ministério Público do Estado de São Paulo e o Ministério Público Federal para 
aplicação de R$ 119 milhões em projetos socioambientais nos municípios de Caiuá, 
Castilho, Ouro Verde, Panorama, Paulicéia, Presidente Epitácio, Presidente 
Venceslau, Rosana e Teodoro Sampaio, além de finalizar a construção do Hospital 
Regional do Câncer de Presidente Prudente.
A CAXA é responsável pelo acompanhamento técnico e financeiro da aplicação 
dos recursos do Programa de Compensação Ambiental em intervenções 
socioeconômicas e ambientais selecionadas pelo Ministério Público Federal e do 
Estado de São Paulo.
7. Avaliação Ambiental de Terrenos com Potencial de 
Contaminação
A CAIXA recebe frequentemente propostas de financiamento habitacional em 
terrenos que já foram utilizados para atividades poluidoras no passado e 
requerem cuidado especial para garantir que não haja riscos ambientais que 
possam causar problemas de saúde à população. Neste sentido, a CAIXA 
desenvolveu, em parceria com a GIZ (Agência Alemã de Cooperação Técnica) e o 
Ministério do Meio Ambiente, uma Metodologia de Avaliação Ambiental de Terrenos 
com Potencial de Contaminação.
O material sistematiza um conjunto de procedimentos metodológicos para a 
verificação da suspeita de contaminação em terrenos destinados a projetos 
habitacionais e é uma referência para os técnicos da empresa, empreendedores, 
construtores, projetistas, Prefeituras Municipais e outros parceiros da CAIXA 
nas ações de desenvolvimento urbano sustentável.
8.  Eficiência Energética na Habitação de Interesse 
Social
Acordo de Cooperação Técnica com o Grupo Neoenergia (COELBA, COSERN E CELPE) 
para doação de lâmpadas econômicas, substituição de geladeiras antigas por 
outras mais econômicas e aquecimento solar de água em empreendimentos do 
Programa Minha Casa Minha Vida, para a população com renda de zero a três 
salários mínimos, nos estados da Bahia, Pernambuco e Rio Grande do Norte. A 
primeira troca de refrigeradores antigos por novos mais eficientes aconteceu em 
Feira de Santana/BA, em 2011, e atendeu às famílias dos empreendimentos Nova 
Conceição, com 545 unidades habitacionais, e Conceição Ville, com 440 unidades 
habitacionais.
Para participar do programa, o morador deve estar adimplente, ter consumo 
mensal acima de 70 kW/h e ter uma geladeira antiga com motor. Nesse primeiro 
empreendimento foram trocadas 71 geladeiras e 18 kits de lâmpadas.
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