01/08/2012 - 
18:07
Incentivar a produção de 
conhecimento científico, de produtos, processos e serviços tecnológicos, assim 
como   a formação de recursos humanos, com foco em biotecnologia e 
biodiversidade, para o desenvolvimento sustentável da região Centro Oeste. Estes 
são alguns objetivos do I Encontro da Rede Centro Oeste de Pós-Graduação, 
Pesquisa e Inovação, realizado no Conselho Nacional de Desenvolvimento 
Científico e Tecnológico (CNPq), que se realiza nesta quarta-feira (1) e 
quinta-feira (2), em Brasília. 
Além dessas metas, o evento – que contou 
com as presenças do ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) em 
exercício, Luiz Antonio Rodrigues Elias, e do secretário de Políticas e 
Programas de Pesquisa e Desenvolvimento (Seped), Carlos Nobre – visa também 
ampliar a integração e cooperação entre programas de pós-graduação consolidados 
e emergentes da região, assim como apoiar o desenvolvimento de bioprocessos nas 
áreas de saúde, agropecuária, industrial e ambiental, de maneira a agregar valor 
a produtos oriundos do Cerrado e Pantanal. 
Na oportunidade, Elias 
lembrou sua participação nas discussões do Plano de Ação de Ciência, Tecnologia 
e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável (Pacti) e da Estratégia Nacional 
de Ciência, Tecnologia e Inovação (Encti), acrescentando que as redes possuem 
uma função importante dentro da política nacional voltada para o setor. 
“O papel das redes está muito bem delineado, tanto no Pacti, quanto na 
Encti. A capacidade intelectual, científica e de articulação para compor uma 
infraestrutura de pesquisa científica, impulsiona a possibilidade de dar um 
salto enorme nas regiões que estavam antes desprovidas dos recursos, portanto da 
capacidade da construção de políticas públicas de fato. Foi isso que nos motivou 
a colaborar com a criação da Rede Pró Centro Oeste”, afirmou.
O 
secretário Carlos Nobre enfatizou que a biodiversidade, área de trabalho 
prioritária da Rede Pró Centro Oeste, deve ser valorizada no país. “A criação 
destas redes de pesquisa nesta área é uma inflexão da ciência brasileira, em 
particular do potencial da biodiversidade no Brasil, o que deve ser transformado 
em valor da sociedade. Este é um reconhecimento que esta área aponta para o 
futuro estratégico do país em função da imensa biodiversidade existente e deve 
ser considerado um pilar central do desenvolvimento”. 
Já o presidente do 
CNPq, Glaucius Oliva, explicou como foi o processo de criação da Rede e fez um 
balanço sobre a aplicação dos recursos disponibilizados em edital. “A rede foi 
implantada através de edital, lançado em 2010, e nele haviam previstos 
investimentos de R$ 30 milhões, R$ 29,8 milhões aprovados efetivamente no que 
diz respeito aos projetos aprovados. Até maio deste ano foram empenhados R$ 15,6 
milhões. Cerca de R$ 12 milhões restantes, especialmente os R$ 10 milhões em 
capital, serão pagos até o final do mês de agosto. Esta é nossa previsão atual. 
O restante são bolsas pagas regularmente e que vão até 2013”, disse. 
Glaucius elogiou, ainda, a composição do edital, que contemplou, não 
apenas o financiamento dos projetos, mas gastos com a coordenação da Rede, onde 
são aplicados recursos para a promoção e ações de integração. 
Edital 
A Rede Centro Oeste de Pós-Graduação, 
Pesquisa e Inovação foi instituída por meio da Portaria Interministerial nº 
1.038, em 10 de dezembro de 2009. Esta Rede objetiva a formação de recursos 
humanos e a produção de conhecimentos científicos, tecnológicos e de inovação, 
que possam contribuir para o desenvolvimento sustentável da região Centro Oeste. 
Formada pelas instituições de ensino e pesquisa dos estados de Goiás, 
Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e do Distrito Federa – e suas respectivas 
secretarias de Estado de Ciência e Tecnologia e Fundações de Amparo à Pesquisa – 
a Rede é dirigida por um conselho diretor, gerenciada por uma secretaria 
executiva, e assessorada por um comitê científico e comitês locais. Ela possui 
duração de cinco anos, a partir da data de publicação da portaria, sujeita à 
renovação, a critério do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), 
observando os indicadores apontados por uma comissão independente de avaliação. 
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