Violência, crimes, guerras, fome e já estamos quase em 2012.
Bom, o que eu posso concluir de tudo isso que vivenciamos é que um sistema cruel, onde visa-se apenas o lucro em tudo resultou nessa situação em que vivemos. Projetos incríveis foram elaborados buscando a felicidade “individual”, e, no entanto, as grandes conquistas foram mesmo na base da guerra e matança de inocentes. Verifica-se isso ao vermos as invasões no Oriente Médio, que serviu para fortalecer e garantir o poderio dos fortes e aumentar as condições de extrema pobreza que muitos ainda vivem em pleno século 21.
Avanços tecnológicos surgem a todo o momento supondo uma felicidade, que nunca veio de fato. Concordo com o Dr. Augusto Cury, ao dizer que se previa que a nossa geração seria a mais feliz de todas em virtude dos avanços tecnológicos e da comodidade, porém, nunca se viu tantas clínicas psiquiátricas lotadas.
O sistema capitalista criou e transmitiu a ideia de que todos podem alcançar seus objetivos, mediante a liberdade que o capitalismo proporciona, no entanto o que vemos é liberdade para os poderosos fazerem o que bem entenderem visando seu lucro, e os menos favorecidos tendo liberdade apenas para “morrerem de fome”.
Nessa sociedade que visar o “ter” os assalariados são tão menosprezados que muitos sentem-se orgulhosos porque trabalham para um poderoso grupo empresarial, por exemplo, ou para um grande latifundiário, não se dando conta que todos tem direito a serem felizes.
Desse sistema cruel, ninguém escapa: seres humanos, animais, arte, cultura, educação, enfim, só é importante aquilo que pode gerar lucro. Como também diz o Dr. Augusto Cury, o “Pai da Medicina”, Hipócrates deve estar muito triste ao ver uma ciência que foi criada para salvar vidas, sendo utilizada para se lucrar com o sofrimento humano.
Realmente, é isso que acontece nesse sistema, pois só pode usufruir de uma medicina de qualidade aquele que possui dinheiro, caso contrário ficará esperando por um milagre dependendo da doença.
Esse sistema classifica as pessoas de acordo com seu convívio ou status, por exemplo, um índio, que vivia em plena harmonia com a natureza era considerado selvagem, mas o que dizer de uma cena relatada no livro Qual a tua obra, do filósofo Mário Sérgio Cortella, que relata a vinda de dois caciques a São Paulo, e ao visitarem o Mercado Municipal não entendem porque uma criança tem que juntar verduras esmagadas ou podres do chão enquanto existe uma quantidade imensa armazenada para vender. Tenta-se explicar aos índios que é porque as crianças não têm dinheiro. Então, o índio pergunta por que o pai do menino, que é adulto, não tem dinheiro, e a única resposta que surge para dar aos índios é que “é isso é normal”. Diante disso, os índios concluíram que os homens brancos não são “civilizados”.
Até mesmo agora, em que se aproxima a festa do Natal, o nascimento de Jesus, que veio para implantar um mundo melhor onde todos possam ser felizes, é “normal” pensar que enquanto muitos alimentos serão desperdiçados, crianças estarão morrendo de fome. Realmente, é comum vermos essas cenas e dizer que é normal, e nos considerarmos normais, afinal os loucos são aqueles que a sociedade não aceita.
Sobre o Natal, esse é mais uns dos alvos desse sistema cruel, que fica satisfeito em ver tantas crianças chorarem por não ganharem um brinquedinho se quer, ou mesmo matar sua fome, aliás, isso é “normal”.
Eu acredito que “um outro mundo é possível”, no entanto, precisamos refletir sobre todos os males que o capitalismo trouxe e continua a fazer devido à busca desenfreada pelo lucro, pois não pode ser considerado normal um mundo que aceite pessoas jogando fora o que está faltando na mesa de tantos que têm o mesmo direito.
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