O diplomata afirma que 28% dos trabalhos estavam concluídos até a manhã desta sexta-feira, mas que esse número não o assusta, porque há vários acordos sendo fechados por pacotes entre as mesas de negociação, o que deve, segundo ele, elevar essa porcentagem até as 22h de hoje, quando o Brasil assume a presidência de maneira formal.
"Há 20 anos foram adotados vários princípios para os países desenvolvidos e os países com economias em transição, e o que se quer é que esses princípios sejam reafirmados aqui. Mas provavelmente isso só vai ser discutido em níveis mais altos¿ explicou Seth, afirmando que não existe um plano B para um fracasso nas negociações e negou que se esteja pensando em fazer outra conferência complementar em 2013 para tentar chegar a acordos que a Rio+20 provavelmente não vá alcançar.
As maiores divergências seguem sendo entre países desenvolvidos e países em desenvolvimento sobre a forma de financiamento. O Brasil assume a negociação com a função de, junto aos mediadores que já estão trabalhando, buscar fórmulas e acordos de forma mais concreta. "O importante é não perdermos mais terreno com o que está avançado. Não podemos retroceder", disse Nikhil Chandavarkar, chefe de comunicação da Rio+20. E como para avançar às vezes é preciso dar um passo atrás, existe até a possibilidade de que, em alguns casos, um ou outro texto em discussão seja totalmente modificado ainda hoje, de forma a que se chegue a um consenso.
Rio+20
Composta por três momentos, a Rio+20 vai até o dia 15 com foco principal na discussão entre representantes governamentais sobre os documentos que posteriormente serão convencionados na Conferência. A partir do dia 16 e até 19 de junho, serão programados eventos com a sociedade civil. Já de 20 a 22 ocorrerá o Segmento de Alto Nível, para o qual é esperada a presença de diversos chefes de Estado e de governo dos países-membros das Nações Unidas.
Apesar dos esforços do secretário-geral da ONU Ban Ki-moon, vários líderes mundiais não estarão presentes, como o presidente americano Barack Obama, a chanceler alemã Angela Merkel e o primeiro ministro britânico David Cameron. Ainda assim, o governo brasileiro aposta em uma agenda fortalecida após o encontro.
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