O Baixo Sul é uma região formada por onze municípios, localizados no sudeste 
do estado da Bahia. Com uma condição natural ímpar, situação edafo climática 
excelente o Baixo Sul possui uma enorme riqueza de cenários muitos ainda em 
excelente estado de conservação, como matas, rios de águas limpas, cachoeiras, 
manguezais, restingas e coqueiros, além de um belo e extenso litoral.
Aliada ao patrimônio natural, o Território Baixo Sul, ou costa do dendê, 
dispõe de inestimável riqueza arquitetônica e cultural: casarões, igrejas, 
conventos, casas de fazendas, bem como fortalezas que guarneceram a Bahia dos 
invasores holandeses e franceses. Bumba-meu-boi, Chegança, romarias marítimas, 
Terno de Reis, Terno de Rosa, Esmola de São Benedito ou Lindo Amor e o 
Zambiapunga são algumas manifestações de um valiosíssimo acervo cultural.
Apesar das riquezas naturais, propicia ao (turismo), minerais explorações de 
(petróleo e gás) e do potencial para o agronegócio sustentável, o Território do 
Baixo Sul da Bahia, ou Costa do Dendê, ainda enfrenta problemas para se 
desenvolver. Mais de 60% da população dos municípios da região têm problemas 
típicos de nações pobres, altos índices de analfabetismo e a escassez de 
saneamento básico estão entre os maiores empecilhos para o desenvolvimento. A 
geração de renda e as oportunidades de trabalho também são escassas, segundo o 
Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
Não poderia deixar de comentar, pois, na minha humilde opinião as 
oportunidades estão chegando ao nosso Baixo Sul, mas, infelizmente, não estamos 
dando a sua devida importância, gostaria de citar sucintamente duas atividades, 
que estão tentando se instalar no Baixo Sul, a primeira na área de turismo e a 
segunda petróleo e gás.
Cito o Resort Internacional Pratigi, projeto de excelente qualidade, além de 
divulgar o nosso Baixo Sul para o mundo, vai gerar centena de empregos diretos e 
indiretos, pois, num total de quase 3.000 hectares, adquiridos pelo investidor a 
área total utilizada para as construções e demais estruturas, ocupará uma área 
de 1.66% da propriedade, mesma assim, será usada uma faixa já antropizada, 
ocupada por coqueirais improdutivos, ressalto que este empreendimento se 
encontra em nossa região a cinco anos esperando licenciamento, pasmem senhores, 
do nosso órgão ambiental estadual, que até agora só fez mudar varias vezes de 
nome, pois, devido a morosidade deste só atrasam a implantação deste, inclusive 
corremos risco do investidor sair da nossa região e migrar para outros polos 
turísticos.
Meu segundo comentário diz respeito à exploração de petróleo e gás em nossa 
região, não é admissível que uma empresa que pretende explorar esta atividade na 
região, esteja esperando sua licença definitiva de exploração a por incrível que 
pareça, a mais de uma década, pois, no passado esta mesma empresa já foi 
licenciada para fazer a prospecção (pesquisa), perfuração dos poços, vale 
ressaltar que o órgão responsável pela licença é o IBAMA/DF, através de um 
escritório que no passado se chamava ELPN, funcionando no Rio de janeiro, hoje, 
mudaram o nome para CGPEG. Dentro deste escritório de licenciamento foi criado 
um escritório da coordenação geral de petróleo e gás e energia nuclear para 
tratar do licenciamento destas atividades no Norte e Nordeste do Brasil, 
ficando, sediada, não sei por que no estado de Sergipe, nada contra os nossos 
irmãos sergipanos, pois, devido a sua Historia na exploração de petróleo a Bahia 
deveria sediar este escritório. Estes fatos nos deixaram bastante otimistas, 
agora sim, vamos ter um escritório cuidando do Nordeste, mas, grande foi a nossa 
surpresa, quando descobrimos que o processo da empresa situada na região a mais 
de uma década, ficou no Rio de Janeiro, tendo sido negada sua licença previa. 
Muitos ambientalistas de plantão poderão criticar estas atividades, como fontes 
poluidoras, mas, poderemos citar muitas outras atividades que historicamente 
poluem muito mais, gostaria de citar o município de Cairu, que após a chegada da 
exploração desta atividade, confrontante no seu litoral, se tornou um canteiro 
de obras, resultante dos recursos oriundos desta atividade, neste município se 
inaugura uma obra de suma importância para os seus munícipes quase todos os 
dias, fruto de uma gestão séria e compromissada por parte da Prefeitura 
Municipal, colocando o município de Cairu, como o sexto (6º) na Bahia em 
aplicações dos recursos recebidos em prol das suas comunidades, podendo, 
inclusive ajudar a outras do seu entorno, pertencentes a municípios 
circunvizinhos.
Portando meus conterrâneos precisamos nos empoderar do nosso Baixo Sul, 
revendo conceitos antigos os quais não comportam nos dias atuais, cobrar dos 
nossos gestores membros da AMUBS, ações de fato, sugerindo que estes vão em 
comitiva até o governador do Estado da Bahia, para que juntos, resolvam, 
conjuntamente com os órgãos de fiscalização estadual e federal, as pendencias, 
entraves e regularizações ambientais, que por acaso, estiverem impossibilitando 
a implantação destas atividades em nossa região, importantes fontes de recursos 
na geração de empregos, saúde, educação, infraestrutura (saneamento básico, 
habitação etc.). Temos um brilhante exemplo em nossa região, se os recursos 
forem aplicados corretamente como vem fazendo Cairu teremos municípios e 
munícipes com a melhor qualidade de vida do estado da Bahia.
Formação Acadêmica (Ciências Contábeis UFBA).
Tecnólogo de Pesca e Aquicultura (IGIA/UFPR).
Técnico em Aquicultura IFABAIANO (CEFET).
Técnico em Gestão Ambiental, Desenvolvimento Sustentável e Elaboração 
de Projetos CRA/ NEAMA/INEMA.
Fonte:
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