terça-feira, 26 de fevereiro de 2013
CULBE DE ROMA
O Clube
de Roma é um grupo de pessoas ilustres que se reúnem para debater um vasto
conjunto de assuntos relacionados a política, economia internacional e ,
sobretudo, ao meio ambiente e o desenvolvimento sustentável. Foi fundado
em 1968
pelo industrial italiano Aurelio Peccei e pelo
cientista escocês
Alexander King.
Tornou-se
muito conhecido a partir de 1972, ano da publicação do relatório intitulado Os Limites do Crescimento,[1]
elaborado por uma equipe do MIT, contratada pelo Clube de Roma e chefiada por Dana Meadows.
O
relatório, que ficaria conhecido como Relatório do Clube de Roma ou Relatório
Meadows, tratava de problemas cruciais para o futuro desenvolvimento da
humanidade tais como energia, poluição
, saneamento,
saúde,
ambiente, tecnologia
e crescimento populacional, foi publicado e
vendeu mais de 30 milhões de cópias em 30 idiomas.[2]
tornando-se o livro sobre ambiente mais vendido da história.
Utilizando
modelos
matemáticos, o MIT chegou à conclusão de que o Planeta Terra não suportaria o
crescimento populacional devido à pressão gerada sobre os recursos
naturais e energéticos e ao aumento da poluição,
mesmo tendo em conta o avanço tecnológico.[3]
Alguns
críticos dizem que a análise e as projeções do cenário futuro apresentados no
livro mostraram-se equivocadas, uma vez que nenhuma das previsões, tanto nos
aspectos de esgotamento dos recurso naturais, como da evolução dos processos
produtivos se confirmaram. Outros cientistas, como o Prof. Jorge Paes Rios, da
UFRJ e da Université de Grenoble - França, concordam com a maioria das
conclusões do Relatório sendo apenas questão de tempo, aliás como mostra o
próprio relatório baseado em modelos matemáticos. Afirma Rios, na sua tese, que
como todo modelo matemático global podem existir algumas imprecisões ou mesmo
simplificações, o que não invalida as conclusões principais.
Segundo o site do Clube de Roma, seus membros são personalidades oriundas de diferentes comunidades: científica, acadêmica, política, empresarial, financeira, religiosa, cultural). Seu presidente honorário é o diplomata espanhol Ricardo Díez-Hochleitner.[4][5] Em outubro de 2010, o Clube tinha dois presidentes, Dr. o Ashok Khosla, da Índia, e o Dr. Eberhard von Koerber, da Alemanha, e dois vice-presidentes, o Professor Heitor Gurgulino de Souza, do Brasil, e o Dr. Anders Wijkman, da Suécia. O trabalho do Clube é apoiado por um pequeno secretariado, instalado em Winterthur, no cantão de Zurique, Suíça, chefiado por Ian Johnson, do Reino Unido.[6]
O clube conta com membros efetivos, honorários e associados, oriundos de diferentes países. Os membros honorários são personalidades notáveis, tais como Jacques Delors, da França, Belisario Betancur, da Colômbia, César Gaviria, da Colômbia, Fernando Henrique Cardoso, do Brasil, Mikhail Gorbachev, da Rússia, Vaclav Havel, da República Tcheca, Enrique Iglesias, do Uruguai, Helio Jaguaribe, do Brasil, o rei Juan Carlos I, da Espanha, a rainha Beatriz, dos Países Baixos, Cândido Mendes de Almeida, do Brasil, Mário Soares, de Portugal e muitos outros.
FONTE:
PRIMAVERA SILENCIOSA
O nome é Rachel Louise Carson. Pouca gente a conhece fora dos círculos acadêmicos, mas ela foi a bióloga e escritora responsável pela maior revolução ecológica dos Estados Unidos e do mundo, quando lançou o livro “Primavera Silenciosa” (Silent Spring), em outubro de 1962. Apesar do título poético – uma referência ao silêncio dos pássaros mortos pela contaminação dos agrotóxicos -, nunca um livro fez tanto barulho a favor do meio ambiente. No primeiro capítulo, “Uma Fábula para o Amanhã”, a autora descreve, liricamente, um lugar onde as árvores não davam folhas, os animais morriam, os rios contaminados não tinham peixes e, principalmente, os pássaros que cantavam na primavera haviam sumido. Mas, nos 16 anos seguintes, Carson, de maneira demolidora, explicou e denunciou o perigo dos pesticidas.
Sempre lutando, a escritora discursou no Congresso americano em 1963, onde pediu novas políticas destinadas a proteger a saúde humana e o meio ambiente. Morreu na primavera de 1964, aos 57 anos, de câncer de mama. Posteriormente, verificou-se que, ironicamente, a causa pode ter sido a sua demasiada exposição às substâncias químicas tóxicas. “Portanto, num certo sentido,“Primavera Silenciosa” foi escrito literalmente para sua vida”, comenta Al Gore. Em 1972, o uso do DDT foi proibido nos Estados Unidos, e a revista Time a incluiu na lista das 100 pessoas mais influentes do século XX. Em 1992, um grupo de escritores americanos elegeram “Primavera Silenciosa” como o livro mais influente dos últimos 50 anos naquele país e no mundo.
Em 2000, a Escola de Jornalismo de Nova York consagrou a obra como uma das maiores reportagens investigativas do século XX. Seis anos depois, o jornal britânico The Guardian escolheu Rachel Carson para o primeiro lugar na lista das cem pessoas que mais contribuíram para a defesa do meio ambiente de todos os tempos. A Ecológico selecionou, aqui, trechos em que a cientista fala sobre os animais, a natureza, os pesticidas e a contaminação do meio ambiente.
Ironia
“Arriscar tanto nos nossos esforços destinados a moldar a natureza de acordo com a nossa satisfação e a nossa conveniência e, ainda assim, acabar fracassando sem atingir o objetivo seria, na verdade, a ironia final. A verdade, raramente mencionada, mas existente, para ser vista por qualquer pessoa que deseje vê-la, é que a natureza não é facilmente moldável, e que os insetos estão encontrando caminhos para contornar os nossos ataques contra eles.”
Darwin
“Se Darwin estivesse vivo nos dias de hoje, o mundo dos insetos o encantaria e desconcertaria com as confirmações relacionadas às teorias que ele elaborou, a propósito da sobrevivência do mais adaptado. Sob os efeitos venenosos da pulverização intensiva dos inseticidas, os membros fracos das populações de insetos estão sendo varridos da existência.”
Insetos
“Muito antes da idade do homem, os insetos já habitavam a Terra, compondo um grupo de seres extraordinariamente variados e adaptáveis. No curso do tempo, a contar do advento do homem, uma pequena percentagem de mais de meio milhão de espécies de insetos entrou em conflito com o bem-estar humano por duas formas principais: como competidores no consumo do abastecimento de comida e como transmissores de doenças.”
Radiação
“A radiação, agora, não é mais apenas a radiação de plano secundário, das rochas; nem é mais o bombardeio dos raios cósmicos, e menos ainda dos raios ultravioleta do sol, que já existiam antes que houvesse qualquer forma de vida sobre a Terra. A radiação, agora, é a criação não natural dos malfazeres do homem com o átomo.”
Pesticidas
“A partir de meados de 1940, mais de 200 substâncias químicas, de ordem básica, foram criadas para uso e matança dos insetos, de ervas daninhas, de roedores e de outros organismos que, no linguajar moderno, são descritos como “pestes” ou “pragas”, e elas são vendidas sob milhares de denominações diferentes de marcas. Estes borrifos, estes pós e aerossóis são agora aplicados quase universalmente em fazendas, jardins, florestas e residências.”
“São substâncias químicas não seletivas, que têm poder para matar toda espécie de insetos, tantos os ‘bons’ como os ‘maus’. Têm poder para silenciar o canto dos pássaros e deter o pulo dos peixes na correnteza; para revestir as folhas das plantas com uma película mortal e para perdurar, embebidas no solo.”
Biocidas
“Pode alguém imaginar que seja possível instituir semelhante barragem de venenos sobre a superfície da Terra, sem torná-la inadequada para a vida toda? Tais substâncias não deveriam ser denominadas de ‘inseticidas’ e, sim, de biocidas.”
DDT
“O DDT (Dicloro-difenil-tricloro-etano) foi sintetizado pela primeira vez por um químico alemão em 1874, mas as suas propriedades, como inseticida, só foram descobertas em 1939. Quase que imediatamente, foi saudado como o recurso para a eliminação das doenças transmitidas por insetos, e para ganhar, da noite para o dia, a guerra dos agricultores contra os destruidores de colheita. O DDT é tão universalmente usado que, para a maior parte das pessoas, o produto assume aspecto familiar de coisa inofensiva.”
“Os efeitos no homem, onde já são conhecidos, demonstraram ser destruidores. Para além desses, encontra-se perspectiva ainda mais avassaladora dos danos que só podem ser detectados no fim de longos anos, e dos possíveis efeitos genéticos que não podem ser conhecidos durante gerações.”
“A partir de quando o DDT foi colocado à disposição do uso civil, um processo em escala industrial está em marcha. Isto aconteceu porque os insetos, numa reivindicação triunfante do princípio de Darwin, relativo à sobrevivência dos mais fortes e mais adaptados, desenvolveram super-raças imunes aos efeitos do inseticida em particular usado contra eles; daí resultou a necessidade de se prepararem substâncias químicas ainda mais mortíferas – cada vez mais letais- e, depois, outras, ainda mais propiciadoras da morte.”
Futuro
“Temos permitido que as mencionadas substâncias químicas sejam usadas sem que haja investigação alguma, ou apenas uma investigação insuficiente, quanto aos seus efeitos sobre o solo, a água, sobre a vida dos animais silvestres e também sobre o próprio homem. As gerações futuras não perdoarão, com toda probabilidade, a nossa falta de prudente preocupação a respeito da integridade do mundo natural que sustenta a vida toda.”
“Em áreas cada vez mais amplas dos Estados Unidos, a primavera agora surge sem ser anunciada pelo regresso dos pássaros. As madrugadas também se apresentam estranhamente silenciosas nas regiões em que outrora se enchiam da beleza do canto deles. Este súbito silenciar da canção dos pássaros (...) se estabeleceu depressa, insidiosamente, sem ser notado por aqueles cujas comunidades estão sendo por ora afetadas.”
Civilização
“A questão consiste em saber se alguma civilização pode levar adiante uma guerra sem tréguas contra a vida, sem se destruir a si mesma e sem perder o direito de ser chamada de ‘civilização’(...) Temos pela frente um desafio como nunca: a humanidade teve de provocar nossa maturidade e nosso domínio, não da natureza, mas de nós mesmos.”
QUEM É ELA
Escritora, cientista bióloga e ecologista norte-americana, nasceu em 1907, na cidade de Springdale, no estado da Pensilvânia. E, desde a infância- influenciada pela mãe- se interessava pela natureza. Em 1929, graduou-se na Pensilvânia College for Women, estudou na Woods Hole Marine Biological Laboratory e depois formou-se em Zoologia pela Universidade John Hopkins, em 1932. Foi contratada pelo governo americano para escrever boletins para a rádio durante a Depressão e também escrevia artigos sobre história natural para o Jornal Baltimore Sun. Em 1936, torna-se editora – chefe de todas as publicações do renomado U.S. Fish e Wildlife ( Departamento de Pesca e Vida Selvagem). Suas primeiras publicações foram sobre os estudos das espécies e seres vivos que habitavam os mares e oceanos como: Under The Sea Wind (Sob o Vento do Mar – 1941), The Sea Around Us (O Mar Que Nos Rodeia – 1951), que foi sucesso nacional e internacional e foi traduzido para 30 idiomas.
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013
O capitalismo no Mundo Contemporâneo na Dinâmica cultural da Mutação Consumista Global

Além
do conjunto combinado de tais eventos, a desintegração vertical das indústrias
de produção de massa levantou evidências, nos anos 70 e 80, em pleno período de
reestruturação econômica e reajustamento político e social (Harvey, 1992), de
que as estruturas sócio-espaciais produzidas durante as fases de
industrialização fordista encontravam-se em processo de dissolução e
aniquilamento. Estas estruturas, ao serem parcialmente substituídas por novas
formas e por novas funções na organização industrial e na vida social,
econômica e política dos países capitalistas exige, paulatinamente, o fim da
rigidez das relações sociais de produção e consumo este mundo está mudado e nos
temos que mudar nossa postura e nossa formar de vive caso não mudemos vamos
todos juntos entrar em várias grades crises globais, em vários seguimento, devemos
analizar como mostra no texto de pergunta em perguntas e ver o que está
errado?.
Portanto
é mister fazer uma reflexão e olhar o futuro, pensando na transcendental visão sistêmica de mundo auquele que está morendo aos poucos com querra, catastrofe, acidentes e outros acontecimentos como lixo falta de saneamento, falta de alimentos, pense no presente em todo o seu funcionamento
e suas conecções e complicações, pensando principalmente no ser humano, no
planeta, numa economia verdade sobre tudo nas questões das enérgias verde e
limpas, na economia solidaria e na distribuição de renda de forma que contemple
todos, no salário justo digno para sua sobrevivência, então contempla suas espectativa de mundo, contemplada
efetivamente as suas necessidade básica para o seu desenvolvimento humano
cultural, aí você perguena que lugar é este, isso é neste planeta, é um sonho que virou pesadelo?
não isso é no planeta terra em plena crise socioeconomica e ambiental, a crise do sistema, pois no ano de 2050, onde as pessoas estão sofrendo e
pagando o preço pelo que fizeram no passado, então olhe para o seu futuro, e faça
agora o há de melhor e seu coração para o planeta e para você e para seus filhos e netos.
Texto:
Ricardo Pereira
terça-feira, 19 de fevereiro de 2013
Comprometimento e Política Ambiental
A política ambiental deve estabelecer um senso geral de orientação para as organizações e simultaneamente fixar os princípios de ação pertinentes aos assuntos e à postura empresarial relacionados ao meio ambiente.
A política ambiental deve estabelecer um senso geral de orientação para as organizações e simultaneamente fixar os princípios de ação pertinentes aos assuntos e à postura empresarial relacionados ao meio ambiente.
Tendo como base a avaliação ambiental inicial ou mesmo uma revisão que permita saber onde e em que estado a organização se encontra em relação às questões ambientais, chegou a hora da empresa definir claramente aonde ela quer chegar. Nesse sentido, a organização discute, define e fixa o seu comprometimento e a respectiva política ambiental.
O objetivo maior é obter um comprometimento e uma política ambiental definida para a organização. Ela não deve simplesmente conter declarações vagas; ela precisa ter um posicionamento definido e forte. Além da política ambiental, empresas também adotam a missão de que em poucas palavras, expõe seus propósitos.
A política ambiental da organização deve necessariamente estar disseminada nos quatro pontos cardeais da empresa, ou seja, em todas as áreas administrativas e operativas e também deve estar incorporada em todas as hierarquias existentes, ou seja, de baixo para cima e de cima para baixo - da alta administração até a produção.
Ao adotar a política ambiental, a organização deve escolher as áreas mais óbvias a serem focalizadas com relação ao cumprimento da legislação e das normas ambientais vigentes específicas no que se refere a problemas e riscos ambientais potenciais da empresa.
A organização deve ter o cuidado de não ser demasiadamente genérica afirmando por exemplo: comprometemos-nos a cumprir a legislação ambiental. É óbvio que qualquer empresa, com ou sem política ambiental declarada, deve obedecer a legislação vigente.
O compromisso com o cumprimento e a conformidade é de vital importância para a organização, pois, em termos de gestão ambiental, inclusive nos moldes das normas da série ISO 14000, a adoção de um SGA é voluntária, portanto nenhuma empresa é obrigada a adotar uma política ambiental ou procedimentos ambientais espontâneos, salvo em casos de requisitos exigidos por lei, como, por exemplo: licenciamento ambiental, controle de emissões, tratamento de resíduos, etc.
O que diz a NBR-ISO 14.001
Política Ambiental
- A alta administração deve definir a política ambiental da organização e assegurar que ela:
- Seja apropriada à natureza, escala e impactos ambientais de suas atividades;
- Inclua o comprometimento com a melhoria contínua e com a prevenção da poluição;
- Inclua o comprometimento com o atendimento à legislação e normas ambientais aplicáveis e demais requisitos subscritos pela organização;
- Forneça a estrutura para o estabelecimento e revisão dos objetivos e metas ambientais;
- Seja documentada, implementada, mantida e comunicada a todos os empregados;
- Esteja disponível para o público.
Filtro Ambiental
Para evitar ou reduzir o Passivo Ambiental, usa-se o conceito de tecnologia limpa, que pode ser alcançado com o filtro.
Para evitar ou reduzir o Passivo Ambiental, usa-se o conceito de tecnologia limpa, que pode ser alcançado com o filtro ambiental, conforme mostrado no diagrama.
Filtro ambiental é a postura empresarial para evitar a entrada de qualquer coisa que possa causar problemas ambientais no processo produtivo, no manuseio e na armazenagem de bens, ou que possa influenciar negativamente, do ponto de vista ambiental, os produtos e serviços oferecidos por qualquer organização.
Input | Filtro Ambiental | Output |
Matérias-primas | Pesquisa e Desenvolvimento | Produtos |
Energia | Legislação | Serviços |
Água | Planejamento | Minimizar ou evitar: |
Ar | Análises | Rejeitos |
Insumos | Compras | Despejos |
Peças | Alternativas | Barulho |
Produtos Perigosos | Processos | Ar poluído |
Embalagens | Tcnologias | Lixo |
Mercado | Embalagens |
Classificação de Passivo Ambiental
O Passivo Ambiental, por ser pouco conhecido ou pesquisado, possui características muito abrangentes. Nota-se que, tanto do ponto de vista administrativo como no contexto físico, ele envolve questões que realmente podem influenciar para melhor.
O Passivo Ambiental é classificado de acordo com dois aspectos:
- Aspectos Administrativos
- Aspectos Físicos
O Passivo Ambiental, por ser pouco conhecido ou pesquisado, possui características muito abrangentes. Nota-se que, tanto do ponto de vista administrativo como no contexto físico, ele envolve questões que realmente podem influenciar para melhor ou para pior as negociações de determinados patrimônios.
Aspectos administrativos
Nos aspectos administrativos, estão enquadradas as observâncias às normas ambientais e os procedimentos e estudos técnicos efetivados pela empresa, relacionando-se:
- Registros, cadastros junto às instituições governamentais
- Cumprimento de legislações
- Efetivação de Estudo e Relatório de Impacto Ambiental das atividades
- Conformidade das licenças ambientais
- Pendências de infrações, multas e penalidades
- Acordos tácitos ou escritos com vizinhanças ou comunidades
- Acordos comerciais (por exemplo: certificação ambiental)
- Pendência do PBA - Programa Básico Ambiental
- Resultados de auditorias ambientais
- Medidas de compensação, indenização ou minimização pendentes
Aspectos físicos
Os aspectos físicos abrangem:
- Áreas de indústrias contaminadas
- Instalações desativadas (por ex.: depósitos remanescentes)
- Equipamentos obsoletos (por ex.: césio)
- Recuperação de áreas degradadas (por ex.: mineração)
- Reposição florestal não atendida
- Recomposição de canteiros de obras
- Restauração de bota-fora (por ex.: rodovias)
- Reassentamentos humanos não realizados (por ex.: usinas hidrelétricas)
- Transformadores com PCB (por ex.: óleo askarel)
- Existência de resíduos industriais (por ex.: produtos químicos)
- Embalagens de agrotóxicos e produtos perigosos
- Lodo galvânico
- Efluentes industriais (por ex: curtumes)
- Baterias, pilhas, acumuladores
- Pneus usados
- Despejos animais (por ex.: suínos e aves)
- Produtos ou insumos industriais vencidos
- Medicamentos humanos ou veterinários vencidos
- Bacias de tratamento de efluentes abandonadas
- Móveis e utensílios obsoletos (por ex.: formol)
- Contaminação do solo e da água
O que é Passivo Ambiental e o que representa para as Empresas
Em termos contábeis, passivo vem a ser as obrigações das empresas com terceiros, sendo que tais obrigações.
Em termos contábeis, passivo vem a ser as obrigações das empresas com terceiros, sendo que tais obrigações, mesmo sem uma cobrança formal ou legal, devem ser reconhecidas.
O passivo ambiental representa os danos causados ao meio ambiente, representando, assim, a obrigação, a responsabilidade social da empresa com aspectos ambientais.
Nessa proposta, no balanço patrimonial de uma empresa é incluído, através de cálculos estimativos, o passivo ambiental (danos ambientais gerados), e no ativo (bens e direitos), são incluídos as aplicações de recursos que objetivem a recuperação do ambiente, bem como investimentos em tecnologia de processos de contenção ou eliminação de poluição.
A identificação do passivo ambiental está sendo muito utilizada em avaliações para negociações de empresas e em privatizações, pois a responsabilidade e a obrigação da restauração ambiental podem recair sobre os novos proprietários. Ele funciona como um elemento de decisão no sentido de identificar, avaliar e quantificar posições, custos e gastos ambientais potenciais que precisam ser atendidos a curto, médio e a longo prazo.
Deve ser ressaltado, porém, que o passivo ambiental não precisa estar diretamente vinculado aos balanços patrimoniais, podendo fazer parte de um relatório específico, discriminando-se as ações e esforços desenvolvidos para a eliminação ou redução de danos ambientais. Essa metodologia vem sendo seguida por empresas do mundo inteiro.
Os principais procedimentos para avaliar a adequação das atividades aos preceitos ambientais, envolvem:
Técnicas e Procedimentos para serem seguidas pela Empresa
- Aplicação de normas técnicas da ABNT
- Levantamento de informações em documentos disponíveis
- Levantamento de informações nas unidades e instalações
- Vistorias específicas
- Prospecção de pendências ambientais em órgãos federais, estaduais e municipais
- Obtenção de certidões negativas nos Cartórios Distribuidores de Comarca
- Obtenção de certidões negativas na Justiça Federal e Estadual
- Coleta de informações na vizinhança e nas comunidades
- Consultas a organizações não-governamentais (ONG)
- Obtenção de informações complementares em fontes genéricas e específicas
- Realização de análises físico-químicas de água, solo, ar, instalações (paredes, forro)
- Levantamento de informações complementares no “data room”
- Organização e análise dos dados levantados
- Avaliação qualitativa e quantitativa do passivo ambiental
- Elaboração do relatório de avaliação do passivo ambiental
- Elaboração de planos e programas para eliminar as pendências ambientais existentes
- Adoção e práticas de atitudes pró-ativas para evitar a formação de novos passivos ambientais
Elementos auxiliares e de apoio
- Legislação ambiental e normas técnicas
- Listas de verificação ambiental
- AA - Auditoria Ambiental
- EIA/RIMA - Estudo e Relatório de Impacto Ambiental
- PBA – Programa Básico Inicial
- AAI – Avaliação Ambiental Inicial
- ADA – Avaliação de Desempenho Ambiental
- ACV – Análise do Ciclo de Vida
- ARA – Análise de Risco Ambiental
A Norma BS 7750
A Norma BS 7750 foi emitida pelo Instituto Britânico de Normatização - BSI, tendo sua primeira versão publicada em 1992.
A Norma BS 7750 especifica os requisitos para o desenvolvimento, implantação e manutenção de sistemas de gestão ambiental que visem garantir o cumprimento de políticas e objetivos ambientais definidos e declarados. A norma não estabelece critérios de desempenho ambiental específicos, mas exige que as organizações formulem políticas e estabeleçam objetivos, levando em consideração a disponibilização das informações sobre efeitos ambientais significativos.
A BS 7750 aplica-se a qualquer organização que deseje:
- Garantir o cumprimento a uma política ambiental estabelecida;
- Demonstrar este cumprimento a terceiros.
A elaboração da norma britânica BS 7750 foi confiada pelo Comitê Normativo de Gerenciamento Ambiental a um Comitê Técnico Especial (ESS/1), no qual inúmeras organizações empresariais, técnicas, acadêmicas e governamentais estavam representadas.
A BS 7750 foi formulada de forma a permitir que qualquer organização, independente do seu porte, atividade ou localização, estabeleça um sistema de gerenciamento efetivo, como alicerce para um desempenho ambiental seguro e para os procedimentos de auditoria ambiental.
A BS 7750 declara que os aspectos da gestão de saúde ocupacional e segurança não foram abordados. Entretanto, não visa impedir que uma organização os inclua ou integre em seu Sistema de Gestão Ambiental.
Vale observar que a norma foi formulada com o propósito de que o Sistema de Gestão Ambiental (SGA) não precise ser implementado de forma independente, mas sim através da adaptação dos componentes do gerenciamento de uma organização.
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